Claro que eu sabia que existiriam os críticos. Há os inesperados, como o Francisco Trindade, que leio longe dos tempos de maior ímpeto, agora calculando tudo e hesitando em «entregar nas mãos do ME». Tudo bem, aceito esta posição, mesmo se discordo dela, em especial quando leio o que ele escreve na apresentação do seu blogue e de si mesmo, quando cita o artigo 21º da CRP:

“Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.” Direito de resistência Art.21 Constituição da República.

Aliás sempre achei que – tal como os sindicatos – os movimentos independentes de professores não poderiam assumir uma posição deste tipo porque há sempre aqueles que ao a não seguirem, comprometem o seu sucesso.

Mas há os esperados, como o Francisco Santos, ponta de lança da crítica aos movimentos depois de a eles ter pertencido e agora aspirante a minha nemésis, tendo desenvolvido uma qualquer fixação mal-sã contra tudo o que tenha o meu nome. Tudo bem, há psiquiatras disponíveis para tratar disso. Mais complicado é quando ele insinua de forma desonesta que há quem pague para ver a sua poisção/opinião publicada. Acredito que ao olhar para a sua circunstância, ache que só pagando publicariam prosa sua. Mas, felizmente, por estas paragens, não carecemos de tal. Acho que ele ainda deve estar embrenhado nas ideias – nunca por mim partilhadas e sempre combatidas – de comprar espaço em jornais. Para mim pagar para publicarem o que escrevo equivaleria a pagar para… Pois, é melhor calar-me.

Atendendo a este “horror” ao radicalismo, que é regularmente denunciado quando estão em causa as posições da Fenprof e dos sindicatos que a integram, fiquei hoje extremamente surpreso quando descobri, na página 38 e num espaço que para mim é de leitura obrigatória e prioritária, um artigo que não sei se há-de ser classificado como de opinião, se como publicidade (paga ou não), assinado por um grupo de professores que conheço (uns pessoalmente, outros apenas de algumas leituras na rede).

Este parágrafo é absolutamente vergonhoso e, acaso o prosador merecesse alguma atenção, poderia ser considerada uma calúnia encoberta, porque a coragem até é escassa para uma calúnia assumida. Aos autores do texto, ao jornal e aos seus responsáveis, pois é certo e sabido que aquele é um espaço de opinião para colunistas ou colaboradores ocasionais.

Assim apenas remete para o seu autor como clara demonstração das suas limitações éticas e cotovelite aguda pela irrelevância das suas posições.

A partir deste momento não é ele que me bloqueia o acesso ao blogue dele, sou mesmo eu que por questões de higiene moral evitarei poisar por lá…