Em matéria de calendário e acções de contestação, a Plataforma propõe o seguinte:
Com os objectivos antes descritos, a Plataforma Sindical dos Professores, depois de ouvidos os professores e educadores e no respeito pelas decisões de cada organização que a integra, decide, ao longo do mês de Maio, levar por diante as seguintes acções e lutas:
12 de Maio:
Divulgação pública de uma Carta Aberta ao Senhor Primeiro-Ministro, dando conta do grande descontentamento que existe no sector e sobre as suas razões;20 de Maio:
Entrega, no Ministério da Educação, do Abaixo-Assinado “Por uma revisão do ECD que corresponda às exigências dos Professores; Pela substituição do actual modelo de avaliação; por negociações sérias!”26 de Maio:
Jornada Nacional de Protesto, de Luta e de Luto dos Professores e Educadores. Neste dia, para além da manifestação de luto dos professores e das escolas, os docentes paralisarão dois tempos lectivos (90 minutos), durante os quais aprovarão posições de escola;30 de Maio:
Manifestação Nacional dos Professores e Educadores Portugueses de protesto e rejeição da política educativa do actual Governo, de exigência de revisão efectiva do ECD, de suspensão e substituição do actual modelo de avaliação do desempenho e de manifestação, junto dos partidos políticos, da necessidade de assumirem compromissos claros no sentido de, na próxima Legislatura, ser profundamente alterado o rumo da política educativa e revistos quadros legais que impõem medidas muito negativas e gravosas, como é o caso do Estatuto da Carreira Docente, entre outros.A realização de outras acções e lutas comuns dependerá da avaliação que, em cada momento, a Plataforma Sindical dos Professores fizer da situação.
No quadro da sua acção específica, cada organização sindical levará, ainda, por diante outras iniciativas autónomas que pretendem contribuir para que se alcancem estes objectivos que são comuns porque são dos Professores e Educadores Portugues.
Ressalvando desde já os dois parágrafos finais que permitem acreditar que algo de diferente poderá ser feito, ficamos com quatro iniciativas, que eu classificaria como poucochinhas, não em quantidade, mas em matéria de impacto positivo na opinião pública e no pessoal político, seja da situação como da oposição.
- A Carta Aberta ao Primeiro Ministro será de uma total e completa irrelevância a todos os níveis. Nem o dito cujo se ralará sequer em lê-la, mandando um assessor ou o PSP responder por ele, com sorriso zombeteiro, nem a opinião pública ou publicada ficará a saber algo que não soubesse já. Mais valia fazerem uma Carta Fechada a sério.
- O abaixo-assinado terá o mesmo destino na 5 de Outubro, motivando – quiçá – mais umas tiradas jocosas de gosto duvidoso a um dos secretário de Estado, qual deles mais talhado para a função. É apenas mais um e lembramo-nos bem como foi despachado o último.
- A paralisação – que não greve, já houve quem viesse explicar, que é para não ter custos – de 90 minutos para aprovação de posições de escola nem sei o que me parece. Pensei que a consulta poderia já ter incorporado qualquer coisa deste género. Por outro lado, a fase das «posições de escola» foi claramente ultrapassada pelos acontecimentos. Mas que posição se vai tomar? Mais moções em como não se fará algo que os fala-baixinho assinam mas depois acabam por fazer o contrário, como com os Objectivos Individuais? E vai existir minuta para o pessoal assinar sem se cansar muito, para descarregar a consciência? Lamento mas também acho isto algo anedótico, mesmo que me venham bater e dizer que só estou a criticar. Em vez de «posições de escola» que tal actos a sério?
- Por fim a manifestação, agora marcada para 30 de Maio, muito tardiamente, por causa de problemas de agenda, também eles algo anedóticos, visto as datas anteriores estarem ocupadas. Quanto à dimensão da manifestação, há que ter em conta que a fasquia está muito alta em termos de opinião pública. Mesmo que 60.000 pessoas venham para as ruas de Lisboa – estou a saer simpático, como repararão – isso significaria uma quebra imensa em relação ás últimas manifestações. Poderá sempre alegar-se que isso representa muito mais do que os teóricos 25% de docentes que não entregaram os OI, mas será sempre objecto de desvalorização automática por parte do Governo, do ME e do PS. Até são capazes de deixar um comunicado preparado de véspera e a gravação feita.
Sejamos realistas: de tudo isto só a manifestação poderá ter algum impacto comunicacional e político. Para mais, virá depois da manifestação da CGTP. E com a fasquia tão alta, por muito bem que corra para padrões de 2007 ou 2005 (quando 3.000 eram uma festa, 10.000 um suicesso e 25.000 o paraíso na terra), será sempre encarada como algo em perda.
Vai ser necessário muito trabalho daqui até lá para conseguir mobilizar e esclarecer as pessoas – é uma realidade, não estou a ser fatalista e é melhor encarar a realidade do que ser atropelado de surpresa por ela – para transmitir a mensagem certa para fora e ainda para preparar o que se seguirá, caso isto não funcione.
O que se vai ouvindo é que a Plataforma está por arames, com os sindicatos da UGT a querer safar-se desta e os micro-sindicatos cansaditos de tamanhas andanças e a quererem descanso, que não foi para isto que vieram à vida. Resta a Fenprof com a fuga em frente de acordo com as tácticas do costume.
Se há alternativas?
Claro que há, mas com diversos riscos. Desde logo para a Plataforma e os equilíbrios em que se mantém.
Em seguida, para a própria classe docente que poderia ver-se confrontada com a possibilidade de entrar em confronto directo com a tutela de forma bem mais alargada do que está.
E existe ainda, obviamente, a hipótese de – como acabará a contecer, mas repito que está a começar a ser tarde – tudo isto poder ser substituído com ganhos por acções de guerrilha localizada.
Que acções?
Chiu, que estão a escutar-nos. Logo falamos disso um destes dias.
Maio 5, 2009 at 10:35 am
Nem mais, Paulo, os sindicatos perderam a oportunidade há muito tempo atrás e agora tudo isto soa a fraqueza e tentativas desastradas de recuperar o que já se perdeu (com estas intervenções). Outras atitudes precisam-se…
Maio 5, 2009 at 10:50 am
Correndo o risco ver terminado o seu sonho de uma caricata unicidade sindical “acordando morta”, a Plataforma Sindical estrebucha, esperneia e diz estou aqui, numa espécie de “déjà vue”! Até na morte é preciso manter uma certa dignidade que não se teve numa vida zuiguezagueante de descarado oportunismo.
Maio 5, 2009 at 11:00 am
Concordo integralmente com PG. A maioría da plataforma, no fundo, é composta por gente que pesa como o Governo em termos de processos e de filosofia em relação à instituição escolar. Muio “diálogo”, muoita “reforma”, muito “eduqês”, muito loony-lefty inconsequente.
Maio 5, 2009 at 11:06 am
A FENPROF segue o caminho das encenações à la Vital Moreira, embora a prometida “cascata” de acções corra o risco de se tornar num mero fio dental, impróprio para tapar o maldito Memorando de Entendimento.
Talvez um ou outro incidente, cuidadosamente preparado pela máquina estalinista, possa ampliar o efeito da manifestação. Caso contrário, tratar-se-à apenas de cumprir calendário.
Em tempo de crise é o que se consegue arranjar.
Maio 5, 2009 at 11:22 am
“Quand le ministre s’est attaqué aux IUFM,
Je n’ai rien dit car je n’étais ni formateur ni étudiant.
Quand il s’en est pris aux maternelles,
Je n’ai rien dit car je n’enseignais pas en maternelle…
Quand il a démantelé les RASED
Je n’ai rien dit car je n’étais pas enseignant spécialisé…
Quand ce fut le tour des associations complémentaires de l’école
Je n’ai rien dit parce que je n’étais pas adhérent…
Et quand il a supprimé mon poste,
Il n’y avait plus personne pour protester.
Patrick Morel, d’après le pasteur allemand Martin Niemoller ”
http://resistancepedagogique.blog4ever.com/blog/index-252147.html
Maio 5, 2009 at 11:31 am
Et Moi, Je n`ai pas tout dit…
Maio 5, 2009 at 11:32 am
Greve de dois tempos? Abaixos assinados? Carta ao 1º ministro? Manifestação?-apesar de tudo ainda vá que não vá…
Pessoal,assumamos de vez se vamos só fazer isto: a luta não esmoreceu, morreu; por falta de capacidade de luta dos professores, por evidente incapacidade de liderança dos sindicatos e por politiquices primárias dos mesmos(sindicatos)..
eu á manifestação ainda pondero ir mas não acredito que lá vão mais de 60 mil no máximo dos máximos.
Conclusão: o melhor agora é esperar perlo juducial e com sorte lá para 2025 os resultados devem ser visiveis.
Como disse um dia Vergílio Ferreira:
Quais são as tuas palavras essenciais? As que restam depois de toda a tua agitação e projectos e realizações. As que esperam que tudo em si se cale para elas se ouvirem. As que talvez ignores por nunca as teres pensado. As que podem sobreviver quando o grande silêncio se avizinha
Maio 5, 2009 at 11:43 am
Pelos vistos, as quatro iniciativas que resultaram da consulta aos professores, ouvidos para manifestar a sua disponibilidade e propor formas de luta, são insuficientes e “poucochinhas”. São, no momento, as possíveis, considerando as condições objectivas e subjectivas (dito assim para o h5n1 perceber)existentes.
Não adianta nada falar em alternativas, em abstracto, nem em tomar o nosso “voluntarismo” pessoal por realidade.
O “se todos recusassem a entrega da ficha de auto-avaliação” não passa disso mesmo, de um “se”. E em Política e em História, o “se” não existe.
Obs.: Se o h5n1 já está assim com uma temperatura de 22 graus que sucederá quando chegarmos ao Verão?
O “se” do início da frase é válido porque não se trata de Política, nem de História, mas tão só de Psiquiatria, ciência em que têm muita importância as condicionantes.
Maio 5, 2009 at 11:50 am
É preciso que a Plataforma concretize o discurso político de contestação nas urnas; independentemente de haver ou não compromissos com o partido instalado, é importante que o movimento cívico de lhes negar o voto ganhe expressão crescente nos três próximos actos eleitorais. É preciso também que avancem as formas de contestação judicial aos diplomas, para sustentar as formas de luta entretanto individualizadas nas escolas por força da não entrega dos OI. É claro que estas formas de luta propostas, cartas abertas, paralizações parcelares e manifestações, já terão impacto reduzido porque são a afirmação do que já se negou; são úteis para a política sindical, mas não eficazes no actual contexto de proximidade eleitoral, em que as promessas e os votos vão andar interligados. O caso de Vital é fulgurante: ele precisa é de votos e provocará todos os que lhos negarem, aparecerá onde sabe que os não tem para se vitimizar, ele aparecerá, estou certo, na próxima manif da Plataforma.
Maio 5, 2009 at 12:44 pm
Os sindicatos só estão interessados em fogo de artifício. As acções concretas de apoio aos docentes que deveriam adoptar em questões reais à espera de resultados práticos são relgadas para “dias melhores” à espera que todos os prazos se esgotem… porque essas não dão a visibilidade pretendida.
As greves servem para os docentes verem o seu salário diminuído e as manifestações para relembrar os mais cautelosos (porque não sindicalizados)que os sindicatos existem e aceitam inscrições.
A título meramente exemplificativo fica a questão: o que têm feito os sindicatos para garantir o cumprimento dos mandatos dos CE em funções?
Maio 5, 2009 at 1:09 pm
A culpa é de todos. Há seis meses, após a última grande manifestação, ninguém quiz ceder na forma para ter a substância. Era tudo ou nada. Uma só classe de professores, um novo estatuto igualitário, etc. O ministério daria tudo, se lhe dessem a possibilidade de salvar a face. Agora, acusam-se todos os protagonistas mutuamente do fracasso da luta. Bonito! bem feito! Só nos resta o milagre de o governo perder as eleições ou ficar de tal modo enfraquecido que negoceie em situação de grande vulnerabilidade. Podia-se ter tido uma situação muito favorável para o futuro. Temos uma situação miserável agora e antevê-se o pior. Um obrigado a todos!
Maio 5, 2009 at 2:05 pm
Paulo Guinote:
Permita-me uma correcção. A paralisação do dia 26 é mesmo greve. Em termos práticos, será uma greve desde o início das aulas nesse dia até às 10h 30. Nuns casos será de 2 tempos mas vai variar consoante o horário das escolas e dos professores. Pareceu ser esta a melhor forma de não causar dúvidas a ninguém sobre o momento da greve.
Quanto aos comentários, nuns casos compreendo (mas não concordo) outros nem tanto, mas isso é outra história. Por agora gostava só de clarificar esta situação para não deixar dúvidas a ninguém.
Maio 5, 2009 at 2:14 pm
Da leitura deste comunicado, parece-me o seguinte: estas acções têm em vista a próxima legislatura, certo?
Ou seja, para este ano, é assim como que um “arrumar as botas”. No entanto, que eu saiba, ainda não terminou o processo de avaliação nas escolas. Mas os profs ( por sugestão dos que os representam) já capitularam.
É isto não é?
Maio 5, 2009 at 2:17 pm
Não gosto de sindicatos… Lembram-me sempre operários e essas coisas. Felizmente, nós temos a Nossa Ordem…
Maio 5, 2009 at 2:27 pm
Temos uma pescadinha de “rabo na boca”:
– os professores não confiam nos sindicatos porque acham que estes estão a reboque de agendas partidárias.
– os sindicatos não confiam na coragem da maioria dos professores, porque em acções concretas estes capitularam. A entrega dos OIs deu a percepção aos sindicatos de que não havia professores de “barba rija”. E nem falo de outras acções…tchiu!
Resta-nos esperar o tal “click”…
Maio 5, 2009 at 2:30 pm
Pedro, e o que fazemos nós ( os tais 25 ou 30 ou 4o %) de barba rija que não entregámos os OI?
Temos de nos juntar aos de barba rala? 🙂
Olha que o maior dos clics seria não viabilizar a avaliação, não achas?
Maio 5, 2009 at 2:32 pm
Alguns comentadores parecem atirar a “toalha ao chão”!
Calma, muita calma, porque esta guerra é de guerrilha…
Maio 5, 2009 at 2:35 pm
Ai, Pedro, guerrilha tb seria haver um grupo de “guerrilheiros” que fosse suficentemente grande para se impor no terreno contra a avaliação, não entregando a ficha.
Sobre isto, não vejo sindicatos nem movimentos falaream.
Então, em Leiria, não surgiu uma proposta alternativa?
Maio 5, 2009 at 2:36 pm
Tenho de sair daqui,.
Até logo. bj
Maio 5, 2009 at 2:38 pm
Reb,
Quanto a não entregar os OIs, acho que os sindicatos deveriam encorajar os de “barba rija”.
No entanto há neste momento uma corrida contra o tempo jurídico… porque, quem sabe, a avaliação de desempenho poderá vir a ser anulada.
Mas existem outras operações em curso em que não existem voluntários…ou não há coragem! tchiu!!
Maio 5, 2009 at 2:39 pm
Reb mail.
Maio 5, 2009 at 2:43 pm
Até ao final do mês, à FENPROF, só interessa o que se vai passar nas eleições do SPGL, não estão disponíveis para mais nada que “cartas abertas e abaixo assinados”. Para além disso, para apimentar a coisa, o Sr. Óscar Soares, actual vice-presidente do Sindicato, foi também vítima de “soezes insultos e ameaças reais de agressão física”, quando acompanhava o Sr. Vital Moreira no 1.º de Maio da CGTP. Desagradável.
Nas escolas a avaliação de desempenho prossegue com o seu cortejo de suaves iniquidades:
desfilam as boas aulas pelas “aulas observadas”;
alguns titulares, como guarda pretoriana do regime, incham com a promoção ao estrelato, e com um apetite insaciável pedem documentos sem fim, “para diminuir a subjectividade” (morte à subjectividade!, digo eu);
afixam-se listas com a distribuição de quotas para avaliação de mérito.
Promovem-se concursos para Directores e os Regulamentos Internos, aqui e ali, foram sendo revistos (Façam uma leitura do vosso actual regulamento interno e divirtam-se a valer!). E vêm aí as avaliações, os exames, os resultados dos concursos.
A vida nas escolas fervilha. E o ME vai continuar a anunciar medidas na Educação, sempre que necessário.
Agora só mesmo a clandestinidade!
Maio 5, 2009 at 2:57 pm
JF
Vão entrar em tribunal acções dos professores que solicitaram avaliação “completa” contra os respectivos avaliadores.
Vi uma destas acções onde se alega incompetência do avaliador. Logo esperam-se conflitos espalhados por todo o País…
Há centenas de acções contra o ME nos tribunais.
O edifício jurídico do ME está em vias de desmoronar, mas parece que ainda ninguém reparou…
Maio 5, 2009 at 3:00 pm
# 23
sim, os tribunais estão cheios de processos contra o ME, mas, tanto quanto sei, a expensas dos próprios professores. Os sindicatos apoiam tudo, mas, na hora da verdade, nada fazem…
Maio 5, 2009 at 3:04 pm
Só espero que todos os colegas que estão a interpor acções contra os avaliadores as PERCAM e paguem as custas. São imbecis que não merecem mais do que isso. Queriam ser EXCELENTES! São, no máximo, excelentes daquilo que nós sabemas.
Maio 5, 2009 at 3:32 pm
Há em toda esta palhaçada pós-qualquer coisa um pormenor que não deixa de ter a sua importância: já com o novo Simplex em acção os professores fizeram a 19 de janeiro uma greve muito expressiva, que nos incluiu a todos: titulares e zecos, efectivos e contratados, entregadores de O.I. e resistentes, aspirantes a excelente e satisfeitos com o bom.
Só não fez greve quem é mesmo adesivo ou completamente videirinho.
Posto isto, as grandes novidades têm sido sempre negativas: a manifestação de 24 de Janeiro não chegou aos 2000 participantes, o Cordão Humano foi feito com a prata da casa da Fenprof e pouco mais, o movimento dos PCEs começou a ter menos participantes e deu por adquirida a avaliação a nível nacional, finalmente a Plataforma anunciou com vários meses de antecedência que a auto-avaliação será mesmo feita com um protestozinho em forma de minuta (ai se o ridículo matasse!).
Para agravar tudo, continuamos com a divisão da carreira, o ministério não abdica do modelo de avaliação (mesmo que seja só “show off”), as avaliações de muito bom e excelente passaram a contar, até ver, para a seriação de candidatos a concurso, os vínculos tornaram-se mais precários, uma vez que os efectivos passam a contratados por tempo indefinido, o modelo de gestão vai avançando com conivência generalizada (até sindical…) e o ministério pretende que os concursos passem a ser locais (só os ingénuos ou menos atentos poderão ignorar as consequências negativas desta medida).
O rol não é exaustivo e aguardam-se novidades igualmente lesivas para os professores.
O que me parece mais grave nisto tudo é que, com tanta estratégia e pezinhos de lã, os sindicatos se arriscam a hipotecar seriamente a réstea de apoio no terreno.
Espero, como o Paulo, que haja um plano B.
Maio 5, 2009 at 3:35 pm
As mentes deste descalabro legislativo só pensam em eleições… Pode cair o Carmo e a Trindade que a sua mente não se afastará do poder.
Até os brilhantes dos pequenos poderes, começaram as suas actuações, alguns fazem as suas escolhas multiplas, pois assim as possiblidades aumentam.
Maio 5, 2009 at 3:35 pm
# 25
As acções não são propostas contra os avaliadores mas antes contra o ME!
Até agora, que eu tenha conhecimento, ainda não findou nenhuma, mas a julgar pelo que tem sucedido noutros processos contra o ME, são os contribuintes que vão pagar as custas e as avensas dos juristas do ME.
Maio 5, 2009 at 3:44 pm
Parece-me que o Paulo anda numa de ser do contra, de deitar abaixo todas as iniciativas que surgem. O que está a ser feito ou previsto fazer, tem como objectivo ajudar à causa e não acredito, nem por um momento, que as pessoas que o estão a fazer naõ queiram o melhor para a classe. Deitar abaixo é fácil e quando se entra num certo ritmo, podem inclusivé acontecer incongruências de discurso que espero sinceramente não venham a acontecer com o Paulo.
As medidas tomadas foram-no tendo em conta opiniões de muita gente (talvez não gente suficiente) que deu a sua opinião.
Demo importância a estas pessoas que são tão Professores como qualquer um de nós.
Maio 5, 2009 at 3:59 pm
[…] (Completamente zipado […]
Maio 5, 2009 at 4:07 pm
Paulo, “saquei”. 😆
http://gataescondida.wordpress.com/2009/05/05/formas-de-luta/
Maio 5, 2009 at 4:11 pm
Houve relatos de algumas importâncias diferentes e de reuniões pouco divulgadas.
Maio 5, 2009 at 4:18 pm
#11:
“Há seis meses, após a última grande manifestação, ninguém quiz ceder na forma para ter a substância. Era tudo ou nada. Uma só classe de professores, um novo estatuto igualitário, etc. O ministério daria tudo, se lhe dessem a possibilidade de salvar a face. ”
Duas observações apenas:
1. “Ceder” implica negociar até chegar a um entendimento. Ora nós sabemos o radicalismo a que se chegou em alguns meios (incluindo este blogue) na recusa de “entendimentos”. Para alguns comentadores, a palavra era (é?) sinónimo de traição à classe.
2. Não concordo nada com a ideia de que o ME “daria tudo” para salvar a face. Pelo contrário, mostrou-se sempre intransigente e quando aceitou trocar de lugar algumas vírgulas foi sempre na condição de os sindicatos aceitarem tudo o resto e renunciarem à contestação. Esta é a realidade. Ou acha que se houvesse perspectivas reais de uma negociação séria, com ganhos e perdas para ambos os lados, a FNE não teria há muito seguido esse caminho?
Maio 5, 2009 at 4:22 pm
#26
Se não houver um plano “B” proponho o seguinte: usarmos a nossa inteligência e votarmos PS em massa. Eu explico porquê.
Os professores foram usados pelo PS para manipular e conquistar a “opinião pública”. OK.
À cusata dos 2700€ líquidos, os 3 meses de férias e 16h semanais tão propagandeados grangearam a simpatia do povo enfurecido. O que se pretendia era “arrasar” a escola pública, culpando os docentes de tudo e mais alguma coisa, transformá-la num armazém de crianças e jovens retirados às famílias.
Ora bem, se o povo quer, faça-se a vontade ao povo e dê-se até uma ajudinha. Deixe-se de lado a urticária que nos provoca o “aramzenamento” infanto-juvenil, a estupidificação em massa e a analfabetização galopante, pelo menos até que surjam políticas que tornem o Ensino naquilo que o ensino deveria ser: Sério.
A mim tanto me faz dar aulas ou entretê-los com power-point enquanto brincam uns com os outros.
Desgastar-me mais para dar aquilo que os pais não querem nem exigem, santa paciência. É deixá-los chegar à idade adulta e depois que peçam contas ao PS.
Eu cá continuarei, cantando e rindo ao sabor da música, com os meus 2700€, os 3 meses de férias e 16h por semana. Bastam-me duas aulas observadas por ano (ah, que difícil!)folhinhas e mais folhinhas a dourar a pílula, tampões nos ouvidos, magalhães e power-point.
A “opinião publica” que aguente o desemprego, a precarização laboral, o chefe ou a falta dele, a falta de médicos de família, hospitais e maternidades, a iletracia dos filhos, a violência escolar e tudo o mais que o PS lhes ofereceu em troca do apoio na luta contra os Professores.
Tenho dito.
Maio 5, 2009 at 4:25 pm
A propósito de acções nos tribunais, lembro a importância de agir através dos sindicatos (convém que seja um sindicato dos bons, com um gabinete jurídico a sério).
Além do apoio jurídico há uma vantagem que estes socratinos fascistas ainda não se lembraram de retirar: é que as acções interpostas pelos sindicatos em nome dos seus representados e que tenham interesse para toda a classe, estão ISENTAS de custas judiciais.
Maio 5, 2009 at 4:31 pm
#33,
Ai!!!!
😆
Maio 5, 2009 at 4:31 pm
#24:
Florentino, faça como eu.
Arranje um sindicato a sério!…
Maio 5, 2009 at 4:33 pm
Não se ensine. Guardem-se os meninos. Entretenham-se. …. Chega. Acho.
Maio 5, 2009 at 4:34 pm
#33:
Quatro anos mais de socratinismo?
NÃÃÃOOOOO!!!
Maio 5, 2009 at 4:35 pm
Ossindicatossequeremsabercomoselutadevemdeviraositiodoguinotetemcatudo
Maio 5, 2009 at 4:35 pm
«Avensas» (sic) – mais acima: também é uma gralhazinha, não? É que são, frequentemente, erros básicos. Daqueles que muitos professores coleccionam provenientes dos alunos. Só que estes são mais graves: revelam muito. Por metonímia, revelam imenso. Não há paciência: «Avensa». O s está, no teclado, muiiiito longe do ç!
Maio 5, 2009 at 4:37 pm
«aramzenamento»: isto é engano,fruto da pressa, não erro. Nada de confusões.
Maio 5, 2009 at 4:47 pm
# 34, 36
Gostava de saber qual é o sindicato a sério com o tal gabiente jurídico a sério…
As informações que me têm sido transmitidas acerca deste assunto não são nada abonatórias. Conheço colegas sindicalizados há muitos anos que se viram “forçados” a recorrer aos serviços de advogados exteriores aos sindicatos por considerarem que não estavam a ser devidamente aconselhados e acompanhados.
Maio 5, 2009 at 4:48 pm
#40:
Deixe lá, são os despachos da popota em português técnico que às vezes nos baralham…
Maio 5, 2009 at 4:52 pm
#42:
SPRC (Fenprof)
http://www.sprc.pt
Maio 5, 2009 at 6:07 pm
reb, #18
Andas distraída 😉
Eu já te respondi, e mais do que uma vez, noutros post’s, a essa questão sobre a alternativa à ficha de auto-avaliação. Foi aprovado em Leiria a entrega de um relatório crítico, elaborado em termos muito pessoais, sem seguir a ficha oficial do ME. Demos conta disso quando divulgámos as conclusões do Encontro de Leiria. Também já te perguntei se consideras que a entrega da auto-avaliação é ou não é uma obrigação legal para os professores.
E já te referi também que os movimentos, nomeadamente a APEDE, o MUP e o PROmova, ainda não se pronunciaram definitivamente sobre esta situação porque, além do mais, continuam empenhados na luta e consideram que não devemos queimar etapas sem apostarmos mais a fundo numa luta radicalizada que possa travar a ADD (evitando-se assim a entrega do que quer que seja) e as outras restantes políticas execráveis deste ME e deste governo! Agora resta saber se estaremos todos empenhados nisso, mas todos mesmo, quer na pedagogia da dramatização da luta (e temos cada vez mais motivos para isso, basta lembrar a questão dos vínculos) quer na decisão firme de manter a contestação até ao fim! E quando digo todos, digo colegas, bloggers, movimentos e sindicatos! Pelo nosso lado, estamos neste momento a dar passos no sentido da concretização do “Compromisso Educação”, com contactos com os grupos parlamentares dos vários partidos e dessa e doutras iniciativas iremos dando conta nos nossos blogues.
Abraço
Ricardo Silva (APEDE)
Maio 5, 2009 at 6:08 pm
A nossa justiça:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=134109
Maio 5, 2009 at 6:28 pm
A ler:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=134109
Por estas e por outras é conveniente que os sindicatos divulguem o acórdão/sentença do(s) juíz(es).
Assim ficamos às escuras…
Gostava já agora que os dirigentes sindicais dessem resposta ao comunicado do ME!
Maio 5, 2009 at 6:28 pm
“12 de Maio:
Divulgação pública de uma Carta Aberta ao Senhor Primeiro-Ministro, dando conta do grande descontentamento que existe no sector e sobre as suas razões”
… ainda se fosse uma carta impressa na capa de um jornal, ou no interior, ou noutros da imprensa diária…
Maio 5, 2009 at 6:34 pm
Slogan para a campanha do PS
Gestão unipessoal: uma margarida moreira para cada escola!
http://www.legoergosum.blogspot.com/2009/03/slogan-para-campanha-do-ps.html
Maio 5, 2009 at 6:41 pm
Pedro Castro # 47
A notícia é contraditória.
Concordo contigo. Os sindicatos deverão esclarecer de imediato através de comunicados à imprensa.
Maio 5, 2009 at 6:42 pm
#38
SIM. A opinião pública não merece melhor…
Nós cá continuamos com Estatuto Docente(melhor ou pior), ordenados chorudos, férias mês sim mês não e ADSE!
Até que tirem as pálas e a canga, PS sempre!!!!
Bem feito!
Maio 5, 2009 at 6:58 pm
É urgente que os sindicatos esclareçam esta confusão rapidamente.
Não tarda nada essa mensagem do ME estará afixada na sala de professores e instala-se a confusão e o descrédito!
Maio 5, 2009 at 7:01 pm
Concordo que é preciso agir com urgência.
Fui ler a notícia e está confuso!
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=134109
Maio 5, 2009 at 7:04 pm
Acho que uma greve de 90m ou até às 10h30m, é mesmo o mais indicado para o ME ceder. Vão ter tanto medinho de nós!
Ou faço greves de dias ou manhãs inteiras, ou “esta espécie” não faço. Já há ordens no sentido de as auxiliares ficarem com os alunos…..
#33
Pipa, se é isto que ME, PAIS, EE e PROFESSORES querem, bora lá que até é mais fácil!
Maio 5, 2009 at 7:08 pm
E porém esta podia ser uma boa notícia. Eu gostava muito de ver o ME a levantar processos disciplinares a 40 mil professores. É que gostava mesmo 😉
Maio 5, 2009 at 7:22 pm
#54
Pois!Como diz Ramalho Eanes “os portugueses têm os governantes que merecem”. E já há muito tempo que nós não somos portugueses…somos uma corporação apátrida!
Maio 5, 2009 at 7:28 pm
#55 eu também 🙂
e contribuíamos para baixar a taxa de desemprego…entre os advogados!!!
Quanto mais ameaçam mais me irritam! (oooopssss, se calhar devia era sentir medo…)
Maio 5, 2009 at 7:29 pm
Eu não faço esta merd… de greve..á manif. ainda pondero ir agora o resto é chover no molhado..a agenda secreta dos sindicatos começa a feder..as suas lutinhas intestinas-para o seus corpos gerentes- e as eleições de Outubro…os professores são uma minudência nesta luta sindical…enfim de desilusão em desilusão até
a derrota final…
Maio 5, 2009 at 7:30 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/05/05/o-genio-dura-mais-do-que-o-armani-man/
Maio 5, 2009 at 7:31 pm
Se bem entendo não é uma greve de 90 minutos, é uma paralização de 90 minutos.
O problema é outro:
Que vamos nós fazer/decidir nesses 90 minutos?
Reunimo-nos para decidir acções por escola?
Mas se decidirmos uma greve pura e dura?
Não podemos convocar a greve.
Ora na minha escola sugerimos uma greve por tempo longo aos sindicalistas e logo nos desmobilizaram.
Devo dizer que estiveram muitos professores nessa reunião de consulta e as pessoas estavam com vontade de uma luta mais intensa, mas os sindicalistas desmotivaram.
Ora então não se percebe para que são essas paralizações de 90 minutos.
Mas que cena vem a ser esta?
Brincadeira?
Maio 5, 2009 at 7:33 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/05/05/mo-vital-foi-agredido-ou-quis-ser-agredidoso-para-mentecaptos-acreditarem/
Maio 5, 2009 at 7:39 pm
Koniec,
A situação que relatas na tua escola é apenas mais uma, entre muitas.
E pergunto: porque razão não foram divulgados os resultados aprovados nas escolas, de forma clara, onjectiva e quantificada?
E quantos sindicalistas agiram nessas reuniões, ouvindo, promovendo o debate livre, procedendo à votação e registando as propostas de luta aprovadas? Quantos?
E os outros que intervieram no estilo descrito pelo Koniec, consideram que foi assim que procederam a uma consulta aberta, livre e não condicionada, à classe docente?
QUE SE DIVULGUEM OS RESULTADOS!!!
FICA O APELO, UMA VEZ MAIS!!!
Maio 5, 2009 at 7:42 pm
Tratar-se-á do mesmo caso?!…
Eu acho que sim!
http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=266&doc=4088&mid=115
Providência cautelar interposta por SPRC/FENPROF foi decretada!
O Ministério da Educação foi condenado, por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC) e obrigado a abster-se de informar os Presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) das escolas e agrupamentos que estes poderão, tendo em conta as situações concretas das suas escolas, fixar [ou não] os objectivos individuais (OI) de avaliação dos docentes que os não tenham entregado. Ou seja, tendo sido decretada definitivamente esta providência cautelar, fica ultrapassada a possibilidade de serem criadas situações de desigualdade, decorrentes de decisões tomadas de forma arbitrária, que permitiam que alguns PCE’s recusassem avaliar os docentes por estes não terem proposto os seus OI. Seguir-se-á, agora, a interposição, junto do mesmo Tribunal, da acção administrativa especial.
Para a FENPROF, as razões que levaram à interposição desta providência cautelar sobre as orientações da DGRHE/ME, nomeadamente as datadas de 09/02/2009, foram acolhidas pelo TAFC que não autoriza o ME a manter este tipo de orientação passível de ferir o princípio da igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa.
O TAF de Coimbra considerou desnecessária qualquer prova testemunhal por entender que as provas documentais apresentadas são suficientemente fortes para provarem a violação daquele princípio constitucional.
Para a FENPROF, fica, desta forma, desfeita a dúvida quanto à possibilidade de, em algumas escolas, os professores que não entregaram a sua proposta de OI não serem avaliados pelo simples facto de, os respectivos PCE’s, alegarem indefinidas “situações concretas das suas escolas”. Parece, também, caírem por terra as ameaças do ME, quanto a eventuais penalizações desses professores. Ameaças que, contudo, têm sido feitas à margem de qualquer fundamentação legal, como, recentemente, confirmaram os membros da equipa ministerial na sua deslocação à Assembleia da República.
Com mais esta derrota do ME, mais desacreditado fica o seu modelo de avaliação e mais se justifica que seja suspenso ainda este ano lectivo e rapidamente substituído. A não acontecer, o ME corre o sério risco de sofrer novas e mais pesadas derrotas que, no plano político, teriam impacto ainda mais relevante, nomeadamente se o Tribunal Constitucional declarar inconstitucional o Decreto-Regulamentar 1-A/2009 (“simplex” avaliativo), conforme lhe foi suscitado pela Assembleia da República, ou o Ministério Público declarar ilegal aquele diploma, conforme lhe foi requerido pela FENPROF.
Da parte da FENPROF tudo será feito para combater este modelo de avaliação, sendo o recurso à via jurídica um dos caminhos a seguir sempre que, como é o caso, o ME procurar impor a sua vontade recorrendo a ilegalidades.
O Secretariado Nacional da FENPROF
30/04/2009
Maio 5, 2009 at 7:44 pm
Ricardo
Não me parece que venham a ser divulgados os resultados. Acho que as ditas consultas foram “só para inglês ver” e para arrefecer os ânimos que começavam a clamar por lutas mais duras…
Gostava de saber se ao menos os movimentos independentes estão em condições de lançar um desafio mais poderoso aos professores?
Maio 5, 2009 at 7:46 pm
O que diz o site do ME:
http://www.min-edu.pt/np3/3577.html
TAF de Coimbra considera conduta ilegal a recusa da entrega da proposta de objectivos
5 de Mai de 2009
O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Coimbra considera que a recusa deliberada de entrega da proposta de objectivos individuais configura “uma situação de incumprimento dos deveres estatutários com vista à avaliação do desempenho” – “pelo que é justo que [os que se recusarem a entregar a proposta] sofram todas as consequências”.
No texto, enfatiza-se, de forma taxativa, que “é justo e devido que [os autores da recusa] sofram todas a consequências legais da sua conduta ilegal”.
Mais particulariza que “toda a sanção para a omissão de apresentação dos objectivos pelo docente se esgota num eventual procedimento disciplinar e em o docente não poder ser avaliado no período em causa”.
Estas apreciações do TAF de Coimbra foram feitas no contexto da sua consideração de um pedido de uma professora para que “seja decretada a providência antecipatória dos efeitos da condenação do requerido [Ministério da Educação (ME)] a ‘abster-se de praticar o comportamento que consiste na prestação do esclarecimento, recomendação ou advertência, pela sua Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), a todos os órgãos de direcção executiva de agrupamentos de escola ou escolas não agrupadas, através da informação de 09/02/2009 da mesma Direcção-Geral, segundo a qual os presidentes dos conselhos executivos e/ou os directores de agrupamentos de escolas ou de escolas não agrupadas poderão, tendo em conta as situações concretas das suas escolas, fixar os objectivos individuais dos docentes que não tenham entregado os mesmos objectivos no prazo para o efeito concedido’ “.
A este propósito, o TAF de Coimbra considerou que a DGRHE se deve abster de prestar a informação em causa.
Não obstante, o ME decidiu apresentar recurso desta decisão judicial.
Maio 5, 2009 at 7:46 pm
“Os professores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) enviaram segunda-feira uma carta aberta ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior na qual alertam Mariano Gago para o “grave cenário” que se desenhará nas instituições do ensino superior politécnico se a actual proposta de estatuto da carreira docente do ensino superior politécnico for aprovada.”
Os 130 professores que subscrevem a carta, a que o PÚBLICO teve acesso, sustentam que “um processo de revisão do estatuto da carreira docente deve corresponder a uma oportunidade para dar um salto qualitativo no que se refere ao desempenho das instituições e não um processo que implique a criação de uma crise institucional acentuada”.
Está aqui no Público o resto da notícia:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1378709&idCanal=58
Maio 5, 2009 at 7:53 pm
“Pedro, e o que fazemos nós ( os tais 25 ou 30 ou 4o %) de barba rija que não entregámos os OI?”
Esta pergunta da Reb é também a minha. E agora??
Eu não vou alinhar com o sindicato nesta palhaçada!
Maio 5, 2009 at 7:55 pm
Fenprof desafia ME a assumir “penalização” dos docentes
Juiz de Coimbra argumenta a favor da obrigatoriedade dos Objectivos Individuais
05.05.2009 – 19h32 Clara Viana
O secretário-geral da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira, desafiou hoje o Ministério da Educação (ME) a elaborar um documento legal onde estipule que os docentes são obrigados a entregar os Objectivos Individuais (OI) de avaliação, sob pena de serem penalizados. “Façam isso e no dia seguinte estão em Tribunal”, disse em declarações ao PÚBLICO, frisando o que tem vindo a ser defendido pela Fenprof e também pelo advogado Garcia Pereira, num parecer sobre a avaliação: o dever de entregar os OI “não está fixado em nenhum quadro legal”, como também não está a sua definição como “uma fase do processo de avaliação”, como tem sido defendido pelo ME.
Nogueira reagia assim a uma nota de imprensa divulgada pouco antes pelo ME, dando conta que o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Coimbra considerou que os professores que não entreguem os OI podem não ser avaliados por se encontrarem numa “situação de incumprimento” e ser ainda sujeitos a procedimento disciplinar.
O assessor de imprensa do ME, Rui Nunes, precisou ao PÚBLICO, que estas apreciações constam da sentença proferida pelo TAF de Coimbra no âmbito de uma providência cautelar interposta pela Fenprof. Por agora, o Ministério “está a repor informação que não tinha sido dada”. “É este o objectivo: divulgar a outra metade da sentença, que não foi divulgada”, referiu Rui Nunes.
No final da semana passada, a Fenprof revelou que a sentença do tribunal responde favoravelmente ao pedido apresentado pelos sindicatos, tendo decretado a suspensão das orientações do Ministério da Educação para os Conselhos Executivos das escolas imporem objectivos individuais se os professores os não apresentassem, por atentarem contra o princípio constitucional de igualdade. Esta é a única decisão que consta da sentença em causa.
Maio 5, 2009 at 8:06 pm
Koniec,
O desafio foi lançado, apresentámos uma moção alternativa à da Plataforma Sindical e até ontem aguardámos pelo anúncio público dos resultados. Temos sugerido uma luta mais contundente e não nos cansamos de alertar para a imperiosa necessidade da sua assunção clara e imediata. Como sabe os movimentos NÃO PODEM decretar greve. No Encontro de Leiria, aprovámos propostas de luta mais sérias e duras. Os colegas têm também de assumir a sua disposição para a luta e fazê-la chegar às direcções sindicais. Se algo correu mal nas reuniões de consulta geral é importante que cada colega denuncie as situações de condicionamento ou de falta de auscultação efectiva. Sabemos também (embora as razões sejam as mais variadas e algumas decorram precisamente da falta de capacidade de mobilização para as reuniões e de pedagogia de uma luta mais dura por parte dos sindicatos) que as reuniões sindicais não foram muito concorridas. Nestes termos, não é fácil encontrar uma saída. A frente jurídica continua de pé, a perda da maioria absoluta do PS é também uma saída possível, mas eu considero que esta luta, para ser ganha, deve ser travada em todas as frentes e usando todos os recursos disponíveis. Quem tem o poder legal de a conduzir e os recursos financeiros para a sustentar, tem de saber dar a resposta mais adequada e que se impõe neste momento! Com firmeza e determinação! A nós compete-nos pressionar, exigir sempre mais e melhor de quem tem por missão representar os professores!
Abraço
Maio 5, 2009 at 8:11 pm
# 69
Ricardo
Agradeço o seu esclarecimento.
Conheço as vossas propostas.
Na minha escola há um grupo de gente que iniciou processo judicial contra PCE e DRE.
Vai demorar, vai ser caro, mas estamos determinados a ir até ao fim.
O desbafo é que há uma certa sensação de desânimo e desorientação que o ME está a aproveitar habilmente, veja-se o caso desta tard com essa notícia da Providência Cautelar.
Maio 5, 2009 at 8:14 pm
# 33
Percebo a ironia! E não deixa de ser curioso que tenhamos sido postos em causa por afinal pedirmos um pouco de seriedade. É nesse contexto que me parecem importantes os posts do Paulo, agora em livro, porque mostram à saciedade de que forma os professores têm sido alvo de um ataque sistemático dos vários ministérios desde, pelo menos, Couto dos Santos…
Maio 5, 2009 at 8:16 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/05/05/pensamento-da-semana-6/
Maio 5, 2009 at 8:17 pm
Koniec,
FORÇA!!! São fundamentais, cada vez mais, os professores que resistem!!!
Abraço solidário
Maio 5, 2009 at 8:23 pm
Chamo a vossa atenção para um dos passos deste calendário de lutas.
No dia 26 de maio paralização de 90 minutos para aprovar as posições de escola…
De duas uma: ou é só para brincar às paralizações, ou os sindicatos sabem alguma coisa que não dizem e nessa data já poderão divulgar…
Será?
Maio 5, 2009 at 8:42 pm
Posso também apresentar a minha agenda? Quiçá mais pragmática?
Aqui vai:
– daqui por uns tempos, entregar a auto-avaliação;
– caso não me seja aceite, ou não me queiram avaliar como os colegas que entregaram OI’s, ou seja, caso não me dêem o Bom como vão dar aos outros fora-da-lei, peço contagem de serviço;
– se, na contagem de serviço, não vierem contabilizados os 2 anos devidos, avanço para tribunal.
Não faço e não participo em mais nada.
Maio 5, 2009 at 8:45 pm
Brincamos às paralizações com um tempinho a mais na caminha?
Estão a tentar enganar criancinhas com estas acções apalhaçadas?
Maio 5, 2009 at 9:14 pm
# 75
Nem mais! É também a minha posição.
Maio 5, 2009 at 9:16 pm
Não sei porque razão os sindicatos não optam por formas de luta com mais impacto como entupir a A1 ou A2 com carros a andar à velocidade minima, na véspera dos feriados(9 e 10 de Junho)???????????
O que se podia e devia fazer era entregar os cartões de sócio dos sindicatos.
O que é proposto é só para gozar com os professores, sobretudo com os que não entregaram OIs!
Maio 5, 2009 at 9:20 pm
74# E D. Sebastião será uma vedeta emergente mesmo sem nevoeiro…
Maio 5, 2009 at 9:23 pm
Para quem não entregou os OI, estas medidas não aquentam nem arrefentam. Para os outros ainda é uma tentativa para qualquer coisa, mas para nós é igual a nada!
Maio 5, 2009 at 9:24 pm
A ideia que têm sempre um truque na manga, faz-me lembrar alguém que aqui disse:
Criamos um incidente e damos mais visibilidade ao que já é pouco consistente.
Só já vêem eleições o resto é folclore.
Maio 5, 2009 at 9:33 pm
#12,
Pois, era o que pensava.
Mas há por aí um inteligente (http://fjsantos.wordpress.com/2009/05/04/uma-explicacao-para-gente-loira/#comments) que parece achar outra coisa.
Maio 5, 2009 at 9:34 pm
Greve aos dois primeiros tempos ?Então quem entra às 10h15 ou então às 13h30 não faz greve???
Maio 5, 2009 at 9:36 pm
Paulo vem à feira do livro no Porto ?
Maio 5, 2009 at 10:01 pm
Ricardo, eu não ando distraída.
Ainda hoje li noticia do DN sobre formas de luta da Plataforma, apoiadas pelos Movimentos.
Nem uma palavra sobre a AA.
Até pensei que tivessem deixado cair a vossa proposta de Leiria.
Se é para ser levado a sério, ou pelo menos discutido, pq não falam mais disso?
Já sei que há a luta jurídica ( muitas frentes até) mas a última fase deste modelo de avaliação concretiza-se, na maioria das escolas, em JULHO.
Depois, já era!
O pessoal vai de férias e fomos TODOS avaliados por esta treta a que se chama Modelo de Avaliação Docente.
Maio 5, 2009 at 10:36 pm
#85 reb
Que bonita sigla para Modelo de Avaliação Docente: MAD.Só podia ser uma coisa assim.Somos governados por loucos.
Maio 5, 2009 at 10:39 pm
Reb:
não sei que formas de luta estão por desvendar, mas eu nesta palhaçada, que a plataforma está a preparar, não vou entrar!
Para mim a luta tem que ser a sério, tem que prejudicar, escolas, alunos, enc. de ed… se assim não for de nada vai servir. A treta da conversa dos zecos de que não se faz assim porque não se pode prejudicar os meninos, não se faz assado porque não são os meninos que têm culpa, não está com nada, é apenas conversa de quem não quer fazer nada para tentar mudar o rumo das coisas! Tenho uma filha em idade escolar, por isso não podem dizer que sou inconsequente ou egoísta quando penso que devemos ter formas de lura que prejudiquem os alunos! Só assim podemos ganhar esta guerra!
Maio 5, 2009 at 10:39 pm
# 86 🙂
Maio 5, 2009 at 10:40 pm
#87 formas de luta (e não lura)
Maio 5, 2009 at 10:43 pm
Não falo de greve aos exames, porque o ME pode sempre fazer requisição cívil!
Por ex:
– greve por tempo indeterminado
– greve à avaliação do 3º período
Maio 5, 2009 at 10:43 pm
Plenamente de acordo!
Maio 5, 2009 at 11:01 pm
[…] sentido se pode também compreender a afirmação peremptória do mesmo Manuel Grilo, escrita em comentário no Umbigo às 14:05 de hoje, quando o secretariado da FENPROF, no qual este dirigente tem assento, ainda estava reunido às […]
Maio 5, 2009 at 11:05 pm
#82
Os casos de descontextualização não acontecem só aos outros. E a promiscuidade é altamente infecciosa.
Talvez fosse conveniente voltar a contextualizar. Mas se calhar não convém.
Maio 5, 2009 at 11:08 pm
Nunca percebi muito bem o título do blog do tal Santos (Re)flexões. O tipo é de Educação Física?
E o que é que o faz andar sempre a tentar provar que a pilinha dele é a maior?
Acho que ficou complexado desde que percebeu que não é capaz de dizer não ao novo escalão que aí se avizinha…
Maio 5, 2009 at 11:13 pm
#94
Dizia Paul Valery:
“Quem não pode atacar o argumento, ataca o argumentador”
E digo eu:
Criar um nick de propósito para atacar o argumentador já diz tudo.
Maio 5, 2009 at 11:23 pm
Gundisalbus,
Esse teu nick tb é interessante. Quase jurava que não há Santos nesta história. Ou será que há? 🙂
Maio 5, 2009 at 11:33 pm
Reb,
Se leres bem o que escrevi em #45 eu explico que não falamos muito na AA porque estamos apostados em mobilizar para uma luta mais radical que consiga a suspensão do actual modelo de avaliação e com isso não será necessária AA nenhuma, pelo menos não padronizada pelo simplex ou pelo 2/2008. E não deixámos caír a proposta de Leiria, relativa à AA! Também o expliquei no comentário #45.
Reb não podes é concluir que os movimentos por apoiarem a manifestação (forma de luta também discutida e aprovada em Leiria) estão em total consonância com o pacote de luta apresentado pela Plataforma. Apenas o MEP me parece estar em total sintonia. A APEDE, o MUP e o PROmova já o disseram claramente: é curto, é tímido, é mais do mesmo, é potencialmente desmobilizador, é importante ir mais longe, fazer a pedagogia das razões para uma dramatização da luta e ir “ao osso”, para se conseguirem reais e significativos resultados! Basta leres a Moção alternativa apresentada pela APEDE para as reuniões sindicais, para perceberes isso! E repito: devíamos estar todos unidos a mobilizar para TODAS as formas de luta possíveis! Ainda é tempo, mas urge!
Maio 5, 2009 at 11:46 pm
#96
Meu caro Ricardo, garanto-lhe que está redondamente enganado. E não percebo a intromissão se a conversa não era consigo. Ou seria? Mas não vou perder tempo consigo.
Salvaguardadas as devidas proporções, sigo o princípio de Alexandre Herculano:
“Não atiro a pardais”
Maio 5, 2009 at 11:59 pm
#95
qual argumento? o do tal Santos? nem me dei ao trabalho de ir ler o texto? a minha dúvida é mesmo comportamental e não argumentativa…
ps: o Valery ainda dizia coisas interessantes…
Maio 6, 2009 at 12:02 am
#95
faça-me o favor de pôr um ponto final a substituir o terceiro ponto de interrogação.
Já agora, também me chamo Ricardo, mas não sou Silva.
Maio 6, 2009 at 1:14 am
Gundisalbus, #98
Ainda bem que “não atira a pardais”! Fico muito mais tranquilo 🙂 Até porque os bichinhos não fazem mal a ninguém!
Mas já agora, e parafraseando Alexandre Herculano que certamente parafraseou Cícero, respondo-lhe sem perder muito mais tempo:
“Historia magistra vitae” ou, em português para pardais, “A História é mestra da Vida”!
A História dirá a quem pertenceu o contributo mais genuíno e válido, nesta luta: se aos pardais, se aos abutres!
Maio 6, 2009 at 4:03 am
Ora, uma boa sugestão: quando não se pode vencê-los… utilizamos as tácticas deles (as agências de comunicação que o digam): http://5dias.net/2009/05/04/confissoes-de-uma-campanha-alegre/