Surgiram hoje na imprensa algumas reacções ao facto da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos ter declarado que os documentos relativos à avaliação docente não podem ser confidenciais e que deverão ser de acesso público.
Para mim esta é a posição certa na defesa da transparência do processo, no sentido de o colocar acima de jogos de interesses, clientelismo e favorecimento.
Não me incomoda nada que isso aumente o nível de conflitualidade nas escolas. Nada mesmo. se essa conflitualidade impedir atropelos e abusos de poder.
Incomoda-me mais que quem defende a transparência e o acesso público a documentos muito mais sensíveis em outras áreas da administração agora tenha dúvidas sobre a bondade desta publicidade do processo de ADD.
Estranho ainda que exista quem usando a conflitualidade como forma de «luta» preferencial, depois se interrogue sobre a sua utilidade em outros planos.
Ou que considere serem os efeitos desta decisão potencialmente mais negativos do que positivos, como parece entender António Avelãs em declarações ao DN e JN, conforme se pode ler aqui.
“É uma decisão ambivalente. Poderá trazer mais transparência ao processo, já que o modelo de avaliação deixa aos conselhos executivos um poder excessivo que se pode transformar numa atitude discricionária ou arbitrária, mas ao mesmo tempo ameaça tornar ainda mais conflitual o ambiente nas escolas”, disse ontem António Avelãs. O dirigente sindical sublinhou que, no entanto, teme que “sejam mais os efeitos negativos do que os positivos”.
Mas mais perturbador ainda é perceber como, de forma implícita, boa parte do movimento sindical parece ter interiorizado que a questão da ADD está resolvida e que só há que estar preocupado com a «conflitualidade».
Ora, entre a garantia de transparência e a hipótese de conflitualidade, para mais num processo que se afirma querer suspenso, não me parece que possam existir grandes hesitações
Já sei, já sei, as declarações estarão «descontextualizadas».
Ou eu estarei a lê-las com «segundas intenções»…
Mas também sei que, por vontade de muito boa gente, este dossiê já devia ter ficado fechado em final de Janeiro. Era esse o plano, certo?
É que eu já ando muito confuso com isto tudo. Sinto-me «descontextualizado».
E devo ser naturalmente conflituoso.
Mas nada «ambivalente».
Abril 9, 2009 at 3:52 pm
Totalmente de acordo, Paulo.
Abril 9, 2009 at 4:06 pm
Eu tb me sinto descontextualizada!
Afinal defendem o fim da divisão da carreira, o fim desta avaliação e preocupam-se com esses pormenores???
Mas aceitam a avaliação e querem-na confidencial ou recusam-na???
Abril 9, 2009 at 4:13 pm
António Avelãs é dos sindicalistas mais sui generis que conheço. Da sua majestática pessoa, há uns tempos idos, regozijava-se na frente da minha pessoa que era tritolé com 160 e tal pontius (…)
Todas as intervenções dele na imprensa, sobretudo, mais pareciam de um tipo à espera de uma qualquer nomeação para a 5 de Outubro … ou outro cargio socretino.
Abril 9, 2009 at 4:18 pm
Absolutamente de acordo. A transparência acima de tudo.
Abril 9, 2009 at 4:22 pm
O que consta no ECD, da tal confidencialidade, era, obviamente, ilegal, á luz do mais elementar procedimento administrativo.
É por estas e outras que Avelãs e companhia permitiram que esta escumalha fizesse gato sapato dos mais elementares de direitos básicos de cidadania, dos professores.
A selva, o caos. O amigismo, o clientelismo, o compadrio instalado. Grassa nas escolas já há 4 anos, POR CULPA TOTAL DOS SINDICALEIROS.
Tipos destes precisam de ser, urgentemente, banidos dos sindicatos!!!
Abril 9, 2009 at 4:25 pm
“Para mim esta é a posição certa na defesa da transparência do processo, no sentido de o colocar acima de jogos de interesses, clientelismo e favorecimento.”
Então o tipo (o tal Avelãs) defende o amiguismo, o clientelismo, a opacidade?
MAS O QUE É ISTO?????????
Fizeram-no durante estes anos, não é verdade?
Não. Não. Não foi só a Fne!
Abril 9, 2009 at 4:31 pm
Não é do Avelãs a frase que aparecia num número da revista do SPGL: “Uma boa greve deve levar a uma boa negociação”?
A minha modesta “teoria” é que os sindicatos estão, mais do que resignados, interessados em não perder aquilo que acordaram há cerca de um ano no famoso “Memorando”. E já então aceitavam de tal forma a “inevitabilidade” da avaliação que até se dispunham a avaliar neste próximo Maio um modelo que em boa verdade só começará a partir da auto-avaliação…
Já deviam ter percebido que com este governo não há negociação possível. Resta-nos desmascarar os atropelos constantes à lei e agir judicialmente.
Quanto à hipotética conflitualidade, ainda é muito cedo para falar nisso, mas a transparência recomenda-se sempre.
Abril 9, 2009 at 4:32 pm
Os sindicalistas têm a oportunidade histórica de deixarem de ser ambivalentes!
Esta “directiva” da CADA assegura a todos nós que a avaliação de desempenho, mesmo esta da qual não gostamos, decorra segundo os princípios da transparência.
Vai fazer por exemplo que um professor, tenha base legal para impugnar a sua avaliação consultando os processos dos respectivos colegas aos quais foi atribuído um Muito Bom em qualquer das milhares de escolas deste País só porque goza da simpatia dos órgãos de gestão.
Além de que pode propiciar a denúncia criminal de favorecimentos pessoais. Por essa razão, alguns actuais PCE’s e membros das tais Comissões de Avaliação estão verdadeiramente preocupados.
PROBLEMAS DE CONSCIÊNCIA?
Abril 9, 2009 at 4:40 pm
Colegas,
Temos que acabar de vez com muitos tráficos de influências e clientelas que minam as escolas deste Pais.
A decisão da CADA deve ser por esse motivo bem vinda.
Claro que aumenta a conflitualidade dentro das escolas, mas não é a hora de atirarmos ao ME a culpa desta conflitualidade. Não é uma excelente arma para os sindicatos!
Ai ai ai, parece-me que os sindicatos têm de mudar os “treinadores”.
Abril 9, 2009 at 4:41 pm
mundus est fabula, eu não diria tanto.
Acho que os sindicatos “jogam” com uma lentidão confrangedora.
Abril 9, 2009 at 4:51 pm
Veja lá se coloca no seu blog a página do DN para eu malhar naquela figurinha sinistra que por lá aparece. É que a seguir vêm os ciganos para acertar as contas relativas ao RSI. Ai vem…vem.
Abril 9, 2009 at 4:59 pm
# 8
Pedro Castro
“Além de que pode propiciar a denúncia criminal de favorecimentos pessoais. Por essa razão, alguns actuais PCE’s e membros das tais Comissões de Avaliação estão verdadeiramente preocupados.”
O Avelãs deve estar enrascado. Afinal, é professor tritolé e deve pertencer a uma Comissão dessas ou parecido!!!
Pois é.
Abril 9, 2009 at 5:00 pm
Por esta ordem de ideias, os alunos também tem direito a consultar o seu processo de avaliação. Nem discordo.
Seria giro, consultar os registos dos professores cuja escala acaba no 18, mesmo quando os merecem mais.
😉
Abril 9, 2009 at 5:01 pm
“mesmo quando os alunos merecem mais”
Abril 9, 2009 at 5:01 pm
# 11, Não acha que está a ultrapassar os limites da lei.
Da sua linguagem existem indícios de incitamento à violência física meu caro…
Há limites. Sou do FCP mas não gostei nada daquela cena de Gondomar onde espancaram o vereador…
O seu comportamento indicia caciquismo…
Abril 9, 2009 at 5:05 pm
Conflitualidade?
Desde há 4 anos que esta gentalha moveu aos professores, uma guerra, e tipos destes falam em conflitualidade!?
Nem quero acreditar que o tipo do SPGL ainda está a defender a escumalha que criou a conflitualidade!!!
Abril 9, 2009 at 5:09 pm
Transparência na administração? Cruzes canhoto! E de caminho acabar com o sigilo bancário, não? Onde está um Grão-Titular quando precisamos dele. Vamos lá a acabar com estas ideias modernas.
Abril 9, 2009 at 5:19 pm
Ainda tenho alguma fé – e ao contrário do que a maioria dos comentadores afirma – exactamente pela oposição e manifestações públicas da magistratura, no funcionamento da Justiça.
Ainda quero acreditar em gente vertical, íntegra e incorruptível.
Ainda quero acreditar que a estupidez tem limite!
Tal como os professores, os polícias, alguns jornalistas e outros, também os magistrados apenas têm (infelizmente e neste momento) uma forma de chamar a atenção para o que se está a fazer neste país e em concreto nos vários sectores.
Ou se tornam públicas determinadas posições e situações ou os imensos tentáculos, num silêncio conivente trucidá-los-ão: às pessoas, à transparência, à justiça.
Enoja-me como, os políticos, pedem celeridade no processo do freeport – ou outros afins que os envolvam – quando cidadãos honestos/ cumpridores e de palavra deste país, esperam anos e anos e, mais anos por decisões judiciais.
Enoja-me quando o cidadão comum precisa recorrer à justiça mas não aufere de um ordenado que lhe permita manter processos durante anos ou simplesmente pagar os honorários de um bom advogado…
Enoja-me que responsáveis conhecedores de pressões (muitas em variadas áreas), das mesmas não dêem conhecimento… Enoja-me que altos responsáveis afirmem que decidem que processos avançam ou não quando nos seus mandatos os tiveram, ao que parece, em mãos …
Enojam-me as demissões, as intimidações, as ameaças… Enoja-me a arrogância do desprezo de respostas, enojam-me os atropelos consecutivos -mas a jeito – da lei, enojam-me os incumprimentos das decisões dos tribunais… enoja-me a mentira e o faz-de-conta; enojam-me os imorais pregadores de moral; enoja-me o destino que é dado aos meus impostos e dos restantes portugueses sem que haja alguma vez responsáveis de coisa alguma… Enoja-me todo este sistema feudal onde a alguns basta a palavra (“p” pequeno) e aos outros não é suficiente o trabalho…
100% de acordo. Qual conflitualidade, qual quê! Transparência!!! Que sejam afixadas pontuações e resultados e públicos todos os procedimentos e documentação!
Em tudo, assim deveria ser – mas não é!
Abril 9, 2009 at 5:22 pm
#11,
Coloque no seu.
Abril 9, 2009 at 5:23 pm
Quem pensa que a conflitualidade nas escolas é pouca deve estar a dormir.
Do mal o menos e já que querem esta ADD então que seja tudo preto no branco. Quem não deve não teme……..
Mas quem entrou nesta ADD não se venha depois queixar.
Abril 9, 2009 at 5:28 pm
Totalmente de acordo com o conteúdo do ‘post’. Até me apetece citar a fiugurinha: “A lei é para cumprir.”
#13 e #14
Obviamente os alunos podem consultar os seus processos.
A minha escala (infelizmente) este período acabou no 16, mas também gostava que fosse até ao 20.
Abril 9, 2009 at 5:30 pm
Os meus registos de avaliação são públicos para os alunos, mesmo nas aulas.
Nada na manga.
Abril 9, 2009 at 5:30 pm
“Obviamente os alunos podem consultar os seus processos.”
🙂
Só se papá tiver muito influência. Caso contrário… que mude de escola.
Abril 9, 2009 at 5:40 pm
São vários os requerimentos que tenho feito à CADA para conseguir acesso a documentos de domínio público negados por Conselhos Executivos, Presidentes de Assembleias de Escola, Serviço de Acção Social do município ………..
De notar que os titulares destas organizações enchem a boca com declarações de democracia e transparência. Acontece, porém, que quando depende deles o acesso aos documentos administrativos como que fenece.
Todos os pretextos, por mais ridículos que sejam, são utilizados para impedir que se saiba o que é, deve ser, do domínio público.
Refiro-me, concretamente, a documentos indispensáveis para que possa acompanhar, com conhecimento objectivo, a vida escolar dos meus filhos.
Quando a relação entre os pee e os órgãos da escola se reduz a umas bocas de circunstância e mais ou menos irresponsáveis é tudo um mar de rosas. Porém, quando se entende que essa relação radica na independência e na responsabilidade já a coisa dá para o torto.
Deixo claro que não estou a generalizar, mas cá pelo “meu” agrupamento é assim.
Abril 9, 2009 at 5:43 pm
#18 J.F.
Infelizmente esta é a sociedade que ajudámos a criar.Deixámos passar governos atrás de governos, que só fizeram asneiras e não reclamámos. Perdemos direitos e agora??????????
Qualquer dia voltamos a não ter liberdade e, isso sim, dói a valer.
Abril 9, 2009 at 5:45 pm
Os registos de avaliação que os professores fazem em relação aos alunos são públicos e conhecidos pelos mesmos.
Abril 9, 2009 at 5:57 pm
Dará também para ver como médias de 30% (testes, trabalhos, oralidade, comportamento e etc) e menos dão direito a nível 3 para os alunos transitarem.
Abril 9, 2009 at 5:58 pm
#13,
Agora fiquei confusa.
Que eu saiba, os alunos (e EEs) têm o direito de conhecer os critérios de avaliação gerais e específicos de cada área disciplinar que lhes são fornecidos no início de cada ano lectivo. Em muitas escolas são mesmo enviados para os EEs para que deles tomem conhecimento e assinem.
Abril 9, 2009 at 6:02 pm
#13
Os meus alunos têm acesso aos meus registos sobre a sua avaliação, ao cálculo da nota, etc., e na última aula é-lhes explicado por que motivo obtiveram aquela nota.
Defendo a transparência total nas avaliações, nas minhas, nas dos outros, nas do alunos e em todas. E o acesso a essa mesma avaliação por parte de quem nisso mostrar interesse.
Afinal, o que é que há para esconder?
Abril 9, 2009 at 6:04 pm
#22
Os meus também.
#23
Pois, exagerei na generalização. O “obviamente” tinha por referência o CPA. Na realidade os procedimentos devem variar bastante de escola, é a autonomia interpretativa 🙂
Abril 9, 2009 at 6:06 pm
de escola para escola (é a fome a apertar…)
Abril 9, 2009 at 6:14 pm
Se estivermos a falar nas classificações atribuídas nos vários tipos de avaliação, aí, e apesar dos critérios específicos de correcção dos mesmos, poderá haver conflitualidade.
É assim….
Abril 9, 2009 at 6:32 pm
Quem não deve não teme. Estou totalmente de acordo que qualquer professor possa ter acesso a qualquer documento relativo às avaliações de outros a bem da transparência, pois favorecimento aos amigos é uma das principais caracteristicas deste nosso país.
Abril 9, 2009 at 6:42 pm
Sou 100% a favor de os dados serem revelados!
Acho que se tal não for feito é porque as pessoas têm algo a esconder.
Abril 9, 2009 at 6:44 pm
Um post fino.
Um dia ainda hei-de discorrer sobre os benefícios da “conflitualidade” na cama, com uma mulher bonita.
Ou, então, escrever uma tese de mestrado sobre a candente problemática: “De como pode a conflitualidade ser utilizada como papel higiénico na falta deste”.
Abril 9, 2009 at 6:46 pm
Bonita apenas não chega, caro Reitor.
Abril 9, 2009 at 7:19 pm
#10
acredito bem que sim, mas ao mesmo tempo o que sobra de reivindicação é um escalão a mais, que ainda por cima já devia ser um direito adquirido pela equiparação dos docentes aos quadros superiores.
tudo o mais, nesta altura do campeonato, servirá apenas para branquear a asneirada sinisterial.
nem me admirava nada que, findo o “processo negocial”, aparececem consignados, como quem não quer a coisa, os objectivos individuais no articulado do Estatuto reformulado, mesmo a tempo de tentar legitimá-los à posteriori…
Abril 9, 2009 at 7:55 pm
Desculpem “meter” a questão neste tema mas não era suposto termos acesso à situação de validação ou não da nossa candidatura?
Abril 9, 2009 at 7:56 pm
Sobre as avaliações, concordo que se deve ter acesso às mesmas.
Abril 9, 2009 at 8:05 pm
Eu concordo com o Paulo e louvo o que ele tem feito.
Mas eu vou votar Sócrates.
Pois se fui a manifestações pela primeira vez, se fiz greve, se não entreguei OIs…
E agora vejo tudo conformado, os “espertos”, a pretexto de medos, falta de dinheiro, e desculpas mais esfarrapadas ainda, a entregar OIs, numa vaga de oportunismo como eu não julgava possível…
Então que aguentem com ele mais 4 anos e quando começarem a ir todos os dias para a escola na Páscoa e Natal e outras que decerto vão sair daquelas cabecinhas, agora que viram que a DREN é que tem razão: “Os professorzecos são muito corajosos é quando são muitos, sozinhos são uns cobardolas”. Cada um/classe tem aquilo que merece, e eu vou ver se deixo de ser parvo. Manifestações e greves acho que já estou vacinado até à reforma, que é daqui a uns 20 anitos.
Sejam todos felizes!
Abril 9, 2009 at 8:20 pm
#40,
Tenha calma.
A bem dizer, não deixe de ser parvo.
:-))
Abril 9, 2009 at 8:23 pm
E não está nada vacinado até à reforma.
Se não estou em erro, tem de levar com 2 do tétano.
Abril 9, 2009 at 8:25 pm
Quanto ao A. Avelãs, enfim……
Um bocado ao jeito do Sucena, mas com mais barba.
Por falar no Sucena, onde andará?
Abril 9, 2009 at 8:27 pm
Que melhor resposta para esta ambivalência sindical com peso na consciência (isto na melhor das hipóteses, de haver consciência, uma réstia de consciência,ainda que seja) do que o ditado já, aqui, várias vezes citado: “Quem não deve, não teme”?
Ou será, neste caso, melhor aplicado este outro: “Quem tem tutu, tem medo”? Tutu no sentido de rabos de palha…
Abril 9, 2009 at 8:32 pm
#40 parvo
Acha que os ditos chicos espertos se sentem bem com o que fizeram?????
Os que eu conheço andam de cabeça baixa e não falam nem querem ouvir falar do assunto.
Vai votar PS? Por isso utiliza o “parvo”!!!!!!!
Abril 9, 2009 at 8:43 pm
Cada vez que o matusalém do SPGL abre a boca sinto-me corar de vergonha
Abril 9, 2009 at 8:54 pm
O Ministério da Educação não está já a tratar da transparência nas escolas? Lembro-me de ter lido que o ME estava a preparar a instalação de câmaras de vídeo nas escolas… Destinam-se a quê? Também podem servir para mostrar os professores…
De repente, parece que anda tudo paranóico com a questão da transparência! A propósito, por que não é assim em todas as áreas, incluindo a Justiça?
Abril 9, 2009 at 9:06 pm
#47
Não percebi esta ligação entre câmaras de vídeo e documentos administrativos. Não estará a fazer confusão entre o direito ao acesso a documentos administrativos e o direito à protecção de dados pessoais e à reserva da vida privada?
Também tenho muitas reservas quanto às câmaras de vídeo. Vamos esperar para ver.
Abril 9, 2009 at 9:30 pm
Claro que os alunos sabem os critérios de avaliação. Aliás, por imposição de portaria ministerial.
Mas todos sabemos que não são aplicados de modo uniforme, pela simples de razão de alguns terem tectos artificiais.
E a verdade é que aos alunos na generalidade das escolas não podem aceder aos seus registos de avaliação, administrativos, etc…
Abril 9, 2009 at 9:48 pm
Já a formiga tem catarro.
Que é isso de comparar registos de avaliação de desempenho de professores com as clasificações que os professores dão aos alunos nos testes?
Está tudo doido!?
O que é que o «cú tem a ver com as calças»?
Abril 9, 2009 at 9:52 pm
Xotores!
Em falando de transparências e de fim as Conflitualidades, venho aqui dizer que em vários postes mais avaixo já calei a conflitualidade do gente Ferrer que estava vir para aqui a modos que a chamar-se Darque vaida, ou darquense, ou o que era, o magano!
Num dos postes ainda se portou bem, mas naquele sobre a demissão do bosse das medicinas e na sua contratação para a lista das europas, nesse poste até deitou raios pelas orelhas e acavou muito zangado, que não vinha cá mais ou talvez, QUANDO AQUI O CONTROLEIRO FOSSE ENVORA e assim!
Foi um festival de perdigotos, parecia aqueles festivais de verão com a chiquita e a ana malhoa a por tudo a dançar . E ele até foi dançar a chula com a Maria C ou assim e parece que deixou os Xotores em Paz!!!!
Benzódeus! Valha-nos Santo Onofre!!!
E o ontra a maré andou a perdigotar no poste das últimas fotografias dos xotores e também foi de recua abuscar a dentadura postiça, o banheiro das nórdicas pitosgas!!!
Abril 9, 2009 at 10:01 pm
Queria de dizer o CONTRA a maré e não o ontra, coitadinho….
Por falar, vão aqui as instruções para lerem o primeiro capítulo do ROMANCE LAI DA MARIA CAMPOS:
1. Viram aqui ao lado à direita, na coluna direita
2 descem por aí abaixo até acharem um calendário
3 escolhem o calendário de Abril, que por agora até está todo á mostra
4. carregam com a setinha do rato (do computador!!!) no número 6 (é do dia seis de Abril)
5. Aparece o arqiuivo do Xotor Guinote dos postes desse dia
6. Descem mais um pouco até darem com uns barcos com rodinhas, com um título do poste “TRICICLOS DO MAR!
7. Carregam na linha que diz “Comentários” e estes aparecem
8. andam uns centímetros e encontram o 1º Capítulo , em pré-puvlicação do “Façam o Favor de Ser Felizes!”
9. Divertem-se um pouco, pensam um pouco, LENDO NOS DETALHES TODOS
10.Podem ler também os outros comentários e assim , pois está claro
Desculpe Xotor Guinote o abuso de estar usar os seus postes, eu que não tenho posses para comprar um Blogue de uma assoalhada/T1 que seja!!!!
Abril 9, 2009 at 10:07 pm
#49
Não falo só de critérios, falo da avaliação real (folha de excel, caderneta do professor, cálculos feitos com calculadora, enfim, o que quiser) com valores (neste trabalho tiveste 50%, no outro, 60%, no teste 45%, no comportamento tens x, porque te portas assim, e outras coisas, de acordo com as indicações do CP).
É a isto que os meus alunos tem acesso, para tirar teimas, para resolver logo as dúvidas.
É também dito que os papás mais curiosos têm também acesso à dita informação, para tirar teimas, resolver dúvidas.
Relativamente aos tectos artificiais dos critérios de avalição, penso que vivemos em realidades distintas (além de que um no Sul e outro no Norte): no meu caso, infelizmente, o “tecto” são os próprios alunos que o fazem, porque, por mais que eu me esforce, não descolam do 3 e é quando lá chegam.
Abril 9, 2009 at 10:28 pm
#53
Refiro-me ao Secundário.
Abril 10, 2009 at 1:14 am
Sou professora do Secundário. Este ano trabalho com o 12º ano. São meus alunos – 80 – há 3 anos. Têm acesso às grelhas de excel de todos os testes, às cotações de todas as perguntas, às grelhas de avaliação de apresentação de trabalhos orais, às grelhas de avaliação das competências de compreensão e expressão oral (sou prof de Português) que, de acordo com as orientações do Me, tem um peso de 25% na avaliação sumativa.
No final do período, cada departamento tem uma grelha, elaborada de acordo com os critérios de avaliação, dados a conhecer aos pais e alunos. A grelha é facultada aos alunos para fazerem a autovaliação, bem como todos os registos escritos do professor (no meu caso, uma espécie de ficha de caderneta com informações manuscritas). Não há segredos e não há “quotas”. A estes alunos dei alguns 20 no ano passado e espero repetir este ano.
Desculpem o texto ser longo, mas o que mais me “dói” é quando são professores a lançar suspeitas sobre outros professores e sobre níveis de ensino que desconhecem, ou que conhecem apenas por intermédio de familiares.
Abril 10, 2009 at 2:07 am
#54
Talvez a realidade aí do Norte seja diferente, DA. Aqui “por baixo” mesmo no secundário, a realidade encaixa na perfeição na descrição da Maria C (em #53). Se excluirmos a educação Física e a área de Projecto (12º ano) raramente aparecem alunos acima dos 16 ou 17 valores e são eles pelo seu desinteresse que constroem o tecto.
Abril 10, 2009 at 2:14 am
#55,
Helena,
Tudo o que referiu é feito por muitas escolas e professores.
Muitos de nós fazemos o mesmo, apesar de considerarmos que, às vezes, existe um certo exagero com tanto registo de informação.
Há muita coisa que pode ser melhorada/simplificada.
O seu texto não é longo. Mais haveria a dizer.
Por exemplo, que nas reuniões com os EEs, esses registos são facultados a quem os quiser consultar.
Para terminar, isto é feito não só a nível do secundário, mas também do básico.
Abril 10, 2009 at 2:30 am
#56,
Embora não tantos como gostaríamos, há alunos que, sem ajudas externas, conseguem obter classificações superiores a 16 ou 17 valores e que trabalham para isso.
Voltando ao comentário da Helena, talvez ela esteja de acordo comigo no seguinte: estes procedimentos em termos de avaliação têm diminuido grandemente os famosos recursos de finais de período.
Abril 10, 2009 at 2:56 am
Fernanda 1,
Totalmente de acordo com os seus dois comentários. Só referi o facto de, neste momento, estar a trabalhar com o secundário, porque o DA, no comentário 54, disse que se referia ao secundário, quando referia a falta de transparência.
Relativamente às classificações, sei que, neste momento, estou a trabalhar (com mais 3 colegas) com turmas muito boas. É um privilégio e um gosto. Para o ano, quando regressar ao 10º ano, já não tenho as mesmas expectativas. Se pelo menos forem educados e se interessarem por alguma coisa, nós faremos o resto.
Abril 10, 2009 at 3:59 am
Cá por mim, transparência total. Direi mais: todos os documentos administrativos devem ter acesso livre na Internet
http://www.profblog.org/2009/04/ca-por-mim-transparencia-total-direi.html
Totalmente de acordo.