Sexta-feira, 20 de Março, 2009


Lightning Seeds, Sense

Música para ficar bem disposto…

Tutela cria Gabinete Coordenador de Segurança Escolar

Entretanto casos como este vão acontecendo… Provavelmente não se enquadram nas grelhas do ME sobre nada em particular, ou em geral.

Agora já é oficial, pode-se divulgar. Na 4ª feira tomámos conhecimento da iniciativa, mas foi-nos pedido o devido sigilo. O qual foi respeitado por todos os presentes.

Exmos. Senhores

Professores

Para vosso conhecimento e apreciação, junto enviamos a Apreciação Parlamentar n.º 110 /X-4ª – Decreto-Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro

«Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro, que reviu o regime jurídico do concurso para selecção e recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, bem como da educação especial, e que revogou o Decreto-Lei n.º 35/2003, de 27 de Fevereiro», entregue hoje na Mesa da Assembleia da República

Com os melhores cumprimentos

O Deputado

João Oliveira

Lisboa, 20 de Março de 2009

N/Ref. 29006-853/MAIL/FGJO/09

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Uma colega que está de atestado desde Novembro de 2008 ser notificada por não ter apresentado os Objectivos Individuais?

Alguém que nem sequer tem data para regressar ao activo e que nem sequer teve conhecimento oficial do calendário da avaliação?

Pergunto eu, que cada vez constato mais disparates neste processo já de si disparatado.

Momento 1

Venho do PCE.
Apresentou-me um papel com o título: “Notificação”, que dizia: ” Declaro que não entreguei os OI”.
Perguntei-lhe em que se baseava para me notificar. Disse que eu tinha que assinar porque ele queria que assim fosse.
Respondi-lhe que aquilo não era uma notificação. Se quisesse que eu assinasse, teria que lá escrever outra coisa, informação por exemplo.
Disse-me que iria escrever uma acta em como eu me recusava a assinar.
E eu respondi-lhe: à vontade.
Saí!

E sou a única neste agrupamento…

Momento 2

Paulo, isto é uma grande chatice. Nunca até agora me senti tão mal na escola (desde que tudo isto começou).

Soube, por portas travessas, que os PCE reuniram com a DREL e lhes disseram que TINHAM QUE NOTIFICAR quem não entregou os OI. Sei que houve ameaças veladas…

O meu atrapalhou-se todo, tal como os dos agrupamentos ao lado. Em vez de notificações (porque são mais espertos que o meu) obrigaram os profs a assinar um papel em que dizem simplesmente que não entregaram, sem mais nada!!

Isto parece a perseguição aos judeus. Todos os meios são possíveis para perseguir e intimidar.
Digo-te uma coisa: hoje tive plena consciência que estamos em “guerra” contra um governo muito poderoso. Não deve ser muito diferente do da Venezuela. Apenas está no 1º mundo, integrado numa união “democrática” europeia.

Não escrevi nada, mas sei que para a semana me será apresentado outro papel sem o título “notificação” e eu terei que o assinar, para que, da próxima vez que o meu PCE receber uma chamadinha da DREL, possa dizer : “Está tudo tratado”..

Que tristeza…
Ele nem se lembra que eu me dedico muito aos alunos e até dou apoios pedagógicos na minha componente não-lectiva ( mais nenhum colega de grupo esteve para isso)…

Isto magoa…

R.B.

Chegado por mail, com pedido para eu resumir, mas eu achei que não o devia fazer e deveria divulgar na íntegra.

Quando saiu o 2/2008, fiz um texto, criticando o diploma e questionando uma série de pontos, para ser discutido em Conselho Pedagógico. Demorei que tempos a convencer o chefe. Quando estava convencido, numa manhã em que tinha ido com os alunos para o Corta Mato Concelhio, saiu o 11/2008. Quando cheguei disse-me que já não valia a pena e t”coisa e tal”. Respondi-lhe que aquele diploma apenas esbatia um ou dois pontos do que eu tinha escrito e que o resto se mantinha. Claro que isso já não lhe interessava e por isso não foi a Pedagógico. Ainda enviei para alguns colegas. “Está muito bem feito, mas o melhor é esperarmos para ver o que acontece…” e outras considerações igualmente “pertinentes”!!! 😦

Ah!, entretanto as colegas da secção de avaliação puseram-se, que nem loucas, a fazer grelhas… Bem lhes perguntei para quê tanta pressa. Bem lhes disse que havia ali coisas que não podiam ser assim… Mas qual quê! Temos que fazer!

Veio Setembro e, de repente, recebemos um mail (ordem de serviço) a dizer que os objectivos tinham que ser entregues até 30 de Setembro. Perguntei para quê aquela correria. “Temos que começar com a avaliação!”

Perguntei pelos documentos que regiam internamente a avaliação. Estão ser feitos (não estavam nada porque quem ia fazer o Projecto Educativo e o Projecto Curricular de Agrupamento era eu! O RI também ainda não estava a ser feito! Calendarização do processo também não havia. ( E não podia ser eu a pôr em causa a sua inexistência porque ainda me acusavam de estar a protelar a sua elaboração para invalidar a avaliação – e como eu não o fiz, também ninguém o fez, apesar da Isabel dos Bilros – nossa dirigente sindical e professora do agrupamento mas destacada no SPGL, ter levantado a questão e de eu já ter tentado que o fizessem)

Para todos os efeitos o chefe (como vem sendo hábito no início de todos os anos) estava zangado comigo! Durante os meses de férias só faz asneiras! Como eu costumo dizer “reges-te pelas conversas de cabeleireiro (da mulher e da vice) e pelo que ouves nos cafés” e depois sai asneira; não lês a legislação. No 1º CP de cada ano questiono e ponho em causa tudo o que ele preparou e fica fulo comigo.

Este ano, quando cheguei, contrariamente ao que tínhamos combinado em Julho, tinha juntado as “expressões” todas, sem delegados de grupo e só eu como avaliadora e sem possibilidade de delegar competências sem lixar os horários de toda a gente. Tenho 7 grupos e 18 pessoas no departamento!!!! (bem tentei que questionassem a minha competência pedagógica, mas ainda houve alguém que me veio dizer que não fariam porque preferiam que fosse eu a avaliar, a que fosse outro qualquer, mesmo que do grupo)

Tive uma discussão enorme, por causa disto e de outras coisas e especialmente por causa dos Objectivos Individuais. Disse-lhe que não tinha nada a ver com eles que não eram da minha competência porque a avaliação de todos os pontos eram da competência dele e que portanto eram só e apenas com ele.

Toda a gente se calou e aquilo ficou assim. Pediu-nos para reunir os departamentos e recolher os objectivos. Tudo bem, mas que nem olhava para eles.
Transmiti no departamento mas não disse a minha opinião sobre a sua elaboração. Não tinha que saber, nem a minha opinião era igual à das restantes pessoas, inclusive à das que tinham elaborado as fichas que, para mim, estavam incorrectas. Ele entretanto foi a uma acção e quando leu os OI do pessoal mandou tudo para trás porque estavam mal. E ainda ouvi uma boca “se não fosses para as reuniões (de departamento) criticar e ensinasses o que sabes…” – devia ser por isso que estavam mal todos os de todos os departamentos!

Entretanto, em Novembro, começaram as observações de aulas. Eu já ia com 8. Estava a ficar esgotada porque estava sem horário, a ir lá qualquer hora para observar aulas e ter as “conversinhas”.
Na 2ª semana vieram pedir-me, várias pessoas, para tentar acabar com aquilo.
Fiz uma moção e sabendo que nem através do CP, nem do CE iria a lugar nenhum porque embora todos eles discordem, não são capazes de assumir posições enquanto “órgãos”, enviei a moção e um convite para uma reunião a todos os professores do agrupamento.
Essa história e a moção estão aqui.

Dos 69 professores, estiveram 56 na reunião. 2 abstiveram-se. Depois assinaram mais 10 que não tinham podido estar na reunião, dando um total de 64 em 69.

Saiu o 1/2009 e eu achei correcto, fazer um novo texto e convidar o pessoal todo para confirmar ou “desconfirmar” a posição tomada em Setembro, e assim fiz.

Desta vez já estiveram menos pessoas, mas algumas assinaram depois. Creio que não cheguei a fazer as contas.

O texto e as considerações que fiz sobre o assunto estão aqui.

Uns dias, numa 6ª feira, depois disto, quando cheguei do Corta Mato Concelhio (ele há coincidências) fui “atacada” por um grupo de colegas com papéis na mão: “vamos entregar os OI e pedir aulas assistidas. Elas dizem que vão ter excelente porque como os outros não se candidataram as quotas têm que ser preenchidas por elas”. Isto tudo era o resultado de discussões havidas nas reuniões de alguns departamentos (no meu, bem perguntei se alguém queria dizer alguma coisa e ninguém tugiu, nem mugiu!)

Perguntei ao chefe o que se passava e ele disse-me que tinham aparecido alguns professores a entregar OI e a pedir aulas assistidas mas que o prazo já tinha terminado. Que para aceitar tinha que pedir autorização. Que estavam em cima da mesa os que tinham pedido mas qua ainda não sabia o que ia fazer.

Disse-lhe que no dia seguinte estaria nos cabeçalhos dos jornais “escola arrependida, professores reconhecem a importância da avaliação”. E expliquei aos outros que assistiam que os que tinham entregue OI e pedido aulas (4, penso eu, porque até hoje ele não disse, nem quem, nem quantos) não tinham, só por essa razão, que preencher as quotas de Exc e MB (embora eu já tivesse percebido que aquilo não era mais do que uma desculpa para voltar atrás nas decisões tomadas). E disse mais: não sendo eu que avalio estas coisas, não percebo como é que alguém que tendo o calendário das actividades de EF/DE afixado na sala desde o início do ano, marca um teste em cima do corta mato de escola e diz aos alunos que se faltarem têm zero. Como é que uma pessoa destas se candidata a ter Excelente. Onde fica a ética, o respeito pelo trabalho dos colegas, a contribuição para o cumprimento das actividades do PAA? São aqueles pormenores que as pessoas pensam que não têm importância porque vão ser avaliadas só pelo seu trabalho!!!

Enfim! Este testamento foi para te situar no ambiente e no contexto da “coisa pública” da minha escola.

Na semana antes de irmos à Assembleia, passei à porta do CE e o chefe chamou-me. “estava aqui a ver os OI e R.. tem isto aqui mal formulado; o que é que achas?”
Perguntei-lhe: a ver os OI? Não tens mais nada para fazer? Ou estás só a entreter-te com um passado suspenso? Como é? Não ficou combinado que esses OI ficariam guardados para o caso de ser necessário “salvar” algum contratado e que não interessavam para mais nada?

“Pois! Mas estão fartos de me perguntar quantos entregaram OI… e ainda não lhes respondi; tenho ido adiando!”
Está bem, disse-lhe, entregaram as pessoas que pediram aulas assistidas.
“Para todos os efeitos entregou a escola toda!”
Não, não foi isso o combinado na reunião.
“Pois, mas tenho que cumprir a lei”
Está bem… dizes que foram x – os que entregaram agora!
“Mas eu tenho-os todos!”

Se fizeres isso não te atrevas a contar com os meus! – e saí porta fora.

Falei a alguns colegas, mas não ligaram muito. Disseram-me que não era isso o combinado e não tiveram mais nenhuma reacção.

Na 4ª feira, antes de ir para a escola, passei por casa para vir buscar uns documentos e vi uma chamada da escola no telefone. No caminho tocou o telemóvel e era da escola. Estava com pressa e não atendi. Cheguei à escola e diz-me a funcionária da portaria: o PCE quer falar com a professora. Fui para o Pavilhão pus os putos a trabalhar e fui ligar lá para cima. O chefe tinha recebido ordem para dar o nº de OI até ao fim do dia e queria saber se contava comigo ou não. Disse-lhe que não e que poderia haver mais gente a também não querer. “resolve isso porque mais logo tenho que responder”. Quando acabou a aula fui para cima e falei com as outras coordenadoras e com mais professores que estavam na sala. Ninguém reagiu nem se incomodou. O mais próximo disso foi: mas ele não me perguntou nada! Pois, fê-lo através de mim 1º porque eu já lhe tinha dito que não se atrevesse a contar comigo e 2º porque me disse para vos dizer.

Pensa que alguém foi lá dizer para não contar consigo?
Nem um colega!
Portanto, o resultado da minha escola relativamente à entrega de OI é, para todos os efeitos ministeriais, x-1 (digo x porque neste momento, não sei exactamente quantos somos; houve umas substituições e umas contratações para um curso nocturno que começou o mês passado.

As pessoas desiludem-me muito. Não têm coluna vertebral. Não têm ética. Não têm princípios.

Agora andam muito preocupados porque não ando bem, porque ando muito calada! Quer isto dizer que não lhes passo cartão, que não me apetece aturá-los.

Até o chefe, depois do último CP me veio perguntar se estava bem… “estás tão calada”.

PS: E no CP o chefe ainda pôs em questão se as aulas assistidas do 1ª período contarem para aqueles que as pediram. Ele achava que não… que eram do outro diploma (!!!!)

M. L.

Para a reunião de amanhã no Teatro Aberto depois da inflexão do movimento dos PCE cuja plataforma de contestação (será ainda?) se resume a:

  • Sublinhar o óbvio; ou seja, que os OI não são obrigatórios e não inviabilizam a entrega da auto-avaliação ou o processo de avaliação.
  • Não penalizar os docentes e implementar o modelo de ADD simplificado tal como ele está, não contestando a sua inconstitucionalidade.
  • Apostar no futuro com a criação de uma Associação de Directores.

Lamento ser ovelha negra e desagradar, mas isto não é nada mais do que levar a vidinha para a frente no sentido de evitar chatices a partir de cima (intervenção discipoinar do ME sobre os órgãos de gestão) ou de baixo (degradação ainda maior do clima nas escolas).

Para quem mobilizou tantas esperanças por representar cerca de 20% dos agrupamentos e escolas não agrupadas do país (por oposição ao grupinho dos 13) isto significa um enorme recuo e um enorme desapontamento para quem acreditou que por aqui havia coragem e coerência a sério.

Mas como não ando aqui para me ajeitar ou fazer jeitos digo o que me vai na alma: uma enorme desilusão.

Executivos recusam papel disciplinar sobre docentes
Professores decidem este sábado, em Lisboa, se irão formalizar criação de Associação Nacional de Directores

(…)
A ministra da Educação admitiu em entrevista ao JN, publicada segunda-feira, que a entrega dos Objectivos Individuais (OI) é determinante para o processo de avaliação e que os conselhos executivos “devem ter margem para decidir sobre a sua escola”. A afirmação não foi bem aceite por muitos PCE. Os docentes consideram que Lurdes Rodrigues está a remeter para os conselhos executivos a decisão de instauração ou não de processos disciplinares aos docentes que não entregaram os OI e isso criará disparidades no país, alertam.

“Que a avaliação vai avançar já é um dado adquirido”, reconheceu ao JN Isabel Guê, PCE da Secundária rainha Dona Amélia, de Lisboa e uma das organizadoras da reunião de hoje, em Lisboa, no Teatro Aberto, de PCE’s de todo o país. “Apesar de não ser o modelo que precisamos, já abrimos mão disso, vamos ser pragmáticos e não vamos incorrer em algum incumprimento”, defendeu.

Por aqui há muito jogo duplo e de bastidores. Resta irmos em busca do que o motivou.

Eu aposto que é uma espécie de troca similar à que esteve para contecer com os sindicatos no final de Janeiro. Oxalá esteja enganado.

Volta a estar quase tudo novamente na mão da arraia-miúda. Os aspirantes a graúdos preparam-se para desertar.

Angariação de fundos para tentar contratar o Dr. JOÃO PEDROSO

Petição: é a brincar, tal como esta lei

Neste momento, e perante a posição algo ambígua dos representantes dos PCE que se vão reunir amanhã em Lisboa, começo a interrogar-me sobre a coerência – só agora? perguntam os mais cínicos que eu – de quem contesta o modelo de avaliação e gritou pela sua suspensão, mas agora parece considerar que a «luta» se resume a não entregar os OI mas está pronto(a) para fazer a fichinha de auto-avaliação para recolher os créditos ao passar pela casa de saída.

Quando saiu o simplex eu coloquei aqui a hipótese de se trocar a aceitação desta farsa avaliativa pela revisão do ECD. Gritaram aquid’el-rei que nós queremos é que isto acabe, seja suspenso, desapareça, pois este é u truque transitório e o monstro regressa para o ano.

Se já houve muitos que lá foram entregar o primeiro papelinho, parece-me que há alguns outros que acham que tal não entrega já esgota tudo o que tinham a fazer e afadigam-se a saber se, mesmo não entregando os OI, podem entregar a auto-avaliação nos moldes determinados pelo ME, que é para não serem penalizados.

Pois, efectivamente há coisas que é difícil compreender.

Mas então estão contra mas vão fazer o que lá está?

Ainda não se aperceberam do ridículo? Até mais do que da incoerência?

Já perceberam que em Julho vão ser possível, ao contrário de agora, fazer-se a contabilidade certinha de quem amochou?

A tempo das legislativas?

E se amochar uma maioria significativa isso será um triunfo eleitoral do socratismo pseuo-reformista e firme e, em caso de vitória, isso permitirá um mandato de facas longas a sério, com certo(a)s DRE e directores com rédea solta para ceifarem as escolas?

Há gente realmente muito distraída. Ou isso ou então gostam mesmo é de ajuntamentos, em que se sentem aconchegados e quentinhos. . Mas quando o fogo lhes começa a chegar mesmo ao pelo, encolhem-se.

Presidente da República marca eleições europeias para 7 de Junho

Fica aqui, desde já, pela urgência do assunto: breve_sintese_da_audiencia_no_cne. Cada um que leia e tire as suas conclusões, para além das declarações registadas mais abaixo.