Mário Nogueira: “Está tudo em aberto, até a greve à avaliação dos alunos”
Já sei que há quem me considere demasiado tacticista e até mesmo ponderado, mas eu não gostaria que se repetisse aquela coisa da greve aos exames que levou mais de dois anos a sarar, tamanho foi o tiro nos pés.
Estragar tudo quase no final seria imperdoável, abrindo o flanco para tiradas albinianas-valterianas (e atenção à boca do MST, ainda meio disfarçada, hoje no Expresso) do género «estão os alunos como reféns».
A técnica de começar a gritar mais alto, o mais cedo possível, é capaz de não ser a melhor ideia. Mas que sei eu, que não passo de um gajo sentado à frente de um computador, sem os pergaminhos de décadas de «luta».
Março 7, 2009 at 8:37 pm
“Dei por mim a pensar que, sendo preciso haver sempre dois para se poder dançar o tango, dona Lourdes não errou sozinha. Nem asneirou sem companhia. E muito menos teimou, naquela sua birra de não lhe cortarem as tranças, sem ter comparsas de jeito. E, a pensar bem no que este Governo tem feito, anda a fazer, e se propõe a seguir fazendo, dona Lourdes da Educação não dançou tango de qualidade nenhuma. Que dançou, dançou. Mas o que dançou foi a quadrilha. E, como numa quadrilha como deve ser, tem de haver uma porção de participantes, dançou com o Governo inteiro. Não é, pois, à vetusta senhora, que há só de pedir contas. E, se os professores quiserem ser honestos, começam a malhar no senhor Sócrates, continuam pela 5 de Outubro e correm o resto à marretada. Que se acautelem, pois, os dançarinos da quadrilha. E não será demais admitirem que, e havendo sempre uma última sardinha que faz cair a burra, pode muito bem, um belo dia, correr a bola a todos e a todas que o Ministério da Educação tem humilhado, ultrajado, pisado aos pés, torcido que nem roupa molhada, desmotivado e desincentivado, com conhecimento do Governo inteiro e por ele sancionado. Imaginem, por exemplo, que, ‘todos feitos de um só coraçon’, como escreveu Fernão Lopes, esta gente se resolve a fazer parar o país. Basta-lhes que se borrifem para as consequências, e bloqueiem a avaliação e todo o serviço de exames. Bem sei que a hipótese é remota. Mas sei também que, e como se diz na minha terra, ‘quem não se sente, não é filho de boa gente’. Tal como sei que, de tanto ser esticada, não há corda que não rebente. E que fazia então a senhora, dona Lourdes da Educação, e mais os seus parceiros de tango e de quadrilha? Contratavam a GNR para vir avaliar os filhos de cada um? Mandavam os imigrantes ucranianos fiscalizar e corrigir as provas de exame?”
http://www.expressodasnove.pt/opiniao.php?id=3468
Março 7, 2009 at 8:38 pm
Medo do quê?
As cartas jogam-se no momento certo!
Março 7, 2009 at 8:39 pm
E, se os professores quiserem ser honestos, começam a malhar no senhor Sócrates, continuam pela 5 de Outubro e correm o resto à marretada. Que se acautelem, pois, os dançarinos da quadrilha. E não será demais admitirem que, e havendo sempre uma última sardinha que faz cair a burra, pode muito bem, um belo dia, correr a bola a todos e a todas que o Ministério da Educação tem humilhado, ultrajado, pisado aos pés, torcido que nem roupa molhada, desmotivado e desincentivado, com conhecimento do Governo inteiro e por ele sancionado. Imaginem, por exemplo, que, ‘todos feitos de um só coraçon’, como escreveu Fernão Lopes, esta gente se resolve a fazer parar o país. Basta-lhes que se borrifem para as consequências, e bloqueiem a avaliação e todo o serviço de exames. Bem sei que a hipótese é remota. Mas sei também que, e como se diz na minha terra, ‘quem não se sente, não é filho de boa gente’. Tal como sei que, de tanto ser esticada, não há corda que não rebente. E que fazia então a senhora, dona Lourdes da Educação, e mais os seus parceiros de tango e de quadrilha? Contratavam a GNR para vir avaliar os filhos de cada um? Mandavam os imigrantes ucranianos fiscalizar e corrigir as provas de exame?”
http://www.expressodasnove.pt/opiniao.php?id=3468
Março 7, 2009 at 8:40 pm
Escrevam:
Este governo não pretende negociar nada!
Março 7, 2009 at 8:41 pm
Junho entramos em eleições!
Março 7, 2009 at 8:41 pm
#1 e #3,
Discordo da táctica, em especial vindo de quem já está do lado “de fora”, se não estou enganado.
Março 7, 2009 at 8:42 pm
As grandes marretadas é nos momentos certos!:
Março 7, 2009 at 8:42 pm
Chamo a Atenção de Todos Para Colaborarem.
PRIMEIRA FASE! …
“Campanha Nacional
de Informação e Esclarecimento
da População Portuguesa
O MUP vai lançar uma campanha de informação e esclarecimento dirigida à população portuguesa, realizada através de comunicados, a distribuir em todo o território nacional, sobre a realidade vivida no sector da Educação pelos seus principais agentes – os professores – e sobre as consequências que terá na sociedade a desastrosa política educativa dos actuais responsáveis políticos .
Nesta PRIMEIRA FASE, apela-se aos professores que façam chegar ao MUP, através do e-mail, textos que possam vir a ser seleccionados para integrar esta Campanha Nacional.
mobilizar.e.unir.professores@gmail.com
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
A forma de implementar a Campanha a nível Nacional será posteriormente divulgada.
Março 7, 2009 at 8:43 pm
Já penso em tudo Paulo: eu entendo-te e até concordo – um passo de cada vez…
Março 7, 2009 at 8:47 pm
Para haver acordo é preciso as 2 partes estarem de boa fé:
Mas este governo não está de boa fé e não pretendem chegar a lado nenhum…
Mas hoje um amigo meu que não é professor disse-me:
“a melhor arma que os professores têm é o voto!”
Março 7, 2009 at 8:48 pm
livresco
Há erros que não podem voltar a ser cometidos.
Concordo totalmente com o Paulo.
Março 7, 2009 at 8:49 pm
Venha o outro Parecer…eu vendo a bicicleta mas pretendo vencer este corja de gatunos deste (des) governo em todas as frentes…
Março 7, 2009 at 8:50 pm
Outro dia tive a falar com uma enfermeira – mãe de uma aluna que me disse que não sabe como temos aguentado…
Março 7, 2009 at 8:52 pm
Só estou a dizer:
Este (des) governo não pretende acordar nada…
Março 7, 2009 at 8:52 pm
Esclarecimento prévio: estou do lado de fora.
Dito isto, Paulo, devo acrescentar que pode haver mais uma razão além da requisição civil usada pelo governo para que a greve aos exames de 2005 (creio eu) não tivesse tido uma adesão esmagadora: foi convocada muito em cima da hora, não tirou vantagem de uma preparação prévia, necessariamente longa. Greve aos exames pode apenas ser a última das últimas medidas. Se a mobilização crescer até lá, fará sentido. Caso contrário, estou de acordo que é melhor nem pensar. Excluir liminarmente, sejam quais foream as circunstâncias, não faz mais sentido do que usá-la precipitadamente.
Março 7, 2009 at 8:53 pm
Quando já está estabelecido um quadro de titulares;
Quando em muitas escolas o ECD e respectivo modelo de avaliação são aplicados na plenitude;
alguém espera chegar ao final do ano lectivo com o ME disposto a mudar seja o que for? Pelo contrário: vai usar o que foi feito nessas muitas escolas para fundamentar a manutenção do status quo.
Portanto só existem duas alternativas: a radicalização da luta ou a resignação.
Já tudo devia ter começado com o concurso de titulares, em que ninguém deveria ter concorrido ou com a criação do conselho geral transitório, também a ficar deserto. A não entrega dos objectivos individuais é uma mera tomada de posição que não impede o processo de continuar a funcionar. Duvido que se coloque a hipótese de não entregar a autoavaliação já que esta é explicitamente obrigatória, e ninguém inteligente dará o flanco para ser flagelado.
Adaptação ao novo meio é a acção paulatina que está a ser implementada, com custos graves no relacionamento profissional dos professores.
Nada será como antes, e para pior…
Março 7, 2009 at 8:55 pm
Os professores estão a lidar com gente desonesta e mentirosa – este (des) governo não passa de um grupo de criminosos…:
Sábado, 7 de Março de 2009
O aconchego do poder
Do Freeport ao Portucale é todo um sistema pantanoso. Tempos do “cheque em branco” (falta o link) para pagamento da administração pública (!…) a empresa em pré-falência pelo aterro da Cova da Beira – TVI, Jornal Nacional, 27-2-2009 – que substituíram os tempos dos “mandatos em branco”. Pelo menos, nessa altura não se disfarçava.
Esta sexta, 6-3-2009, no esplêndido Jornal Nacional da TVI (20:00), novas revelações, desta vez a propósito de um caso de memória fresca, sobre o qual desde 2005 não tinha nenhuma ilusão de isenção: uma entente decidida, ao que consta, ali para os lados de Cascais (nem interessa mencionar em casa de quem) pelos estados-maiores (dos que estavam e dos que vinham) no período pré-eleitoral, para resolver um problema aborrecido. Como se prepara agora?…
Aquém da subtileza da solução da “chupeta estrangeira” para a intransigência do procurador-geral Souto de Moura, neste jornal nacional da TVI de 6-3-2009, a brutalidade de, alegadamente, o tesoureiro do PP dizer que poderia mostrar a responsáveis do Grupo os despachos de resolução dos problemas e que já lhes tinham posto na mão quatrocentos milhões de euros!…
Que etiquetas adesivas, saltaram desta vez no Portucale, atribuídas a administradores e gestores do Grupo Espírito Santo para juntar ao personagem “Pinocchio” do Freeport (Sol, 7-2-2009)? O “Número Um”!! Alguém cujo comportamento “já está a ser aconchegado” (sic!).
Um sistema que se define pelo aconchego: doce para o poder, amargo para os cidadãos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades mencionadas nas referências e notícias dos media, que cito, quando arguidas, gozam do direito à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de sentença condenatória.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2009/03/o-aconchego-do-poder.html
Março 7, 2009 at 8:57 pm
Como é que se lida com criminosos?:
Com falinhas mansas?
Quando não resulta?
A tiro se for caso disso!
Março 7, 2009 at 9:01 pm
O Parecer sobre a legislação de gestão dos estabelecimentos de Ensino vai dar muito mais barulho do que o anterior.
Ainda por cima contraria, explicitamente, nesta matéria, o programa do próprio PS.
Vai ser giro assistir ao «polvo» todo aos pulos.
Março 7, 2009 at 9:01 pm
O José Sócrates não tem arcaboiço para aguentar com uma greve às avaliações:
estamos em anos de eleições!
Março 7, 2009 at 9:03 pm
O Pinóquio não passa de um criminoso e de um gatuno e como tal só entende uma linguagem!
Março 7, 2009 at 9:04 pm
O Pinóquio anda a falar com o CDS!:
Foi um passarinho que me disse!
Março 7, 2009 at 9:04 pm
Sempre falaram!:
19 Novembro 2005
PS e CDS-PP queriam substituir Souto Moura
Altos dirigentes do PS e do CDS-PP tentaram promover a demissão do procurador-geral da República, Souto Moura, logo a seguir à vitória de José Sócrates nas eleições legislativas. Conversas obtidas através de escutas telefónicas a Abel Pinheiro, dirigente do CDS-PP arguido no caso Portucale, e hoje citadas pelo “Expresso” indicam que o objectivo era colocar o jurista Rui Pereira na Procuradoria-Geral da República (PGR).
As conversas escutadas no âmbito do processo Portucale durante cinco meses gravaram Paulo Portas, Fernando Marques da Costa – conselheiro do Presidente Jorge Sampaio, e Rui Pereira a discutir a necessidade de substituir Souto Moura e de lhe oferecer em troca “uma chupeta estrangeira”, eufemismo usado por Abel Pinheiro para explicar a necessidade de encontrar cargos fora de Portugal para oferecer ao procurador. O “Expresso” indica que estas diligências estão gravadas e transcritas no processo da Herdade da Vargem Fresca e que apurou que o primeiro-ministro terá, “mais do que uma vez e em termos informais”, proposto a Jorge Sampaio a saída de Souto Moura. Jorge Sampaio não terá concordado com o nome de Rui Pereira para o cargo. O semanário diz ter tentado obter as reacções de todos os visados, mas apenas a Presidência da República respondeu, negando conhecimento de escutas telefónicas.
Das escutas telefónicas afere-se, segundo o “Expresso”, que os dirigentes populares e socialistas discutiram com o arguido no processo Portucale, Abel Pinheiro, o desejo de José Sócrates de pôr um fim antecipado ao mandato de Souto Moura, que só deve abandonar o cargo em Outubro de 2006.
Rui Pereira, ex-director do SIS e actual presidente da Unidade de Missão para a Reforma Penal, terá dito a Abel Pinheiro que tinha sido sondado por Sócrates para ser o próximo procurador-geral da República. Depois, com a concordância de Paulo Portas, então dirigente do CDS-PP, Abel Pinheiro contactou Fernando Marques da Costa para que este sensibilizasse o Presidente para as qualidades de Rui Pereira. Paulo Portas disse a Abel Pinheiro que José Sócrates lhe tinha pedido apoio para substituir Souto Moura.
Mas não foi só o nome de Rui Pereira o falado para substituir Souto Moura. Segundo o semanário, também foram mencionados ao telefone Magalhães e Silva, conselheiro do Presidente, O chamado “caso Portucale” está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, com a colaboração da Polícia Judiciária. Em causa está o tráfico de influências na construção do empreendimento turístico Herdade da Vargem Fresca, em Benavente, pela Portucale, em que esteve envolvida a autorização para o abate de sobreiros. A lei de protecção dos sobreiros obriga a que haja uma declaração de “imprescindível utilidade pública” para ser permitido o seu corte e é este processo que está envolto em suspeição. Foram constituídos cinco arguidos, entre os quais Luís Nobre Guedes e o ex-responsável pelas finanças do CDS-PP Abel Pinheiro. Três altos funcionários do Grupo Espírito Santo, a que pertence a empresa Portucale, são igualmente arguidos.
Fonte: Público
http://lexlegum.blogspot.com/search?q=chupeta
Março 7, 2009 at 9:11 pm
Numa altura em que mais do que nunca é necessária a união de todos os que trabalham, sejam professores ou trolhas, Funcionários Públicos ou trabalhadores da iniciativa privada, estejam empregados ou não, seja a luta de cantoneiros ou policias, de bancários ou agricultores. Está na hora da solidariedade e de mostrarmos que só unidos podemos impedir que nos atirem para o buraco da miséria. Só todos juntos o podermos fazer. Eu vou dar as minhas mãos para fazer este cordão assim como espero que os professores, quando um dia necessitar, me dêem a deles.
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2009/03/vamos-todos-para-correr-com-e-escumalha.html#links
Março 7, 2009 at 9:15 pm
Abram a pestana! – Vocês não estão a lidar com gente séria:
Terça-feira, 3 de Março de 2009
Portugal não tem uma Democracia
Parte da entrevista, concedida ao DN, publicada no dia 27 de Fevereiro de 2009 pelo Professor Vitorino Magalhães Godinho.
DN -Tem uma perspectiva muito crítica da actual organização da sociedade.
VMG – Historicamente, a seguir à II Guerra Mundial, houve um conjunto de transformações e acções politicas que criaram as economias mistas que funcionavam muitíssimo bem e levantaram a Europa. Deram-lhe um nível de vida e uma capacidade que não existia, foram 30 anos gloriosos em que funcionou muitíssimo bem porque criou sistemas de saúde e de segurança social e houve possibilidade da humanidade se renovar. A partir de certa altura, a reacção de forças económicas oligárquicas, de grandes empresas e forças politicas operaram uma reviravolta – a era de Reagan e de Thatcher – com uma politica oposta que destruiu o que se tinha feito.
…
DN – Acusa a classe politica pela situação. Acha que a nossa classe politica não está à altura?
VMG – Acho que a nossa classe politica é mais do que lamentável. Os nossos políticos não têm ideias e não debatem. Assiste-se a qualquer sessão do Parlamento e verifica-se que há afirmações mas nunca as demonstram. Diz-se que o TGV é fundamental mas ninguém o justifica. Quando há uma crítica ninguém responde, porque há uma incapacidade de argumentar nos nossos políticos. Em todos!
DN – À excepção do Primeiro-ministro?
VMG – É a pessoa que mais me confrange porque ainda não o ouvi responder a uma pergunta com argumentação. Até deixei de o escutar.
DN – Então pensa que este Governo não sabe o que está a fazer?
VMG – Sabe sim, infelizmente. Sabe como destruir o Sistema Nacional de Saúde e o Ensino Público, como entregar as universidades aos privados… Sabe pôr de parte todas as conquistas do mundo civilizado.
…
DN – Houve, então, um esvaziamento das ideias?
VMG – Os que dizem que as ideologias morreram têm uma ideologia: a actividade privada, o lucro e um sistema de governação que na aparência imita a democracia mas não o é realmente. Nós não temos democracia em Portugal, isso é fantasia.
DN – O que nós temos?
VMG – Um Estado corporativo como Salazar sonhou e nunca conseguiu. Realizámos o que desejava, que é o poder nas mãos de organizações profissionais.
Publicada por Alvarez em 8:00 1 comentários
Etiquetas: imagem retirada do blog “WeHaveKaosintheGarden”
http://alvarez-sud-express.blogspot.com/2009/03/portugal-nao-tem-uma-democracia.html
Março 7, 2009 at 9:15 pm
Este post foi invadido por piratas!
Março 7, 2009 at 9:23 pm
Que querem negociar agora?… Negociar era antes de ter saído o concurso para titulares onde todos concorreram sem reclararem… E os sindicatos onde andavam nessa altura?… A Negociar sim mas os lugares deles que a ML lhe queria reduzir…
Negociar agora o quê?… Depois de estar tudo mais que confirmado… Agora é que os sindicatos… blá, blá, blá, mas entregaram (os do sindicato) os OIs, alguns no primeiro dia do calendário…
Março 7, 2009 at 9:26 pm
A Luta, camaradas! A Luta!… Depois de uma boa luta, vai um ganda McBurger com o camarada Mário Nogueira! Estes Guinotes são uns reaccionários!
Março 7, 2009 at 9:27 pm
Quanto às bocas de MST no Expresso, estas devem vir a subir de tom e frequência. A criança dele vai este ano fazer exames do 12º. O rapaz é esperto… mas se a coisa lhe correr mal o pai não se cala.
Março 7, 2009 at 9:31 pm
Chamo só a atenção que ladrar muito não é significado de morder.
O cão foi uma dos primeiro animais domesticados. Ladram para defender o dono.
Pergunto a quem andamos a ladrar quem nem “conseguimos” morder?
Andar nas críticas continuas, Ok.
Lutar é mais complicado….pois, aqui bate o problema.”Todos” ladram, mas quando chega a altura da luta arranjamos mil e uma desculpas para não a fazer. depois, atiramos-nos contra, mais uma vez ladramos.
Enquanto ladrar-mos não iremos a lugar nenhum.Enquanto não nos sentir-mos como classe , enquanto não lutar-mos todos, nada seremos.
Março 7, 2009 at 9:32 pm
Já nada me admira!
Já nem conseguem surpreender-me, pela negativa, entenda-se!!!!
O que vale é que a minha filha, já não frequenta o primeiro ciclo e enquanto o frequentou, teve excelentes professoras, duas, mas das que sabem e sabem ensinar e ensinar a aprender! Portanto, não apanhou este Magalhães, que o outro já o conhece pelos livros e pesquisas na net ….
O que mais perplexa me põe é não saber o que estão a fazer tantos (centenas, milhares??) de professores, naquele albergue daquele Ministério… Por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber!
Comecemos pela questão dos manuais: desde que esta negociata se instalou, e aqui honra seja feita a esta Ministra (não a suporto, mas tenho que reconhecer que algumas medidas tomadas foram no caminho de corrigir aspectos que considero relevantes) que já aumentou a duração da vigência dos mesmos, aparece cada aborto de manual, que só visto! A quem compete fazer a triagem científica, ideológica, didáctica ….dos mesmos? Aos professores que estão no terreno! Como estes já têm pouco que fazer, ainda lhes acresce esta tarefa…. E depois, são tantos, Santo Deus!!! Ora, porque é que o Ministério não forma equipas para fazerem essa triagem? Não tem gente que chegue, é? Ou não o sabem fazer, ou não estão para aí virados e quem pode manda-os fazer o quê, O QUÊ???????
Agora o Magalhães! Mas isto admite-se??? Mas há a porra de algum país decente, que ponha nas mãos das suas crianças, que estão numa fase chave de aprendizagem do domínio dos mecanismos da língua materna, um instrumento de aprendizagem carregado de erros ortográficos, ainda por cima daqueles de palmatória!!!!!! Ninguém no Ministério supervisionou os programas????? COMO É QUE É POSSÍVEL!!!!!!!!
Gastaram e estão a gastar MILHÕES, dos nossos impostos, num show on, que ensina o erro!! É DEMAIS! Isto não é um pormenor sem importância, é como se os da minha geração tivessem recebido a “Cartilha Maternal” e as gramáticas cheias de erros!!!!
E agora repare-se: «”Em relação aos computadores já distribuídos, a DGIDC produziu um manual de instruções que permitirá que os professores, nas escolas, ou os pais, em casa, possam realizar a desinstalação de imediato”»! Dá para acreditar?????
« “Foi para mim uma surpresa”, disse Jorge Pereira à margem do IV Seminário para a Educação. »! O que é que os seus assessores andam a fazer, Senhor Secretário de Estado? O senhor é membro do Governo, não pode, não é tolerável que tenha «SURPRESAS» destas! Está a ser pago pelo Estado, por todos nós, o Magalhães custa milhões, pagos por nós. Assuma as sua responsabilidades, se isto pertence ao seu pelouro, porque se for ao do senhor Valter Lemos (que nem escrever decentemente, sabe), que as assuma ele! Demita-se(am-se), com pedidos de desculpa à nação, se tem(êm) um pingo de vergonha na cara!
Esta é a forma de fazer política do governo Sócrates, show on, show on, show on….. The show must go off, NOW!
Afirmei, no início que já nada me admira, mas isso não significa que tenha abdicado do direito à indignação. Estou indignada, muito indignada!
Não sei por quanto tempo, eu e outros como eu, nos vamos manter pacificamente indignados? Não sou de violências, mas quando a retórica se esgota e a indignação cresce, das palavras pode-se passar à traulitada…….
Obrigada ao EXPRESSO pelo excelente serviço público que prestou!
VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA | 07.03.2009 | 17.33H |
Não costumo fazer copy/paste de comentários meus para outros fóruns (apenas uma vez, por brincadeira). Todavia, dada a importância que considero ter a notícia que originou este meu supra comentário, deixo-o aqui registado, até porque também se relaciona com o conteúdo deste fórum!
http://www.destak.pt/artigos.php?art=23382
Março 7, 2009 at 9:37 pm
Na minha escola foi uma vergonha, aderir-se significativamente a duas maif, a escola fechou por duas vezes nas greves, fizeram-se duas reuniões pelas moções que foram assinadas em força só 4 votos contra e 2 brancos, fomos notificados pela não entrega dos OIs e no fim viemos a saber que ouve gente que meteu os papéis para aulas assistidas e na segunda volta só já para o Bom combinou-se por todos fazer OIs colectivos e mesmo assim ainda houve gentinha que em vez de uma folha entregaram várias folhas porque não queriam parecer “carneiros” e entregar igual e houve ainda que fizesse capa para pôr nas muitas folhas que entregou…
No fim de tudo só três colegas não entregaram os OIs… assim é que se luta… com esta gente… que não querem ser carneiros e então são o quê…
Quando toca ao nosso “burgozinho”… e então agora com concursos à porta… é o salvesse quem puder… e depois fazem cordões… Isso pôs o Egas Moniz e já foi à muito tempo…
Março 7, 2009 at 9:37 pm
Há que malhar forte e rapidamente, mas continuo a não ver outra alternativa senão a greve de zelo com duração ilimitada.
Por um motivo qualquer que desconheço, os sindicatos não o querem. Alguém sabe porquê?
Março 7, 2009 at 9:42 pm
Caros colegas:
Parece-me que estamos tramados!Mas com um F maiúsculo!
Esta gente que diz que nos governa nunca teve nada na vida. Depois, por compadrio, vêem reconhecida a sua incompetência e surge então o poder e o dinheiro fácil.
Receio que haja manipulaçao e interesses ocultos nos casos Freeport / Portucale/ BPN / BPP / Independente/ CASA PIA / CGD / QRREN / CML / BRAGA PARQUES/ DIAS LOUREIRO/ JORGE COELHO/ CONSTANCIO /VALENTIM/ FÁTIMA /(…)
Este (des)governo só tem uma de duas soluçoes:
1- demite-se e vão todos presos, arrastando com eles outras tristes figuras de grande relevo da classe política de anteriores (des)governos, porque o compadrio é total:
ou;
2- governamentalizam tudo e todos.
e
… ainda vão consigar demonstrar que tudo não passou de uma CABALA!
conclua você mesmo este comentário.
(espero estar enganado)!
Março 7, 2009 at 9:43 pm
# 33 quink644
Talvez porque interfira com vários interesses… penso eu de que…..
É semprea mesma…. coisa (não era esta palavra que eu queria escrever).
Março 7, 2009 at 9:44 pm
Parece-me que o “gajo sentado à frente do computador” fez (nos últimos anos) muito mais pelos professores do que os “diplomados por décadas de luta”.
Só desejo que tenha forças para continuar.
Março 7, 2009 at 9:45 pm
No blog do “ProfLusos” colocaram uma lista de vagas da DREN se bem que provisória… Por aqui ninguém tem a lista ou as listas de cá “de baixo”… não existe nadica?…:-):-)
Março 7, 2009 at 9:58 pm
Já viram quantas machadadas têm dado na árvore velha e podre e ela teima em não cair?… pode ser que o Magalhães a venha abanar a sério… mas acho que ainda vai sobrar para nós… acho que ainda vamos ter que limpar, esfregar e pôr ao sol para lhe limpar a “virose”… acho que a culpa ainda vai ser nossa, pois não lêmos bem e não soubemos interpretar o livro de instruções… fomos nós que boicotámos a coisa… foi a vingança…
Todos os dias temos novidades daquelas duplas… o que virá amanhã?…
Março 7, 2009 at 10:14 pm
Uma greve dessas para lá de ser mais um rombo na confiança das escolas públicas, é mais um passo na proletarizarão dos professores.
Li o MST e até concordo. Ele baseou-se nas declarações do Chagas ao DN, que por norma só diz porcaria.
Março 7, 2009 at 10:19 pm
Repito, e as pessoas que andam mais perto ds sindicatos que me respondam:
Há que malhar forte e rapidamente, mas continuo a não ver outra alternativa senão a greve de zelo com duração ilimitada.
Por um motivo qualquer que desconheço, os sindicatos não o querem. Alguém sabe porquê?
Março 7, 2009 at 10:28 pm
Para avançar para uma greve dessas era necessário que houvesse mobilização.
Estive hoje no “cordão” e aquilo metia dó.
Lembrei-me das grandes manifes de novembro ( até a de dia 15 tinha mais pessoas). E esta iniciativa de hoje foi organizada pelos sindicatos, com todos os meios de que dispõem.
Isto reflecte o que estamos a viver nas escolas.
Há conformismo e nós, os que continuam a fazer frente, a não entregar OI, somos uma pequena minoria. Pelo menos por estas bandas da capital, não se passa nada!
Ainda hoje pensava como foi possível terem estado 120 000 pessoas na rua e como foi possível ter-se esvaziado esse “espírito”.
Não quero ser pessimista, mas uma greve como a última que fizemos não volta a acontecer tão cedo!
Março 7, 2009 at 10:30 pm
#40, os sindicatos não podem avançar agora para formas de luta dessas pq não há motivação e pq toda a gente diria que não serve para nada, já que, qdo se fizeram as grandes greves, pouco foi alterado.
Estamos na fase de “refluxo”, queiramos ou não.
Março 7, 2009 at 10:32 pm
NESTE JARDIM Á BEIRA MAR PLANTADO NESTE PAÍS DE EUNUCOS NINGUÉM TEM CORAGEM DE FAZER UMA GREVE COMO OS GREGOS DE 30 DIAS…PORQUÊ?PORQUE NÓS FALAMOS..FALAMOS..FALAMOS..FALAMOS…E FAZER..NADA…OU ACHAM QUE A DITADURA DUROU 50 ANOS PORQUER RAZÃO…?
cOMO DISSE CÉSAR: nesta terra mora um povo que não se governa e não quer que o governem…acrescento nem sabe para onde vai nem de onde vem…porcaria de país de gente…medo da opinião pública..medo de perder algum dinheiro…medo de ter medo…dignidade nem por isso…
Bem boa noite alterne fruta. futebol, fátima e novelas…quem sabe um dia talvez o sebASTIÃO VENHA MESMO…ATÉ LÁ ESPERMOS ENTADOS NA SOLEIRA DA PORTA….
Março 7, 2009 at 10:33 pm
ESPEREMOS …SENTADOS…
Março 7, 2009 at 10:35 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/03/07/pensamento-do-dia-3/
Março 7, 2009 at 10:44 pm
Brevemente, os sindicatos irão organizar uma pulseira humana (a maior pulseira humana jamais organizada por professores), para tudo terminar numa aliança ou num anel, quem sabe.
Pobres professores, que tão fracos dirigentes sindicais tendes! Depois de os termos visto munidos de metralhadoras, vêm agora para o campo de batalha armados com passareiras.
Bem pode esta ministra resistir!
Mas já compreendi toda a estratégia. Como tudo o que este governo tem feito é só para fazer de conta, os sindicatos resolveram responder na mesma moeda: fazer de conta que estão a lutar.
E ainda avisam: daqui a dois meses vamos perguntar aos professores com que armas querem continuar a lutar.
Março 7, 2009 at 10:55 pm
Greve à avaliação dos alunos antes de experimentarmos outras formas de greve, NÃO!
Creio que, neste momento, teria maior impacto uma greve de vários dias mesmo que fosse feita por um número mais reduzido de professores do que nova greve de um dia com adesão semelhante às anteriores.
O tempo urge e não me parece que esteja a haver evolução nas negociações, como convém ao ME, de resto.
Ainda nos vamos arrepender e culpabilizar os sindicatos e eles a nós. O costume!
Digo eu…
Março 7, 2009 at 11:03 pm
Stella, neste momento, se houvesse uma greve de vários dias, na minha escola julgo que seria a única a fazer. No agrupamento ao lado do meu, idem aspas.
Talves nas escolas do norte se conseguisse uma adesão maior, mas aqui por lisboa não seriam mais que 2, 3 pessoas por escola.
é por isso que acho que se tem que equacionar formas de luta diferentes (além da jurídica)
Março 7, 2009 at 11:05 pm
acho que é tempo de fazer algo diferente,
greve aos exames é um tiro em tudo o que já se fez!!
Esperemos o parecer e os sindicatos é favor pensar em coisas diferentes, que surpreendam e causem algum estardalhaço.
Esta é a minha humilde opinião.
Março 7, 2009 at 11:06 pm
#33,
quink644, quem era afinal o tipo da foto??
Março 7, 2009 at 11:09 pm
#42 Reb
Estamos na fase de “refluxo”, queiramos ou não.
Há que conservar as forças…
Evitar tanto cair em aventuras como cultivar o derrotismo.
Em todas as guerras a sério se registam avanços e recuos.
Março 7, 2009 at 11:17 pm
Uma das frentes de luta que urge apoiar é a protagonizada pelos Conselhos Executivos desalinhados. É importante que na reunião de 21 de Março, em Lisboa, estejam presentes mais PCEs do que os 212 que estiveram em Coimbra.
Março 7, 2009 at 11:18 pm
50 . O Pedros*?
Venham a mim criancinhas!
O Pai está?
Março 7, 2009 at 11:19 pm
O tal que aplicou um laser no rabinho para desaparecer com um sinal comprometedor?
Março 7, 2009 at 11:19 pm
Ficou a mancha…de (des) governo
Março 7, 2009 at 11:28 pm
Cordão humano
Março 07 2009
Hoje lá fui caminhar com vários milhares de colegas meus de profissão, com o intuito de manifestar o meu protesto por tudo o que tem sido feito, às mãos desta equipa do ministério da educação, contra a classe docente. Para além da iniquidade das medidas, é a postura global da ministra e seus secretários de estado que me provoca indignação.
Há muitas maneiras de exercer o poder, mas duas podem facilmente ser identificadas. Nos regimes totalitários, o poder é indiscutível. Não porque as medidas tomadas sejam todas honestas e justas, mas porque os mecanismos de controlo da opinião pública, de toda a resistência e de todo o protesto são tão ferozes que não permitem qualquer brecha por onde a dissidência se debruce. Pelo contrário, nos sistemas democráticos, é suposto que o poder seja desempenhado integrando estratégias de diálogo com vista à construção de consensos maia ou menos alargados.
Nada disto significa que, em democracia, o poder se dilua. Ainda não conseguimos inventar sociedades que funcionem sem mecanismos de exercício do poder! A questão está em saber como é que ele é desempenhado.
O que é, no mínimo, curioso e elucidativo das limitações humanas é que a simples existência de um sistema político democrático não impede que alguns governantes exerçam, na prática, o poder através de estratégias totalitárias. Afinal, a mente das pessoas não depende apenas da organização sociopolítica externa. Há mecanismos internos que estão para lá das estruturas sociais.
A ministra da educação tem tomado decisões sobre questões fundamentais para toda uma classe profissional sem ouvir nem atender às razões dessa classe. A negociação, naquilo que parece ser a concepção dela, esgota-se na existência de reuniões com os sindicatos. O formalismo é a pedra de toque desta mentalidade política. Como não há qualquer interesse em ouvir, com sinceridade, o outro e em procurar perceber as suas propostas, bem como em encontrar soluções consensuais, que serão sempre soluções de compromisso, a equipa ministerial fecha-se sobre as suas próprias perspectivas, mantendo apenas a aparência do diálogo. Do ponto de vista da forma de exercício do poder, todos os ingredientes de autoritarismo totalitário estão presentes.
Perante isto, o que fazer? Parece evidente: resistir até ao limite; manifestar o seu descontentamento; exigir do governo que oiça os docentes e tenha em conta as suas propostas. E tudo isto sem desistências nem resignações absurdas.
Infelizmente, muitos portugueses ainda sofrem da síndrome do policiamento das consciências levado a cabo de forma sistemática pelo Estado Novo. Esta negação da personalidade de cada cidadão, da sua liberdade individual e do seu direito à participação política arrastaram consequências que ainda perduram. O medo, a desistência e a resignação são a manifestação desta patologia humana colectiva. E, súbito, os tiranos do momento tomam de assalto o espaço deixado vago, impondo aos demais a sua vontade soberana e absoluta, sem entenderem, porque o não querem, que não têm em si mesmos a legitimidade do poder: foi-lhes delegado pelo povo e em nome do povo para governarem para o povo.
http://jorgepaulo.blogs.sapo.pt/34817.html
Março 7, 2009 at 11:29 pm
Perante isto, o que fazer? Parece evidente: resistir até ao limite; manifestar o seu descontentamento; exigir do governo que oiça os docentes e tenha em conta as suas propostas. E tudo isto sem desistências nem resignações absurdas.
Infelizmente, muitos portugueses ainda sofrem da síndrome do policiamento das consciências levado a cabo de forma sistemática pelo Estado Novo. Esta negação da personalidade de cada cidadão, da sua liberdade individual e do seu direito à participação política arrastaram consequências que ainda perduram. O medo, a desistência e a resignação são a manifestação desta patologia humana colectiva. E, súbito, os tiranos do momento tomam de assalto o espaço deixado vago, impondo aos demais a sua vontade soberana e absoluta, sem entenderem, porque o não querem, que não têm em si mesmos a legitimidade do poder: foi-lhes delegado pelo povo e em nome do povo para governarem para o povo.
http://jorgepaulo.blogs.sapo.pt/34817.html
Março 7, 2009 at 11:32 pm
http://gratisexo.blogspot.com/2009/03/cordao-humano.html
Vídeo da SIC
Março 7, 2009 at 11:49 pm
#8
Vamos lá a ver se percebi:
1 – O MUP vai …
2 – Em segundo lugar, que é a PRIMEIRA FASE, os professores vão…
3 – O MUP divulga depois…
Não percebi.
Março 7, 2009 at 11:51 pm
#52, concordo. A luta dos PCE desalinhados é muito importante. Talvez pudessemos apoiá-los de alguma forma…
Março 7, 2009 at 11:55 pm
cont de #59
Pensei mais e percebi:
4 – Usa os professores e só depois é que lhes diz.
Proto-sindicalistas-sem-vergonha!
Março 8, 2009 at 12:13 am
Aos sindicatos cabe a iniciativa, a coragem e não andarem a reboque.
Aos professores cabe a determinação e coragem se querem atingir os objectivos desejados.
Querem ser na Europa os únicos docentes com a profissão dividida em duas castas e com uma avaliação ridícula?
Se querem terminar a “dor” de forma rápida então restas a solução radical: greve prolongada.
Se não são capazes, porque não têm possibilidades económicas ou porque têm pena dos alunos então é melhor preparem-se para uma luta mais prolongada que seja conjugada em duas frentes: a frente jurídica e a frente sindical, recorrendo a manifestações e a greves de curta duração.
Fala-se em imaginação mas eu acho que a roda está inventada.
Assisti a várias lutas de professores, uma delas com ligações familiares, em que os docentes saíram vencedores: Espanha, Bélgica, Grécia e Chile. Venceram porque foram capazes de fazer greve por vários dias.
Mas como digo não sou dono da verdade, mas talvez acabaremos por ter mais imaginação maior do que estes colegas estrangeiros.
O pior é se esta imaginação vai demorar anos e ainda por cima pode custar-nos o fim do prestígio da Escola Pública.
Queiramos ou não, este conflito latente está a ser sentido pelos alunos e pelos encarregados de educação, não porque tenhamos descuidado o nosso desempenho, mas porque os média estão a dar a sensação aos portugueses que este clima está a degradar o ensino.
O destino está nas mãos dos professores, estes é que não querem ver…
Os médicos, os enfermeiros, os juízes esses sabem que não têm de inventar a “roda”. O facto é que o governo tem medo de os enfrentar.
Março 8, 2009 at 12:16 am
“mais imaginação maior” não!
“mais imaginação” somente!
Março 8, 2009 at 12:18 am
Eu achei interessante o discurso do MN. Muitos comentários aqui e noutros posts, apressaram-se a “desancá-lo” mas, para mim houve uma nuance, no mínimo, interessante… passou a mensagem: Mantemos a negociação como uma oportunidade do governo ainda fazer alguma coisa… mas já estamos a olhar para o futuro (um futuro que acreditamos, sem o PS), queremos já saber de todos os partidos quais são as suas propostas para a Educação… O homem, se calhar, até nem é nada parvo…
Março 8, 2009 at 12:20 am
#63 Pedro Castro
Vai ao teu mail.
Março 8, 2009 at 12:23 am
#62
Pedro, falas para isto:
http://primeirofax.wordpress.com/2009/03/07/o-que-e-um-cordao/
Na minha escola é assim, mé-més com medo do ME, tipóides que assinam uma coisa e fazem outra, uns bandalhos.
Pergunto-me já demasiadas vezes se valem o meu esforço.
Março 8, 2009 at 12:25 am
#64
Claro que não é parvo, ele sabe bem que os professores é que são.
Março 8, 2009 at 12:29 am
#67
Disparar contra tudo e contra todos, pode fazer bem “à alma”, mas não leva a lado nenhum…
Março 8, 2009 at 12:29 am
E desta forma me retiro, dirijo-me (com o devido j)à minha sabática nocturna.
Março 8, 2009 at 12:34 am
#64:
Exactamente. O MN e os outros sindicalistas lutam com os professores que têm e com o que estes estão dispostos a fazer.
Se estes não querem – em número significativo – lutar e o ME também não quer ceder, temos apenas que manter acesa a chama e esperar que venha o próximo!
Março 8, 2009 at 12:36 am
Pensava eu.
#68
Emende a vírgula, meu caro; ou faça um cordão com ela.
Lamento ter-lhe acertado no corpo.
Março 8, 2009 at 12:38 am
#66:
Por aí se vê a dificuldade da acção dos sindicalistas: eles têm que manter mobilizados os professores que querem lutar e ao mesmo tempo encontrar formas de cativar e trazer para a luta esses… amedrontados!
Março 8, 2009 at 12:39 am
hoje:
“O Grupo Parlamentar do PS admitiu hoje que algumas medidas da actual política educativa «não correram muito bem», apelando aos sindicatos para que respondam ao «esforço de revisão de decisões» do Governo com uma maior «maleabilidade»”
Março 8, 2009 at 12:39 am
Agora vou. A algum lado, a um lado um.
Março 8, 2009 at 12:42 am
Quink644: o que é exactamente uma greve de zelo?
Agora que o legalismo surge cada vez mais em primeiro plano nos comentários umbiguistas, em que lei encontra referida esta forma de greve?
Março 8, 2009 at 12:45 am
#71
não percebi… deve ser por não ser professora.
Março 8, 2009 at 12:46 am
#73:
Pois, só que à maior maleabilidade, que eles entendem como prova de fraqueza, respondem com maior arrogância.
Das duas, uma: ou somos capazes de endurecer a luta – mas temos de ser todos, ou quase todos, que o tempo de uns quantos teimosos fazerem greves e manifestações enquanto os outros tratam da sua vida também já passou – ou então é deixar andar. Votar bem, evitar novas maiorias absolutas e negociar com os próximos.
Março 8, 2009 at 12:47 am
#73
é quando o inimigo dá mostras de fraqueza, de quase pré debandada que se faz mais uma investida com tudo o que se tem nisso empenhando toda a sua vontade e querer.
devíamos aconselhar-nos com o agora (interessante timing…)quase santo condestável. fazermos como ele fez em aljubarrota ou valverde.
Março 8, 2009 at 12:50 am
Quem também por lá andava em força, em frente da AR, era o Bloco de Esquerda.
A Ana Drago, perante algumas notificações que colegas lhe mostraram, pediu que lhas enviassem por mail. Para eles as poderem pôr à frente da cara da ministra…
Março 8, 2009 at 12:53 am
#77
errado. negociar com os próximos em posição de fraqueza?negociar com os próximos quando perdemos com estes… uns nabos que até hoje quase ou nada fizeram de feição?
temos é de saber juntar as tropas e partirmos antes do alvorecer ali para os lados do campo de s.jorge, próximo de leiria. é ali que temos de nos juntar e é já no próximo sábado. vamos lá?
Março 8, 2009 at 12:54 am
fora de tempo, o bloco anda bem aconselhado. aquela de fazerem o programa do governo via internet com a colaboração de quem quiser é de condestável 🙂
Março 8, 2009 at 1:00 am
António Duarte
Se um comandante está sempre a jogar à defesa, com medo que os professores não alinhem, com medo da opinião pública, com medo de prejudicar os alunos, com medo disto e daquilo, então não serve para comandante.
O comandante deve contar com os corajosos e os determinados. São estes que impulsionam e arrastam os outros.
Se assim não procede acaba por perder uns, os corajosos, e acaba por perder os outros, os menos corajosos.
Fica sem soldados!
Março 8, 2009 at 1:01 am
#79 António Duarte
Correcto. Estou a tentar fazer uma recolha para lhas enviar.
Março 8, 2009 at 1:02 am
#82 Pedro Castro
Já foste ver o teu mail?
Março 8, 2009 at 1:06 am
#84 Tollwut acabei de ler mesmo agora. Já te vou enviar o meu.
Março 8, 2009 at 1:09 am
#85 Pedro Castro
Se conseguires mais daí do Norte envia para Marrocos city.
Março 8, 2009 at 1:13 am
#82:
Certo, Pedro!
O “comandante” contou hoje com 10.000 dos mais corajosos e determinados “soldados”.
Os outros, não puderam ou não quiseram vir.
Será que estes são suficientes para continuar a luta? Oxalá que fossem, mas não me parece.
Março 8, 2009 at 1:19 am
10.000 dos mais corajosos e determinados “soldados”, calma lá…. eu por exemplo não fui! e como eu milhares que não vão em cordões e acham que esses cordões não atam nem desatam e que, até por vezes, atam mais do que desatam. não foi o caso deste e deo gratias que eu estava com muito medo. há cerca de 50 mil que não entregaram objectivos e o antónio duarte só conta dez mil ?
Março 8, 2009 at 1:22 am
#88 Ora com esses e mais os que ficaram em casa é que ele deve contar para começar.
Na minha Escola, em Dezembro, foi aprovada uma moção na reunião sindical do SPN em que participaram 154 professores:
Todos votaram a favor de uma greve prolongada!
Agora anda tudo dividido: os que entregaram os OI juntam-se a um canto, os que não entregaram os OI juntam-se noutro. De vez em quando há troca de “galhardetes”. Vamos continuar assim?
Então conte-se em 1º lugar com aqueles que resistiram, porque são estes que irão contagiar os outros.
Março 8, 2009 at 1:23 am
Tollwutt, já recebeste?
Março 8, 2009 at 1:25 am
Temos 50 000 corajosos. Comecemos com estes!
Março 8, 2009 at 1:26 am
Também é interessante analisar as reacções.
Na AR, os sindicalistas foram recebidos por TODOS os grupos parlamentares.
No ME, foi entregue uma carta à ministra, recebida pelo chefe de gabinete.
Do palácio socratino, apenas foi dito que a portaria estava aberta até às 17 horas. Recebidos pelo porteiro…
Março 8, 2009 at 1:30 am
é tratá-lo da mesma maneira! custa assim tanto a perceber?
-informa-se que no final segundo período não há avaliações!
Março 8, 2009 at 1:30 am
#91 Pedro Castro:
Mas eu penso que é mesmo para (re)começar. Este “cordão” pode ter sido um pontapé de saída. Terão de seguir-se outras acções, contando certamente com os 50.000, ou talvez mais, que não entregaram OIs. E até com os que o fizeram mas já se arrependeram (e muitos vão-se arrepender quando perceberem que a não entrega não vai ter consequências nem vão ter nota melhor por terem entregue).
Março 8, 2009 at 1:36 am
#89 Pedro Castro
Obrigado.
Já sabes, se conseguires mais…envia para Marrocos city.
Março 8, 2009 at 1:37 am
atão? aqui trafica-se? mau mau
Março 8, 2009 at 1:38 am
kem trafika?
Março 8, 2009 at 1:38 am
antónio duarte estou aqui com uma dúvida que se m’assaltou ao espírito: se eu no sábado for a leiria tenho de me demitir de delegado sindical? alguma boa alma me esclareça…
Março 8, 2009 at 1:38 am
#93: É preciso ponderar muito bem essas posições. Teríamos de estar preparados para as consequências. Imagine os despachos em popotês-magalhenês:
– Sou a informar que os professores devem entregar no CE no primeiro dia em que terminem a greve as, notas dos alunos.
Ou então:
– Em caso de greve, ficam as reuniões de avaliação automaticamente marcadas para as 24 ou 48 horas seguintes, até à sua efectiva realização, prolongando-se o período das avaliações.
Março 8, 2009 at 1:40 am
Estive hoje no “cordão humano”. E estarei, igualmente, em Leiria, no próximo sábado.
Para mim, é-me indiferente as iniciativas virem dos sindicatos, dos movimentos independentes ou de outros (caso do Paulo, com o parecer ao Garcia Pereira). Desde que as iniciativas sejam válidas (mesmo que a sua eficácia possa ser reduzida, mas não sejam contraproducentes)lá estarei.
Relativamente à participação no “cordão” (cerca de 10 mil pessoas), foi a que eu esperava. Num balanço simplista, não foi nem um grande êxito nem um rotundo fracasso. Em termos desportivos, diria que foi um empate. Mas, numa altura de (natural)refluxo da luta, penso ter sido importante para “manter a chama acesa” e mostrar que, ao contrário do que tenta fazer crer o governo, nós não nos rendemos.
Março 8, 2009 at 1:40 am
a questão é: somos ou não somos capazes?
Março 8, 2009 at 1:40 am
#98 like a rolling stone
Não és obrigado a Tal acto. Podes continuar a ser delegado sindical
Março 8, 2009 at 1:43 am
toll
assim já fico mais descansado 🙂
Março 8, 2009 at 1:43 am
# 98
No último Encontro de Professores em Leiria dirigentes sindicais estiveram presentes.
Março 8, 2009 at 1:44 am
#102
Tollwut segue outro tráfico (notif.).
Março 8, 2009 at 1:45 am
#98:
O que posso dizer é que, nos anos em que fui delegado sindical, nunca o sindicato me disse (nem eu lhe perguntei) o que podia ou não fazer a esse respeito.
Assim como membros dos movimentos estiveram no “cordão” (vi por lá o Ilídio Trindade, entre outros), também sindicalizados estarão na reunião dos movimentos.
Não vejo onde está o problema…
Março 8, 2009 at 1:45 am
“- Em caso de greve, ficam as reuniões de avaliação automaticamente marcadas para as 24 ou 48 horas seguintes, até à sua efectiva realização, prolongando-se o período das avaliações.”
ok!onde está o problema?
Março 8, 2009 at 1:46 am
Olá Gato Preto!
Vais estar outra vez de serviço (em Leiria)…
Março 8, 2009 at 1:46 am
# 107 Eu ficaria encantado!!!
Março 8, 2009 at 1:48 am
#98
É claro que podes ir a Leiria e continuares a ser delegado sindical.
No 1º Encontro, estava lá colegas que eram delegados sindicais, outros sindicalizados, outros não sindicalizados, outros assumidamente anti-sindicatos.
Aparece por lá que, se for como o anterior, é muito giro. Foi uma grande jornada democrática e cívica.
Houve intervenções muito díspares, sem ordem muito definida, votações mais e menos apertadas, mas sempre com o máximo de civismo e respeito pelas opiniões alheias.
Bakunine, o velho anarquista russo do séc. XIX teria ali visto “a anarquia como a máxima expressão de ordem”.
Março 8, 2009 at 1:49 am
“109 Pedro Castro
Hoje só trafico notificações de não entrega de OIs.
Março 8, 2009 at 1:49 am
Já a posição de uma dirigente da FNE que é professora no meu agrupamento e não só entregou OIs como pediu aulas assistidas me parece altamente censurável.
E só não digo que devia demitir-se de dirigente porque a sua atitude me parece estar em consonância com o que tem sido a tradição daquela estrutura sindical.
Março 8, 2009 at 1:49 am
#108 Ana
Já combinei com o Fernando e lá estarei como da outra vez. E, provavelmente, de novo de microfone em punho.
Março 8, 2009 at 1:49 am
AH!
Eu própria tenho o cartão de dirigente sindical! …
Se calhar já caducou! …
Março 8, 2009 at 1:51 am
Já agora se alguém quiser traficar comigo notificações das escolas da não entrega de Ois, é só dizer e enviar para o meu mail.
Março 8, 2009 at 1:56 am
ainda bem ana henriques e que neste estejam mais. eu quero lá saber do delegado sindical ou da carneirinha feliz que se faz por aí acima. queria era salientar que não se pode falar em sindicatos e em movimentos como o governo e a comunicação social andam a reproduzir e este é o primeiro ponto que temos de desatar primeiro entre nós e depois entre a opinião pública. não são os sindicatos nem os movimentos que estáo contra estas políticas de educação: são os professores.
por isso era bom que os dirigentes sindicais, quer da fenprof quer da fne, quer dos mais de 3014 sindicatos dos professores estivessem presentes em leiria. que se inscrevessem na história que estamos a viver.
“tudo o que fazemos na vida ecoa na eternidade.”
Março 8, 2009 at 1:57 am
#107:
Muitos dias de greve. Arriscávamos passar a interrupção da Páscoa toda em greve. Como não mexia com aulas e as notas do 2º período não são decisivas, eles eram bem capazes de deixar andar. E no início do 3º período mandavam-nos fazê-las em horário pós-laboral.
Confesso que não me agrada muito estar a antecipar estes cenários. Pretendo apenas mostrar a dificuldade de planear este tipo de acções
E parece-me haver neste momento demasiados colegas, nas nossas escolas, a achar muito bem estas coisas apenas se forem os outros a fazer.
Março 8, 2009 at 2:03 am
#117
ok… e então sentamo-nos na beira do rio à espera de vermos passar o nosso cadáver. (não me lembro quem dis isto mas é bonito).
Março 8, 2009 at 2:04 am
disse
Março 8, 2009 at 2:05 am
É sempre importante discutir ideias e formas de actuação: o que queremos e como o conseguir. Certamente que o encontro de Leiria será útil neste objectivo.
Agora não nos podemos esquecer que nem todos são activistas destas lutas. Vão atrás da onda, se se sentirem mobilizados e não tiverm medo.
Acho que uma coisa que tem de se fazer antes de embarcarmos em novas radicalizações da luta é tentar perceber o que é que levou tantos professores, em tantas escolas, a votar a favor da não entrega dos OIs, indo em seguida entregá-los. Enquanto não percebermos bem estes “mecanismos mentais” que entorpecem a acção dos professores, estaremos sempre limitados no alcance e na eficácia da nossa acção.
Março 8, 2009 at 2:08 am
#100,
Gato preto,
Concordo consigo.
Março 8, 2009 at 2:10 am
os mecanismos mentais são os seguintes: memes.
em nós e para além de tudo oitocentos anos de obscurantismo, quase seiscentos de inquisição, cinquenta de salazarismo… estando este ainda de muito boa saúde para quem já morreu há quase 40 anos.
o medo. o medo de existir. (obrigado josé gil)
Março 8, 2009 at 2:11 am
#118:
Os cadáveres têm o problema de serem coisas muito paradas e com tendência para a decomposição. Não lutam nem dão luta a ninguém.
Acho melhor mantermo-nos vivos, atentos, unidos e inteligentes. Se até os socratinos idiotas conseguem lutar pelo que lhes interessa, porque é que nós não havemos de o fazer?..
Março 8, 2009 at 2:11 am
o cadáver de alguns já flutuam nas águas de um qualquer rio anónimo.
Março 8, 2009 at 2:17 am
Estas acções de rua perderam adeptos quando se percebeu que duas manifestações de 100 e 120 mil docentes não tinham obtido resultados significativos.
Uma greve por tempo indeterminado parece-me a melhor solução. Claro que não terá 100 mil adesões, mas se tiver 20 ou 30 mil fará muito estrago. Greve às avaliações só faz sentido no 3º período, que é quando dói.
Março 8, 2009 at 2:17 am
Relativamente à questão da greve às avaliações, tenho algum receio, tal como o Paulo no seu “post”.
Em primeiro lugar, será possível realizá-la com uma adesão significativa?
Desde logo, haverá colegas que dirão que vão perder muito dinheiro. Outros não aderirão porque têm problemas de consciência em prejudicar os alunos.
Depois, se o ME recorrer aos serviços mínimos e/ou à requisição civil e ameaçar com faltas injustificadas ou processos disciplinares? Se, face a ameaças não muito explícitas e sem base legal, a maioria entregou os OI, acham que esses colegas resistiria numa situação dessas? Basta ver o fiasco da greve aos exames em 2005.
Depois, corríamos o risco de perder totalmente a opinião pública, que ficaria do lado do governo e do ME. Em época de eleições, quando nos interessa enfraquecer o partido do governo, seria um “tiro no pé”.
Curiosamente, acho que as megamanifestações de rua desgastam mais o governo que uma forma de luta que coloque em causa os alunos. E, neste ano, acho que a nossa luta passa também por evitar nova maioria absoluta do partido socretino.
Março 8, 2009 at 2:25 am
#120,
António Duarte,
Também concordo consigo.
Quanto aos “mecanismos mentais”. Algumas conclusões a que cheguei:
1. medo;
2. pressões;
3. não querer ser prejudicado, nomeadamente quem está à beira de transitar de escalão;
4. os chicos-espertos.
Entendo, apesar de tudo, a situação 3.
Azia, para a situação 4.
Não entendo, ou prefiro não entender, a situação 2.
Não sei se ria com a situação 1.
E, acerca desta situação 1., um mini-diálogo elucidativo:
-(baixinho, olhando para todos os lados): “Ó xxxxx, tu não tens medo?”
– (8 da manhã): “O quê? Medo de quê?”
– “Medo de não teres entregue os OI!”
– “Não.”
-“Não?”
– ” Tenho 2 cães.”
– “Hã?”
(Acabou-se o diálogo.)
Mayday! Mayday!
Março 8, 2009 at 2:26 am
#122
Sempre disse que o medo era o nosso principal adversário nesta luta. Nos plenários da minha escola, quando se decidia se devíamos ou não entregar os OI, tentei sensibilizar os colegas para não terem medo. Debalde. Alguns que gritavam muito, “meteram o rabo entre as pernas” e acabaram por os entregar. E isto numa Escola em que a PCE faz parte dos 212 e ninguém do CE (assessores incluídos) entregou os OI.
Quando da greve aos exames, em 2005, noutra Escola, fui dos poucos que me mantive firme até ao fim. Colegas que diziam “não faço greves de um dia. Greve é aos exames e às avaliações” cederam à pressão.
Por isso é que duvido do êxito de formas de luta muito radicais. Todos as apoiam nas palavras; o “diabo” está na prática…
Março 8, 2009 at 2:28 am
Dos 158 Agrupamentos/Escolas aqui completamente apurados, resulta:
Total de Professores que entregaram os OI: 9.246 professores
Total de Professores que não entregaram os OI: 11.113 professores
Com o clima de total intimidação vivido nas escolas, estes números iniciais (totalmente apurados) estão a surpreender muito positivamente.
Março 8, 2009 at 2:30 am
gato preto
quando os homens do lixo fazem greve, quando os médicos fazem greve… somos todos prejudicados, numa greve há sempre alguém que sai prejudicado.
se os alunos são prejudicados são-no por teimosia e cegueira de um governo que insiste em prejudicar um país inteiro com políticas de educação de lesa-pátria. é isto que a opinião pública ainda não compreendeu, é isto que ainda não fomos capazes de lhe explicar. a opinião pública está sensibilizada com a nossa resistência e só está à espera que lhe façamos ver que não lutamos apenas por manter uma avaliação que de facto não existia mas era a que era e que lutamos por algo de mais nobre. a educação dos filhos, deles por exemplo.
se eu disser a um pai que querem por-me a passar os alunos todos mesmo sem saberem para o merecerem porque isso pode dar-me vantagem na avaliação que me vai ser feita eles não acreditam. e quando acreditam, porque esse é de facto um aspecto negativíssimo com consequências monstruosas, começam a questionar e a perspectivar as coisas de uma outra maneira. tenho visto.
Março 8, 2009 at 2:30 am
Gato Preto
A tua Escola já consta da lista?
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/02/os-numeros-da-resistencia.html
Março 8, 2009 at 2:32 am
Pois, Gato Preto…
Há colegas que perdem muito dinheiro com as greves e outros que perdem mais de 20 mil euros (ao longo da carreira) com esse ECD.
Também há os que têm problemas em prejudicar os alunos, contrariamente aos médicos que não têm problemas em prejudicar os doentes. Os anteriores têm mais razão, fazer greve implica perder dinheiro, para ser só eu o prejudicado, o melhor é trabalhar e no final do mês devolver o dinheiro ao ministério. É o chamado espírito de missão, para não lhe chamar nada pior.
Se o ME ameaçar com faltas injustificadas ou processos disciplinares… pelo exercício do direito à greve, constitucionalmente protegido? Pessoalmente sou capaz de me borrar de medo.
Quanto aos serviços mínimos, por mim estou disposto a cumpri-los… quando o tribunal assim o decidir 🙂
Março 8, 2009 at 2:35 am
Os únicos porta vozes dos professores, quando nos foi declarada guerra, eram os sindicatos.
Estiveram pessimamente mal. Alguém passa pela cabeça deixar passar para a população que os professores não eram avaliados, por exemplo?
Aliás, considero que estamos como estamos por incompetência (para não dizer outra coisa mais dura e forte) deles.
Março 8, 2009 at 2:37 am
Correcção a #132: onde está 20 mil euros leia-se 200 mil euros.
Março 8, 2009 at 2:40 am
ana, calma…. isto estva a correr tão bem, tudo paz e harmonia, concórdia a pairar no ar… mas a nan henriques não desiste, pois não?
só lhe fica bem!
Março 8, 2009 at 2:42 am
Por mim faço greve nem que tivesse que ir “apanhar conquilha”.
E sei que muitos professores (os melhores!) a fariam também.
E isso já chegava para criar o caos nas escolas. Mas como a agenda sindical serve outros propósitos …
Março 8, 2009 at 2:42 am
#134 essa parte técnica e da logística da informação deviam ser os sindicatos a fazê-la nos cartazes e panfletozinhos que mandam para as escolas, não era?
Março 8, 2009 at 2:43 am
#136
ehehehehehhehehehhehhee
Março 8, 2009 at 2:44 am
o fafe anda-se a deitar muito cedo, não anda? estará a ficar uma pessoa normal?
Março 8, 2009 at 2:44 am
Como irá ser o final do 3º período nas escolas?
Mesmo sem as “formas de luta” aqui sugeridas?
O que irá acontecer?
O Me está a tratar do caso, para esvaziar o balão.
Mas que vai haver muita “peleja”, muito “recurso”, lá isso vai.
Março 8, 2009 at 2:46 am
Cabe na cabeça de alguém termos chegado onde chegámos se os sindicatos não tivessem conluiados com os gajos?
Claro que não.
Março 8, 2009 at 2:48 am
eu acho que quando se fizer a história disto tem de se falar em antes do memorando e depois do memorando. eu acho… é a teoria do achismo.
Março 8, 2009 at 2:51 am
e depois, ana é conluiação a mais: ora estão conluiados com o pcp ora estão conluiados com o ps, ora serve os interesses políticos de mário nogueira….
eu acho (teoria do achismo, outra vez) que foi mesmo nabiçe
Março 8, 2009 at 2:54 am
#130 e #132
Atenção que eu só estava a ser advogado do diabo.
É claro que nós, que aqui comentamos, temos consciência dos nosssos direitos e sabemos que mais vale fazer greve e perder um mês de ordenado que perder o que já perdemos e iremos perder se o ME levar a sua avante.
O problema é que nem todos têm consciência dos seus direitos (ou têm, mas acham que este governo os consegue ignorar) e há muitos que (por necessidade ou por estreiteza de vistas) só pensam no curto prazo. E este processo dos OI mostrou-o.
Quanto ao prejuízo para os alunos, é claro que uma greve causa sempre incómodos a terceiros. Agora, o que coloco em questão é saber se, em ano de eleições (e sublinho este aspecto) isso não será dar trunfos ao governo e ao partido que o apoia. E isso é a última coisa que todos queremos que aconteça.
Março 8, 2009 at 2:56 am
Em poucos dias (final de Outubro/início de Novembro), só a Fenprof, colocou todo o seu poder de fogo e de contra informação com as tecnicas mais perversas no terreno.
Em 3 meses, só a Fenprof, chegava para atirar os ME/s todos borda fora. Até o socretino ia à vida dele.
O objectivo deles é outro.
Março 8, 2009 at 2:57 am
#141
De acordo.
#142
Eh, eh… As teorias são todas “do achismo”, se fossem certezas não eram teorias.
Os sindicatos não resistiram como se impunha ao ECD.
Março 8, 2009 at 2:57 am
gato preto fala com a fernanda, ela tem dois cães, pode emprestar-te um. na brinca 🙂
Março 8, 2009 at 3:00 am
Gato Preto
Os sindicatos têm os meios para informar das consequências a curto, médio e longo prazo: têm os contactos dos professores, têm a logística, têm os gráficos, têm as informações, têm dirigentes e delegados. Prque não o fazem?
Mas fizeram-no para dia 8 de Novembro como resposta ao dia 15 de Novembro sugerido pelos professores. Tem piada.
Março 8, 2009 at 3:02 am
#144
“Atenção que eu só estava a ser advogado do diabo.” Acredito! E eu só quis dizer que argumentos inválidos são desculpas.
#145
Continuo a concordar.
Março 8, 2009 at 3:03 am
“Em 3 meses, só a Fenprof, chegava para atirar os ME/s todos borda fora. Até o socretino ia à vida dele.”
subscrevo.
“O objectivo deles é outro.”
leiria torna-se dia a dia mais importante. talvez o teatro não chegue e tenhamos de reunir na rua. esperemos que não chova.
um bom dia do senhor para todos.
Março 8, 2009 at 3:05 am
#146,
Apache,
Se bem me lembro, eu ACHO que quando foi a altura de “resistir” ao ECD, o pessoal estava ligeiramente distraído.
Março 8, 2009 at 3:08 am
# 143
Nabice? De início, talvez.
Março 8, 2009 at 3:09 am
Incluindo aqueles que deviam chamar os distraídos ao assunto, Fernanda.
Março 8, 2009 at 3:11 am
#145,
“Em 3 meses, só a Fenprof, chegava para atirar os ME/s todos borda fora. Até o socretino ia à vida dele.”
Ó anahenriques, eu acho que esta me passou ao lado.
Março 8, 2009 at 3:15 am
#153,
Há distraídos mesmo muito distraídos, Apache.
Um bocado complicado.
Eu acho.
Março 8, 2009 at 3:17 am
Pois há, mas se nada fizermos todos continuarão distraídos.
Março 8, 2009 at 3:19 am
#148 Ana
Penso que a importância dos movimentos independentes é exactamente essa: obrigar os sindicatos a agir e evitar que as estratégias sindicais se sobreponham aos interesses dos professores.
O êxito da manif. de 8 de Novembro foi possível graças à iniciativa inicial dos movimentos a apontar para o dia 15.
Tal como a denúncia de uma eventual traição da FNE terá levado esta a não cair em tentação.
Março 8, 2009 at 3:22 am
De qualquer forma, vamos ganhar esta guerra que nos declararam.
“Vou-me”
Boa noite, a todos.
Março 8, 2009 at 3:27 am
Os “distraídos” têm dias e meses.
Nos dias e meses em que se discutia e se tentava lutar contra o ECD, estavam na fase distraído-compulsiva.
Março 8, 2009 at 3:28 am
#151
De acordo, Fernanda. E foi o fracasso da greve aos exames que permitiu ao ME avançar com o ECD e impô-lo quase sem resistência da nossa parte.
Os sindicatos sentiram-se enfraquecidos com a derrota e, depois, demoraram demasiado tempo a reagir. E muitos de nós, perante a “blitzkrieg” governamental, achámos que nada havia a fazer.
E acho que foi um erro os sindicatos não terem apelado ao boicote do concurso para “titular”. Claro que alguns oportunistas poderiam tirar partido disso. Mas, se fossem poucos, ficariam isolados. E aí o ME não poderia ameaçar ninguém.
É que, com poucos “titulares”, não poderia ser aplicado este modelo de avaliação.
Março 8, 2009 at 3:30 am
A forma de luta que temos em mãos sem prejudicar os nossos alunos é a “greve à avaliação. Na minha escola de 147 professores só um pediu para ser avaliado e ninguém entregou os OI. No entanto não me parece descabida a greve aos exames pois isso vai obrigar o governo a reagir quanto mais não seja obriga à requisição civil dos professores. Seria bonito em ano de eleições. Temos ainda outra arma que se prende com o processo de exames. A correcção de provas é obrigatória mas as reapreaciações não são
Março 8, 2009 at 3:33 am
(cont) …e podemos não as fazer.
O essencial é que nos mantenhamos unidos pois temos razão e por isso venceremos este ministério.
Março 8, 2009 at 3:33 am
Eu, distraída compulsivamente organizada,
lembro-me.
E agora, lembro-me que tenho de ir dormir.
Acho eu.
Março 8, 2009 at 3:34 am
#159
A Ana não respondeu à sua questão (talvez o não possa fazer), como eu disse que concordava com a afirmação vou dizer-lhe qual foi a minha interpretação. A Fenprof tem meios de mobilização e apoiantes incondicionais suficientes para, querendo, fazer um enorme estrago.
Março 8, 2009 at 3:36 am
O debate estava interessante mas tenho de ir dormir.
Uma boa noite para todos.
Março 8, 2009 at 3:41 am
Até amanhã.
Março 8, 2009 at 3:46 am
O que é “fazer um enorme estrago”, querendo?
Até amanhã.
Março 8, 2009 at 3:52 am
Ora boas,
Cumprimentos ao pessoal conhecido (Gato Preto desde há bocado na AR) e para os outros também 🙂
Leiria vai ser importante sim! Era óptimo que houvesse uma boa mobilização. É muito importante começarmos a discutir em encontros daquela natureza o que podemos fazer/sugerir/apontar relativamente à continuidade da luta!
Abraço a todos!
Março 8, 2009 at 3:56 am
Aproveito para confirmar a informação que o António Duarte deixou: a Ana Drago pede que os professores lhe enviem por e-mail todas as notificações que conhecerem para que possa confrontar a Ministra com as loucuras surreais que por aí vão!
Abraço
Março 8, 2009 at 4:07 am
Olá Ricardo,
Mais um noctívago!
Já te agradeci por teres ido à minha escola há uns tempos atrás para esclareceres os presentes numa reunião?
Não?
Então, obrigada!
Março 8, 2009 at 4:10 am
Os meus filhos mandaram-me para a cama.
Ó para mim a ir para a cama.
-:)
Março 8, 2009 at 4:11 am
🙂
Março 8, 2009 at 4:13 am
Fernanda 1,
Olá 🙂
E que escola foi? Já fui a algumas 🙂
Abraço
Espero rever-te em Leiria!!!
Março 8, 2009 at 4:14 am
E como é óbvio, não tens nada que agradecer.
Fui com todo o gosto, temos de nos ajudar uns aos outros nesta luta! 🙂
Março 8, 2009 at 9:27 am
É muito positivo que qualquer declaração do Mário Nogueira seja aqui escrutinada ao milímetro. Mostra muita atenção e sensibilidade para o modo como a luta dos professores passa para a opinião pública. Mas criticar a afirmação de que “está tudo em aberto” revela que ou não foi compreendida ou não a quiseram compreender. E não há duas interpretações. A afirmação do MN quer dizer tão simplesmente que a luta vai até onde os professores quiserem.
E não deixa de ser curioso, digamos assim, que se critique a mesma pessoa por falta de democracia e por democracia a mais.
Março 8, 2009 at 9:37 am
Foi notório o esforço de dois ou três militantes da APEDE para aparecerem nos écrans, com as suas inóquas t-shirts, para poderem dizer que aderiram e estiveram lá. Esforço só comparável ao do Miguel Portas que andou dum lado para o outro a pavonear-se ridiculamente. Não vi por lá o Manuel Sanches, mais discreto e que não vai a estas iniciativas para dar nas vistas, mas por convicção e coerência. Força Manel e continua a mobilizar o pessoal da Gama Barros.
Março 8, 2009 at 9:58 am
inócuas, como é óbvio
Março 8, 2009 at 9:59 am
queria antes dizer sensaboronas, tipo Melhoral
Março 8, 2009 at 10:02 am
Colegas,acho que seria péssimo o avanço de uma greve às avaliações. Para lá da humilhação sofrida há uns anos, seria injusto para os nossos alunos,e eticamnete reprovavel criticavel. Como se não bastasse, teríamos o país em peso contra os professores. Acho que o momento não é para estridências, greves, ou políticas de rua. Eu já comecei: a minha filha, que votará este ano pela primeira vez, prometeu-me que não votaria P.S. A minha mãe, que engrossou o grupo dos abstentistas já há anos, prometeu-me solidariedade e vai com os seus quase 80 anos, votar para impedir uma maioria deste partido. Será esta, penso eu, a nossa Voz e é nesta luta que nos devemos emopenhar a fundo: impedir uma maioria absoluta do P.S., que nos descredibilizou e dersrespeitou sistematicamente. Um partido que tudo tem feito para acabar com a nossa escola pública; uma escola que se deseja séria, rigorosa, exigente e profundamente humana
Março 8, 2009 at 10:05 am
…ups! desculpem algumas gralhas…
Março 8, 2009 at 10:05 am
Os professores estão cansados. Há um enorme desgaste provocado pelas lutas internas nas escolas. Os ódios e insultos, os pequenos gestos ofensivos, o afastamento em relação a amigos, o “diz que disse”, a incerteza, foram corrroendo pessoas e relações.
A estratégia proposta pelos sindicatos de resistência nas escolas e a pressão do ME arrasou os professores. Em vez de irmos unidos para as lutas degladiámo-nos nas sals de professores e em reuniões intermináveis.
Março 8, 2009 at 10:22 am
Qdo se pensa em greve a avaliações, e partindo do princípio que os colegas da nossa escola não são os comentadores deste blog, eu perguntaria:
na nossa escola, qtos adeririam a essa forma de luta?
Na minha: nenhum ( talvez eu, que acabaria por desistir)
Gosto de saber que alguns parlamentares vão confrontar o ME com o que se está a passar nas escolas ( caso do BLOCO). Gosto de saber que o Parecer do GP permitiu acções judiciais ( espero que dêm frutos). Gosto de saber que vai haver novo encontro em Leiria e novo encontro de PCE, desta vez em Lisboa.
A luta não é “de massas” agora. Por uma razão simples: se a maioria entregou os OI como podem, em coerência, continuar em luta?
Somos alguns e as iniciativas são destes “alguns”. É por aí…
Julgo eu…
Março 8, 2009 at 10:27 am
#179 Maria
É essa a forma de luta que, sem dúvida, dará resultado.
Eu farei o mesmo.
Março 8, 2009 at 10:34 am
O M.E não recuará e continuará a fazer dos professores “gato sapato” enquanto não houver uma iniciativa que prejudique o país.
Deixem-se de iniciativas inoquas de mera apresentação de protestos! O país conhece-as já ás duzias e não liga a “mínima”.
Lembram-se da greve dos camionistas?
O M.E quer lá saber das vossas manifestações ao Sabado ou dos vossos “cordões” vistos a partir do conforto do lar, com desdem pela maior parte dos Portugueses..
Deixem-se de pudores. Greve implica prejuizo para alguem e não um mero desconto no ordenado ao fim do mês para quem a faz…
Março 8, 2009 at 10:37 am
Até um cacique tem consciência que os frutos imediatos alcançados pelo medo que vai espalhando são pouco seguros: este é o seu pior pesadelo, que o obriga a reforçar cada vez mais os seus actos intimidatórios.
Até um cacique tem consciência de que basta o exemplo de um sem medo para colocar em causa toda a racionalidade do edfício que vai construindo sobre uma base do medo.
Um governante que envereda por aí define implicitamente um prazo para o seu mandato. Perde também o direito de conhecer antecipadamente em que circunstâncias se irá verificar a sua saída.
Março 8, 2009 at 10:37 am
…tem consciência de que…
Março 8, 2009 at 10:42 am
Qual é o problema de greve ás avaliações? Protelem o lançamentos de notas. Se isto não vai lá com pistolas usem a “basouka”.
Março 8, 2009 at 10:49 am
#187
Basuka
Março 8, 2009 at 11:00 am
O escritor José Fanha esteve na minha escola onde assistiu a várias apresentações de actividades das turmas de vários anos sobre os seus livros. Declarou que o amor e dedicação que tinha sentido existir nos professores pelos seus alunos não merecia a forma como têm sido tratados. Na minha escola da Pedra Mourinha nenhum professor quer ser avaliado com este Modelo. O CE do agrupamento fez ele mesmo os objectivos e na sede do Agrupamento alguns professores (10) entregaram e vão ter avaliação com aulas assistidas.
Março 8, 2009 at 11:02 am
Alguém que entreviste o sampaio e lhe pergunte o que é que acha das trapalhadas do socrates, em comparação com as ditas trapalhadas do Santana Lopes… Só para termos uma perspectiva, e para começarmos a perceber o que é que se passou.
Março 8, 2009 at 11:04 am
#179
Eu tenho uma avó com cem anos e que pela primeira vez não vai votar PS!
Março 8, 2009 at 11:14 am
O que se passou foi simples:
1~afastar o Ferro Rodrigues
2º afastar o Santana
3º colocar o pinocchio no poleiro.
Março 8, 2009 at 11:14 am
#184 Plenamente de acordo. Em vez dos pruridos com as desculpas do costume: “Ai, que eu não quero prejudicar os meus alunos e o que é que os pais e a opinião pública vai pensar!”, devemos pensar:
1. Prefiro “prejudicar” estes alunos e acabar com isto duma vez por todas pois a altarnativa é deixar que acabem de destruir o sistema de ensino e prejudicar gravemente as próximas gerações de alunos do meu país:
2. os pais e a opinião pública e os media, com todos os cuidados que temos tido em fazer manifestações aos fds e greves quase a pedir desculpa não têm estado propriamente do nosso lado, pois não (exceptuando casos pontuais)?
Portanto, neste momento, estou 100% a favor de greve às avaliações no 3º período!
Estou farta de ser desrespeitada pelo ME, pela opinião pública, pela CS e por todos os que se acham no direito de me julgar e de opinar sobre o meu profissionalismo!
Março 8, 2009 at 11:37 am
Há aqui incoerências, se a AD em várias escolas nem está a ser aplicada: muitos professores não entregaram os OI, não requereram aulas assistidas, etc… Só contarão os registos administrativos.
Farão greve a protestar contra quê?
Março 8, 2009 at 11:50 am
#194 Mas neste altura ainda é preciso explicar??? Bem, então mais uma vez: estatuto da carreira, novo modelo de gestão escolar, os anos de serviço que nos roubaram e sim, também contra esta **** a que alguns até chamam modelo de avaliação.
Março 8, 2009 at 12:03 pm
#194:
A avaliação deste ano são “peanuts” para entreter os distraídos. Mais ficha menos ficha, evidência para aqui, descritor para acolá, vai dar tudo em águas de bacalhau: todos ou quase todos corridos a Bom; um ou outro MB ou Excelente numa ou outra escola adesiva perto de si. E o socas a dizer que avaliou os professores, sendo que nessa altura do campeonato a ninguém vai interessar se avaliou bem, mal ou assim-assim.
A questão de fundo é a revisão do ECD, com tudo o que lhe está associado: fim da divisão da carreira, avaliação, concursos, etc. É por negociações e mudanças a sério que temos de lutar.
Março 8, 2009 at 12:11 pm
Os colegas que têm medo de não entregar os oi e de outras coisas relacionadas com a luta contra esta sinistra, deveriam redireccionar o medo para as notícias realmente assustadoras da crise global. Vejam umas notícias em tvs extrangeiras, e aí sim, é que é de sentir medo. Agora, não entregar uns papelitos para cumprir o que dizem que são umas leis mal paridas, isso não custa nada.
Daqui para a frente, devemos responder a esta ministra e a este governo na mesma moeda do desprezo: se eles desprezaram as manifestações e as greves dos professores, e a opinião das pessoas mais esclarecidas deste país, ignoremos os despachos, porcarias, entrevistas e emails que eles produzem. Procedamos como se eles já lá não estivessem.
Se depois nos questionarem sobre o incomprimento de algum despacho ou porcaria, podemos sempre seguir o exemplo daquele conselheiro de estado e daqueles gestores de negócios fraudulentos: não nos lembramos de nada, nadinha.
Março 8, 2009 at 12:15 pm
As vossas Escolas já constam da lista do MUP?
LISTA, aqui
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/02/os-numeros-da-resistencia.html
Informem-nos (p.f.) para podermos Informar Todos!
Março 8, 2009 at 12:22 pm
#190:
O sonso do Sampaio haveria de reconhecer primeiro que mentiu quando disse que os professores finlandeses trabalhavam não sei quantas horas. Foi desmentido pelos próprios mas mostrou-se incapaz de pedir desculpa, da sua precipitação em mostrar serviço aos socratinos, que na altura atacavam a toda a força.
Para mim perdeu nesse momento toda a simpatia e credibilidade que tinha em relação a ele.
Março 8, 2009 at 12:28 pm
Durante anos ouvi relatos nada abonatórios sobre o “compaio”. Confirmei quem era o tipo, logo no início do (des)governo dos socretinos. Etc.
Cospia-lhe para a cara caso algum dia me cruzasse com tal personagem sinistro.
Março 8, 2009 at 12:29 pm
Colegas, a crise económica que atravessamos e que deixa, todos os dias, tantos no desemprego, e é geradora de tanto desespero e sofrimento, não é oportuna para esta «guerra aberta» que muitos portugueses não entendem. Somos, para a maioria das pessoas deste país, priviligiados ( muitos de nós, pelo menos) pelo facto de termos o tal «emprego para a vida», e para muitos de nós, isto é verdade. As lutas, em democracia, também se fazem nas urnas. Será nas urnas que o peso dos «professorezecos» poderá fazer a diferença. E será um enorme prazer retirar o poder, a arrogância e o sorriso ao senhor 1º ministro, à sra ministra e seus leais mui respeitáveis secretários de estado; com sorte, livrar-nos-emos,também da mui respeitável directora da DREN.
E estão enganados aqueles que acham que as nossas lutas foram em vão: nunca, como agora, se falou tanto de educação, de escola pública, de iliteracia, de eduquês, de estatuto de aluno e professor; nunca, como agora, foram os nossos governantes e comentadores, obrigados a tantas intervenções e comentários, a tantos debates, a tantas justificações; nunca tantos falaram de nós como agora.Às vezes, as vozes que se ouviam eram injuriosas e vis; mas outras vezes houve em que essas vozes eram sérias e justas, honestas e interessadas e quem as pronunciou era justo e respeitável. E essa é a nossa esperança: a vitória da honestidade, da seriedade, da correcção e da liberdade.
Março 8, 2009 at 12:40 pm
#194
Então mude-se o discurso.
E deixe-se o “entregou, não entregou dos OI”.
Março 8, 2009 at 12:43 pm
#182,
Reb,
Muito de acordo com a leitura que fazes da situação;
#175,
Também acho.
#176,
Isso que afirmou, não ajuda muito à questão a debater;
#196, António Duarte,
Também me parece que isso poderá acontecer. Mas não assim tão de mansinho….
#181,
Na minha escola não há “questiúnculas” entre os professores. Há, às vezes, como acima escrevi, uns diálogos à margem para os quais não tenho paciência.Mas que são levados na desportiva.
Mas sente-se uma grande instabilidade física e psicológica e uma raiva contida contra o ME. De todos ou quase todos.Para além do mais, passa-se um tempo infinito nas escolas….
E, já agora, hoje é dia da mulher.
Em anos anteriores, achava isto mais uma chachada.
Hoje, sinto que volta a fazer sentido.
Infelizmente.
E, já agora,
Março 8, 2009 at 1:12 pm
#177
Meu caro(a) Gundisalbus,
Estive lá, como várias pessoas puderam comprovar. Algumas até já comentaram esta entrada. Tem que estar mais atento. Ou será que está com problemas de acuidade visual? Ah!, já sei, é por eu ser pequeno.
Já Gundisalbus não vi nenhum. Nem vestígios. Alguém pode comprovar a sua presença?
O pessoal da Gama Barros está mobilizado. Algumas (poucas) desilusões, é verdade. Mas são problemas de coluna. Não consigo resolvê-los.
E na escola do empenhado colega, como é que as coisas estão? Já agora, o meu caro colega entregou os OI? Vá lá, diga-nos.
Ultrapassada a manifestação, pergunto-me em que circunstâncias Gundisalbus, como “epicomentador” do Umbigo, voltará a “dar a cara”.
Março 8, 2009 at 1:19 pm
incumprimento…
Março 8, 2009 at 1:35 pm
#176
É curioso que tenha reparado nas t-shirts da APEDE 🙂 Não vejo onde esteja o problema, havia lá muita gente com bandeiras do SPGL, FENPROF, FNE, etc, e parece que apareceram imenso na televisão! O que acho perfeitamente natural. Não me diga que estamos proibidos de levar algo que identifique a Associação ou movimentos a que pertencemos? Ou a inicitiva era privada? O que eu gostaria mesmo era ver muitas bandeiras dos sindicatos nas iniciativas de luta promovidas pelos movimentos, infelizmente tal não acontece! Mas nem por isso deixamos de estar sempre na luta e apoiar as iniciativas dos sindicatos!
Os movimentos de professores não apareceram apenas por lá, integraram o cordão e, no meu caso pessoal, fui e voltei com vários colegas da minha escola, a D. Carlos I em Sintra! Além disso, nos dias anteriores promovemos e apelámos à participação de todos no cordão humano, nos nossos blogues! Na 4ª feira, em declarações prestadas à comunicação social, após a audiência na Comissão de Educação, fiz exactamento o mesmo, o apelo e mobilização para o cordão! Sou suspeito de quê? Acusado de quê? De ter estado em TODAS as iniciativas de luta, quer esteja “no palco” ou fora dele??! De ter sempre promovido a unidade? É isso? E já nem vou falar de tantas outras coisas anónimas e que só os colegas que vão às lutas todas conhecem, não adianta! Mas se, por outro lado, não tivessemos participado no cordão ou tivessemos passado a semana a desvalorizar e a criticar a iniciativa, eu só queria ver o que o colega iria dizer. Nem consigo imaginar! Enfim…
Quanto à comunicação social, e aos “esforços para aparecer nas câmaras” posso dizer-lhe que até conhecemos alguns dos jornalistas presentes pois tb lá estiveram no 15 de Novembro, subi as escadarias do Parlamento para cumprimentar uma jornalista da SIC e vim-me de imediato embora, não solicitei nenhum apontamento de reportagem, creio que se o fizesse seria facilmente atendido. Não precisamos de mendigar tal situação, nem fazer de emplastros!
Hesitei responder ao comentário do colega, não gosto deste tipo de polémicas, mas há coisas tão desagradáveis e tão deliberadamente mal intencionadas, que realmente não podem ficar sem resposta!
Espero agora poder encontrá-lo em Leiria, dia 14, no Encontro Nacional de Professores em Luta! Pode levar a t-shirt ou símbolo que quiser, ninguém certamente irá comentar o facto! Acima de tudo interessa consolidar a união dos professores e reforçar a resistência e a luta! E é só isso que nos move!
Abraço
Março 8, 2009 at 1:45 pm
Já agora,
Agrupamento de Escolas D. Carlos I em Sintra:
147 professores
87 professores entregaram OI (destes cerca de 60 são contratados e muitos entregaram um texto com duras críticas ao modelo de avaliação)
60 professores não entregaram OI
10 professores solicitaram aulas assistidas (8 deles do 1º ciclo)
P.S. No primeiro ciclo, apenas duas professoras não entregaram OI. Temos UMA colega contratada, mulher do Norte, que com toda a coragem, não entregou OI. Foi a única contratada a não entregar OI!
Neste Dia da Mulher, ela simboliza a força e a coragem que precisamos de ter nesta luta. Parabéns colega 🙂
Março 8, 2009 at 2:02 pm
«privilegiados»
Março 8, 2009 at 2:15 pm
Pim.
Há sempre quem procure divisões. São os divisionistas.
Março 8, 2009 at 2:17 pm
Eu infelizmente não pude estar presente devido a problemas de saúde da minha mãe…custou
Março 8, 2009 at 2:17 pm
Estou a recolher notificações da não entrega dos Ois, para enviar ao B.E / Ana Drago.
Quem quiser, envie para o meu email ou site do wordpress.
Já enviei o primeiro pacote.
Espero mais.
Março 8, 2009 at 2:19 pm
08 Março 2009 – 00h30
Paulo Portas acusa Directora Regional de Educação do Norte
Margarida Moreira “não sabe escrever”
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, acusou a directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, de não saber escrever, tendo em conta um e-mail enviado pela responsável, acrescentando que é mais um caso a juntar-se aos erros de português do ‘Magalhães’.
‘Ainda bem que foram denunciados [erros no ‘Magalhães’]’, disse Portas, referindo-se depois a Margarida Moreira: ‘Quando uma directora regional não sabe escrever português, como se pode pedir aos jovens que saibam escrever, ler e entender correctamente a língua de Camões?’
No e-mail, enviado às escolas de Paredes de Coura, lê-se: ‘Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população.’ Margarida Moreira não quis comentar as declarações de Portas, considerando a discussão ‘ridícula’.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=52B945EB-E6FB-4FFD-BE59-74848F48DCDF&channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E
Março 8, 2009 at 2:20 pm
“Magalhães”: PSD chama ministra ao Parlamento
00h30m
HERMANA CRUZ
Um jogo instalado no computador Magalhães tinha mais de 80 erros graves de Português. O Ministério da Educação já pediu desculpa e mandou retirar o software. Mas, para o PSD, o caso obriga a uma audição urgente de Maria de Lurdes Rodrigues.
Foi o deputado independente José Paulo Carvalho quem decobriu que as instruções dos jogos do ambiente de trabalho Linux, incluído no computador Magalhães, tinham mais de 80 erros grosseiros de ortografia, gramática e síntaxe. Trata-se de um software gratuito, cuja tradução para Português terá sido feita por um emigrante em França, apenas com a quarta classe.
“Os exemplos sucedem-se. Em vez de estar escrito ‘jogaste’ está constantemente escrito ‘jogas-te’. ou uma frase que é inadmissível ‘neste computador podes escrever a texto que quiseres, gravar-lo e continuar-lo mais tarde’. Isto é mau de mais para ser verdade”, considerou José Paulo Carvalho, que pediu explicações ao Ministério da Educação (ME).
O caso apanhou o ME de surpresa. “Foi para mim uma surpresa”, confessou o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, lamentando que não tenha sido “possível detectar no momento adequado essas deficiências e esses erros”. “Aquilo que temos a fazer é naturalmente lamentar que esses erros tenham ocorrido e pedir desculpa às famílias”, acrescentou.
Entretanto, em comunicado, o ME considerou “intoleráveis” os erros ortogáficos detectados “no menu de ajuda” e adiantou que “a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular já solicitou à empresa JP Sá Couto a remoção do software” em causa.
José Paulo Carvalho quer, porém, mais. Para o deputado, também José Sócrates deve dar esclarecimentos, por ser o “responsável político pela falha”. “O primeiro-ministro não pode só colher os louros da distribuição do Magalhães, inclusive a nível internacional, e depois quando se descobre uma bronca esconde-se atrás das responsabilidades”, aponta.
O deputado social-democrata Pedro Duarte concorda. “Tem que haver responsabilidade política. O primeiro-ministro devia claramente tomar uma posição pública. Fez do Magalhães um símbolo nacional e tem assumido o Magalhães como um instrumento de política externa”, refere, considerando que está perante um caso “completamente inaceitável”.
Lembrando que todo o processo de concessão do Magalhães “há muito que levanta dúvidas” ao PSD, Pedro Duarte adianta que o partido vai entregar, na terça-feira, um requerimento para uma audição urgente da ministra da Educação. “Há regras de transparência na vida pública”, conclui.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1163161
Março 8, 2009 at 2:22 pm
Vamos lá correr com eles…em Junho:
“[…] Quarta-feira, 4 de Março
CORRER COM ELES
O eng. Sócrates fechou o congresso do PS com uma condenação: a das crianças de cinco anos aos “jardins-de-infância”, eufemismo para os barracões onde se guardam os petizes da sociedade e da indisponibilidade familiar. Note-se que o primeiro-ministro não prometeu facultar o “pré-escolar” a quem pretender beneficiar do dito. Tudo o que seja facultativo não é com ele. A ideia é recolher os petizes à força, mesmo que os pais não queiram e não necessitem da recolha. O eng. Sócrates justifica: “É assim que se prepara o futuro. É assim que se reduz a desigualdade social.” É assim, acrescento, que o Estado se intromete nas vidas alheias muito além do recomendável em democracia.
No caso, não se intromete na minha, que escolhi – enquanto o Governo me permitir – não procriar. Se, porém, escapei de um particular abuso (e sem consequências: a diferença entre não ter filhos e tê-los entregues a instituições compulsivas dos cinco aos dezoito anos roça o imperceptível), não escapo dos abusos restantes, os quais, nestes perigosos tempos, são inúmeros.
Ainda agora, um portento chamado Laurentino Dias, que tutela o desporto ou lá o que é, decidiu “fazer o que for preciso para que Portugal passe a ser um país que faça marcha e corrida de forma organizada”. Note-se que o dr. Laurentino não limita ao corpo dele as piruetas que entende vitais. Decerto à imagem do respectivo chefe, cujo jogging deslumbra a Terra, o homem quer pôr os portugueses em peso, e juro que cito, “a andar na rua com vestes desportivas”. Francamente, começo a não saber até que ponto esta gente fala a sério. Sei que em Portugal abundam sujeitos em fato de treino, embora geralmente estejam sentados em esplanadas a deglutir tremoços e imperiais. Aparentemente, levantá-los das cadeiras e levá-los a escorrer suor é um factor de progresso.
As cabeças dos senhores que nos pastoreiam são um mistério insondável. De qualquer modo, não nos compete sondá-las: de acordo com a lei, compete-nos obedecer-lhes. Claro que, por enquanto, o dr. Laurentino anuncia as marchas e as corridas (organizadas) como uma opção, para a qual o Governo criará as “condições”. Mas o Governo, repleto de objectivos, também já provou que das “condições” à compulsão vai um pequeno passo, em marcha ou corrido. Modestamente, eu tenho um objectivo: daqui a uns meses, gostava de aplicar as palavras “Governo” e “corrido” noutra frase. […]”
http://dn.sapo.pt/2009/03/08/opiniao/dias_contados.html
Março 8, 2009 at 2:22 pm
O pedreira diz que o ME não vai ceder em mais nada, sob pena de pôr em risco a reforma do ensino!!!
Ah, a reforma era só isto? Dividir os professores em 2 categorias e pôr uns a avaliar os outros?
Não há dúvida que, neste disparate, se perde o objectivo central da nossa profissão: ensinar e já agora ter condições para o fazer!
Março 8, 2009 at 2:24 pm
Nogueira desafia partidos a assumirem posições
Cordão humano reuniu 10 mil professores em Lisboa. Na calha estão manifestações e greves
00h30m
GINA PEREIRA
O porta-voz da Plataforma Sindical de Professores desafiou os partidos políticos a que, antes das eleições, assumam as suas propostas sobre a actual situação da Educação para que os professores possam decidir o seu voto.
O repto do secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, foi feito, ontem à tarde, no final do cordão humano que, segundo os sindicatos, reuniu mais de 10 mil professores nas ruas de Lisboa, ligando o Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, à Assembleia da República. Em frente ao Parlamento – onde várias delegações da plataforma foram recebidas por representantes de todos os partidos políticos com assento parlamentar -, o dirigente sindical garantiu que “os professores em massa vão voltar à rua, talvez mais depressa do que o Governo espera e num tempo incómodo”.
Aos jornalistas, Mário Nogueira explicou que, na primeira semana do terceiro período, irá ter lugar uma “ampla consulta aos professores” nas escolas de todo o país, “em que tudo está em cima da mesa”, desde a realização de um novo abaixo-assinado à decisão de avançar com greves que coincidam com o período de avaliação. “Aquilo que os professores vierem a dizer que estão disponíveis, os sindicatos levarão por diante”, avisou, responsabilizando desde já o Governo pelas consequências que isso possa vir a ter na avaliação dos alunos.
Mário Nogueira criticou a forma “intransigente e fechada” como o Ministério da Educação se apresentou nas negociações do Estatuto da Carreira Docente, “sem abrir mão de rigorosamente nada”. “Eles deitaram fora a oportunidade, podem ter a certeza que vão arrepender-se disso”, avisou, garantindo que, ao contrário do que diz o Ministério, a plataforma sindical “continua unida naquilo que é essencial”.
Os professores ouvidos pelo JN – muitos vindos dos arredores de Lisboa, mas também da Covilhã, Vila Real de Santo António, Coimbra e Leiria – reconhecem que “o simplex” e “os rebuçados” que o Ministério tem vindo a dar aos professores fizeram desarmar alguns contestatários, mas garantem que, no essencial, todos continuam contra o modelo. Vários professores ostentavam cartazes pedindo desculpa aos colegas por terem votado PS e garantiam: “Este PS nunca mais!”.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1163160
Março 8, 2009 at 2:27 pm
Continuo na minha:
É (des) governo não passa de uma quadrilha de criminosos!
Como é que se lida com criminosos?
Com falinhas mansas?
Ok – e quando não resulta
R: A “tiro” se for caso disso!
Março 8, 2009 at 2:27 pm
217. Em vez de “É” é Este
Março 8, 2009 at 2:28 pm
Manuel António Pina: “Olhem para mim a nadar”
Há uns anos houve uma inundação na garagem do meu prédio. Os carros ficaram com água pelos radiadores, e só de galochas se conseguia aceder a eles e tentar inutilmente tirá-los dali. Continuava a chover e a água, na garagem, não parava de subir. Então, o administrador do condomínio resolveu intervir afixando um comunicado a tranquilizar-nos: “A situação, embora alarmante, não é preocupante”. O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse-o por outras palavras quando se soube que o desemprego chegara aos 7,6% no último trimestre de 2008, ainda antes da vaga de “layoffs” e fechos de empresas que se seguiu: “É um sinal de esperança…”.
Agora, Silva Lopes, ex-governador do Banco de Portugal, revelou que o país corre o risco de deixar de ter crédito no estrangeiro e que a contracção da economia portuguesa pode chegar a 5% ou mais. O Governo e Manuel Pinho dir-nos-ão que a situação, embora alarmante, não é preocupante, e que em breve começarão as obras do TGV. Assim a modos como o Menino Ru de “Joanica-Puff” a afogar-se e a vir a espaços à tona dizendo: “Olhem para mim a nadar, olhem para mim a nadar!”.
http://livresco.wordpress.com/2009/03/06/manuel-antonio-pina-olhem-para-mim-a-nadar/
Março 8, 2009 at 2:29 pm
http://raivaescondida.wordpress.com/2009/03/08/contra-a-corja-resistir-lutar-sem-medo-o-ps-nao-pode-destruir-portugal/
Março 8, 2009 at 2:30 pm
Sábado, 7 de Março de 2009
A ESCOLHA DEMOCRÁTICA
O Jornal Nacional de 6ª foi o programa de informação mais visto da semana.
“Em democracia quem governa é quem o povo escolhe, e não um qualquer director de jornal ou uma qualquer estação de televisão”, filosofou barato José Sócrates no congresso dele próprio.
E com razão. Mas faltou dizer o resto.
Em Democracia não é ele quem escolhe as notícias: são os jornalistas. E é o povo que decide o que vale a pena ver.
Isto para não falarmos, agora, de quem manda e quem devia mandar nas investigações criminais.
http://fragmentosdeapocalipse.blogspot.com/2009/03/escolha-democratica.html
Março 8, 2009 at 2:31 pm
#215 Reb
Ora, era só isso mesmo.
Não se trata de melhorar o ensino, mas de um tornar pior, mas a grande reforma é mesmo as duas categorias, as dos professores no qual me incluo ea dos outros candidatos a professores.
É uma idiotice um estupidez uma farsa uma PALHAÇADA.
Março 8, 2009 at 2:37 pm
#182
Não sei que adesão teria na minha escola uma greve às avaliações, não sondei porque acho que ela só faz sentido no 3º período e até lá muita água vai passar debaixo das pontes. Mas uma greve por tempo indeterminado (se apoiada pela Fenprof) teria pelo menos 50% de adesão (falo ainda da minha escola, obviamente).
“se a maioria entregou os OI como podem, em coerência, continuar em luta?” Muitos entregaram OI’s por medo ou cobardia, não por concordância com a ADD, mas há muito mais nesta “luta” que a avaliação.
Março 8, 2009 at 3:01 pm
Os professores estão exaustos mas continuam todos os dias nas escolas a manifestar a sua indignação contra esta política educativa. Eu nem costumo ser apologista de greves, mas parece-me que uma greve às avaliações, em que basta faltar um professor do conselho de turma para a reunião ser adiada 48 horas poderia ter efeitos, até porque há escolas em que os professores teriam capacidade para se organizar e revezar a faltar aos conselhos de turma. E basta atrasar-se o processo de avaliações em 100 escolas ou até menos para já termos dado uma dor de cabeça ao governo. A opinião pública acordaria e de novo se colocaria do lado que os media orientassem, qual catavento…
Março 8, 2009 at 3:06 pm
“Mas uma greve por tempo indeterminado (se apoiada pela Fenprof) teria pelo menos 50% de adesão…” (223)
Concordo que por aí é que é o caminho.
E já deveria ter sido feito há muito.
Março 8, 2009 at 3:16 pm
#224:
Se fosse assim tão fácil, estávamos bem. Mas não é. Se enveredássemos pela greve às avaliações, rapidamente o ME faria sair legislação de contingência, do género de mandar todos os professores entregar as notas ao PCE. Depois a reunião fazia-se só com os que estivessem. Isto não sou eu a inventar. Já aconteceu por volta de 1990, para prevenir sutiuções futuras, depois de uma greve bem sucedida às avaliações do 1º período, nos moldes em que referiu. Na altura até se fez, em muitas escolas, um fundo de greve para compensar o colega que era escalado para faltar. Outros tempos…
Março 8, 2009 at 3:20 pm
#225:
Eu também achava bem.
O problema é ser apenas um “achar que”…
Se se fizesse e resultasse, diríamos: se não fôssemos nós a dar boas ideias aos sindicatos…
Se corresse mal: a culpa foi dos … !(dispenso-me de acrescentar o resto)
Março 8, 2009 at 3:34 pm
«O problema é ser apenas um “achar que”…»
António, o problema é que passamos mais tempo a prever consequências da iniciativa não ter o sucesso que idealizámos, que a agir.
Março 8, 2009 at 3:40 pm
O Problema principal:
Consciência de Classe.
Março 8, 2009 at 3:48 pm
concordo inteiramente com o paulo. nada de tiros nos pés nesta altura do campeonato.A fazer greve é por tempo indeterminado…
Março 8, 2009 at 3:53 pm
Estive no ‘cordão’ de ontem.
Estive, porque me sentiria mal se não aderisse a mais uma iniciativa, venha ela dos sindicatos ou dos movimentos.
Estive, sem convicção nenhuma na eficácia deste ‘cordão humano’, em termos de ganhos negociais.
Estive, porque os que nisto ainda estão, são já, quase só, os que sempre acreditaram na força da nossa união (e têm, é claro, uma boa dose de quixotismo..)
Estive, porque é bom encontrar os amigos – sempre os mesmos – afinal, os que fazem coisas: qualquer coisa, ainda que nela não creiam piamente. Os que nunca, mas nunca, aceitarão a condição de nêsperas.
Estive no cordão como estive nas mega e nas mini manifestações.
Como estarei numa greve às avaliações do 2º e do 3º períodos.
Tenho plena consciência de que um cordão humano, nesta altura do campeonato, terá, quando muito, a vantagem de alguma visibilidade mediática.
Foi, até, um exercício mais a dar para o folclórico (tão em sintonia com os malhões que a organização teima em pôr no carro de som!), quando o que se deveria ter feito, há já muito, muito tempo, era agudizar as formas de luta, antes que as pessoas desmobilizassem, desatassem a entregar O.I., abandonassem o barco.
Nem tudo, no entanto, é culpa da inércia dos sindicatos, das suas hesitações, da muito pouca imaginação que evidenciam, da sua falta de ‘garra’.
Os Professores, enquanto clase profissional, com ou sem apoio de sindicatos, tiveram a solução nas mãos quando se uniram assim, tão sem precedentes, tão convicta e espontaneamente.
Tiveram a solução nas mãos e abdicaram dela.
A vitória dependia da firmeza de cada um de nós, da recusa inequívoca (e assumida até ao fim ) deste processo de avaliação que nos vem aviltando e dividindo.
De todos nós – e fomos tantos! , lamentavelmente, ficou um punhado de resistentes.
Mas serão esses – seremos nós – que havemos ainda de escrever a história desta luta!
Março 8, 2009 at 4:01 pm
António eu estive nnessa e tudo o que disee é inteiramente verdade…mas nada na legislação diz sobre a duração das reuniões de avaliação..ou seja podem eternizar-se… as reuniões de avaliação podem durar 15 dias..isso é zeklo..não se chega a conclusão nenuma e discute-se o sexo dos anjos…embora eu concorde com uma semana de greve seria melhor… boa tarde de sol…até logo…
Março 8, 2009 at 4:13 pm
BB
K o sol te ilumine!
Março 8, 2009 at 4:37 pm
#229: Nem mais!
#232: Essa é a única greve de zelo que, legalmente, é possível fazer-se: a greve por excesso de zelo.
Março 8, 2009 at 4:42 pm
# 204 Manuel Sanches:
Só agora comento, porque há mais vida para além da umbiguice. Aliás, o Manel também já mostrou que não é um umbiguista típico, pelo menos, não encaixa no conceito que eu tenho dos ditos.
De facto não o vi ontem e não houve qualquer ironia nas minhas palavras. É o Manel vê-se perfeitamente. Tenho a vantagem de o conhecer, porque é do meu grupo e já estivemos em acções de formação juntos. Foi há muito tempo. Há tanto, que nessa altura o Manel ainda estava muito a leste do protesto e da luta. Quanto a mim, não gosto de exibir pergaminhos, mas se isso o tranquiliza, sempre lhe respondo que não entreguei os OI e tudo fiz, com bons resultados, para que os meus colegas de escola e não só, os não entregassem.
Março 8, 2009 at 5:16 pm
Penso que no próximo sábado, em Leiria, é possivel que se encontre a melhor forma de luta a desenvolver, pois somos muito mais professores.
Vamos aguardar mais esta semana e depois se verá.
Março 8, 2009 at 5:56 pm
1- Afirmou-se aqui que não é uma boa altura para fazer greves, porque com a situação económica do País a população não iria compreender. Mas alguma vez durante este período de luta foi pedido descongelamento das carreiras e aumentos de vencimentos? Que eu saiba ninguém!
2 – Já agora assistiram nos médicos, nos enfermeiros, nos magistrados, nos polícias, nos militares alguns pruridos reivindicativos pelo facto de estar o País mergulhado uma crise económica?
Parece que o sentimento de culpa é uma “virose” da classe docente.
3 – Gosto muito das antecipações especulativas sobre o que aconteceria se houvesse uma greve por tempo prolongado. Até parece que temos algum estudo/experiência sobre a participação dos professores numa greve por tempo prolongado. HOUVE ALGUMA GREVE CONVOCADA NESTAS CONDIÇÕES? Que eu saiba a única convocatória para uma greve prolongada de maior duração foi de 4 dias em 1989. Ao fim de dois dias o governo de Cavaco Silva bateu em retirada e só não houve vitória maior porque a Manuela Teixeira da FNE roeu a “corda”, permitindo a tal prova de acesso ao 8º escalão.
4 – Dos meus contactos com o SPN soube ter havido, em várias escolas aqui do Norte, moções onde foram aprovadas, por esmagadora maioria, greves de duração prolongada. Até se indicaram períodos favoráveis a essas greves; Novembro e Maio nas alturas dos subsídios de Natal e férias respectivamente.
Estaremos dispostos a fazer sacrifícios?
5- O que acabei de afirmar não dispensa a batalha jurídica. Esta teve o mérito de passar para a opinião pública mais esclarecida o facto de estarmos perante um Ministério fora-da-lei. Mas se o processo das providências cautelares nos tribunais ainda é relativamente célere, o mesmo não se poderá afirmar de um pedido de inconstitucionalidade de uma lei (fiscalização sucessiva de leis), que além dos procedimentos previstos na Constituição, demoram em média 2 a 3 anos a terem resposta num acórdão.
5 -Para os descrentes resta-nos esperar que das próximas eleições não seja eleito um governo maioritário. MAS SE HIPOTETICAMENTE (DEUS NOS LIVRE) O PS OBTIVER MAIORIA ABSOLUTA, FICAREMOS AINDA MAIS 4 ANOS À ESPERA?
Março 8, 2009 at 6:48 pm
Tudo em aberto: até evitar que outros colegas Professores não possam ser avaliados na sua componente ciêntífica e didáctica. Sabotar, portanto, o trabalho dos restantes docentes é o que os sindicatos também estão no fundo a tentar alcançar. Ou seja, danificar discretamente e subliminarmente o trabalho de colegas, exprimir rancor anti-democrático nas escolas para dividir e reinar – esta é a pura das verdades e mostra bem até que ponto é que a Fenprof é uma associação dita democrática………
Março 8, 2009 at 8:24 pm
238″ avaliados na sua componente ciêntífica e didáctica”
Sim colega, todos sabemos quão rigorosa vai ser essa avaliação…e como há poucos a concorrer a muito bom e excelente até pode ser que sejam todos excelentes…!!Até porque só são duas aulitas para preparar o show…
Março 8, 2009 at 9:56 pm
#237 Pedro Castro
Sempre certeiro e com ideias no lugar!
Subscrevo os pontos todos!
Quanto à consciência da classe docente, começa a cheirar-me a mediocridade
Março 8, 2009 at 10:34 pm
#238
O direito à avaliação não se pode sobrepor ao direito à greve. Portugal é um estado de direito democrático. Lamento o incómodo que isso lhe possa causar mas pode ser emigrar para um país de África, da América do Sul, etc.
Quanto à sua avaliação, não se incomode muito, à sua taxa de bazófia será certamente atribuída a menção de excelente ou na pior das hipóteses muito bom, conforme a quota disponível.
#237
Concordo Pedro, excepto com o ponto um. Escolhi esta profissão ponderadas as vantagens e os inconvenientes, a mudança de regras a meio de um jogo só pode ser obra de vigaristas com os quais não pactuo. A crise provocada (essencialmente) pela ganância desmedida e pela incompetência para a gestão, de alguns, não tem que ser paga por mim.
Março 8, 2009 at 10:36 pm
Sempre, em vez de “ser”, na 3ª linha do comentário anterior.