Seguem-se dois documentos que têm a curiosidade de emanar da Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, dirigida pelo actual Presidente do Conselho de Escolas. São manifestamente equilibrados, há que admiti-lo.
Anexos:
grelhas-objectivos-individuais_anexo-1
metas-e-indicadores_final
Outubro 25, 2008 at 7:35 pm
Este pelo menos não entrou na loucura à solta neste País!
Outubro 25, 2008 at 8:04 pm
Falta ver as outras grelhas, não? E quanto às metas muito se poderia colocar em questão.
Outubro 25, 2008 at 8:06 pm
Se esta será a mais equilibrada… não haverá outra melhor?
Outubro 25, 2008 at 8:29 pm
Eu não disse a “mais” equilibrada.
Isto é apenas uma amostra, nem 10% do que tenho por aqui.
E não tenho colocada a parafernália toda produzida pelas escolas, que ronda sempre – no mínimo, perto de uma dezena de documentos.
Outubro 25, 2008 at 8:37 pm
No seu conjunto as metas não respeitam as recomendações do CCAP, de Julho. Próprio, parece-me, do CE mais preocupada na colagem ao poder que aos professores.
Há algumas delas que não são, de todo, da estrita responsabilidade do professor como acessos, abandonos, resultados escolares, incluindo desvios em provas externas. Os professores de Matemática em 2008 desta escola teriam sido maltratados. Desvio para cima também é desvio.
Metas demasiado intervencionistas em áreas que seria mais aconselhável ficar em casa.
Outubro 25, 2008 at 8:42 pm
Para mim, a mais espantosa é esta:
Uma mega-ficha para um mega-agrupamento (seja lá isso o que for…)
via: http://www.profblog.org/2008/10/as-extraordinrias-fichas-de-avaliao-do.html
PS: há outra que também me espanta (se a encontrar já dou a indicação)
Outubro 25, 2008 at 8:54 pm
#6,
lol…lol….
Esta vem na vertical e na horizontal.
Outubro 25, 2008 at 8:59 pm
Oxalá a península se torne numa ilha.
Outubro 25, 2008 at 9:12 pm
Aprendi com pouquíssima idade que não se deve acreditar em alguém, quem quer que seja, que use politicamente dois termos: “unidade” e “força”. Quando um ideário se baseia nisto, corre quase sempre qualquer coisa muito mal. É por isso que ouço e leio com algum enjoo algumas prosas referentes às manifestações de professores que estão agendadas para 8 e 15 de Novembro em Lisboa. A segunda nascida de movimentos avulsos de professores, a primeira nascida nos sindicatos de professores.
Por causa destas manifestações, por serem duas e não uma, imediatamente se ouviram as tais palavras que parecem sempre ter porte retórico suficiente para arrebanhar indignações.
O que está em causa é, como sempre, a gasta acusação pela qual os sindicatos não representam a classe dos professores portugueses. Entendamo-nos: a colagem da Frente Comum à CGTP é tão translúcida que muitos de nós olham para essa ligação com um travo azedo. A manifestação de Março exalava um desses amargos de boca que só a alegria dissipava.
Justamente no momento em que os movimentos ad-hoc de professores organizam uma manifestação para 15 de Novembro, os sindicatos apressam-se a marcar logo uma também, mas para data anterior. Ora isto não se faz e revela uma fragilidade inesperada por parte dos sindicatos. A organização voluntariosa de uma marcha de professores para 15 de Novembro deveria servir para demonstrar ao poder como os sindicatos tiveram razão quando juntaram 100 mil professores numa única causa. Um dia único que fez história de Portugal. Como se sabe, a grande questão que se colocou então para denegrir essa imensa manifestação foi dizer-se que aquilo era “tudo comunistas”; uma atoarda que ofendeu a imensa maioria dos professores – muitos deles legitimamente comunistas – que caminharam aqueles risonhos quilómetros desde o Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço.
Desta vez, arredados de qualquer orientação partidária que autorizasse epítetos tão abusivos como convenientes, os professores demonstrariam que não são meros porta bandeiras ao serviço dos sindicatos; reafirmariam, isso sim, a sua emancipação. E, desta vez, apontar-se-ia baterias certeiras para as duas obscenidades que mancham de gordura os nossos dias: a criação da figura do titular e a avaliação burocrática de desempenho.
Compreendo que a marcha de 15 de Novembro possa interpretar-se como sendo determinada pela vontade dos professores em se libertar de um qualquer jugo sindical. Compreende-se facilmente como isso fragilizaria a posição negocial da Frente Comum. Trata-se, pois, de um dilema. Mas a solução é elementar e passa evidentemente por duas coisas imprescindíveis:
1 – realizar uma única manifestação;
2 – sublinhar a sua motivação cívica.
Uma marcha que integre os sindicatos mas que destaque, tanto na escolha dos oradores como na preparação logística, o carácter independente e emancipado desta organização. Mais gente e menos bandeiras. Menos folclore. Afirmar uma frente comum é estarmos todos juntos. Só isso. Impõe-se, por isso, não cometer a ingenuidade de desconsiderar a acção dos sindicatos, dando razão aos adversários que tudo apostam em difamar o seu poder representativo, (chamando-lhes “comunistas” – uma indignidade); mas sobretudo cumpre dar destaque visível ao carácter civil, cívico, desta manifestação para que uma e outra posição saiam revigoradas, demolindo toda e qualquer tentativa de tingir este evento com esta ou aquela injúria.
Outubro 25, 2008 at 10:08 pm
Maria Lisboa,
é espantoso!! Não consegui passar da pág.12… Tive medo de ter uma congestão.
Outubro 25, 2008 at 11:08 pm
Desculpe, Paulo, mas discordo da ideia de equilíbrio, porque há um ponto de partida que é absurdo. A melhorar (nem que ficticiamente) anualmente os resultados escolares dos alunos, vai haver uma altura em que eles terão todos 5 ou 19 e 20.
Tem alguma lógica isto?
Outubro 25, 2008 at 11:22 pm
Paulo,
na minha escola o Conselho Pedagógico propôs como meta melhorar as taxas de sucesso em 0,1 % no ensino regular.
Como qualifica esta proposta?
Outubro 25, 2008 at 11:23 pm
Falta ver os indicadores sobre a participação no PAA e nas reuniões,na ligação à comunidade, na inovação, no cumprimento so serviço lectivo vs assiduidade, etc.
Outubro 25, 2008 at 11:27 pm
E que dizer desta?
Quantos 2, 3, 4, 5 vão dar no final do ano?
via: http://www.profblog.org/2008/10/conjunto-indito-de-objectivos.html
Outubro 25, 2008 at 11:31 pm
Vamos! Vamos todos para a Manifestação! Vamos no dia 8 e no dia 15. O melhor era se chegássemos a uma acordo.
O Primeiro Ministro já tremeu! Tremeu hoje, quando veio falar sobre o Modleo de Avaliação. Está com medo da Manifestação!? Sem dúvida!
Vamos ver quem tem medo dos Professores!
Mais 100 mil nas ruas pela segunda vez, vai dar que falar. E por fim, conseguiremos dar voz ás nossas preocupações. São nossas e de todos. É a Escola Pública que está em causa. É a desprofissionalização da classe profissional mais informada, que é o alvo a abater.
Não à desprofissionalização Docente!!!!!
A desprofissionalização e/ ou proletarização da Docência interessa à classe dominante. Desqualifica o seu trabalho aos olhos da opinião pública para lhes poder pagar menos e assalariar, sem horário definido e sem direitos claros e objectivos.É o que se passa hoje! Não acreditam? Investiguem! Foi assim no Estado Novo com as Regentes, que substiuiam as Professora primárias. É hje com um Horário pós lectivo muito pouco claro, que pode chegar ás 40 ou mais horas semanais.
Por outro lado, os poderosos precisam de subalternizar a Classe profissional mais informada. Os professores são a massa cinzenta e crítica de um País. São alvos a abater! Pensam! Têm a informação do seu lado. Na Formação que realizaram aprenderam a ser críticos e reflexivos. São competências perigosas!
Os Professores foram a primeira classe profissional a ser perseguida em 1928 (ou 1936, por altura da Reforma do Ensino Secundário). Estavamos em pleno Estado Novo!
Basta ler as “Estórias da História” e ver as semelhanças!
Também se se apostar na imbecilização dos Jovens com “Falsas oportunidades” conquista-se a opinião pública e alimenta-se a mediocracia! Ou seja, em vez do poder efectivo do Povo (Democracia) aposta-se na Propaganda. Faz-se política na TV, enquanto se deveria fazer cidadania nas Escolas (se é que me entendem!?)
A perseguição faz-se hoje através de uma Avaliação incompreensível, que ainda ninguém percebeu exactamente como se deve operacionalizar. Faço um desafio: perguntem aos Professores e aos maiores entendidos neste Modelo de Avaliação COMO SE PÕE EM PRÁTICA ESTE MODELO? Vão ter muitas respostas, muitas delas desencontradas e com muitas dúvidas à mistura. Não há o mínimo de objectividade nem de Justiça neste processo todo.
Agora pensem: COMO SE DEVEM SENTIR OS PROFESSORES QUANDO ESTA AVALIAÇÃO INCOMPREENSÍVEL VAI DECIDIR SOBRE O SEU DESTINO PROFISSIONAL???
Estou preocupado com tudo o que se está a passar nas Escolas e na política (na gestão pública das coisas), porque a política é (deve ser) isso mesmo: A GESTÃO DA POLIS e não a GESTÃO DA IMAGEM MEDIÁTICA.
Outubro 26, 2008 at 1:26 am
Só as metas davam um romance. Atrasadice mental.
“Era o que faltava”, disse a ministra quando se pôs em causa a avaliação dos alunos ter consequências na avaliação dos professores.
Agora engulam as grelhas todas e tenham uma indigestão.
Outubro 26, 2008 at 2:12 am
Sobre grelhas e grelhados:
Loucura ou maldade?
http://professorsemquadro.blogspot.com/2008/10/loucura-ou-maldade.html
Outubro 26, 2008 at 4:07 pm
Apoio total ao texto da colega Maria lisboa.