Não sei bem com o fundamento da boca que se espalhou em algumas escolas. Segundo fui ouvindo colegas de outras escolas dizer, haveria hoje algum burburinho entre os putativos avaliadores, entusiasmados coma perspectiva de não serem avaliados pela sua actividade pedagógica, mas tão só pela papelada produzida.
Eu recomendaria algum cuidado com os entusiasmos precipitados, mesmo se vier a aplicar-se algum daqueles comportamentos legislativos típicos do ME que passam por agir com base em legislação não publicada ou aplicar retroactivamente leis de modo a limitar os direitos dos visados.
Porque por enquanto isso é apenas meia-verdade, porque esse regime simplificado (avaliação apenas pelo PCE ou Director Executivo) se aplica apenas aos coordenadores de departamento curricular ou coordenadores de conselho de docentes, sendo esse um dos «ganhos» do decreto-regulamentar 11/2008 de 23 de Maio (cf. artigo 6º, cruzando com o artigo 29º do decreto-regulamentar 2/2008), aquele que deu força de diploma legal ao entendimento.
Os coordenadores ficam isentos, neste primeiro ciclo do processo, da avaliação da sua prática pedagógica pelos enviados da IGE (que deveriam avaliar os indicadores de classificação constantes no artigo 45º do ECD ministerial). Mas até ao momento nada apareceu a estender esse privilégio aos outros avaliadores, aqueles em quem os coordenadores estão a delegar parte das suas competências na matéria.
Claro que tudo isto introduz factores de escassa equidade no processo e faz cair pela base qualquer garantia de ser um processo completo, fiável e credível.
Porque vejamos as coisas objectivamente, tal como elas estão até ao momento oficialmente definidas, e abstraindo-nos dos rostos concretos dos nossos avaliadores:
- Aqueles que o Ministério considerou terem progredido sem mérito numa carreira sem avaliação, tornaram-se coordenadores-avaliadores de todos os outros e ficam, eles próprios, isentos de qualquer avaliação que não decorra apenas do cumprimento dos seus deveres burocrático-administrativos. O que significa que quem vai avaliar a qualidade da prática pedagógica está isento de demonstrar a sua. Quem vai analisar a correcção das planificações, não precisa de demonstrar que o sabe fazer e assim sucessivamente. Porquê? Porque o ME não é capaz de cumprir a sua parte no processo, ou seja, avaliar os avaliadores internos das escolas e aqueles que ocupam os cargos de maior responsabilidade na classificação dos colegas. E porquê? Por falta de meios para fazer cumprir o edifício legislativo que o próprio ME definiu.
- Em contrapartida, aqueles que receberão no colo a delegação de competências, assim como o trabalho, não beneficiam até ao momento da prebenda de não terem aulas assistidas, nem planificações escrutinadas, nem a necessidade de voltarem em ano de estágio. Poderão ter o mesmo trabalho dos coordenadores mas, mesmo sendo titulares, serão tratados como soldados rasos em alguns aspectos. Ficam a meio da sanduíche: com o trabalho e sem os «privilégios».
Talvez por isso, e prevendo alguma revolta deste escalão intermédio de avaliadores-avaliados, se comece a falar em estender a dispensa da avaliação da prática pedagógica a todos os docentes avaliadores, quiçá para os fazer sentir melhor e mais motivados para o desempenho da sua função. E assim a sua avaliação dependeria da sua prática de avaliação. O que estende a metodologia da escadinha de rabo na boca.
O que, em boa verdade, seria mais justo em termos de direitos entre avaliadores, mas uma completa distorção de um qualquer sistema de avaliação do desempenho que pretenda basear-se no mérito da «mais nobre missão de um professor» (alguém que bem sabemos dixit) que será a docência.
E tudo porquê?
Não é difícil repetir o que já sabemos:
- Porque o modelo está erradamente concebido e é, actualmente, inexequível em si mesmo.
- Porque o ME não dispõe de meios humanos para cumprir a sua parte no processo e proceder à correcta avaliação dos avaliadores.
- Porque as simplificações propostas e a propor (e será de observar a actuação do CCAP neste processo de legitimação de uma interpretação de face humana do DR 2/2008) tendem e tenderão a desvalorizar ou omitir a avaliação da prática pedagógica da minoria (está por saber se mais ou menos minoritária) que vai avaliar a prática pedagógica da maioria.
Confuso?
Efectivamente.
Ou talvez não. Tudo depende dos sucessivos simplex que se adivinham para fingir que isto é uma avaliação a sério e não um slogan para a campanha eleitoral.
Setembro 25, 2008 at 9:07 pm
Vai bem, vai bem.
A farsa? O Senhor é um optimista…eheheheheh…
Um abraço.
Setembro 25, 2008 at 9:18 pm
O que significa que quem vai avaliar a qualidade da prática pedagógica está isento de demonstrar a sua. Quem vai analisar a correcção das planificações, não precisa de demonstrar que o sabe fazer e assim sucessivamente.
Pois, não precisa. Mas julgo que deve ser questionado pelo avaliado se se sente com competência para isso. Casos haverá em que quem vai avaliar a tem. Outros não. Afinal, andamos lá todos e sabemos o que se passa e todos, mas mesmo todos, avaliamos.
Nesta guerra o importante é, 1º, estar informado, 2º obedecer a Ordens de serviço, 3º resistir.
Fazer como querem que façamos, mas depois perguntar e deixar registado nas actas de reuniões, naqueles que duram 4 horas, as perguntas e respostas. Fazer com que passem a durar 5, 6, porque não, 7 horas.
Setembro 25, 2008 at 9:23 pm
Cada vez mais me convenço que este processo de avaliação é uma autêntica palhaçada.
Setembro 25, 2008 at 9:23 pm
O meu avaliador esteve 10 anos fora da escola ,a fazer mestrado ,doutoramento ….sempre com bolsas .Voltou para a escola ,os alunos dele dizem que ele não sabe dar aulas .Sabe outras coisas,pronto !No entanto é ele que me vai avaliar .
Na escola já ninguem se preocupa com as aulas ,nem com os alunos ,andam todos preocupados com os papeis .Tenho observado ,é impressionante …os alunos parecem nem existir !
Setembro 25, 2008 at 9:47 pm
Os avaliadores estão “isentos de qualquer avaliação que não decorra apenas do cumprimento dos seus deveres burocrático-administrativos.”??????
Setembro 25, 2008 at 9:55 pm
Paulo: essa será sem dúvida a 1ª medida do pacote simplex que se avizinha e que terá o seu primeiro pico lá no período natalício e o seu segundo pico no período pascal.
Afinal, somos ou não uns gajos judaico-cristãos, seja lá isso o que for?
Setembro 25, 2008 at 10:03 pm
Maria,
Neste momento são apenas os coordenadores de departamento.
Setembro 25, 2008 at 10:18 pm
Não posso dizer tudo o que queria mas mesmo assim posso garantir que há preesões,lÁ DO ALTO, veladas ou não nem por isso, para que tudo seja smplificado. Quando numa reunião foi dada uma informação nesse sentido um colega pediu esclarecimentos quanto à conciliação das grelhas existentes com o simplex proposto… mais, foi solicitado que se passasse a escrito a informação… nem houve esclarecimento nem “papel escrito”.
Estou contra este processo desde o princípio (desde o ECD)e fico abismada quando vejo colegas que só agora se aperceberam de que esta avaliação “afinal é apenas para impedir a progressão na carreira”!!! O que andou esta gente a fazer até agora?
Setembro 25, 2008 at 10:21 pm
Eu estou cada vez mais revoltado com a passividade com que nós aceitamos todas estas mer…! Onde está a nossa dignidade? Porque não lutamos contra este modelo de avaliação imposto por gente reles e imcompetente?
Setembro 25, 2008 at 10:21 pm
“Aqueles que o Ministério considerou terem progredido sem mérito numa carreira sem avaliação, tornaram-se avaliadores de todos os outros e ficam, eles próprios, isentos de qualquer avaliação que não decorra apenas do cumprimento dos seus deveres burocrático-administrativos. O que significa que quem vai avaliar a qualidade da prática pedagógica está isento de demonstrar a sua. Quem vai analisar a correcção das planificações, não precisa de demonstrar que o sabe fazer e assim sucessivamente. Porquê? Porque o ME não é capaz de cumprir a sua parte no processo, ou seja, avaliar os avaliadores internos das escolas e aqueles que ocupam os cargos de maior responsabilidade na classificação dos colegas. E porquê? Por falta de meios para fazer cumprir o edifício legislativo que o próprio ME definiu.”
Estatuto Da Carreira Docente provado pelo
Decreto-Lei n.o 15/2007 de 19 de Janeiro
(Diário da República, 1.a série—N.o 14—19 de Janeiro de 2007 507)
Artigo 35º
Conteúdo funcional
3—São funções do pessoal docente em geral:
a) Leccionar as disciplinas, matérias e cursos para que se encontra habilitado de acordo com as necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e no cumprimento do serviço docente que lhe seja atribuído;
b) Planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas à turma ou grupo de alunos nas áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;
c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;
d) Elaborar recursos e materiais didáctico-pedagógicos e participar na respectiva avaliação;
e) Promover, organizar e participar em todas as actividades complementares, curriculares e extracurriculares,
incluídas no plano de actividades ou projecto educativo da escola, dentro e fora do recinto escolar;
f) Organizar, assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curricular dos alunos;
g) Assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento de alunos determinados
pela administração educativa e cooperar na
detecção e acompanhamento de dificuldades de
aprendizagem;
h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respectivos pais e encarregados de educação;
i) Facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional dos alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;
j) Participar nas actividades de avaliação da escola;
l) Orientar a prática pedagógica supervisionada a nível da escola;
m) Participar em actividades de investigação, inovação e experimentação científica e pedagógica;
n) Organizar e participar, como formando ou formador, em acções de formação contínua e especializada;
o) Desempenhar as actividades de coordenação
administrativa e pedagógica que não sejam exclusivamente cometidas ao professor titular.
4—Além das previstas no número anterior, são
funções específicas da categoria de professor titular:
a) A coordenação pedagógica do ano, ciclo ou curso;
b) A direcção de centros de formação das associações de escolas;
c) A coordenação de departamentos curriculares e conselhos de docentes;
d) O exercício das funções de acompanhamento
e apoio à realização do período probatório;
e) A elaboração e correcção das provas nacionais
de avaliação de conhecimentos ecompetências para admissão na carreira docente;
f) A participação no júri da prova pública para admissão ao concurso de acesso à categoria de professor titular.
As funções específicas da categoria de professor titular foram obviamente artificialmente inventadas (completa anedota) simplesmente para eles validarem o sistema de pauperização de todos os professores a que designaram de novo ECD. Via outra artificialidade anedótica a que designam de avaliação dos professores, ou seja, o processo na prática de increentar um monstro.
Só que esta monstrusidade acarreta uma enorme monstruosidade para todos: as consequências para os alunos e sociedade em geral.
Pois.
Os professores estão fartos de avisar a sociedade, não é verdade?
Setembro 25, 2008 at 10:30 pm
“Aqueles que o Ministério considerou terem progredido sem mérito numa carreira sem avaliação, tornaram-se avaliadores de todos os outros e ficam, eles próprios, isentos de qualquer avaliação que não decorra apenas do cumprimento dos seus deveres burocrático-administrativos. O que significa que quem vai avaliar a qualidade da prática pedagógica está isento de demonstrar a sua. Quem vai analisar a correcção das planificações, não precisa de demonstrar que o sabe fazer e assim sucessivamente. Porquê? Porque o ME não é capaz de cumprir a sua parte no processo, ou seja, avaliar os avaliadores internos das escolas e aqueles que ocupam os cargos de maior responsabilidade na classificação dos colegas. E porquê? Por falta de meios para fazer cumprir o edifício legislativo que o próprio ME definiu.”
Através de jogo de azar ou sorte. Imoral. Ilegal. Inconstitucional.
Inqualificável.
Na prática gerador da total desmotivação e insatisfação por parte da quase totalidade dos professores das escolas.
Como é possível alguém imaginar que não tem consequências directas e imediatas no trabalho dos professores com os alunos! Totalmente. E as consequências são escandalosamente graves.
Setembro 25, 2008 at 10:34 pm
É isso tudo mas ninguém faz nada. Inclusive moi-même…
Mas o que poderemos fazer? Eu acho que isto tem que estoirar primeiro.
Setembro 25, 2008 at 10:36 pm
Paulo,
Penso que “antecipado o movimento” é altura de atacar.
– E com FORÇA!
O ministério já se apercebeu que o modelo é inexequível… e não acredito que esteja a espera que sejamos nós a provar o que há muito tempo dizemos.
Pois bem, QUERIDA COMISSÃO PARITÁRIA:
– Foi assinado um “ENTENDIMENTO”, não foi???
Nele, o “COMBINADO” no ponto 5 é:
“Durante os meses de JUNHO e JULHO DE 2009 terá lugar um processo negocial com as organizações sindicais, com vista à introdução de eventuais modificações ou alterações, que tomará em consideração a avaliação do modelo, os elementos obtidos até então no processo de acompanhamento, avaliação e monitorização de primeiro ciclo de aplicação, bem como as propostas sindicais.
Meus caros SINDICATOS:
– NÃO HÁ CÁ MARGEM PARA SIMPLIFICAÇÕES ATÉ JUNHO e JULHO DE 2009!!!
TOCA A ALERTAR A COMUNIDADE CASO O CHEIRO A SIMPLEX INTENSIFIQUE-SE!!
E querido CCAP:
– Eu cá já tinha dito algumas coisinhas por estas alturas…
… DOESSE A QUEM DOESSE!
Setembro 25, 2008 at 10:44 pm
Informação: ”Como pôr um professor a chorar na aula”
TRANSCRIÇÃO (a partir do Livro Amarelo na Net : Nº Lan79921 – Reclamação apresentada em: 24-09-2008)
“Nome produto / empresa / serviço ou website Radio Cidade FM
Título da reclamação : Incentivo à violência de alunos contra professores
Reclamação:
Isto aconteceu no dia 17 de Setembro de 2008, é surreal, nem dá para acreditar!!
Como de costume, acordo ao som de uma estação de rádio, nesse dia foi a Cidade Fm, comecei a ouvir os locutores, Pedro Marque e Vera Fernandes (anotei os nomes deles…), a falar sobre o recomeço das aulas com uma rubrica, pensavam eles ser de humor-”Como pôr um professor a chorar na aula”…Incrédulos?? Também eu fiquei, mas não ficaram por aqui.
A seguir vinham as dicas, umas pérolas, vejam só, anotei algumas ( a minha indignação não me deixou anotar mais).
– Riscar o carro ao professor com uma chave e assinar (hipotéticamente, diziam eles…que quereriam dizer com isto???) – – – Roubar o telem. ao professor e mandar sms a dizer amo-te a toda a lista de contactos.
– Ajoelhar na sala e rezar dizendo que a sua religião assim o exige.
– Repetir durantea aula tudo o que o professor disser.
– Levar um rato para a aula.
– Furar os cadernos com um lápis…
– Pedir ao professor para falar da política de Educação do Ministério(esta pensavam eles ser infalível…)
Tendo em conta o público alvo a que se destina o programa,adolescentes e jovens até aos 24 anos, é bom de ver os efeitos adversos que este tipo de programas poderá ter nos ouvintes. Já expressei o meu desagrado perante a direcção da estação e farei os possíveis para que este assunto não passe em claro.” (Nº Lan79921 – Reclamação apresentada em: 24-09-2008).
http://www.sinistraministra.blogspot.com/2008/09/informao-como-pr-um-professor-chorar-na.html
Setembro 25, 2008 at 10:47 pm
Maurício Brito (13),
Exactamente.
Setembro 25, 2008 at 10:50 pm
ONDE ESTÃO OS SINDICATOS?
Chegada, via e-mail, uma preocupação pertinente:
SINDICATOS ???
Onde estão?
Esperávamos uma palavrinha sobre este assunto: a Avaliação dos Professores! Já não digo uma tomada de posição firme, mas algo… uma palavrinha nas televisões. Aliás, sem as Associações criadas ad hoc não tínhamos conseguido juntar nem metade dos 100 mil professores, que desceram a Avenida da Liberdade.
É FRUSTRANTE ter depositado tanta confiança nos Sindicatos, naquela Mega-Manifestação. E agora? NADA!
Neste início de ano lectivo nem uma palavra, uma iniciativa, que mostrasse o descontentamento, a desmotivação dos Professores.
Mantemos a esperança nos Sindicatos! Mas já é pouca! Por mim, já decidi: deixar de pagar as quotas do Sindicato, sempre me sobram algumas moedas para comprar tinteiros e papel para gastar na Avaliação de Desempenho.
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/09/onde-esto-os-sindicatos.html
Setembro 25, 2008 at 11:00 pm
Vi no blog do Ramiro uma concentração de Professores dia 30 às 15h na 5 de Outubro.
Alguém sabe mais alguma coisa?
Setembro 25, 2008 at 11:02 pm
Não sei de nada, L&L.
Setembro 25, 2008 at 11:04 pm
Dia 30 de Set. às 15:00 todos na 5 de Out.!
É tempo de regressar à rua com ou sem sindicatos. Passa a palavra!
in profblog.org.
parece que também está na Sinistra Ministra!!
O que dizem???
Aqui ainda não vi qualquer referência
Setembro 25, 2008 at 11:05 pm
OUTRA. A legisçação é clara sobre o sorteio – concurso extraordinário. Agora consulte o site da DGRHE – contraria o própria … lei.
É por estas e por outras que chegámos onde estamos a chegar. Onde estão os sindicatos?
Decreto Lei nº 104/2008 de 24 de Junho
Artigo 30.º
Concurso extraordinário
1 — Os docentes de nomeação definitiva com a categoria de professor, posicionados no índice remuneratório 340, podem ser opositores ao concurso extraordinário de
acesso à categoria de professor titular, a abrir por despacho do director -geral dos Recursos Humanos da Educação.
2 — Ao concurso previsto no número anterior aplicam-se as regras relativas às condições gerais, à certificação dos dados das candidaturas, ao júri, ao método de selecção
e ao procedimento constantes do Decreto -Lei n.º 200/2007,de 22 de Maio, com as alterações seguintes:
b) Na ponderação do factor previsto na alínea c) do n.º 5 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 200/2007, de 22 de Maio,
é considerado o cumprimento da assiduidade nos seis anos com menor número de faltas no período de tempo a que se refere a alínea anterior;
(artigo 10º do Decreto Lei nº 200/2007 :
Análise curricular
5—Na experiência profissional sãoponderados:
c) A assiduidade ao serviço;)
4 — Na ponderação do factor a que se refere a alínea b) do n.º 2, é contabilizada a assiduidade, na totalidade do
ano escolar 2006 -2007, de acordo com os critérios fixados no Estatuto da Carreira Docente, na redacção dada peloDecreto -Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro.
(artigo 103 do Decreto-Lei n.o 15/2007
de 19 de Janeiro
Prestação efectiva de serviço
Para efeitos de aplicação do disposto no presente Estatuto, consideram-se ausências equiparadas a prestaçãoefectiva de serviço, para além das consagradas em legislação própria, ainda as seguintes:
a) Assistência a filhos menores;
b) Doença;
c) Doença prolongada;
d) Prestação de provas de avaliação por trabalhador-
-estudante abrangido pelo n.o 1 do artigo
e) Licença sabática e equiparação a bolseiro;
f) Dispensas para formação nos termos do
artigo 109.o;
g) Exercício do direito à greve;
h) Prestação de provas de concurso.)
Entretanto no site da DGRHE :
Instrumento de Cálculo da assiduidade para efeitos do campo 3.4. da candidatura –
22/09/2008
ao Concurso Extraordinário
http://www.dgrhe.min-edu.pt/Portal/Webforms/Docentes/Recrutamento_ConcursoTitulares.aspx
http://www.dgrhe.min-edu.pt/Portal/Webforms/Docentes/PDF/ConcursoTitulares2008/PT_Faltas_e_Dispensas_22Set2008.xls
Setembro 25, 2008 at 11:10 pm
Mas o que poderemos fazer?
LBF (12), eu repito o que já escrevi em cima.
Isto vai estoirar, quando os que forem ser avaliados questionarem directamente os seus avaliadores sobre a sua competência científica e pedagógica e o fizerem por escrito nas tais reuniões de 4 horas que os avaliados deviam transformar em reuniões de 5, 6 e 7 horas.
Por exemplo, no meu caso, a professora titular que vai avaliar as aulas que lecciono e respectivos documentos inerentes é coordenadora do Departamento, mas apesar de já ter leccionado a disciplina que lecciono (agora lecciona outra…) nunca o fez no mesmo nível de ensino que eu.
Portanto que sabe da adequação das propostas, da estrutura das aulas que desenvolvo, das planificações que crio, dos materiais que uso ?
Nada.
Logo, como me poderá avaliar?!
Não pode, não deve. Mas vai fazê-lo. É sua função. E eu, claro, não me vou negar. Irei acatar.
No entanto, vou questioná-la do ponto de vista pedagógico e científico e vou querer que fique registado.
E vamos ambas ter de viver com isso.
Mas há mais.
Lá na escola, apareceu uma OS a dizer que tínhamos de definir objectivos individuais até 14 de Outubro.
Ok.
Eles vão ser definidos. Mas antes vou querer saber como. Quais as referências.
Mais, como se definem objectivos individuais na nossa profissão?
Definir objectivos individuais não pode ser fazer uma listagem de actividades que se pretendem desenvolver ao longo de ano.
Já aqui em tempos coloquei essa pergunta.
Como se definem objectivos individuais para um professor que nada decide sozinho, cujos níveis da disciplina leccionada lançados nas pautas dos alunos não são da sua responsabilidade, mas sim da responsabilidade de um Conselho de Turma?!
Até agora, quer seja aqui, quer noutros sítios, ainda não li, nem ouvi uma resposta cabal.
Portanto, das duas uma: ou ninguém sabe, ou estou na profissão errada.
Por isso quem me vai avaliar, tem de me explicar como é que defino objectivos individuais.
Já os definiram? Como fizeram? Souberam fazer? Perguntaram a alguém?
Imaginem que todos nas próximas íamos ter com os coordenadores de departamento / avaliadores e lhes perguntávamos como se fazia?
A isto se deve chamar resistência.
Dá trabalho. É cansativo. Mói. Mas só assim mostraremos que a razão está do nosso lado.
Setembro 25, 2008 at 11:25 pm
SUGESTÃO:
Este post do Paulo deveria ser copiado e enviado por email, às centenas, para todos os sindicatos.
Eu, Paulo já o fiz, desculpa o incómodo…
Setembro 25, 2008 at 11:33 pm
rosalina,
vai ser pacífico. Na minha ecola o coordenador/avaliador do meu departamento deu a entender que iremos todos ter Bom. Não quer chatices e está na chamada “descontra”. Tudo soft. Sem pressas nem stress. Vai avaliar nas calmas. Mas já avisou que é impossível a progressão. Fica tudo na mesma e a avaliação faz-de-conta acontecerá no final do ano…
Setembro 25, 2008 at 11:35 pm
O que eu descrevi é MESMO o objectivo do ME: fica tudo na mesma mas com a ilusão de que se fez tudo. Nós, os escravos, vamo-nos atolando em papéis pra dar cumprimento a ordens superiores, está claro!!
Setembro 25, 2008 at 11:38 pm
A manif de 30 de Setembro tem a vez com os colegas do Ensino especial.
Setembro 25, 2008 at 11:40 pm
Acham que com este ritmo de reuniões, iremos aguentar até final do ano lectivo?
Acham que quando chegar a hora da verdade, não haverá conflitos?
Temos condições e tempo para preparar condignamente as nossas aulas?
De que estamos à espera?
De mais um simplex, para voltarmos ao mesmo no próximo ano?
Setembro 25, 2008 at 11:43 pm
Pedro,
haverá sempre conflitos, mas como disse, ficará tudo na mesma e as pessoas vão-se cansar e vão aceitar a sua avaliação nas calmas…
Setembro 25, 2008 at 11:44 pm
Co mo diria o Millôr que se fod…de uma forma opu oputra estamos todos ..se não for na educaçã é na politica..se não for na politica é na economia..se não for na economia é na poluição..
Os ideais da democracia e da liberdade chocam com o facto brutal da sugestibilidade humana. Um quinto de todos os eleitores pode ser hipnotizado quase num abrir e fechar de olhos, um sétimo pode ser aliviado das suas dores mediante injecções de água, um quarto responderá de modo pronto e entusiástico à hipnopédia. A todas estas minorias demasiado dispostas a cooperar, devemos adicionar as maiorias de reacções menos rápidas, cuja sugestibilidade mais moderada pode ser explorada por não importa que manipulador ciente do seu ofício, pronto a consagrar a isso o tempo e os esforços necessários.
huxley
Setembro 25, 2008 at 11:45 pm
mais do mesmo..
A imposição de padrões pelas sociedades aos seus extremamente diversificados indivíduos tem variado muito em diferentes períodos históricos e diferentes níveis de cultura. Nas culturas mais primitivas, onde as sociedades eram pequenas e ligadas a tradições muito estreitas, a pressão para o conformismo era naturalmente muito intensa. Quem ler literatura de antropologia ficará espantado com a natureza fantástica de algumas das tradições às quais os homens tiveram de se adaptar. A vantagem de uma sociedade grande e complexa como a nossa é permitir à variedade de seres humanos expressar-se de muitas maneiras; não precisa de haver uma adaptação intensa, como a que encontramos em pequenas sociedades primitivas. Mesmo assim, em toda a sociedade há sempre um impulso para a conformidade, imposto de fora pela lei e pela tradição, e que os indivíduos impõem sobre si mesmos, tentando imitar o que a sociedade considera o tipo ideal.
até amanhã camaradas..eheheh..
Setembro 25, 2008 at 11:46 pm
Não, não, isto não estoirará, se o Decreto de Lei fosse cumprido talvez, agora com os simplex a malta mal nota o processo.
Setembro 25, 2008 at 11:54 pm
Pedro Castro e DA,
Por isso temos de dizer NÃO à simplificação.
E como digo acima(13), no ENTENDIMENTO não encontro quaisquer letras pequeninas a dizer SIMPLEX…
… e além de ouvir, eu também vejo bem…
🙂
Setembro 25, 2008 at 11:58 pm
Maurício Brito, estou completamente de acordo, por esse motivo é que não quero mais simplex.
Que isto estoure de vez!
Setembro 26, 2008 at 12:00 am
LBF, insisto. Só será soft se nós permitirmos.
Também vejo a coordenadora / avaliadora do meu departamento com essa postura. No entanto, oficialmente, em reunião de trabalho ainda não o fez.
Aliás, este assunto ainda não fez parte da OT de reuniões.
Mas quando fizer, eu vou fazer perguntas. Elas vão ficar registadas.
Claro que depois a avaliação até pode ser soft, mas existe pressão. E nós que lidamos todos os dias com pessoas sabemos melhor que ninguém qual o efeito que situações aparentemente normais podem produzir, quando carregadas de conflitos latentes.
Permitir que tudo seja soft é aceitar.
E então tudo o que se escreve para aqui é apenas o substituo da ida ao psicólogo.
Queixamo-nos que ninguém faz nada. Que a oposição está calada, que os sindicatos não se mexem.
Mas e nós individualmente o que fazemos? Nada também?!
Então com que direito falamos depois sobre o quão injusto é este ECD?! Ou que legitimidade se tem para criticar os adesivos ou sequer apelidá-los dessa forma?
Este tipo de conflitos passa sempre por várias fases.
Houve o estrondo: a entrada em vigor do novo ECD. Tal facto provocou a indignação de todos. Por mexer com a nossa dignidade levou-nos a agir e estivemos em Março juntos fisicamente. Mostrámos força e união.
Depois salvaguardaram-se posições, tomaram-se outras e a discussão tem-se mantido particularmente por aqui graças à dedicação do Paulo.
Nós temos obrigações, mas temos direitos, mesmo com este ECD. E calarmo-nos a um coordenador / avaliador que nos diz que vamos ter todos Bom e que nos avisa que é impossível a progressão é, afinal, aceitar o que nos querem impor.
Não chegamos directamente à ME, nem aos secretários, mas estamos todos os dias com os coordenadores / avaliadores. São eles os intermediários. São eles que nos têm de dar a resposta. Por isso temos fazer as perguntas.
Depois se verá.
Estarei a ser idiota no sentido etimológico da palavra? Talvez. 🙂
Setembro 26, 2008 at 12:11 am
rosalina(33),
Nem um pouco, minha cara.
E em nenhum sentido…
🙂
Setembro 26, 2008 at 12:12 am
Foi dito na minha presença, por quem sabe disto, que o avaliador, coordenador de departamento, não será avaliado na sua prática pedagógica e que todos os seus papéis terão de ser tratados com muito cuidado para prevenir.
Setembro 26, 2008 at 12:19 am
Posso recusar ser avaliada, na minha prática pedagógica, por alguém que não vai ser submetido ao mesmo processo? Afinal, como já foi dito, não sei se sabe fazer planificações e as outras tralhas. Não sei como é o seu desempenho na aula.
Qual é a competência deste avaliador que não é avaliado?
Que palhaçada é esta? por favor, arranjemos uns narizes de palhaço para distribuir entre nós, os que terão de se submeter à tortura!!!
Setembro 26, 2008 at 12:19 am
Prevenir o quê??
Setembro 26, 2008 at 12:19 am
«SINDICATOS ???
Onde estão?
Esperávamos uma palavrinha sobre este assunto: a Avaliação dos Professores! Já não digo uma tomada de posição firme, mas algo… uma palavrinha nas televisões.»
Permito-me relembrar que não vai à televisão quem quer, mas quem pode…
Sobre a avalição dos coordenadores:
Tenho defendido que os coordenadores deveriam recusar avaliar alguém antes de serem avaliado. E já me responderam que a minha voz nunca chegará ao Céu. Mas também não é preciso que chegue tão longe. Bastava-me que chegasse a uns quantos tontinhos que ainda não perceberam que avaliar sem ser avaliado primeiro gera desconforto ou mesmo revolta nos avaliados e mina o relacionamento entre as pessoas, já de si tão mau.
Lanço a ideia da petição:
Sua Exªa ( a decidir)
Os signatários são coordenadores de Departamento Curricular nas escolas portuguesas.
Tendo em conta o sentimento generalizado de revolta que grassa na classe docente, resultante do facto de irmos avaliar outros professores sem termos sido antes avaliados, solicitamos a V. Exa (a decidir) a suspensão imediata do processo de avaliação em curso e o início da nossa avaliação.
Os signatários,
Setembro 26, 2008 at 12:22 am
25,
isso vai gerar um imeeeensooo desconforto. Oponho-me!!!
Setembro 26, 2008 at 12:23 am
Como referi noutro lado, estou pronta para a luta. Este modelo de avaliação não serve. É um desperdício de tempo e energia que deviam ser canalizados para os alunos. Estou farta disto. Não tenho tempo para mais nada a não ser andar às voltas com papéis da treta.
Custa-me estar a assistir a tudo isto e a não ver reacção à altura! Será que não conseguimos sair desta situação em que nos encontramos?
Setembro 26, 2008 at 12:53 am
Se os avaliados exigirem aos avaliadores o cumprimento integral da legislação, degrau a degrau até ao topo, a pirâmide desmorona-se, implode. E, quanto mais alto o voo, maior a queda.
Setembro 26, 2008 at 1:05 am
Nas vossas escolas estão a exigir uma planificação tradicional para as aulas assistidas ou é já, como na minha, um modelo mais simplex?
Setembro 26, 2008 at 1:06 am
É clara esta “mensagem” que foi passando em reuniões entre tutela e PCEs.
1º- Simplifiquem, simplifiquem e esperem por mais umas simplificações;
2º- Mas isto é para avançar, com mais simplificações (estou convencida que muitos orgãos de gestão devem ter dito não existirem condições na escola para qualquer avaliação nestes moldes, mesmo com o simplex)
Objectivo 1: dizer ao país que também foi com este governo que se fez, pela 1ª vez, uma avaliação séria do mérito dos professores e uma desejável diferenciação – vejam os resultados dos alunos!!!
Objectivo 2: mostrar aos professores que afinal isto resulta, com calma, sem stress. Até há Excelentes!!!
Objectivo 3: Tentar renovar a maioria absoluta.
Futuramente: Vir toda a gente dizer que afinal a avaliação dos professores é uma farsa. E começar tudo da estaca zero.
Resumindo: Seja como for e aconteça o que acontecer, seremos sempre os culpados.
Setembro 26, 2008 at 1:08 am
41. Pressupõe que todos conhecem bem a legislação, o que nem de longe.
Mas parece-me que estamos a ir pelo caminho mais longo.
É verdade que este processo se destina a melhorar alguma coisa? – Não
É verdade que é só para roubar aos professores para comprar Zés Magalhães? Não
É para comprar magalhâes e manter o público ocupado, sem pensar, logo para o manipular mais facilmente.
Veja-se o que já se conseguiu em 2 anos: carreira – 40 anos, desvinculação, quadro de supra-numerários, estabilização forçada do corpo docente pela via da não realização de concursos, divisão da carreira em duas, sem que isso corresponda a méritos provados. Já chega, por agora.
Então e ainda vamos complicar mais a vida de uns e outros?
Setembro 26, 2008 at 1:13 am
Ana S.,
Nas vossas escolas estão a exigir uma planificação tradicional para as aulas assistidas ou é já, como na minha, um modelo mais simplex?
Na minha ainda não exigiram nada.
Setembro 26, 2008 at 1:15 am
Hum… na base da pirâmide estão os alunos. Quando esta se desmoronar, vão ter passagem administrativa, a cem por cento de sucesso.
Setembro 26, 2008 at 2:13 am
Pedro Castro (22),
Nestes últimos dias já colocquei a circular muita informação na Net. Não dá grande trabalho. Uns posts do Umbigo e de outro blogues chega, com referência aos blogues para as pessoas se informarem e tb informarem outros. Com pedido expresso de fazerem circular tb a informação.
Setembro 26, 2008 at 2:37 am
Um tópico que não agrada mesmo nada ao sr Paulo. Mas eu também não gosto muito de sopa…
Quando do 1º exame a MAT e LPO ninguém mexeu um pé a denunciar a descriminação, e ouvia-se o som dos gritinhos de prazer na sala de professores e da fricção das ligas por baixo das mesas quando eram conhecidos os muito maus resultados a MAT e pouco menos maus a LPO.
Entretanto, al redor, na Educação Física, Visual, Musical, Ciências, Geografia, História, TIC, Religião e Moral Católica… reinava a paz. 90% de sucesso!!!
Só as línguas estrangeiras e a F.Q. destoavam, com uns niveizitos abaixo do 3, que não era nada de mais…
Ora, de que se queixam os que não concordam com os 100% ambicionados pela ME, se não têm feito outra coisa que atribuir níveis positivos aos alunos? Afinal, já estão habituados… Estranho que não se revejam na política da senhora…
Setembro 26, 2008 at 2:41 am
O Paulo sou eu?
Os meus alunos nem fazem exames….
Eu até sou avaliado pelo meu trabalho em HGP!
Assumindo que é mesmo comigo, eu apenas diria que se houve alguém que (na minha escola) fui chamar a atenção para a injustiça que se estava a fazer com o cálculo do (in)sucesso em Matemática fui eu.
Mas claro que não aos berros.
Setembro 26, 2008 at 2:52 am
Sim, sr Paulo, era para o sr:
mas o tópico que dizia desagradar-lhe era os 100%. Eu concordo com a meta dos 100% e não vejo qq razão que impeça o estabelecimento de uma meta.
Quanto aos exames, não tenhamos ilusões. Conhecerá um poema do J. Sena que tem esta passagem:
«Os eunucos (…) são venais
Quando os pais são feitos em torresmos
Não matam os tiranos, pedem mais»
E na classe docente há muitos. Disfarçam é quando cheira a avaliação.
Setembro 26, 2008 at 3:05 am
“Em contrapartida, aqueles que receberão no colo a delegação de competências, assim como o trabalho, não beneficiam até ao momento da prebenda de não terem aulas assistidas, nem planificações escrutinadas, nem a necessidade de voltarem em ano de estágio. Poderão ter o mesmo trabalho dos coordenadores mas, mesmo sendo titulares, serão tratados como soldados rasos em alguns aspectos. Ficam a meio da sanduíche: com o trabalho e sem os «privilégios».”
Paulo,
Não há problema nenhum. Na próxima semana sai um despacho.
Queres apostar?
Setembro 26, 2008 at 3:18 am
Por mim decidi, como sempre faço perante os mais variados problemas, investir nos alunos para mitigar a avaliação. À 2ª semana já estavam discutir arte na Colecção Berardo. Ao falar com a monitora descobri que, ao contrário do ano passado, foramos até à data a única inscrição para visitas guiadas. Parece que anda mesmo tudo ao papel, sem tempo para fazer o que realmente importa, independentemente da D. Lurdes. Querem os meus objectivos? Notifiquem-me.
Setembro 26, 2008 at 8:23 am
No “entendimento” com os sindicatos, não ficou lá um ponto a dizer que a avaliação deste ano não conta? Que mesmo que tenhamos todos Não satizfaz, isso não terá consequências?
Então não façamos a ponta de um corno, zero, nil, nadinha….e quando os sindicatos se reunirem com a ministra lá para junho ou julho, concluam todos. “Olha, parece que os professores afinal não fizeram a ponta de um corno nesta porcaria de avaliação que lhes atirámos para cima!”
É o que merece uma política que, injusta e absurdamente, partiu em duas a carreira de professores e soterra os professores em papéis inúteis que os impedem de realizar o trabalho de que gostam e que a sociedade espera deles: ensinar as novas gerações.
Não foi o eminente lente de Direito e perclaro comentador da tv que disse ter muitas dificuldades em explicar aos seus alunos como é que há leis do ministério da educação que são aprovadas, estão em vigor, mas, (como são uma porcaria sem pés nem cabeça) só se aplicam em parte?!
Contra leis absurdas, contra a destruição da escola pública,
Viva a desobediência civil!
Viva o Mahatma Gandhi!
Setembro 26, 2008 at 8:37 am
O Entendimento foi, como já disse várias vezes, uma traição.
Não veio nada de bom. Nem a nível das horas para trabalho individual, no meu caso, produziu efeitos. O horário continua na mesma, apesar de se ter falado do assunto na escola.
O próprio sindicalista local ainda não fez as contas para saber se o horário deve continuar com os 26 tempos lá marcados. Lá vem com a história da diferença entre horas e tempos e blá…blá…
Setembro 26, 2008 at 8:54 am
Caros colegas,
não é verdade que os avaliadores não serão avaliados pela sua prática pedagógica. Alguns talvez, nem todos. Eu e a colega que estamos em comissão de serviço (pois não há titulares que cheguem no Departamento) para avaliar 7 colegas cada também seremos avaliadas pela nossa coordenadora, nos mesmos itens que os restantes professores. Acresce o facto de nós as duas não termos redução da componente lectiva (trabalhamos 22 horas), termos 4 horas de trabalho na escola (já faz 26 horas… e há quem diga que deveriam ser 24 ou 25). Leccionamos 2 disciplinas, temos Direcção de Turma, àrea de Projecto, Formação Cívica e Estudo Acompanhado.Vamos avaliar colegas a leccionar CEF e EFA (noturno). Ah! pelo meio temos família e filhos e não morámos perto da escola.
Sejamos justos.
Setembro 26, 2008 at 10:05 am
O coordenador de departamento é que, em princípio, senão já certeza, não será avaliado.
Setembro 26, 2008 at 10:06 am
O facto de alguém ir avaliar e não ser avaliado deveria ser inaceitável!
Setembro 26, 2008 at 10:08 am
Desculpem mas, para mim, todos (ou então ninguém) deveriam ser submetido a esta aberração avaliativa!
Não sou a favor de Simplex. Que se aplique o modelo na íntegra ou então que não se aplique!
Setembro 26, 2008 at 11:26 am
João Serra, no comemtário # 41 diz
“Se os avaliados exigirem aos avaliadores o cumprimento integral da legislação, degrau a degrau até ao topo, a pirâmide desmorona-se, implode.” e é isto que interessa levar em frente.
Se os profs, também por comodismo, preferirem a avalição simplex, MLR terá a sua maior arma de sempre – a avaliação dos docentes realizou-se com a plena colaboração dos mesmos, sem qualquer problema na sua execução e dentro dos prazos estabelecidos. Todos saímos a ganhar. Dirá.
Setembro 26, 2008 at 11:38 am
Alguns dos que andam a dizer que é simplex e é apenas formal e patati e patata, podem estar a preparar-se para abrir umas excepções para quem incomoda ou quem descobre carecas pois os movimentos dos profs permitiram identificar os focos de resistência e serviram para alguns exercerem as suas artes de manipulação ganhando o apoio do “povo” que há muito não tinham nas escolas.
Por outro lado os direitos humanos encontram-se ameaçados na sala de aula mas ninguém actua. Os professores são uns mártires e uns heróis. São insultados na sala de aula e nada acontece disciplinarmente mas se recorrerem ao código penal são uns malvados que, afinal só foram insultados por serem maus professores. Para a ministra (mas não só) é só indisciplina, não é violência.
Tanto primes como subprimes que incomodem são isolados. Isto é possível e fácil quando se tem a escola nas unhas através da manipulação dos cargos e conselho pedagógico, e já se apanhou o conselho geral. Ao mesmo tempo garante-se que a estrutura sindical não saiba do regime de terror que impera sobre alguns procurando apanhar também os cargos sindicais e dirão sempre “qual nada, mania da perseguição” do colega que denuncie. Assim talvez se expliquem os casos de pessoas que vão directos de dirigentes sindicais para as direcções regionais ou secretarias de estado.Maquiavelismo? Nem chega a ser, acabam por ser desmascarados mas entretanto já lixaram muitos. Este filme já passou nos politécnicos deste país, passar-se-á nas escolas do ensino não superior.
Talvez precisemos de uma grande volta nas estruturas que nos representam.Aqueles que dentro dessas estruturas estão a ver para que têm servido os sindicatos, não seria altura de saírem e dizerem o que pensam? Do PS digo o mesmo, porque não sai ninguém do PS com estardalhaço??? Uma crise sindical deitaria o memorando do entendimento ao charco!!!!
PS- Ando já a tratar-me da “mania da perseguição”
Setembro 26, 2008 at 11:51 am
Eu já não sou sindicalizada. Quando o fiz, por duas vezes, enviei carta com os motivos que me levaram a essa decisão.
os colegas que pensem bem na sua situação e decidam.
Sei que os sindicatos devem ser pressionados pelos seus associados mas, parece-me que neste momento, o factor dinheiro (quota) é aquele que se ouve mais depressa!
Setembro 26, 2008 at 2:09 pm
Amen!
Setembro 26, 2008 at 2:54 pm
Creio que basta referir o que todos os professores sabem
“(…) Aqueles que o Ministério considerou terem progredido sem mérito numa carreira sem avaliação, tornaram-se coordenadores-avaliadores de todos os outros (…)”
para considerar até a própria
expressão “avaliadores” bizarra. Patética.
Setembro 26, 2008 at 9:02 pm
Bom, esta avaliação de sempenho raia o absurdo. Na minha escola, o Conselho Pedagógico ainda funciona com os departamentos que haviam sido formados ao abrigo do 115/98. Entretanto, de entre esses coordenadores (8), elegeram-se quatro que são coordenadores de departamento curriculares/avaliadores, os quais, por sua vez, delegaram competências noutros professores titulares. Tudo normal, parece! Mas acontece que, fruto dessa delegação de competências, há coordenadores de departamentos curriculares (não avaliadores)que, não dispondo de horas da componente não lectva para serem avaliadores (por acumulação de cargos), vão ser avaliados por professores que eles coordenam. Alguém achará isto aceitável? Não haverá aqui impedimentos/incompatibilidades? Não há uma total inversão das normas de funcionamento de um departamento? Sinceramente, gostava de saber se tal situação é legal… É que me parece tudo totalmente absurdo…
Setembro 26, 2008 at 9:06 pm
O absurdo minha cara é saber que mesmo sendo absurdo nós continuamos a achar que é normal..e isso é o nosso maior absurdo..acreditar que pode ser absurdo mas continuarmos a trabalhar de forma absurda…
Setembro 26, 2008 at 9:19 pm
#48 e 50,
25sempre25, julgo que não é novidade dizer-lhe que sei qual é a identidade sob a qual me envia mails informativos de uma certa tendência política.
Como numa resposta ao que afirma, me é difícil dissociar esse conhecimento, e como não uso informação privada para confrontar posições públicas, apenas lhe chamaria a atenção para ser um pouco mais coerente.
Acho eu.
😉
Setembro 26, 2008 at 10:52 pm
Os PCEs não receberam “ordens para suavizar” ou para “simplificar”. Aliás, os PCEs não receberam ordens para coisa nenhuma a não ser para trabalhar até ao esgotamento. Não houve instruções nem reuniões com a tutela, mas houve mais um ano escolar para arrancar no dia 11 e um dia do diploma para organizar no dia 12, dezenas de mapas, grelhas e aplicações para preencher e exportar, os concursos dos DACL, dos DCE e das afectações, as colocações ciclicas, as contratações de escola e os concursos especiais e os extraordinários… E ainda, as assembleias de escola que já não são e os conselhos gerais transitórios que ainda não estão, os projectos educativos e os regulamentos internos que já não são e que é preciso “enxertar” mas só até Março, o estatuto do aluno para regulamentar e divulgar, que quase estava mas que depois veio um esclarecimento e afinal talvez já não esteja… Os PCEs, os que foram democraticamente eleitos ao abrigo do DL 115-A, não estão nas melhores condições para se dedicarem à avaliação de desempenho porque, simplesmente, quase não têm tempo para respirar!!!
Setembro 27, 2008 at 4:22 pm
Se o PCE receberam ordens ou não para suavizar, não o posso garantir. Se irão receber, também não. Agora que os PCE se reunem regularmente com as “equipas de apoio do ME”, garanto-lhe que é verdade. E que nessas reuniões são dadas instruções sobre como proceder em muitos aspectos, também é verdade. E que os PCE ou fazem o que lhes mandam ou vão para outro sítio onde sejam mais úteis, também é verdade.
Acredito que muitos PCE que foram democraticamente eleitos estão contra as políticas deste ME. Mas outros há que, neste momento, ainda conseguem ser piores do que os mentores destas desatradas políticas. Claro não se pode generalizar. Mas também é verdade que a ideia com que se fica é que não há ninguém pior para os professores do que professores que não dão aulas ou ex-professores(a frase não é minha, mas corresponde ao que se observa).
Outubro 5, 2008 at 8:23 am
O que pode levar a que os Coordenadoras não possam ter outra avaliação que não a de Bom, já que para Muito Bom e excelente é necessário ter em conta os dados relativos à prática lectiva e ao contributo do doente para o sucesso.
Ora este procedimento leva a que o CE não possa avaliar estes aspectos já que não observa aulas nem supervisiona a parte pedagógica e o Coordenador fica… com Bom.