É hoje notícia no Sol, e é pena que mais ninguém pareça ter dado por isso, mas na segunda-feira começa um novo ano lectivo sem que se tenha conhecimento de ter sido feita qualquer certificação dos manuais escolares de acordo com o que estava previsto no despacho 415/2008, assinado pelo SE Jorge Pedreira.
Claro que, à vista desarmada, se percebia que os prazos apresentados no despacho eram algo estranhos, pois previam a entrega dos manuais na DGIDC até 31 de Maio, decorrendo depois o processo até 28 de Fevereiro de 2009, ouvidos os editores na sequência de eventuais recomendações feitas até 31 de Dezembro de 2008 pelas comissões nomeadas para o efeito.
É natural que nomeando a comissão de avaliação e certificação dos manuais para Estudo do Meio (3º e 4º anos) no passado dia 19 de Maio e dos manuais de Físico-Química e Ciências Naturais para o 3º CEB a 19 de Junho tudo fica um pouco mais complicado. E para a certificação dos manuais de Inglês, História e Geografia do 3º CEB e de Língua Portuguesa dos 3º e 4º anos do 1º CEB a nomeação oficial nem sequer foi publicada. Sendo que o despacho acima referido prevê explicitamente a sua certificação para o ano de 2008/09.
Mas tudo bem.
Isto apenas significa que haverá manuais adoptados para este ano lectivo que, a partir de Março de 2009 poderão ser objecto de reformulação. Aparentemente não se considera problemático que este rigoroso processo de certificação decorra com os manuais já em circulação comercial. Nem que uma boa parte dos manuais que deveriam ser certificados nem sequer tenham quem esteja encarregue de o fazer.
São formas de tratar as coisas muito próprias e habituais no ME. Legisla-se, definem-se uns prazos assim à primeira vista e depois a malta que se desenrasque.
Agosto 30, 2008 at 4:41 pm
Eu nem sei o que dizer…
Começo a compreender a razão porque muitos docentes pediram a aposentação antecipada com enormes perdas da respectiva pensão de reforma. São tantas as asneiras, os incumprimentos e as incongruências deste vendaval legislativo do ME, que o MELHOR É MESMO PERSERVAR A SAÚDE MENTAL!
Agosto 30, 2008 at 4:48 pm
Todos os nossos males fossem estes…
Agosto 30, 2008 at 4:48 pm
Será que podemos pedir destacamento para a Finlândia? 😆
Agosto 30, 2008 at 5:13 pm
Todos sabemos o que acontece quando queremos dar passos maiores do que as pernas: estatelamo-nos 😆 E o nosso queridérimo SE é um exemplo disso (ou então já estava a pensar noutro decreto/circular/lei e baralhou-se um bocadinho 😆 – se calhar há aí um outro exemplar de tralha legislativa em que as datas deveriam pertencer a este despacho 😯 😆 ). Quanto à reformulação dos manuais a meio do ano, pas de problème – afinal o estatuto do aluno também não foi vomitado a meio de um ano lectivo 😎 ?
Agosto 30, 2008 at 5:20 pm
http://www.daescola.wordpress.com/2008/08/28/o-preco-dos-manuais-escolares/#comments
Agosto 30, 2008 at 5:20 pm
Jurema,
havia de ser giro, a malta começar a pedir destacamento para a Finlândia 😆 . Agora bué da destruidor seria aproveitar os intercâmbios da UE para trazermos cá professores dos outros países (menos Inglaterra e Holanda que estarão tão mega adiantados como nós em direcção ao futuro do futuro 😯 ) e mostrar-lhes como é que isto funciona (podíamos até exagerar um pouquinho, afinal guerra é guerra) para depois os nossos colegas estrangeiros (menos afortunados do que nós nestas coisas do prá frentex) contarem lá nas suas terrinhas 😆 . Seria assim género arma de destruição total (e ainda tínhamos direito a uma viagem lá fora 😎 ).
Agosto 30, 2008 at 5:23 pm
Olá,
A TV exibiu uma reportagem caricata, na qual os professores se queixavam da falta de qualidade científica dos manuais. Só que esqueceram que a esmagadora maioria dos manuais são feitos pelos professores. ora que raio! Como nos vamos defender com coisas destas?
Por outro lado, era mais ou menos esperado que o ME não reunisse condições para certificar cientificamente manuais, já que não o consegue fazer com os próprios programas, que são qualquer coisa de inacreditável. O programa da minha disciplina – filosofia – se fosse dado a um bom filósofo profissional, tenho a certeza que o filósofo pouco ou nada conseguia fazer com ele. Está tão esvaziado de conteúdos que aquilo não se assemelha a nada a filosofia. E os outros, matemática, português, etc.. é exactamente a mesma coisa.
Do Valter, nem o corte de cabelo de salva!
abraços
Agosto 30, 2008 at 5:26 pm
O pior de tudo é que já nem sei quem se vai estatelando: se “eles”, se “nós”. As asneiras vão-se sucedendo e, como afirma a sabedoria popular: “quem se lixa é o mexilhão”, entenda-se por mexilhão alunos, professores, famílias de ambos…
Só em finais de Junho fui informada de que, apesar de na minha disciplina não haver escolha de manuais para o próximo ano por se aguardarem os novos programas para 2010, deveríamos em grupo disciplinar proceder como sempre (no ano anterior tal exigência não se verificou), ou seja, preencher as grelhas de apreciação dos manuais que, neste caso, iriam ser os mesmos até 2010…
😯
Agosto 30, 2008 at 5:26 pm
Nos países desenvolvidos da Europa, os livros escolares são totalmente grátis. Mas os livros são do aluno, enquanto deles necessita. No final de cada ano, os livros ficam em depósito nas escolas para, no ano lectivo seguinte, serem utilizados por outros alunos.
Em Portugal passa-se exactamente o contrário, como comprova esta notícia,
http://www.jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=978489
Agosto 30, 2008 at 5:34 pm
Ana henriques,
É verdade que muitos manuais em alguns países mais ricos que portugal são grátis, mas não pense que os manuais são feitos com papel de alta qualidade e impressos a cores. tenho em casa imensos manuais da minha disciplina, ingleses e americanos que são vendidos como qualquer outro livro, a preços acessíveis. A lei que temos de adopção de manuais é claramente idiota de muitos pontos de vista, mas dou-lhe aqui um só: imagina lá um professor que não gosta do manual X, mas é forçado a trabalhar com esse manual se é o adoptado por força da maioria. Isto não faz qualquer sentido, principalmente se pensarmos que a maior parte dops programas disciplinares do eduquês são abertos em termos de conteúdos.
abraço
Agosto 30, 2008 at 5:41 pm
Rolando Almeida,
é verdade que os autores dos manuais são professores e que a qualidade científica de muitos deixa muito a desejar. Mas a nossa profissão é como todas as outras: há bons e maus profissionais.
E o que dizer das editoras que mandam cá para fora estes manuais? Não há ninguém que faça uma verificação do conteúdo?
Uma das últimas vezes em que me calhou a análise de manuais houve um que, quando cheguei à página 50 já tinha cinco páginas com anotações das asneiras (depois desisti). E se abandonarmos os erros científicos, há outros que também são graves e que mostram o desconhecimento de algumas regras elementares de grafismo.
Agosto 30, 2008 at 5:43 pm
Eu fiz dois manuais – um claramente falhado, como iniciação, e outro razoável – e conheço como a coisa funciona por dentro, com produção “à rica” em termos de papel usado e utilização da cor, etc, etc.
Sai caro.
E fazer 2-3 manuais para algumas disciplinas por editora é um disparate e os preços ressentem-se.
Quanto aos problemas de qualidade científica a minha experiência ensinou-me que existem de várias origens.
a) Erros dos autores por escassez de conhecimentos, ponto final (porque os “novos” cometem sempre erros que os “consagrados” tiveram tempo para polir).
b) Erros dos autores, por descuido (lembro-me de um manual feito na mesma editora onde eu estivera que copiou um mapa do “nosso” manual onde existia uma “gralha” gráfica).
c) Erros da produção gráfica, quando indicações expressas dos autores são desrespeitadas para melhor “arranjo” das páginas, Acontece especialmente com mapas, gráficos e imagens.
d) Erros editoriais, quando é feita a “edição” dos textos originais dos autores, sem consulta dos mesmos, também para “arranjar” as páginas. Lembro-me de um caso passado com uma amiga e co-autora de um dos manuais que fiz, que levou uma página toda recortada por alguém lá da editora.
Curiosamente, a responsabilidade pelos erros parece distribuir-se de forma fraternal entre autores e editoras, pequenas ou grandes.
Uma grande editora nem sempre respeita os novos autores que considera “amadores”.
Uma pequena editora é mais passível de ser atenta, mas nem sempre consegue cativar os melhores autores.
E muito mais haveria que contar.
Logo que tenha tempo, até exemplifico…
Agosto 30, 2008 at 6:44 pm
Viva,
Não fiz nenhum manual mas tenho feito a revisão de alguns manuais, nos quais o meu nome é mencionado em notas de agradecimento. Elaborei um dos únicos trabalhos de análise de manuais da minha disciplina, muito polémico, aliás (http://rolandoa.blogs.sapo.pt/92085.html) – é um exemplo do trabalho público que tenho feito de análise de manuais. Pela experiência que tenho tido os editores praticamente não tem culpa nenhuma dos erros dos manuais. Durante todo o ano é ver os editores a enviar pedidos aos professores para apontarem erros e sugestões de melhoria dos manuais. Fazem o que os professores lhes pedem e, claro, atacam com marketing agressivo na altura das edições, dado o caráceter comercial das empresas. Quem é responsável em grande medida pelos erros são obviamente os autores. Razões para tal? Aí sim, são muitas, desde a deformação universitária até ao puro golpe comercial. Todos os manuais tem erros? Correcto. Mas o que eu encontro, pelo menos na minha disciplina e com muita facilidade não são erros, são tolices e aberrações completas. Aliás, por vezes ponho-me na pele de pai – que sou – um pai que não fosse profe de filosofia e que pensaria eu que o meu filho anda na escola a aprender ao olhar para alguns manuais de filosofia??? Basta reflectir um pouco. Na minha disciplina, numa média de 15 manuais em escolha, em regra, aproveitam-se 5, o que é um número muito, mas muito reduzido. Curiosamente temos bons manuais que nem por isso são os mais adoptados, o que nos coloca a nós, professores, posicionados em cheque.
Tenho desenvolvido bastante estes pontos no meu blog. É assunto que me preocupa e, mesmo sabendo que não é o momento politicamente mais correcto para o fazer, o que penso é que os professores são muito responsáveis pela degradação de qualidade dos manuais. Aliás, uma das batalhas que os professores deveriam começar por ter (e em certa medida começam a despertar para essa realidade de forma muito acentuada) é pela dignificação do saber e do conhecimento, a começar pela reforma dos programas curriculares e colocar lá os conteúdos em vez das tretas do eduquês. Perdoem-me a leviandade com que afirmei aqui algumas coisas que sei serem mais complexas. Mas fica o apontamento.
Agosto 30, 2008 at 6:53 pm
Fiz dois manuais escolares e participei nas instruções para os manuais de professores. Gostei do desafio mas estou de acordo com as questões que o Paulo colocou (12).
Agosto 30, 2008 at 9:23 pm
Se a maioria dos criminosos faz o que quer na maior impunidade, achamos estranho que a brilhante e omnisciente equipa do ME faça o que quer e ainda seja aplaudida de pé (de joelhos) pela opinião pública?
Agosto 30, 2008 at 9:27 pm
Rolando,
A minha experiência é ambígua com as editoras: pouco agradável com uma “grande”, agradável com uma “média”.
Mas fiz sempre manuais em contra-ciclo, tidos como demasiado complexos para o respectivo nível de escolaridade.
Agosto 30, 2008 at 10:15 pm
Paulo,
Não coloco em causa que a relação com algumas editoras possa ser difícil e com outras mais fácil, até porque umas são mais flexíveis que outras. Parece-me natural. O que defendo é que os editores têm seguido de perto as indicações e sugestões dos professores. Na minha disciplina há até um caso interessante: é que algumas editoras mostram-se mais receptivas a alguma inovação no ensino da filosofia do que muitos professores, o que é um pouco estranho. Mas admito que o problema na filosofia possa não ser transversal, muito embora me pareça que nalguns pontos, o é. Mas deixo aqui uma salvaguarda: por exemplo, na filosofia, nunca tivemos esse problema que focaste com os mapas, datas, etc..
E defendo ainda outra coisa: não faz qualquer sentido o ME querer certificar manuais, nem me parece que tenha meios para tal, anão ser por decreto pensado por quem não sabe do assunto. Quem certifica e atesta a qualidade de um manual é a crítica pública dos mesmos e, de preferência, feita pelos pares. Bolas, é assim que se faz em ciência, filosofia, história… São os historiadores que escrevem livros de história e que sujeitam as suas obras ao crivo da crítica dos seus pares. E é deste modo que um trabalho se desenvolve. a minha experiência no meu blog tem sido muito interessante, uma vez que observo que as pessoas, em geral, não estão habituadas à crítica pública e tomam-na como uma ofensa, como se não devessemos criticar e voltar ao silêncio. Pela estima que me move pela minha disciplina, pela responsabilidade com o trabalho, dispenso a certificação ministerial de manuais. Eu próprio os sujeito à crítica, construída, com as limitações óbvias de um curso mal tirado numa universidade de Lisboa, mas com o esforço necessário para não cair no disparate. Creio que de algum modo o meu trabalho no meu blog reflecte isso. Se um livro, como um manual por exemplo, tem erros, por que razão não o escrevemos, de forma didáctica? Talvez melhorássemos e muito o trabalho a desenvolver na próxima vez. O que eu desejo são bons manuais porque eles são a porta de entrada dos nossos alunos no conhecimento. Maus manuais tem consequências indesejáveis. E muitos manuais que temos não deviam nunca ser manuais de escola, mas circos animados movidos pelo eduquês.
abraço
Agosto 30, 2008 at 10:50 pm
A certificação deveria ser entregue às associações profissionais de professores, desde que existisse a salvaguarda de não virem a ser juízes em causas próprias.
Agosto 30, 2008 at 10:57 pm
Sim, de acordo. Creio que iria ser muito dificil assegurar essa salvaguarda. São efeitos marginais.
Agosto 30, 2008 at 11:33 pm
Na área em que lecciono já estou farto de verificar que os manuais foram projectados por uma sucessão de imensos idiotas. Por isso, a começar deste ano, os manuais serão produzidos pelo conjunto das vária turmas, com edição já assegurada.
Agosto 30, 2008 at 11:34 pm
Irra!, várias.
Agosto 31, 2008 at 11:43 am
…a esmagadora maioria dos manuais são feitos pelos professores. ora que raio! Como nos vamos defender com coisas destas?
Rolando Almeida [7]
Eu diria: a totalidade dos manuais são feitos por autores, e a qualidade geral dos manuias prestigia ou compromete a classe dos autores.
O que cada autor faz para além de escrever livros é circunstancial. Nenhum professor tem a obrigação, nessa qualidade, de se defender da falta de qualidade deste ou daquele manual.
A maior parte dos deputados vem da advocacia: porém, não exercem o seu mandato como representates dessa classe. Se as leis são boas ou não, é algo por que os advogados profissionais não têm que ser chamados a responder.
Outros exemplos poderiam ser invocados ad hoc. Não seria difícil.
Penso eu de que…
Agosto 31, 2008 at 12:44 pm
António Ferrão,
Eu sabia que o meu comentário poderia despertar reacções. Aliás, estou algo admirado como não despertou assim tantas quanto eu esperava!!
A distinção que faz é vaga e a analogia com os advogados, falsa. Os advogados não vão para a política praticar advocacia. Os autores de manuais quando fazem um manual fazem-no como material para as suas aulas. Repare: até ao aparecimento de dois ou três manuais da minha disciplina realmente bons (também feitos por professores, é verdade), nunca usei os manuais adoptados, recorrendo a fotocópias e pequenos cadernos que eu próprio elaborava. Ora, quando estava a elaborar esses cadernos deixei de ser professor para vestir a pele de, sei lá, “usurpador de materiais alheios”?
António, não é herético ter capacidade de auto crítica. Todos somos professores e só com essa capacidade vamos ser capazes de melhorar o nosso trabalho.
Agosto 31, 2008 at 1:03 pm
Caro Rolando
Não leve a peito as minhas afirmações, não tinham qualquer pessoa em vista.
Recorrer a apontamentos próprios ou alheios não se confunde com publicar um livro. Ao se transpor essa fronteira, ocorre uma mudança de qualidade, o – eventual – professor, ou profissional de otra actividade, transforma-se num autor, passa a fazer parte de outro universo e a assumir as respectivas responsabilidades. Essas responsabilidades não recaem sobre aqueles que se abstêm de publicar livros. Não se trata de fugir à auto-crítica, trata-se de a fazer no local certo. O autor é responsável perante todo o público anónimo, mesmo o que não assiste às suas aulas ou nem sequer está ligado às escolas. A sua audiência é tremendamente mais vasta que as poucas turmas que cabem na actividade normal de um professor.
A comparação com os advogados, claro está, tem algo de forçado como todas as analogias, mas há um resquício de paralelismo. Podemos ser ao mesmo tempo várias coisas, porém, cada uma no seu lugar.
Quando Rolando Almeida afirma, por exemplo:
Os autores de manuais quando fazem um manual fazem-no como material para as suas aulas.
concordará certamente comigo que há nesta frase uma fusão entre o sujeito-professor que dá aulas e o sujeito-autor que publica, com dois âmbitos de responsabilidade distintos. Não pretendo dar a missa ao vigário, algo me diz que me dirijo a um professor de Filosofia.
Setembro 1, 2008 at 2:58 pm
Ferrão,
Percebi claramente nas suas palavras que não existia qualquer ataque pessoal. Quanto a isso, tudo bem, o Ferrão é cordial a discutir problemas que são discutíveis e, para os quais, temos argumentos distintos. Sim, sou professor de filosofia no ensino secundário.
Compreendo o que diz do público dum autor que é mais amplo que o de um professor. Não creio é que daí decorra mais ou menos responsabilidade na preparação de materiais para uso nas aulas. O que defendo é que a responsabilidade dos maus manuais é quase inteiramente nossa, e quase porque exceptuo aqui os programas que vem emanados do Ministério e que interferem no modo como se fazem maus manuais. Somos nós, professores, que fazemos a maioria dos manuais, que optamos por eles e que damos feedback aos editores para melhorarem os manuais, pelo que a existência de maus manuais é uma responsabilidade quase exclusiva dos professores. Isto parece-me mais ou menos claro.
Abraço e votos de bom ano lectivo
Outubro 7, 2008 at 5:14 pm
Comungo de muitas das preocupações aqui apresentadas e os manuais escolares, particularmente os de Língua Portuguesa, são objecto da minha investigação.
Estou a desenvolver um projecto que procura repensar o papel dos manuais de Língua Portuguesa na promoção da leitura e na aquisição e desenvolvimento de competências de compreensão na leitura. Neste sentido e para tentar compensar a minha pouca experiência como professora/utilizadora de manuais, estou a recolher testemunhos de professores e da sua experiência enquanto utilizadores de manuais. Os vossos contributos ajudar-me-ão a cumprir o objectivo de contribuir para a construção de manuais mais adequados às necessidades do processo de ensino-aprendizagem.
Votos de bom trabalho