Já apanhei a reportagem a meio, no noticiário nocturno da SIC. Pelo que percebi era sobre a excelência e custos de alguns colégios privados de Lisboa e do Porto, respectivamente do Colégio de ão João de Brito, da Oporto British School, e, esse vi em directo, do Colégio Luso Internacional do Porto mais conhecido por The Oporto International School.
Ensino à britânica, boas instalações, tudo com legendas e instruções em inglês, incluindo as Rules and Regulations. Actividades curriculares em catadupa e extra-curriculares em dupla catadupa.
Como não vi a peça toda, concentrei-me, maravilhado, nas condições do CLIP. Um dos responsáveis, felizmente português e expressando-se em português para as câmaras (na British School foi tudo very british), explicou adequadamente o funcionamento do colégio, desmentindo que só alguns possam frequentá-lo, atendendo ao custo das propinas. Que não, que até 85% dos 700 alunos são portugueses, alguns mesmo da classe média, «que se esforça» por dar qualidade à educação dos filhos. Mais atrás referiu mesmo que, por vezes, é necessário, algumas famílias privarem-se das férias por tão boa causa.
E então quanto custa, perguntamos nós? De acordo com a reportagem a coisa pode fazer-se por 8.000 euros anuais, ao que parece um valor mais acessível do que o do Britânico (de que não acho o site…) que é mais caro, pois as mensalidades oscilam entre os 780 e os 1150 euros.
Áu mache?
Agosto 27, 2008 at 11:32 pm
É uma classe média assim para o abastado. 🙂
Agosto 27, 2008 at 11:46 pm
Ainda bem que não vi!
Não tenho paciência.
E os resultados?
E será que os alunos destas escolas tem um ensino assim tão superior ao dos seus colegas das escolas públicas? Pelo que vejo, duvido.
Há muito que agenda mediática, mesmo que não faltem exemplos de falta de qualidade, promove o ensino privado. Às públicas vão para ver problemas: as greves, a violência, etc., as tretas do costume.
Alguns colegas do meu irmão, professores de educação fisica, trabalham no CLIP, nos Clubes Desportivos extra-curriculares. São explorados, explorados, explorados… recibos verdes e menos de 10 euros por hora.
Sobre as instalações as do CLIP são excelentes de facto, mas as Secundárias abrangidas pelo programa de modernização em curso não lhe ficarão atrás.
Agosto 28, 2008 at 12:08 am
Isto não foi uma reportagem sobre as escolas privadas, foi sim uma publicidade gratuita às escolas em questão.
Agosto 28, 2008 at 12:13 am
Bem, era o que eu ia dizer…
Mas que classe média tão capaz de pagar isto!
Isto faz-me constatar que nós já não somos da classe média.(?) Alguém conseguia pagar mensalidades destas? É complicado… 😦
Agosto 28, 2008 at 12:59 am
O Planalto, enquanto apareceram nos rankings do secundário, tinham resultados péssimos. Passaram para o ensino internacional. Estão mais escondidos.
Agosto 28, 2008 at 3:37 am
Bem, como eu tenho dois filhos.. Deixa cá ver: 16 000 euros anuais só para propinas. Mais alimentação, material escolar, alojamento (pois vivo no interior), etc. e tal… Bem, os miúdos terão de se contentar com o ensino público, pois só eu me juntar à onda de assaltos é que terei possibilidades de os matricular na «excelência».
Agosto 28, 2008 at 3:57 am
Suponho que o britânico seja o St Julian’s em Carcavelos, onde os preços rondam de facto os 1000 euritos/mês, sem extras. Ah, e não há vagas.
Agosto 28, 2008 at 4:00 am
Em Eton a coisa já deve orçar em mais de £30.000 ano/internato.
Agosto 28, 2008 at 7:01 am
Mas ali pelo Blasfémias não se anunciou que o ensino privado fazia muito melhor do que o público onde se gasta uns 3-4000 euros por aluno?
Agosto 28, 2008 at 8:39 am
Eu pagaria esse colégio sem qualquer problema. Ganho 1500 euros. 1000 seriam para o colégio e 500 para pagar a casa. Nem mais.
Agosto 28, 2008 at 9:28 am
Who Let The Dogs,
Britânico do Porto. Seguindo o link dá para descobrir.
No site da Sic, a reportagem está na segunda parte do noticiário da noite de ontem.
Vou tentar descobrir se isolaram a peça num vídeo específico que dê para postar.
Agosto 28, 2008 at 10:25 am
Agora já dá para perceber a onda de assaltos,são para pagar os estudos,convenhamos,sempre é bom ter um certo estilo….
Agosto 28, 2008 at 10:35 am
algumas famílias privarem-se das férias …
No meu caso seria privarmo-nos das férias e do subsidio de Natal (este parece que é para acabar) durante dois anos para pagar um ano dos meus dois filhos.
He He.
Chico no País das Maravilhas
Agosto 28, 2008 at 11:08 pm
Recomendo a visitar no clip: http://www.clip.pt/colegio/direscrita/imagens/somehintstakingresidence1.pdf . O que os estrangeiros penasm de nós! Quanto a estes colégios tenho a agradecer ao ensino público. Já andei no semi-privado (colégio de freiras para ser mais exacto, e ainda bem que saí. Ambiente muito controlado. Não há espaço para sermos adolescentes. Se tivermos uma negativa ou qualquer coisa sem importância acontecer, somos logo acompanhados por professores que nos ajudam a resolver problemas não existentes. Nas freiras, existia uma caderneta que tinha de vir assinada todas as semanas pelo enc. de educação onde se registavam faltas de material, notas dos testes, envio de circulares. Isto não é responsabilizar, isto é controlar. Ainda bem que mudei para o ensino publico, caso contrário, julgo que não sairia preparado nem para a universidade nem para a vida no 12º ano (a não ser que fosse para uma universidade privada, o que está fora de questão)
Agosto 29, 2008 at 4:07 am
Há quem ache que isto de público e privado é tudo a mesma coisa. Mas não é.
O que gostaríamos de ver esses heróis fazerem era conseguirem bons resultados com as verbas que recebe uma escolas pública com o mesmo número de alunos, por exemplo.
Afinal, os resultados dos grandes colégios são simplesmente a moeda de troca que os frequentadores são obrigados a dar pela pipa de massa que os pais gastam… é simples…
Agosto 29, 2008 at 2:17 pm
Os privados nem NEEs têm. Ou têm?
Agosto 29, 2008 at 2:19 pm
Os privados nem ciganos têm. Ou têm?
Agosto 29, 2008 at 2:20 pm
Os privados nem malta do bairro social têm. Ou têm?
Agosto 29, 2008 at 2:21 pm
Estou toda baralhada.
Agosto 29, 2008 at 2:22 pm
É justo comparar o sucesso de duas escolas sem comparar as condições que têm e os alunos que as frequentam?
Fevereiro 22, 2010 at 12:32 am
Privados, a esses preços …
Mas estámos a educar jovens para viver em sociedade ou para fazerem parte de elites?
Quantos pais vindos do nada, e com esforços sabemos lá onde conseguidos e de que forma, metem filhos no CLIP para depois terem desgostos, até porque muitas dessas riquezas irão regredir e voltar ao que sempre foram, uns miseráveis … depois o que serão essas crianças???? Uns frustados.. achavam-se diferentes e hoje o que são? NADA
Fevereiro 26, 2012 at 1:26 pm
alguem me manda o link desta reportagem pff
Maio 12, 2013 at 7:44 pm
Se algum dos comentadores conhecesse como eu, INFELIZMENTE, conheço, pois , OUTRA VEZ INFELIZMENTE, tenho lá 2 netos, a OPORTO BRITISH SCHOOL, ficava a saber que : O ENSINO É PÉSSIMO; AS INSTALAÇÕES SÃO PÉSSIMAS, OS PROFESSORES PARECEM SAÍDOS DE FILMES DO SÉC.XIX (devem ser de 2ª escolha ou 3ª), AS “FESTAS” DE NATAL, ETC. SÃO DE UMA POBREZA A TODOS OS TÍTULOS. Ali só há BASÓFIA.Não vislumbro como poderá um aluno sair deste colégio com um MÍNIMO de conhecimentos para entrar numa faculdade portuguesa OU MESMO para entrar na vida prática, no dia a dia… VAIDADE DAS VAIDADES TUDO É VAIODADE!
Novembro 3, 2013 at 8:28 pm
Sobre este assunto há um colégio fantástico no Porto, que é o Grande Colégio Universal. O meu filho anda lá, e só posso dizer bem. O ensino puxa por eles para estarem muito bem preparados (aliás, basta ver os tão famosos rankings…), mas ao mesmo tempo tem um óptimo ambiente afectuoso, as crianças sentem-se bem acolhidas e seguras. Além disso, o espaço tem sido renovado e o espaço de recreio está excelente, além de terem campos para a prática de jogos. Recomendo vivamente!