Já recebi o ficheiro com o modelo de Avaliação do Desempenho Docente concebido por João Paulo Videira para o SPGL.
Infelizmente o formato não é suportado pelo WordPress, pelo que apenas irei podendo postar e comentar alguns dos diapositivos.
Fica aqui o esquema que sintetiza o modelo e que, apesar da aparência, é apenas moderadamente complexo.
A favor do autor o facto de, tal como eu, achar que ainda não atingimos um estado de desenvolvimento cultural e educativo que nos permita achar que não é necessário existir um modelo de avaliação para a Escola Pública.
Quanto à substância do modelo, a análise irá sendo servida à medida do tempo disponível e de outros compromissos assumidos.
Junho 22, 2008 at 8:36 pm
Já há novos inspectores:
Click to access Aviso_17903_08_ProjCFinalConcTecSupInspEdu.pdf
Junho 22, 2008 at 8:45 pm
Como é?!
Para inspector não se “chumba” com classificações abaixo do 14?!
Pode-se ser admitido com 11… e na prova de ingresso não?
Exige-se a quem faz… e não se exige a quem será avaliador e supervisor?!
Que país estranho!
Junho 22, 2008 at 9:17 pm
Muito bem.
Finalmente temos dois modelos de avaliação de professores que podem, creio, até serem integráveis. Mas isso é uma ideia minha, que deverá ser discutida entre o Paulo Guinote e o João Paulo Videira.
Como se sabe o modelo que existia anterior a esta sinistralidade não foi substituído por nenhum outro.
Neste momento, como se sabe, não existe modelo de avaliação de professores.
Existe é umas trampas emanadas das “reengenharias sociais” que (des)servem para qualquer (des)profissão.
Junho 22, 2008 at 10:05 pm
E soou-me que os coordenadores vão fazer formação não tarda… que coordenadores? os que estavam em funções? os que serão designados pelo Presidente do Executivo/Director? Alguém sabe algo?
Junho 22, 2008 at 10:15 pm
rendadebilros:
A única informação que tenho- vinda do último pedagógico- é que a PCE, após reunião com um representante do ministério, nos disse que não nomearia coordenadores deixando, uma vez mais, a escolha para os 4 “grandes” departamentos que deverão votar no avaliador. Após pergunta: “e se o eleito não aceitar o cargo?” a resposta foi “terá de se sujeitar às consequências”. E assim ficámos (pouco) esclarecidos.
Junho 22, 2008 at 10:18 pm
sou coordenador à força, pela saído de um azeiteiro, leia-se by sucialista e bom rapaz que foi para a 24 de julho, mas não bebe copos, eu f.. e eles divertem-se.
Junho 22, 2008 at 10:30 pm
facilitismo
(vai aqui porque o respectivo post tá lá ao fundo)
“A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) criticou hoje o “generalizado facilitismo” que diz estar patente nos exames nacionais, considerando que “não vale tudo” para melhorar as estatísticas do sistema educativo.”
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=39&ContentId=251369
Junho 22, 2008 at 10:53 pm
Colocaram-lhes “jude” na lapela e continuam a conceber que somente vão tomar banho. Aceitam a subjugação espectando serem abatidos em último lugar. Escolhi espectar por não haver esperança.
Junho 22, 2008 at 10:55 pm
A propósito da validade científica das provas de aferição de matemática 6ºano, e da sua credebilidade, deixo os exemplos de três turmas da minha escola:
Turma X – 20 alunos – A-4; B-9; C-6; D-1
Turma Y – 20 alunos – A-2; B-10; C-6; D-1;
faltas-1
Turma Z – 25 alunos – A-8; B-11; C-6; D-0
Junho 22, 2008 at 11:04 pm
rendadebirlos #4
Há realmente umas acções de formação agendadas para Julho e Setembro, destinadas a CE, coordenadores de departamento e outros que tais avaliadores. São acções de formação por módulos (0 a 6) com uma média de 2 dias (15 horas) por cada módulo. NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS e aparentemente NÃO DÃO CRÉDITOS.
Quem vai orientar essas acções de formação são aqueles que já frequentaram com “especialistas” e, entre outras coisas curiosas, vai tratar-se dos “Vectores da Avaliação” e Dinâmicas e paradigmas e não sei que mais… basicamente, pelo que percebi do resumo que li, é propaganda sem ligação à Terra.
Na minha escola tanto me “chatearam” o juízo que autorizei que dessem o meu nome, com o aviso explícito de que não tenho a mínima intenção de lá pôr os pés. Que é como quem diz… “vão-se catar com a propaganda do sistema”.
Junho 22, 2008 at 11:20 pm
João, disseram-me que são creditadas e que é o CE que selecciona quem vai. Num agrupamento de Guimarães entre os que referiu, vão 10 prof. avaliados.
Junho 22, 2008 at 11:34 pm
Já estão a decorrer acções de formação para avaliadores, com a duração de 25 horas.Na minha escola, pasme-se coordenadores e delegados foram “nomeados/inscritos” por convocatória! Horário pós- laboral, até 22H e sábado.
A engrenagem está em marcha e nós acomodadinhos…
Junho 22, 2008 at 11:34 pm
Este modelo de avaliação, ou outro semelhante, é impraticável. Os professores não podem andar todos os anos em avaliação porque, nesse caso, a sua actividade, as suas preocupações passam a estar centradas em si, em vez de estarem centradas nos alunos. Conseguem imaginar os efeitos desta perversão?
Junho 22, 2008 at 11:36 pm
“Cacifes”-palavra que designa instruções de um “gab de comunicação” (uma entidade misteriosa e sinistra) que dá ordens a directores regionais e P.C.E./s, contra as próprias leis produzidas pelo própria 5 de Outubro e que faz uso de métodos em desuso após o 25 de Abril de 74. Normalmente não deixa “lastro”. Mas, ás vezes, revela “descuidos”.
Exemplo,
“Queixa:
No início do mês de Março de 2008, tive conhecimento, por via formal, tal como todos os restantes professores a trabalharem em escolas do âmbito da Direcção Regional de Educação do Algarve, do documento de tês páginas que segue em anexo na forma integral.
Tendo assistido ao programa “Prós e Contras” em causa, e à intervenção do meu colega professor Manuel Cardoso, estava obviamente por dentro do assunto abordado no teor da informação veiculada por uma “entidade” designada de Gabinete Comunicação (Ministério da Educação). Percebi de imediato que o colega professor, talvez por inexperiência, terá proferido uma frase infeliz e, nos dias que correm, também “muito politicamente incorrecta”. Ultimamente, como é público, os professores comentam em surdina muita coisa, ouvem muita coisa, sabem muita coisa, vêem muita coisa, mas raramente têm meios de prova e, se os têm, receiam pela sua vida profissional e não os tornam públicos.
(…)
In,
queixasdeprofessores.blogspot.com/
Junho 22, 2008 at 11:36 pm
“Cacifes”-palavra que designa instruções de um “gab de comunicação” (uma entidade misteriosa e sinistra) que dá ordens a directores regionais e P.C.E./s, contra as próprias leis produzidas pelo própria 5 de Outubro e que faz uso de métodos em desuso após o 25 de Abril de 74. Normalmente não deixa “lastro”. Mas, ás vezes, revela “descuidos”.
/
Junho 22, 2008 at 11:38 pm
No seguimento do meu comentário 14.
Exemplo,
“Queixa:
No início do mês de Março de 2008, tive conhecimento, por via formal, tal como todos os restantes professores a trabalharem em escolas do âmbito da Direcção Regional de Educação do Algarve, do documento de tês páginas que segue em anexo na forma integral.
Tendo assistido ao programa “Prós e Contras” em causa, e à intervenção do meu colega professor Manuel Cardoso, estava obviamente por dentro do assunto abordado no teor da informação veiculada por uma “entidade” designada de Gabinete Comunicação (Ministério da Educação). Percebi de imediato que o colega professor, talvez por inexperiência, terá proferido uma frase infeliz e, nos dias que correm, também “muito politicamente incorrecta”. Ultimamente, como é público, os professores comentam em surdina muita coisa, ouvem muita coisa, sabem muita coisa, vêem muita coisa, mas raramente têm meios de prova e, se os têm, receiam pela sua vida profissional e não os tornam públicos.(…)”
In,
queixasdeprofessores.blogspot.com/
Junho 22, 2008 at 11:40 pm
piaf #11
eu li o documento que foi enviado para os CE e não vi em lado nenhum referência a créditos… Aliás, os módulos não são todos para todas as pessoas: CE tem certos módulos, Comissão tem outros, Coordenadores têm outros… E o número de horas não acerta com a tipologia dos créditos. Há módulos de 7,5 horas, módulos de 15 horas. Alguns frequentam 3, outros 2, outros 4…
Mas pode ser que sim, que sejam acções creditadas.
Junho 22, 2008 at 11:44 pm
Avaliação do desempenho: FENPROF lança debate inédito para a construção de um modelo rigoroso e valorizador da profissão
A FENPROF, em quatro momentos, no último ano e meio, apresentou as suas propostas para a regulamentação da Avaliação do Desempenho, seja no âmbito da sua actividade específica e do relacionamento institucional com o governo, seja no âmbito da Plataforma Sindical dos Professores. Fê-lo no Jornal da FENPROF n.º 210, em Junho de 2006, e em três outros documentos, desde essa data, de que se destacam as “7 premissas para uma negociação séria e efectiva (11.11.2006)” e a “Proposta da Plataforma para a negociação – Esforço de Aproximação”.
Relançar as propostas e transferir para os professores e para as escolas a construção de um modelo de avaliação rigoroso e de qualidade, foi uma das decisões do Conselho Nacional da FENPROF que se realizou em Lisboa nos dias 10 e 11 de Março.
A concretização desta ideia far-se-á até ao final do próximo ano lectivo, período que a Federação pretende que seja de experimentação do modelo do ME. Ao mesmo tempo, os docentes poderão, a partir do modelo proposto pela FENPROF, desenvolvê-lo e apresentar, no fim, uma proposta, por si sufragada, através da sua participação em reuniões, plenários ou encontros que nesse âmbito venham a realizar-se. Este debate permitirá, ainda, colocar em confronto duas propostas – a do M.E. e a dos Professores e Educadores.
O Secretariado Nacional da FENPROF fará o lançamento público, ainda este ano, das suas propostas, revistas e actualizadas, integrando diversos aspectos que se relacionam com o seu enquadramento profissional, a sua ligação com um modelo democrático de gestão e a perspectiva formativa, valorizadora e promotora da profissão e da qualidade de ensino. | LL
Junho 22, 2008 at 11:45 pm
Este tal “gabinete de comunicação”, assessorias, consultores, formadores e etc desdobra-se agora em esclarecimentos “de proximidade”.
A título de exemplo:
Big Brother is watching you…
movimentoescolapublica.blogspot.com/2008/06/big-brother-is-watching-you.html
Junho 22, 2008 at 11:46 pm
De qualquer maneira, com a reorganização dos Centros de Formação de Professores até final de Junho, parece-me pouco provável que estas “formações” se integrem nos respectivos planos anuais. Para serem creditadas, suponho que deveria haver uma instituição que lhes desse suporte, suponho que teriam (pelas novas regras) atribuição de classificações… o que suporia avaliação dos formandos pelos formadores.
Enfim, também é verdade que ultimamente tudo é possível…
Junho 22, 2008 at 11:57 pm
anahenriques #18
O que eu ouvi dizer foi sobre um caso de uma professora que, por receio de não ter horário, se dispôs a ser destacada para os serviços do ME para um “projecto” que consiste em ir pelas escolas a tentar convencer os CE da “bondade” da avaliação.
Se calhar o método de “convencimento” é um apertozinho… Parece familiar, para quem já viu filmes sobre certas acções da CIA, KGB, Mafia e outros que tais…
Junho 22, 2008 at 11:58 pm
Mabel (17),
O SPGL vai apresentar o modelo de avaliação de desempenho dos professores no seu site dentro de dias.
O SPGL defende os professores e a Razão e não os interesses de grupelhos instalados dentro da Fenprof, não é verdade?
Não é verdade, colega Pascoal?…
Creio que dentro de breves dias finalmente (os professores) têm um modelo de avaliação de desempenho profissional. Já tiveram.
Os sinistros acabaram com ele e não apresentaram nenhum outro.
Resta aos professores apresentarem um.
Mabel,
Essa lenga-lenga dos fenprofianos é passar um atestado de “poucachinhos” aos professores que dizem representar, não é verdade? É lixar os professores, os alunos, o país…só porque meia dúzia de tonhos ainda acredita que é na base da revolta das massas que se instala a “ditadura do proletariado”!!!!!
Ihihihihihihihihi
Acreditemos no SPGL. Bora lá, gente. Site!
Junho 23, 2008 at 12:01 am
João (21),
Como o Queixas é “nosso” (professores), com total sigilo e confidencialidade, era bom o testemunho das pessoas…Não podes…(?)
Junho 23, 2008 at 12:04 am
Caro Paulo,
Se bem percebo pelo teu post, estás a elaborar uma análise da substância do modelo de avaliação do desempenho docente da FENPROF que elaborei com a colaboração das estruturas de trabalho do SPGL e da FENPROF. Não sei, contudo, se a versão que tens é a mais actual o que pode trair a tua análise. Sei também que no final desta semana (27/06), caso o Conselho Nacional da FENPROF apoie o modelo, o mesmo será anunciado e será preparada a sua divulgação. Tens toda a liberdade para fazeres as análises que entenderes, penso, no entanto, que talvez fosse melhor fazê-las sobre a última versão do modelo e essa emanará do CN que pode, inclusivé, sugerir alterações que serão feitas se cientifica e conceptualmente viáveis.
Um abraço
João Paulo Videira
Junho 23, 2008 at 12:05 am
#23
O que eu ouvi já foi em quarta mão: alguém que confidenciou a alguém, que confidenciou a alguém que me disse a mim… os pormenores que me chegaram foram só estes.
Junho 23, 2008 at 12:09 am
João Paulo,
A análise que penso fazer depende muito do tempo disponível, que está limitado por reuniões e outros compromissos.
Uma forma simples de eu não me enganar é mandares-me a última versão para o mail que está em epígrafe no blogue: guinote@gmail.com.
Junho 23, 2008 at 12:11 am
anahenriques #21
Além de não saber mais pormenores, também não sei se ia abrir muito mais o jogo por via electrónica. O “Queixas” pode ser nosso (vosso?), mas eu tenho bem presente que quando falo aqui estou fisicamente sozinho, mas encontro-me virtualmente numa grande sala cheia de gente. Alguns ouvem e falam, outros só falam, a maioria só ouve.
É perigoso ser ingénuo a ponto de acreditar em confidencialidade na internet.
Assim, falo aquilo que acho que publicamente pode ser dito e reservo (quando os tenho) pormenores mais “sensíveis”.
Espero que não me leve a mal, mas saberá que estes comentários todos são avidamente lidos por muita gente, com intenções muito diversas…
Junho 23, 2008 at 12:22 am
Assim farei após o CN de 26 e 27 de Junho. em pdf, para facilitar.
Junho 23, 2008 at 12:25 am
João (27),
Tem toda a razão no que expressa.
Contudo, leia com toda atenção o “Queixas” e sobretudo o “Queixas 1”.
Provas. Nada é publicado, divulgado, sem que existam certezas a 100% de que daí não advirão quaisquer consequências para todas as pessoas. Óbvio.
Junho 23, 2008 at 12:29 am
FENPROF lança petição para alterar decreto-lei que impõe uma gestão não democrática às escolas
http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=109&doc=3420&mid=115
Junho 23, 2008 at 12:29 am
João Paulo Videira,
Que lufada de bom ar nos trouxeste, ontem. O SPGL vai publicar no site, finalmente, o modelo de avaliação de desempenho profissional dos Professores.
E os Professores podem ter uns dias de férias mais tranquilos.
Ok.
Muito boas notícias nos trazes.
Junho 23, 2008 at 12:31 am
Este é um país fabuloso! Tempo e dinheiro para formação em filosofias/ sociologias/ antropologias e afins da avaliação; esquemas conceptuais/ origens e evolução, modelos e práticas de mecanismos avaliativos; tipologias/finalidades/ objectivos e essências da avaliação… enfim: mais do mesmo – sexo dos anjos; conversa da treta e “pseudocientificismo” do nada! E assim anda tudo muito contente, com muitos ares de competência e com uma retórica pretensamente iluminada, inatingível (por vazio de objectividade) e “pseudohermético-distinta” (quem sabe, se ninguém entender, a coisa passa a parecer válida…)
– Longe vão os objectivos de formação nas áreas específicas do saber, nas novas tecnologias ou nas áreas relacionadas com a natureza funcional dos professores!
– O que pode ensinar um professor, um médico, um canalizador, um electricista, um padeiro, um jornalista,…, sobre um ofício se não o domina? Fingir pode!- basta, para tal, ter algumas aptidões em teatro (amador é suficiente)e residuais competências na arte de “bem-falar”. Que competências (teórico-práticas e experiências)terão estes senhores, supostamente especialistas em avaliação, para numas horitas se armarem em doutorais e doutorarem outros no assunto? – Mas, neste cantinho, vive-se de aparência e não de eficiência/honestidade/ profissionalismo e rigor!
Vive-se a e para fingir!
Agora vou dedicar-me ao meu portefólio (só a utilização do termo configura a seriedade da coisa…)que atestará da minha competência (ainda que na prática possa ser uma verdadeira nulidade e oportunista da 1ª)mas por cá, ninguém é (mesmo) penalizado por se fazer passar pelo que não é; bem pelo contrário!
Mais do que ser, importa parecer – e, cada vez mais, assim será!