Olhem o ME encavalitado nos resultados das provas de aferição:
Melhoria de resultados nas provas de aferição 2008
Os resultados das provas de aferição em Língua Portuguesa e Matemática, realizadas pelos alunos dos 4.º e 6.º anos, que foram hoje divulgados às escolas, revelam uma melhoria face a 2007, reflectindo a realização de mais trabalho, orientado para objectivos claros, mais recursos e mais tempo dedicado ao estudo.
(…)
De várias medidas que contribuíram para os presentes resultados, mencionem-se, a título de exemplo:* A formação contínua, em Português e em Matemática, de milhares de professores do primeiro ciclo;
* O Plano de Acção para a Matemática, concretizado em todos os agrupamentos de escolas;
* O Plano Nacional de Leitura, que apetrechou e dinamizou as bibliotecas escolares de todos os agrupamentos;
* A definição de orientações sobre os tempos de trabalho com os alunos do 1.º ciclo em leitura e em Matemática;
* O reforço do Estudo Acompanhado, para os alunos dos 1.º e 2.º ciclos;
* A disponibilização de um banco de mais de 3000 itens de Matemática;
* A elaboração de brochuras de apoio científico e pedagógico, para os níveis do pré-escolar, dos 1.º e 2.º ciclos, em Matemática e em Língua Portuguesa.
Só sei aferir do sucesso de todas estas medidas por aquilo que posso observar e, no meu caso pessoal, em matéria de Língua Portuguesa não dei por qualquer utilidade acrescida das tais brochuras, não tive a possibilidade de frequentar qualquer acção de formação contínua e não dei por qualquer reforço – alguém deu? – do estudo Acompanhado para os alunos do 2º CEB.
Quanto ao Plano Nacional de Leitura – independentemente das suas qualidades – não me parece que tenha sido decisivo para a melhoria dos resultados pois, volto a concretizar com o meu caso pessoal, em pouco alterou o trabalho que fazia em outros anos nesta área específica da Língua Portuguesa.
O que está a acontecer é que o ME tenta colar esta melhoria de resultados apenas às suas medidas e em nada destaca o trabalho de alunos e professores.
Mais grave, tenta passar a mensagem que é num ano que se alteram lacunas de há muito, ocultando que o ano passado foi de grande agitação no caso da LP com a indefinição quanto à TLEBS.
E que de ano para ano, por exemplo no caso da Matemática, as provas mudam razoavelmente de figurino, sendo a do 60 ano bastante básica.
Se é verdade que devemos saudar melhorias nos resultados dos alunos, não é menos verdade que o devemos fazer de forma transparente e honesta e não tentando colar fenómenos de forma causal de um modo oportunista.
Porque fazer crer que é possível melhorar dramaticamente os resultados em Matemática é utilizar uma outra forma de facilitismo.
Neste caso na análise dos dados e das suas causas.
Junho 18, 2008 at 8:52 pm
Porreiro, pá!!!… Até a Matemática deixou , num ápice “de ser uma fatalidade”!!!…
Junho 18, 2008 at 8:58 pm
E repararam que, para não dar muito nas vistas nem há muitos Muito Bom nem há muitos “não satisfaz” … tão bem feito…… eu queria era que os alunos tivessem tudo bom e muito bom, mas aconteceu-me que os alunos que têm uma bagagem e cultura acima da média só tiveram B…e alguns – pouquíssimos, é verdade, alunos que não se esforçaram nada e andaram abaixo da tangente a maior parte do tempo durante o ano tiveram… B!!! tenho que estuidar estes resultados. A Matemática, nas minhas turmas houve mais AA que na LPortuguesa… ainda não percebi se, a nível de Escola, aconteceu o mesmo!
Junho 18, 2008 at 9:03 pm
Infelizmente, o esforço dos docentes e o empenho dos alunos nem consta do documento online. Mas também não poderia, pois o esforço e o empenho não são quantificáveis… e nós sabemos o quanto o ME adora estatísticas. Principalmente se forem publicitárias.
Só um pequeno reparo: Nem uma referência a portáteis, quadros interactivos ou mesmo ao plano tecnológico! Estranho…
Comprimentos
Ricardo.
Junho 18, 2008 at 9:19 pm
Isto parece surrealista demais para ser verdade!…Ou seja, esta verdade estatística é surrealista, pior, descaradamente surrealista! Mas quem é que pode tomar como credíveis (para além da Ministra)e reveladores das verdadeiras competências dos alunos, ao nível dos anos em questão,os resultados agora apresentados, que no espaço de UM ano, “se alteraram” drásticamente?…Mas com estes resultados, a avaliação das escolas concerteza será de excelência!…
Junho 18, 2008 at 9:20 pm
Mas os pais não são tolos e muitos ,hoje à porta da escola primária ,diziam que as provas eram fáceis demais e que assim não tem interesse .
Junho 18, 2008 at 9:22 pm
0,4+8,4+40,9+34,5+15,4 = 99,6
Junho 18, 2008 at 9:22 pm
Certo, corrigido no post.
Junho 18, 2008 at 9:39 pm
Agora este ano, com os resultados de Lingua Tuga do 9º, teremos pelo menos 30.000 novos críticos literários….
Junho 18, 2008 at 9:40 pm
Paulo: se conseguisses postar a entrevista da senhora hoje na sic à hora de almoço…. seria um best seller blogal.
Alguém viu a mulher enfurecida?????
Junho 18, 2008 at 9:41 pm
O exame de Português do 9º ano é bem básico.
Prevejo também sucesso na casa dos 90 e tal por cento.
Menos que isso seria desanimador.
😦
Afinal são precisos resultados para mostrar ao PR.
Junho 18, 2008 at 9:42 pm
António, vou tentar5. A partir do vídeo no site da SIC é difícil porque não permite que plug-in do Firefox poste directamente.
Vou tentar achar no Ytube mais logo.
Junho 18, 2008 at 10:00 pm
http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId=3BD7E773-D1EC-498E-9F01-2753F930BC19
O vídeo da SIC está aqui em cima.
Junho 18, 2008 at 10:03 pm
Vejam este video sobre a monstra da lurdinhas..
Junho 18, 2008 at 10:13 pm
Esta gente merecia ser corrida à gargalhada, como já aconteceu com o outro.
Era só os professores todos decidirem dar notas altas, sem negativas… Havia de ser lindo. A nível internacional o caso havia de ser falado, e motivo de chacota: o país do inginheiro, que tem um grau académico tirado numa universidade que foi extinta, tinha resolvido num ápice o insucesso escolar!!!
Junho 18, 2008 at 10:36 pm
http://tonibler.blogspot.com/2008/05/facilitar-naaaoooooo.html#links
Alguns exercícios de Matemática que ajudam a criar génios.
Junho 18, 2008 at 11:02 pm
Estes resultados das provas de aferição não me convencem e não me dizem nada quanto ao aproveitamento dos alunos.
Depois da saga das provas de aferição de 4º ano do ano passado, acredito piamente que os resultados deste ano estão inflacionados e não são nada representativos da realidade dos alunos de 4º ano.
Porque digo isto? É simples…
A prova de LP do ano passado está, na minha modesta opinião, ao nível de um 2º ano, repito, 2º ano (e ainda assim acessível à maioria dos alunos deste ano). Não tem quase interpretação escrita nenhuma e gramática de 4º ano só procurando à lupa. Não corrigi, mas pelo que me constou… Critérios de correcção: na única pergunta de interpretação em que os alunos tinham que escrever a resposta (pois o resto era de escolha múltipla e perguntinhas assim do género), bastava o aluno responder “não” para ter a cotação toda (a justificação “que se lixe”…), mais erros ortográficos que não contam, etc, etc. Se foi assim, é grave.
Portanto, gostaria de saber os critérios de correcção das provas deste ano! Será que se o aluno tivesse acertado uma letra numa palavra já tinha grande parte da cotação?!
Enquanto não houver ninguém que venha “desmascarar” a ……. que envolve as provas de aferição bem como os falsos discursos de sr.ª dona, esta continuará a vangloriar-se da estatística e a deturpar a realidade. Exemplo? Como é que se pode vir à tv dizer que facilitismo é chumbar?
Ora, como o que interessa ao ME são os gastos, eu tenho uma sugestão. Preocupados com os 3000€ que cada aluno que chumba custa ao estado?
Fácil, ponham os pais desses alunos a pagar o chumbo do filho e sem direito a abater no IRS. De certeza que iam passar a obrigar a criancinha a “dar o litro”, ao invés de não ligarem nenhuma ao aproveitamento do filho (e a quem dão tudo, mesmo que chumbe).
Parece-me que alguma coisa ia mudar neste nosso país e a vaga de “fazer nenhum” que invade as escolas deste país depressa ia ser substituída pelo trabalho que os alunos deveriam ter tido logo de início.
Assim o ME poupava nos chumbos e a qualidade do ensino ficava assegurada!
É que, caso alguém não saiba, cada vez há mais alunos que não fazem rigorosamente esforço nenhum e, mais grave ainda, com o “consentimento” dos pais, que se for preciso ainda acusam o professor de nada fazer. Portanto, se os paizinhos tivessem que pagar indirectamente, através dos chumbos dos filhos, pela sua deficiente prestação enquanto Enc. de Educação, isto até que voltava ao sítio…
Radical, mas como já dizia o outro, pr’a grandes males grandes remédios…
Junho 18, 2008 at 11:28 pm
Acho um espectáculo que as brochuras referidas para a educação pré-escolar, publicadas ontem no portal do ME, e facultadas top-secret aos reduzidos formandos em Março e Maio DESTE ANO, nas acções da DGIDC, cheias de carimbos e instruções sobre não fotocopiar, não divulgar, etc, tenham tido o enorme poder de já ter contrubuido para a melhoria das aferidas de 4º e 6º, DESTE ANO! Somos mesmo bons!
Junho 18, 2008 at 11:48 pm
Na minha (modesta) opinião, a medida que mais contribuiu para este “sucesso” todo foi esta – “A elaboração de brochuras de apoio científico e pedagógico, para os níveis do pré-escolar, dos 1.º e 2.º ciclos, em Matemática e em Língua Portuguesa.” Falando das brochuras relativas ao pré-escolar, porque sou Educadora, diria que é uma medida que deveria ser condecorada, na próxima missiva do PR, porque as brochuras saíram há dias (ainda só tive tempo de passar os olhos)e já são aqui apontadas como sendo responsáveis pelos milagres de santinha…
Junho 18, 2008 at 11:55 pm
É conhecida a valoração atribuída a cada um dos códigos de resposta com que foram corrigidas as provas de aferição de matemática do 6º ano?
Algum dos professores-correctores tem possibilidade de comparar os resultados da amostra que corrigiu com os resultados publicados?
( A transparência -badalada – tem que ser ela própria … transparente)
Junho 18, 2008 at 11:55 pm
Margarida,
aqui estão as provas do 1.º ciclo:
http://www.gave.min-edu.pt/np3/7.html
Junho 19, 2008 at 12:14 am
DA
Sim. Viu a de LP do 4º ano de 2007?
Questão 14:
Constou que para o nome susto aceitaram o verbo sustar…
Eu susto
Tu sustas
Ele susta
Nós sustamos
Vós sustais
Eles sustam ………. conhece?
Significa fazer parar, interromper… Tudo a ver com susto.
Tive alunos do 2º que faziam essa prova sem grandes problemas.
LP 4º ano de 2008:
Nada de especial. Continua o exagero de perguntinhas de escolha múltipla e ect e tal. Não é suposto alunos de final de ciclo saberem formular respostas a questões de interpretação? Escrever…
Junho 19, 2008 at 12:31 am
O que toda a gente devia saber é que os critérios de correcção que constam no site do GAVE não são os verdadeiros!!!
Os outros, como muitos sabem obrigam a cotar tudo e mais alguma coisa, tal como 100×100=200!
Junho 19, 2008 at 12:32 am
Por amos da santinha! Nem no 12º se pretende tal!
Junho 19, 2008 at 12:33 am
DA
De facto os critérios de correcção não são como os que me chegaram aos ouvidos. Não há nada como confirmar de fonte segura.
Todavia a minha opinião sobre o grau de dificuldade dessas provas não mudou. Acho fáceis demais para alunos de 4º ano.
Junho 19, 2008 at 12:40 am
Sara
Huummm… Temos que brincar com a coisa senão ficamos malucos sabe?
O erro aí foi de impressão, o sinal saiu um bocadito torto e tal…
🙂
Junho 19, 2008 at 1:31 am
Caso crítico de “poeira nos olhos”… As razões enumeradas para o sucesso apresentado MUITO POUCO têm a ver com o resultado alcançado. As aulas de Estudo Acompanhado com mais matemática, talvez. As razões do sucesso estão, sem dúvida, ligadas ao grau de dificuldade da prova. Dois alunos tiveram negativa na prova de aferição 6ºano na turma do meu filho. E sei que as notas no final do ano não serão essas, pois a professora faz uma trabalho sério e rigoroso, pelo que não passará toda a gente… O ME procura desesperadamente números positivos e se eles são impossíveis… toca a dar um empurrãozinho!
Junho 24, 2008 at 3:13 pm
oque que este site meu unbingo