A Educação e o Trauma
Monodocência no 1º e 2º Ciclo – Uma questão de bom senso, ou de falta dela
Maio 21, 2008
A Fusão De Ciclos Pela Blogosfera
Posted by Paulo Guinote under Blogosfera, Educação, Monodocência, Sugestões[25] Comments
Maio 21, 2008
Maio 21, 2008 at 7:12 am
Vivemos, desde a década de 80, um novo período de sufocação, que se manifesta em vários sectores: desemprego, emigração, esvaziamento ideológico e ausência da política, economia, justiça, cultura, educação. Há, hoje, dificuldade em escolher o que se julga ser o lado certo onde se deve estar. E essa dificuldade serve de pretexto para as mais vis renúncias, e de condescendência para com sórdidas traições.
Inculcaram-nos a ideia de que Portugal é inviável e de que somos um povo de madraços. Como já poucos lêem o que deve ser lido, a afirmação fez fé. Mas não corresponde à verdade. Recomendo aos meus dilectos alguns autores antagonistas da absurda tese: Vitorino de Magalhães Godinho, José Mattoso, Luís de Albuquerque, António Borges Coelho e, até, António José Saraiva. Todos interpelam o País, criticam-no porque o amam, e ensinam-nos que o passado altera-se de todas as vezes que o lemos e interrogamos.
O lado certo está, creio-o bem, quando recusamos a indiferença e não admitimos a resignação.
From:
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade
Maio 21, 2008 at 7:17 am
Autarquias sem dinheiro para alargamento do Inglês
Escolas de Setúbal ainda nem têm Inglês no 3.º ano
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) questiona a capacidade de as escolas alargarem o ensino do Inglês ao 1.º e 2.º anos e reforçarem a carga horária nos 3.º e 4.º, numa medida onde o governo terá de gastar cerca de cinco milhões de euros a distribuir pelos parceiros que suportam as actividades de enriquecimento curricular (AEC). Verba que as autarquias classificam de insuficiente para pagar os encargos com professores e instalações e que acusam de não corresponder a uma actualização dos apoios financeiros anunciada pelo Ministério da Educação.
O responsável pelo sector da educação na ANMP, António José Ganhão, está ainda a apreciar o documento mas não deixa de levantar desde já reservas em relação ao alargamento do ensino do inglês ao 1.º e 2.º anos e o reforço horário nos 3.º e 4.º. “As dificuldades serão naturalmente maiores, principalmente ao nível de infraestruturas que consigam albergar estas aulas”, defende António Ganhão, que acumula os cargos na ANMP com a presidência da Câmara de Benavente. O representante das autarquias revela-se particularmente preocupado com o “aumento de despesas que o alargamento vai acarretar e que tem de implicar, forçosamente, um maior investimento por parte do Ministério”.
From:
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade
Maio 21, 2008 at 7:29 am
Aplauso? – por favor não governem mais!
From:
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade
Maio 21, 2008 at 7:36 am
Que escândalo! – Realmente!…Só quando as situações são denunciadas é que actuam! – Para que é que serve um governo?:
From:
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade
Maio 21, 2008 at 7:42 am
Este é que o problema do pais: lugares de estacionamento?
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=94190
Maio 21, 2008 at 7:45 am
Não se preocupem – o objectivo desta gente é sermos todos daqui a um tempinho – não tenham dúvidas:
Maio 21, 2008 at 12:31 pm
Sobre a fusão,
já esperada, não me parece necessariamente uma má ideia.
No entanto, a precipitação e desprezo pelas pessoas que tem acompanhado as mudanças no ensino, deixam-me muito apreensiva.
E esta rapidez com que se aplaude ou vaia alterações de fundo, leva a equívocos, falta de esclarecimento e confusão das prioridades.
Entretanto, esquecemo-nos assim, de repente, de um outro problema, esse já em fractura exposta: O ECD!!!!!!!
Maio 21, 2008 at 12:37 pm
O assunto até que pode ser discutido. agora discuti-lo com base nos eventuais “traumas” que essa transição provoca nas criancinhas é que me parece descabido! Aliás, gostava que alguém indicasse os números de crianças de 10-11 anos “traumatizadas” em Portugal.
Acho muito mais traumatizante o desgoverno da política educativa neste país
Maio 21, 2008 at 1:25 pm
Os verdadeiros “traumas” das crianças e jovens deste país quem os conhece são os professores. Esta gentalha é escandalosamente indigna do mero convívio social…
Quem melhor conhece a realidade económica, social e cultural portuguesa são os professores, pela proximidade que mantêm com os jovens e famílias.
A notícia num jornal diário de hoje refere um número oficial de casos de crianças e jovens vítimas de abusos sexuais que nada tem a ver com a realidade do país. Seguramente esqueceram-se de uns zeros…
De longe, o maior número de abusos sexuais de menores é praticado por pais, outros familiares e amigos.
“Já quanto aos casos de crimes sexuais contra crianças e adolescentes, os números ainda
são mais elevados, ultrapassando os 1400 novos casos por ano, valor que se traduz em
quatro crianças abusadas por dia.”
http://www.destak.pt/artigos.php?art=11280
Maio 21, 2008 at 2:19 pm
Nao se preocupem demasiado.
Iremos ter sem duvida um grande debate sobre esta questao, e no fim, a plataforma sindical ira fazer um entendimento com o ME, em que em vez de haver um professor ate ao 6 ano, iremos ter… dois professores!
Maio 21, 2008 at 3:17 pm
NO meio disto tudo, a posição mais ensata acabou por ser a da Confap, que em vez de ir na onda do professor generalista, já fala da necessidade de mais professores no 1º ciclo. Até parece mentira.
Maio 21, 2008 at 4:09 pm
Água mole em pedra dura tanto….
E a coisa vai-se entranhando, o “consenso” alargando-se e a “unanimidade” como de costume a levar-nos para o desastre. Repito, desastre.
Será a consignação da infantilização e da imbecilização dos nossos cada vez mais imaturos jovens.
O futuro salto para o 3º ciclo será, esse sim, absolutamente dramático e traumático. A não ser que… mais fusão. Nem custa muito imaginá-los, anos mais tarde, toda a turminha, numa aula de medicina, ainda e só com um único docente, enquanto os papás cá fora esperam pelos petizes.
Agora a sério. Parabéns ao lobby das ESEs.
Maio 21, 2008 at 4:32 pm
Outro nível,já repararam que o espírito de bolonha tabém aponta neste sentido no superior, os tutores e o acompanhamento individual dos alunos.
Maio 21, 2008 at 4:33 pm
Toma! Vai buscar!:
Decisão do Tribunal da Relação de Lisboa
Sócrates condenado a indemnizar jornalista do “Público”
O líder do Governo foi condenado a pagar uma indemnização de 10 mil euros a um jornalista do “Público”, por danos não patrimoniais. O caso remonta a Março de 2001.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/326942
Maio 21, 2008 at 4:36 pm
Se as coças nos professores, cada vez mais frequentes, pudessem contribuir para melhorar a Educação e a Justiça, poderia ser um caminho. Não creio. A classe docente é maioritariamente feminina. Mas tem as costas largas. Talvez por isso, não deixa ver os outros agentes da comunidade educativa (pais, encarregados de educação, governantes, magistraturas, etc.), tanto ou mais responsáveis pelo verdadeiro estado da Educação – o estado a que a coisa chegou.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/326994
Maio 21, 2008 at 5:35 pm
Aconselho a leitura deste post do Alvaro Sílvio Teixeira
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/05/o-futuro-do-movimento-dos-professores.html
Maio 21, 2008 at 5:58 pm
A Isabel Alarcão da Universidade de Aveiro é a grande “ligação ás ESES”, não é verdade?
Tenho mesmo um dedo que adivinha. O valterzinho consta que anda muito azedo. Estudos do ISCTE sobre o Ensino para todos e para os outros das universidades e para a Fundação do Mariano Gago, perdão Fundação para a Ciência e Tecnologia, e para as “ESES/s dele” nada!!???
Vai daí pôs a Isabel Alarcão a coordenar “mais um estudo” agora “para os dele” (“amigos”)!!!!!!!!!!!!!!!!
Via CNE. E fê-lo publicar para começar a preparar “as massas”. As crianças ficam “com traumas”. Deve ser por estarem a deixar de poder sequer ver os pais, digo eu.
A MLR já leva uns “estudos e etcs de avanço”. Entende-se o azedume.
Entretanto o pedreirinha anda mais virado para os americanos, para a Fundação Luso-Americana do Rui Manchete, que colabora muito com o Forum para a qualidade do Ensino, do Roberto Carneiro, Guilherme de Oliveira Martins e Marçal Grilo. Este último administrador da Fundação Caloutre Gulbenkian.
O pessoal não se mistura. Cada um tem o seu “círculo”!
Maio 21, 2008 at 6:11 pm
O Professor Único
Dedicado à Kaotika, à Moriae, à C. Rolo e a todos os totós que ainda não perceberam que a verdadeira Educação é a liberdade de poder andar na rua, a dizer palavrões, de telemóvel, naifa, e a assaltar bolsas de cotas, em dia de receber a pensão (“Sou titular de roubar velhas, ó chavalo!…)
Estava eu a pensar, andamos nós aqui a perder tempo, há uns dias, em redor de coisas que não valem um corno, o fim do mundo já aí vem, com os Judeus a especularem nas Bolsas o preço do petróleo e do arroz, e as crises nervosas da badalhoca, o que nos anda a fazer falta é um daqueles textos de caixão-à-cova, que são citados nos blogues todos, e no “Público”, e no “Sol”, e no “Expresso”, e na “Sic”, e etc e tal, e que aparecem nas anedotas todas da esquina do dia seguinte, e a modos que,
derivado a isso,
penso de que
estava na altura de o escrever, mãos à obra,
“portantos”,
hoje, a Comissão Nacional de Educação, ou lá como se chama essa porcaria, através de um gajo que parece um daqueles que estão pintados, em cor de múmia escura, desde o séc. XIX, nos Passos Perdidos da Assembleia da República, e que não deve ter evoluído muito desde então, excepto através de umas reformas que fracassaram em França, há vinte anos, e, portanto, estão maduras para aplicar já por cá, veio dizer que deviam fundir o 1º Ciclo, com o 2º Ciclo, isto, para os mais antigos
(continua
http://www.sinistraministra.blogspot.com/
Maio 21, 2008 at 6:38 pm
Realmente parece que são sempre os mesmos, agarrados de pedra e cal há mais de 20 anos. Não têm idade para a reforma?
Maio 21, 2008 at 7:34 pm
Excelência
Hoje estive presente numa excelente conferência do psicólogo Jaan Valsiner sobre níveis de desenvolvimento e a sua coordenação. A dado passo, com gozo pessoal notei eu, ele referia como fora de moda os temas e as metodologias que utilizava. A excelência das suas ideias e os factos que apresentou para as defender foram para mim um tónico. E bem precisava, depois de horas antes ter ouvido a notícia das recomendações do conselho nacional de educação sobre o 2.º ciclo. Nem tudo pode ser rasca neste tempo onde suposta ciência serve a mais despudorada e interessada política.
edutica.blogspot.com/
Maio 21, 2008 at 9:46 pm
… decididamente “falta dele” [bom senso]. A progressiva infantilização do 2.º ciclo que se quer transformar numa extensão da primária não é uma mais valia. Da mesma forma que mais escola [“tempo inteiro”] não significa melhor escola significa, isso sim, que os pais podem estar mais horas no “posto de trabalho”, bem longe da sua prole.
Maio 21, 2008 at 10:33 pm
Dizia este ano uma EE que seria bom as escolas ficarem com as crianças até o mais tarde possível.Até às 20h, por exemplo?
Maio 21, 2008 at 10:35 pm
Colegas do 2º ciclo formados pelas Universidades, não se esqueçam que há a possibilidade de estagiarem no 3º ciclo e secundário.
Esta hipótese trará lucros às Universidades e geralmente sucesso nas colocações pois têm todos perto de 20 anos de serviço…
Maio 21, 2008 at 11:29 pm
Se as coças nos professores, cada vez mais frequentes, pudessem contribuir para melhorar a Educação e a Justiça, poderia ser um caminho. Não creio. A classe docente é maioritariamente feminina. Mas tem as costas largas. Talvez por isso, não deixa ver os outros agentes da comunidade educativa (pais, encarregados de educação, governantes, magistraturas, etc.), tanto ou mais responsáveis pelo verdadeiro estado da Educação – o estado a que a coisa chegou.
Maio 21, 2008 at 11:45 pm
Vila Real, 21 Mai (Lusa) – O movimento “Promova” organiza a 07 de Junho, em Vila Real, um encontro que pretende juntar professores inconformados com o acordo entre os sindicatos e o Ministério da Educação e definir formas de intervenção contra a política educativa.
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade