Da intervenção de MLR no Parlamento ou a rábula do disco riscado:
Mas, Senhoras e Senhores deputados,
Os relatórios da OCDE apontam também a desigualdade escolar do sistema educativo português como um dos factores explicativos do insucesso escolar.
Não apenas a desigualdade social mas também a desigualdade escolar que, se não for combatida, impede a escola pública de cumprir a sua missão.
A desigualdade escolar manifesta-se na qualidade dos edifícios, mas também no funcionamento e organização das escolas, bem como na afectação de recursos.
Muitas medidas de política educativa, ao longo dos últimos anos, contribuíram para reforçar a desigualdade escolar.
Para dar apenas um exemplo, o sistema de concurso de colocação de professores cego, centralizado e anual foi talvez das medidas que mais contribuiu para reforçar a desigualdade escolar.
Não apenas porque considerava as escolas como sendo iguais, como sujeitava à instabilidade muitas escolas em meios difíceis ou isoladas, onde, por ano, chegavam a ser colocados, para a mesma turma, 12, 15 ou 18 professores.
E assim se reforçava a desigualdade das escolas mais desiguais.
Não sei se a ideia era mesmo massacrar pela repetição. Se era o objectivo foi quase conseguido pois, só para evitar reler a passagem as pessoas podem ter a tentação de não contestar o que aqui é afirmado.
Antes de mais, confesso que estou demasiado cansado para (e)laborar texto muito profundo sobre passagem tão caricata onde falta – desde logo – a explicitação do que se entende como «desigualdade escolar». Eu acho que sei o que é. Mas confesso que não tenho a certeza se acharei o mesmo que outro(a)s acharão.
Porque pelos vistos a «desigualdade escolar» resulta(va) de tratar «as escolas como sendo iguais», de onde se poderá inferir o simétrico oposto da «igualdade escolar» resultar de tratar as «escolas como diferentes».
Pelo que fico sem perceber se é desejável a «igualdade escolar» que atende às diferenças ou mesmo a diferença de tratamento que visa a igualdade escolar.
Ou vice-versa.
Ou não sei.
Ou.
Março 19, 2008 at 10:47 pm
Desigualdade escolar… Gostaria de perceber em que é que as novas medidas educativas promovem uma igualdade escolar! Fala de escolas diferentes, logo, meios diferentes. E
Março 19, 2008 at 10:48 pm
Ministra MLR demitiu-se?
Importante. Enigma em:
http://kosmografias.wordpress.com/
Março 19, 2008 at 10:50 pm
E que tal falar de contextos diferentes dentro da mesma escola? E que tal dar meios a todos os alunos para alcançarem os seus objectivos, e conferir os recursos que permitam cumprir o que é legislado. Basta pensar nos apoios e nos planos de recuperação, que muitas vezes, não têm seguimento por falta de meios… Não será isso igualdade escolar? Ou dar condições físicas e materiais a todas as escolas, de maneira a todas estarem em pé de igualdade. Não será isso igualdade escolar? Assim, já se percebe mais a tal desigualdade escolar, mas que infelizmente, não vejo esta ministra a mudar…
Março 19, 2008 at 11:15 pm
A Ministra já foi!!!
Já era!!!
Abraço
Tiago
Março 19, 2008 at 11:21 pm
Por favor vejam este vídeo. Nem sei o que dizer!
http://ocartel.blogspot.com/2008/03/no-comment-whatsoever.html
Março 19, 2008 at 11:31 pm
Março 19, 2008 at 11:33 pm
Meu caro Paulo,
Este é um discurso vazio de substância, bem ao estilo do primeiro dela. Usam as palavras sem qualquer sentido ou propriedade. Parecem falar apenas pelo prazer de se ouvirem, com ênfases absurdas, num discurso de tipo publicitário rasca. Sabe o quer me faz lembrar? As acções de condicionamento “social” descritas no Admirável Mundo Novo – uma parvoíce repetida até à exaustão vence qualquer réstea de inteligência crítica.
Desejo-lhe uma Santa Páscoa, verdadeiramente redentora.
Março 19, 2008 at 11:53 pm
A tentativa da repetição constante de algo absurdo ou falso, de forma a transformar uma mentira numa “verdade” é uma perversão da liberdade de opinião. Uma das formas que o Sócrates tem para se imiscuir a responder a certas questões é: a minha opinião é diferente, logo, isso não é verdade! A verdade é muitas vezes escondida e perdida no meio do jogo de palavras, e só quem sabe e quem tem conhecimento da realidade, a consegue vislumbrar no meio daquela diarreia verbal.
Março 20, 2008 at 12:00 am
Que ninguém tenha dúvidas que o “maestro” é Sócrates. Ela é marioneta.
Março 20, 2008 at 12:09 am
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V. Excia – evidentemente com autorização governamental – anda atulhado na vidinha, com pouca vibração para a avaliação do vizinho(a), tosse com frequência quando depara na TV com a Sra. Ministra da Avaliação ou o dr. Jorge Coelho? V. Excia – evidentemente com autorização governamental – recorre ao cardápio de moléstias quando sente afrontamentos e tonturas ao ouvir o sr. Albino Almeida falar dos “nossos filhos”, caindo em abatimento prolongado, que nem os banhos de mar o aproveitam? V. Excia – evidentemente com autorização governamental – corre ao cozimento de figos ou a um chá de sabugueiro, quando um calafrio irrompe por todo o seu corpo quando, em caridade cristã, ouve o sr. Valentim Loureiro fazer copiosos elogios à Sra. Ministra da Avaliação? V. Excia, que não frequenta as “moutas” da literatura nem ornamenta a livraria – evidentemente com autorização governamental – tem arremedos de manifesta coqueluche todas as 3ª feiras da semana, na prelecção do sr. M. Sousa Tavares, e corre a aplicar um chá da Índia ou mesmo um cataplasma de mostarda nos pés, para o desejado tratamento?
… então não hesite. Contra o cansaço doloroso, sono agitado, calafrios insidiosos ou insónia Cavaco Silva – em casa, no escritório ou na escola -, eis que chegou: “O Xarope São João – o melhor para a tosse, bronchites e constipações”. O único que não sugere comentários a V. Excia, aos comentadores e ao país. Compre já!
(Almocreve das Petas)
Março 20, 2008 at 1:20 am
Eu pensava que o “Porque sim!” era a pior forma de argumentar. Até que Lurdes Rodrigues me convenceu que há outra pior. Enuncia dois factos cuja descrição contenha uma palavra com um étimo comum, a um deles chama-lhe hipótese, ao outro tese, e Voilà! C’est tout. Se ninguém percebe o nexo lógico é porque está em jogo, na realidade, um argumento escondido: os deputados de certa bancada dispensaram-na da obrigação de pensar quando dirigisse a palavra ao parlamento. Esta era a única coisa que precisava ter dito para que todos a compreendessem, mesmo não concordando.
Março 20, 2008 at 1:32 am
Já descobri porque é que a ministra fala sempre de mãos postas.
Afinal, no íntimo ela está de facto rezando “Perdoai-me Senhor que eu não sei o que digo”
Março 20, 2008 at 1:56 am
E upa, então, já tão a ver?
Unido, não só o povo, mas grande até é o professor!
Março 20, 2008 at 8:43 am
Vídeo recomendado por comentário 5
Creio que o vídeo documenta bem a luta de classes dentro da sala de aula.
A autoridade do docente, anteriormente incontestatada, é agora claramente questionada pelos dominados e oprimidos, revelando assim uma grande vontade de mudança de paradigma.
O multiculturalismo está aí, com os alunos a saberem expôr os seus pontos de vista e as suas micro-racionalidades, num clima de emancipação que todos devemos saudar como o enterro da escola do passado.
Se a isto acrescentarmos a luta de classes ao nível da organização da própria escola, como o defende Vital Moreira, esse paladino da modernização e da liquidação dos privilégios dos docentes, temos um quadro brilhante construído ao longo dos últimos anos por sucessivos ministérios com a ajuda inexcedível dos sindicatos, terapeutas e cientistas da educação.
Viva a luta de classes!
Viva a escola emancipadora das minorias e dos oprimidos!
Março 20, 2008 at 10:46 am
Não se resolva a desigualdade social, antes pelo contrário, desvalorize-se( não tem sido este um argumento usado pelos professores para o insucesso escolar?).Vamos é tratar da desigualdade escolar.Atenção, desvalorize-se, a qualidade dos edifícios, isso é com ela e ela não está para isso. Vamos é tratar do funcionamento e da organização das escolas, que esses professores, esses grandes culpados, trataram de implementar essa grande desigualdade escolar. Inteligente esta equipa, assobia para o lado e continua a hostilizar os professores…enfim, a pior ministra que alguma vez podia ter sido nomeada.
Março 20, 2008 at 11:45 am
Quanto ao video, “apenas mais um caso de violência PONTUAL”….
que os alunos amavelmente colocaram na net..
Março 20, 2008 at 3:00 pm
Estou a imaginar a nossa ministra a responder ao disposto no video do comentário 5: «Não é relevante!»
Março 20, 2008 at 4:17 pm
Março 20, 2008 at 4:18 pm
Março 20, 2008 at 4:41 pm
http://nacionalistas.wordpress.com
Cumprimentos.