NO kosmografias diz-se que a sinistra apresentou hj o seu pedido de demissão.
E levanta o véu sb o possível sucessor(uma das hipóteses parece ser o Vital Moreira – vamos de mal a pior, como se previa)…
“(…) Mas, por mais que olhe, nesta viagem da ministra só vislumbro o naufrágio do barco da educação e uma tragédia que muito vai prejudicar o futuro deste país. Só consegui ver uma ministra já a afogar-se e todo um país a fazer-lhe já velório.”
Remeto ainda para este texto da Graça Pimental (publicado, originalmente, como comentário aqui) e para o comentário da Renda de Bilros.
Também eu estou doente e perdi o encanto por aquilo que já um dia me deu vida.
M.
P.S. Duvido que esta mulher se consiga olhar ao espelho sem que ele se parta …
Um relatório da insuspeita OCDE sobre a importância dos professores, (Teachers Matter, 2005) contrariando o que está a acontecer entre nós, adverte que: “Se os professores não forem activamente comprometidos na elaboração das políticas, as mudanças substanciais terão pouca possibilidade de ser aplicadas com êxito.” (p.16) Aqui reside o fracasso anunciado desta Política da Educação. Sérgio Niza in JL – educação (13 a 26 Fev 2008, pag 3)
Emídio Rangel foi dos mais insurrectos e malcriados alunos que passaram
pelo liceu Diogo Cão onde estudei, em Sá da Bandeira.
É pena não ser possível (será que é?!…) divulgar a ficha escolar
desse traste, pois lá deverão constar as faltas disciplinares e até
suspensões devidas a graves actos de indisciplina e falta de
educação..
Desde arrancar fios eléctricos, rasgar o livro de ponto e até partir o
quadro da aula, esse energúmeno fez de tudo!
Não deixa de ser irónico que um tipo com este curriculum tenha a
ousadia de opinar sobre educação e docência.
Maria Leonor Gundersen
—
Se repassares esta mensagem, por favor, lembra-te:
1. A Democracia, afinal, não é um dado adquirido;
2. As maiorias absolutas impedem as negociações.
Agradeço!
Toda a gente parece estar de acordo: é preciso pacificar o conflito aberto na Educação, pois nenhuma reforma no ensino é possível contra os professores. Ora, olhando para a realidade das últimas décadas, é fácil perceber que esta ideia não faz qualquer sentido. Todas as reformas na educação foram feitas contra os professores e a muito custo.
Trata-se de um sector profissional que tem vivido em contestação permanente desde sempre e onde se segue o princípio do “se há ministro sou contra”. As manifestações, as exigências de demissão, a resistência permanente à mínima alteração têm sido a regra e o dia–a-dia da 5 de Outubro. Daí também os vinte e três ministros que passaram pelo cargo. Todos, sem excepção, odiados e vilipendiados pelos professores e tantas vezes também pelos alunos. Lembram-se da Manuela Ferreira Leite?
Dirão que tal se deve a muita e casuística mudança. Cada ministro vem com as suas ideias frescas e vontade de deixar marca. O clima de instabilidade seria, portanto, a razão do mau feitio dos professores. É verdade em parte. Mas a origem dessa instabilidade está tanto no muito querer fazer como no nada deixar fazer. O sector vive uma desesperante incapacidade em realizar qualquer reforma de fundo, afogado em tanta contestação irracional e limitado à breve duração dos mandatos. A maioria dos vinte e três ministros não teve tempo para fazer nada de relevante. A rua deitou-os abaixo antes disso.
Chegados aqui põe-se portanto a questão: será a actual mais uma meia reforma por medo das manifestações? Ou, pelo contrário, por uma vez, consegue-se concretizar uma mudança fundamental para a melhoria do nosso sistema de ensino, mesmo, e como sempre, contra os professores? Afinal trata-se de decidir o que deve prevalecer? O interesse do País, da escola pública e o futuro dos nossos jovens ou o apaziguamento temporário de uma classe que vive em estado de convulsão praticamente desde o 25 de Abril?
Outra ideia curiosa foi recentemente desenvolvida por Jorge Coelho ao exigir que Menezes organize o PSD e faça uma melhor oposição. É aliás comum para quem está no governo dizer que gostaria de ter uma boa oposição. O que não passa obviamente de uma figura de estilo. Pondo de lado o cinismo, o comentário para mais passa ao lado da realidade. Os dois partidos de governo sofrem de uma doença crónica. Quando estão no poder pensam que é para sempre, quando passam para a oposição ficam a remoer o mau perder. Daí que, enquanto partidos e em qualquer das situações, nunca fazem o que devem. O tempo de governo seria excelente para reformar o partido; o tempo de oposição daria folga para se repensar o País e elaborar propostas alternativas. Nunca nada disto acontece. Veja-se, por exemplo, como o PS, que com Sócrates tem empreendido uma política corajosa de modernização de Portugal, não se moderniza a si próprio. O PS é uma cabeça muito avançada num corpo antiquado. No dia em que for derrotado dá de imediato entrada nos cuidados intensivos. É fatal.
Assim, em vez de estudar e elaborar a sua visão do futuro, o PSD está na fase do frenesim. Toda a gente parece ter uma ideia para derrotar o PS, mas ninguém apresenta qualquer proposta para fazer avançar o País. Não há tempo. O PSD nunca se conformou com o afastamento humilhante de Santana Lopes e subsequente derrota eleitoral. Desde esse dia só pensa numa única coisa e não é, como bem sabe Jorge Coelho, fazer uma boa oposição e apresentar boas propostas, mas sim como voltar a ser governo. Depressa e em força.
Daí a guerrilha interna. Num determinado momento Menezes parecia ser o homem capaz de conduzir o PSD à vitória. Mas uma vez conquistado o posto de chefe supremo deu-lhe para o ziguezague, ensaiando variadas posturas, lançando muita ideia vaga e avulsa sobre tudo e alguma coisa sem que se veja nem nexo nem destino. Um dia é populista, no seguinte homem de estado. Um dia fala de mais, no outro fica calado. Um dia diz uma coisa, no outro o seu contrário. Ninguém o entende. Ele mesmo tem dúvidas sobre se está preparado, como aliás faz questão de afirmar em revelação cândida.
Acresce a isto que todos aqueles que se julgam mais capazes do que Menezes e que, na altura certa, se resguardaram para melhores dias, pensam agora que Sócrates pode ser vencido já nas próximas eleições. Vêem muita gente na rua, muita agitação sindical e acham que está na hora. Por isso são muitos os que se agitam nas cadeiras e nos telejornais, apresentando agora como grande novidade crítica o Menezes incapaz e provinciano que eles conhecem desde sempre, mas deixaram chegar onde chegou. Em suma, o grande assunto político do momento no PSD não é como fazer boa oposição, mas sim saber como é que se envia Menezes de volta para Gaia.
É disto que se faz muita da política de hoje. Bailados.”
Sobre o comentário 1, dizem que há muito tempo foi feito o requerimento, com indeferimento por razões que todos sabem, aquelas que só não vê quem for cego e só não ouve quem for surdo.
Sernancelhe: Professores demitiram-se de Assembleia do agrupamento de escolas
19 de Março de 2008, 17:59
Viseu, 19 Mar (Lusa) – Os seis professores que integravam a Assembleia do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe demitiram-se por considerarem que o seu projecto tinha “uma morte mais ou menos anunciada” com o novo diploma sobre gestão escolar.
José Amaral, professor que ocupava o cargo de primeiro secretário da Assembleia, disse hoje à Agência Lusa que as demissões foram apresentadas numa reunião terça-feira à noite.
“Foi uma decisão pensada, tomada e a Assembleia deixou de ter quórum suficiente para funcionar”, explicou, acrescentando que três dos seis professores ocupavam os cargos de presidente, primeiro e segundo secretários da Assembleia.
O projecto de decreto de lei sobre autonomia, gestão e administração escolar prevê a criação de um Conselho Geral que, na opinião dos professores, porá em causa o projecto que iniciaram.
“O projecto em que nos revíamos tem uma morte mais ou menos anunciada, uma vez que vai ser constituído um novo órgão que é o Conselho Geral”, lamentou.
Segundo José Amaral, além das competências habituais das Assembleias, a de Sernancelhe pretendia dar “uma maior visibilidade ao agrupamento, fomentando novas actividades”.
“Neste momento, sabemos que não temos condições para fazer isso, porque, por mais projectos que façamos, logo que o Presidente da República promulgue o decreto de lei seremos destituídos”, justificou.
O professor sublinhou que, assim sendo, “o projecto neste momento não tinha razão de ser”, sendo a demissão “uma forma despegada de mostrar que os professores gostariam de lhe dar continuidade, mas colocam o lugar à disposição”.
Contactada pela Lusa, a presidente do agrupamento remeteu esclarecimentos para os membros da Assembleia.
Isto é vergonhoso.
Espero que amanhã passe em todas as televisões.
Ainda bem que “as queridas crianças” começam a filmar o desrespeito com que tratam os professores dentro para que isto se saiba em todos os gabinetes, casas, lojas, paragens de autocarro, etc.
Uns amores, estes alunos.
Gestão Democrática, impossibilidade das escolas expulsarem alunos, dá nisto!!!
O actual CE dessa escola, eleito este ano, tem tentado levantar a escola, que caiu a pique nos últimos anos
Trata-se do Carolina Michaelis, já foi uma grande escola, sucessivos CEs incompetentes ao qual se juntou a tentativa da administração educativa de a encerrar, transformaram-na por completo, de escola de elites passou a escola de miúdos de bairro.
Cara Olinda, o nome dessa grande escola CAROLINA MICHAELIS só sairá prejudicado se tal tiver visibilidade pública.
A única vantagem seria contribuir para que o Estatuto do Aluno entrasse em vigor.
Mostrem o vídeo, pois claro.
Sobre a ministra: boato ou não?
É que se não fosse boato, eu ia já para a rua……
Se é boato infundado, é chato.
Ainda por cima, a senhora fez anos.
David Justino acha que professores já aceitam a avaliação
Sandra Brazinha
O ex-ministro da Educação, David Justino, actual assessor do presidente da República, considera positivo o facto de os professores já aceitarem ser avaliados, apesar de não concordarem com o modelo escolhido pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
“Quererem outra avaliação já é um passo que se deu em frente nos últimos cinco anos”, afirmou anteontem à noite o professor, referindo que durante a sua governação os sindicatos não aceitavam sequer começar a rever o Estatuto da Carreira Docente.
“Não vou fazer nenhum comentário sobre a actual situação”, afiançou ainda assim David Justino, durante um debate promovido pela JSD de Almada sobre o futuro da educação em Portugal. A intenção, porém, não impediu de ter sido confrontado por vários docentes sobre o tema.
“Compreendo perfeitamente a angústia de quem vai no avião”, salientou o ministro da educação de Durão Barroso, respondendo a um dos professores da plateia que comparou o actual sistema com um avião desgovernado em que os passageiros estão todos contra o piloto. “Eventualmente posso ajudar o controlador de voo”, afirmou, garantindo que não quer ser o fantasma da actual ministra da Educação, acompanhando contudo a situação.
Docente há 32 anos, o ex-ministro frisou que para que os professores aceitem a reforma que está em curso é necessário que lhes seja explicado qual a meta a atingir. “Se nós não dizemos às pessoas onde é que elas vão, muitas delas não irão”, acentuou, no âmbito da analogia feita entre o sistema educativo e um avião.
Na opinião de David Justino, o futuro da educação em Portugal passa obrigatoriamente por uma maior autonomia das escolas. “Não há ninguém que não seja a favor da autonomia”, frisou, mostrando-se esperançado que “essa autonomia se traduza numa melhor gestão dos recursos humanos das escolas”. “Claro que isso pressupõe mais responsabilidades”, realçou, dizendo que no futuro as escolas terão de adequar os seus currículos às características locais.
Com o intuito de se alcançar a busca pela excelência, Justino defendeu também que as escolas terão de ensinar a pensar, ser cada vez mais diversas, abertas à comunidade, competitivas e cooperantes.”
A questão é que há muita gente a querer “ajudar”, ou seja, seja a pôr o avião em piloto automático.
(Eu tinha de meter esta do piloto automático desse lá por onde desse…)
Estas situações são recorrentes desde os tempos em que eu era aluno e passava metade da vida como delegado de Turma em Conselhos Disciplinares.
Em 30 anos uma coisa não mudou: a tentativa de, apesar de tudo, muitos professores e não só justificarem estas vergonhas.
O que mudou: a legislação ao longo dos anos 90 foi-se tornando cada vez mais permissiva e a imagem do professor mais desautorizada.
Algumas evoluções positivas (revisão do Estatuto do Aluno em 2002) nos últimos anos não chegaram.
Esta equipa ministerial ainda fez muito pior ao apontar o dedo aos docentes de uma forma vergonhosa.
Como é que isto consegue andar: muitos de nós aprendemos enquanto alunos a lidar com isto e mantivemos técnicas de defesa por vezes eficazes contra estas situações.
Como?
Não é bom desenvolver.
Quem escolhe a carreira de professor já sabe que vai ter de lidar com adolescentes, seres conturbados por definição, e por isso deve ter alguma tolerância e capacidade de diálogo. Ora o que está a acontecer cada vez mais são situações intoleráveis que atentam contra a dignidade humana dos professores e dos alunos. Quando não há autoridade instala-se a lei da selva, a lei do mais forte. O ministério deveria aprovar legislação que controle efectivamente o uso de “telemóveis” nas escolas. Não basta dizer que os alunos não os podem usar nas aulas, ou que os devem ter desligados. A legislação para ser eficaz deve ser clara e prever punições. De contrario, a manter-se este laxismo, deixa de fazer sentido tentar ensinar ou aprender.
Esta pode ser uma boa Banda Sonora Original(ou OST) da luta dos professores…
Vale a pena dar uma saltad, nem que seja pelo sentimento de nostalgia e companheirismo que se viveu nesse dia.
Março 19, 2008 at 11:28 pm
NO kosmografias diz-se que a sinistra apresentou hj o seu pedido de demissão.
E levanta o véu sb o possível sucessor(uma das hipóteses parece ser o Vital Moreira – vamos de mal a pior, como se previa)…
Março 20, 2008 at 12:03 am
In,
http://www.sinistraministra.blogspot.com/
Kaos em O Naufrágio da Educação
“(…) Mas, por mais que olhe, nesta viagem da ministra só vislumbro o naufrágio do barco da educação e uma tragédia que muito vai prejudicar o futuro deste país. Só consegui ver uma ministra já a afogar-se e todo um país a fazer-lhe já velório.”
Remeto ainda para este texto da Graça Pimental (publicado, originalmente, como comentário aqui) e para o comentário da Renda de Bilros.
Também eu estou doente e perdi o encanto por aquilo que já um dia me deu vida.
M.
P.S. Duvido que esta mulher se consiga olhar ao espelho sem que ele se parta …
Março 20, 2008 at 12:15 am
Um relatório da insuspeita OCDE sobre a importância dos professores, (Teachers Matter, 2005) contrariando o que está a acontecer entre nós, adverte que: “Se os professores não forem activamente comprometidos na elaboração das políticas, as mudanças substanciais terão pouca possibilidade de ser aplicadas com êxito.” (p.16) Aqui reside o fracasso anunciado desta Política da Educação. Sérgio Niza in JL – educação (13 a 26 Fev 2008, pag 3)
Março 20, 2008 at 12:15 am
e-mail tal equal o recebi:
Colegas
Emídio Rangel foi dos mais insurrectos e malcriados alunos que passaram
pelo liceu Diogo Cão onde estudei, em Sá da Bandeira.
É pena não ser possível (será que é?!…) divulgar a ficha escolar
desse traste, pois lá deverão constar as faltas disciplinares e até
suspensões devidas a graves actos de indisciplina e falta de
educação..
Desde arrancar fios eléctricos, rasgar o livro de ponto e até partir o
quadro da aula, esse energúmeno fez de tudo!
Não deixa de ser irónico que um tipo com este curriculum tenha a
ousadia de opinar sobre educação e docência.
Maria Leonor Gundersen
—
Se repassares esta mensagem, por favor, lembra-te:
1. A Democracia, afinal, não é um dado adquirido;
2. As maiorias absolutas impedem as negociações.
Agradeço!
Nuno Pereira
—
Cumpts,
Lídia Mendes
http://geopensar.blogspot.com/
Março 20, 2008 at 12:24 am
A Total Pouca Vergonha! Professores a contrato “coagidos” a assinar documento em escolas. Aqui.
http://ramiromarques.blogspot.com/2008/03/contratados-coagidos-ssinarem.html
Março 20, 2008 at 12:24 am
“Leonel Moura
Boa oposição
leonel.moura@mail.telepac.pt
Toda a gente parece estar de acordo: é preciso pacificar o conflito aberto na Educação, pois nenhuma reforma no ensino é possível contra os professores. Ora, olhando para a realidade das últimas décadas, é fácil perceber que esta ideia não faz qualquer sentido. Todas as reformas na educação foram feitas contra os professores e a muito custo.
Trata-se de um sector profissional que tem vivido em contestação permanente desde sempre e onde se segue o princípio do “se há ministro sou contra”. As manifestações, as exigências de demissão, a resistência permanente à mínima alteração têm sido a regra e o dia–a-dia da 5 de Outubro. Daí também os vinte e três ministros que passaram pelo cargo. Todos, sem excepção, odiados e vilipendiados pelos professores e tantas vezes também pelos alunos. Lembram-se da Manuela Ferreira Leite?
Dirão que tal se deve a muita e casuística mudança. Cada ministro vem com as suas ideias frescas e vontade de deixar marca. O clima de instabilidade seria, portanto, a razão do mau feitio dos professores. É verdade em parte. Mas a origem dessa instabilidade está tanto no muito querer fazer como no nada deixar fazer. O sector vive uma desesperante incapacidade em realizar qualquer reforma de fundo, afogado em tanta contestação irracional e limitado à breve duração dos mandatos. A maioria dos vinte e três ministros não teve tempo para fazer nada de relevante. A rua deitou-os abaixo antes disso.
Chegados aqui põe-se portanto a questão: será a actual mais uma meia reforma por medo das manifestações? Ou, pelo contrário, por uma vez, consegue-se concretizar uma mudança fundamental para a melhoria do nosso sistema de ensino, mesmo, e como sempre, contra os professores? Afinal trata-se de decidir o que deve prevalecer? O interesse do País, da escola pública e o futuro dos nossos jovens ou o apaziguamento temporário de uma classe que vive em estado de convulsão praticamente desde o 25 de Abril?
Outra ideia curiosa foi recentemente desenvolvida por Jorge Coelho ao exigir que Menezes organize o PSD e faça uma melhor oposição. É aliás comum para quem está no governo dizer que gostaria de ter uma boa oposição. O que não passa obviamente de uma figura de estilo. Pondo de lado o cinismo, o comentário para mais passa ao lado da realidade. Os dois partidos de governo sofrem de uma doença crónica. Quando estão no poder pensam que é para sempre, quando passam para a oposição ficam a remoer o mau perder. Daí que, enquanto partidos e em qualquer das situações, nunca fazem o que devem. O tempo de governo seria excelente para reformar o partido; o tempo de oposição daria folga para se repensar o País e elaborar propostas alternativas. Nunca nada disto acontece. Veja-se, por exemplo, como o PS, que com Sócrates tem empreendido uma política corajosa de modernização de Portugal, não se moderniza a si próprio. O PS é uma cabeça muito avançada num corpo antiquado. No dia em que for derrotado dá de imediato entrada nos cuidados intensivos. É fatal.
Assim, em vez de estudar e elaborar a sua visão do futuro, o PSD está na fase do frenesim. Toda a gente parece ter uma ideia para derrotar o PS, mas ninguém apresenta qualquer proposta para fazer avançar o País. Não há tempo. O PSD nunca se conformou com o afastamento humilhante de Santana Lopes e subsequente derrota eleitoral. Desde esse dia só pensa numa única coisa e não é, como bem sabe Jorge Coelho, fazer uma boa oposição e apresentar boas propostas, mas sim como voltar a ser governo. Depressa e em força.
Daí a guerrilha interna. Num determinado momento Menezes parecia ser o homem capaz de conduzir o PSD à vitória. Mas uma vez conquistado o posto de chefe supremo deu-lhe para o ziguezague, ensaiando variadas posturas, lançando muita ideia vaga e avulsa sobre tudo e alguma coisa sem que se veja nem nexo nem destino. Um dia é populista, no seguinte homem de estado. Um dia fala de mais, no outro fica calado. Um dia diz uma coisa, no outro o seu contrário. Ninguém o entende. Ele mesmo tem dúvidas sobre se está preparado, como aliás faz questão de afirmar em revelação cândida.
Acresce a isto que todos aqueles que se julgam mais capazes do que Menezes e que, na altura certa, se resguardaram para melhores dias, pensam agora que Sócrates pode ser vencido já nas próximas eleições. Vêem muita gente na rua, muita agitação sindical e acham que está na hora. Por isso são muitos os que se agitam nas cadeiras e nos telejornais, apresentando agora como grande novidade crítica o Menezes incapaz e provinciano que eles conhecem desde sempre, mas deixaram chegar onde chegou. Em suma, o grande assunto político do momento no PSD não é como fazer boa oposição, mas sim saber como é que se envia Menezes de volta para Gaia.
É disto que se faz muita da política de hoje. Bailados.”
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=313686
Março 20, 2008 at 12:26 am
Sobre o comentário 1, dizem que há muito tempo foi feito o requerimento, com indeferimento por razões que todos sabem, aquelas que só não vê quem for cego e só não ouve quem for surdo.
Março 20, 2008 at 12:34 am
Sernancelhe: Professores demitiram-se de Assembleia do agrupamento de escolas
19 de Março de 2008, 17:59
Viseu, 19 Mar (Lusa) – Os seis professores que integravam a Assembleia do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe demitiram-se por considerarem que o seu projecto tinha “uma morte mais ou menos anunciada” com o novo diploma sobre gestão escolar.
José Amaral, professor que ocupava o cargo de primeiro secretário da Assembleia, disse hoje à Agência Lusa que as demissões foram apresentadas numa reunião terça-feira à noite.
“Foi uma decisão pensada, tomada e a Assembleia deixou de ter quórum suficiente para funcionar”, explicou, acrescentando que três dos seis professores ocupavam os cargos de presidente, primeiro e segundo secretários da Assembleia.
O projecto de decreto de lei sobre autonomia, gestão e administração escolar prevê a criação de um Conselho Geral que, na opinião dos professores, porá em causa o projecto que iniciaram.
“O projecto em que nos revíamos tem uma morte mais ou menos anunciada, uma vez que vai ser constituído um novo órgão que é o Conselho Geral”, lamentou.
Segundo José Amaral, além das competências habituais das Assembleias, a de Sernancelhe pretendia dar “uma maior visibilidade ao agrupamento, fomentando novas actividades”.
“Neste momento, sabemos que não temos condições para fazer isso, porque, por mais projectos que façamos, logo que o Presidente da República promulgue o decreto de lei seremos destituídos”, justificou.
O professor sublinhou que, assim sendo, “o projecto neste momento não tinha razão de ser”, sendo a demissão “uma forma despegada de mostrar que os professores gostariam de lhe dar continuidade, mas colocam o lugar à disposição”.
Contactada pela Lusa, a presidente do agrupamento remeteu esclarecimentos para os membros da Assembleia.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/575988a361801b3ac57088.html
Março 20, 2008 at 12:46 am
Um exemplo para muita gente. Parabéns.
Março 20, 2008 at 1:10 am
Paulo
Se puderes publica este vídeo:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=333843&tema=29
Março 20, 2008 at 1:15 am
Ao fim de três anos no governo, Maria de Lurdes Rodrigues conseguiu este resultado!
Março 20, 2008 at 1:34 am
Isto é vergonhoso.
Espero que amanhã passe em todas as televisões.
Ainda bem que “as queridas crianças” começam a filmar o desrespeito com que tratam os professores dentro para que isto se saiba em todos os gabinetes, casas, lojas, paragens de autocarro, etc.
Uns amores, estes alunos.
Março 20, 2008 at 2:07 am
Gestão Democrática, impossibilidade das escolas expulsarem alunos, dá nisto!!!
O actual CE dessa escola, eleito este ano, tem tentado levantar a escola, que caiu a pique nos últimos anos
Trata-se do Carolina Michaelis, já foi uma grande escola, sucessivos CEs incompetentes ao qual se juntou a tentativa da administração educativa de a encerrar, transformaram-na por completo, de escola de elites passou a escola de miúdos de bairro.
Cara Olinda, o nome dessa grande escola CAROLINA MICHAELIS só sairá prejudicado se tal tiver visibilidade pública.
A única vantagem seria contribuir para que o Estatuto do Aluno entrasse em vigor.
Março 20, 2008 at 2:10 am
A única vantagem seria contribuir para que o Estatuto do Aluno não entrasse em vigor.
Março 20, 2008 at 2:19 am
Mostrem o vídeo, pois claro.
Sobre a ministra: boato ou não?
É que se não fosse boato, eu ia já para a rua……
Se é boato infundado, é chato.
Ainda por cima, a senhora fez anos.
Março 20, 2008 at 2:24 am
Sobre a Escola em causa:
Março 20, 2008 at 2:26 am
Outro assunto,
“Assessor de Cavaco disposto a ajudar na Educação
David Justino acha que professores já aceitam a avaliação
Sandra Brazinha
O ex-ministro da Educação, David Justino, actual assessor do presidente da República, considera positivo o facto de os professores já aceitarem ser avaliados, apesar de não concordarem com o modelo escolhido pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
“Quererem outra avaliação já é um passo que se deu em frente nos últimos cinco anos”, afirmou anteontem à noite o professor, referindo que durante a sua governação os sindicatos não aceitavam sequer começar a rever o Estatuto da Carreira Docente.
“Não vou fazer nenhum comentário sobre a actual situação”, afiançou ainda assim David Justino, durante um debate promovido pela JSD de Almada sobre o futuro da educação em Portugal. A intenção, porém, não impediu de ter sido confrontado por vários docentes sobre o tema.
“Compreendo perfeitamente a angústia de quem vai no avião”, salientou o ministro da educação de Durão Barroso, respondendo a um dos professores da plateia que comparou o actual sistema com um avião desgovernado em que os passageiros estão todos contra o piloto. “Eventualmente posso ajudar o controlador de voo”, afirmou, garantindo que não quer ser o fantasma da actual ministra da Educação, acompanhando contudo a situação.
Docente há 32 anos, o ex-ministro frisou que para que os professores aceitem a reforma que está em curso é necessário que lhes seja explicado qual a meta a atingir. “Se nós não dizemos às pessoas onde é que elas vão, muitas delas não irão”, acentuou, no âmbito da analogia feita entre o sistema educativo e um avião.
Na opinião de David Justino, o futuro da educação em Portugal passa obrigatoriamente por uma maior autonomia das escolas. “Não há ninguém que não seja a favor da autonomia”, frisou, mostrando-se esperançado que “essa autonomia se traduza numa melhor gestão dos recursos humanos das escolas”. “Claro que isso pressupõe mais responsabilidades”, realçou, dizendo que no futuro as escolas terão de adequar os seus currículos às características locais.
Com o intuito de se alcançar a busca pela excelência, Justino defendeu também que as escolas terão de ensinar a pensar, ser cada vez mais diversas, abertas à comunidade, competitivas e cooperantes.”
http://jn.sapo.pt/2008/03/20/nacional/assessor_cavaco_disposto_a_ajudar_ed.html
Março 20, 2008 at 2:28 am
Quanto ao vídeo, o que me choca também é que nenhum aluno ou aluna daquela turma tivesse os piercings no sítio para fazer qualquer coisa.
Março 20, 2008 at 2:33 am
A questão é que há muita gente a querer “ajudar”, ou seja, seja a pôr o avião em piloto automático.
(Eu tinha de meter esta do piloto automático desse lá por onde desse…)
Março 20, 2008 at 2:45 am
Aqui fica mais m*rd* do que se passa na nalgumas turmas:
Março 20, 2008 at 2:51 am
Isto passou-se na escola onde fui aluno.
Março 20, 2008 at 3:10 am
Mas, felizmente, a maioria dos alunos, não são como as bestas dos vídeos anteriores.
Março 20, 2008 at 3:14 am
Em Itália:
Março 20, 2008 at 4:35 am
O nosso dever é bombardear a comunicação social com estes tipos de vídeos. Eu já comecei a enviá-los para as televisões.
Março 20, 2008 at 10:42 am
Estas situações são recorrentes desde os tempos em que eu era aluno e passava metade da vida como delegado de Turma em Conselhos Disciplinares.
Em 30 anos uma coisa não mudou: a tentativa de, apesar de tudo, muitos professores e não só justificarem estas vergonhas.
O que mudou: a legislação ao longo dos anos 90 foi-se tornando cada vez mais permissiva e a imagem do professor mais desautorizada.
Algumas evoluções positivas (revisão do Estatuto do Aluno em 2002) nos últimos anos não chegaram.
Esta equipa ministerial ainda fez muito pior ao apontar o dedo aos docentes de uma forma vergonhosa.
Como é que isto consegue andar: muitos de nós aprendemos enquanto alunos a lidar com isto e mantivemos técnicas de defesa por vezes eficazes contra estas situações.
Como?
Não é bom desenvolver.
Março 20, 2008 at 10:52 am
Quem escolhe a carreira de professor já sabe que vai ter de lidar com adolescentes, seres conturbados por definição, e por isso deve ter alguma tolerância e capacidade de diálogo. Ora o que está a acontecer cada vez mais são situações intoleráveis que atentam contra a dignidade humana dos professores e dos alunos. Quando não há autoridade instala-se a lei da selva, a lei do mais forte. O ministério deveria aprovar legislação que controle efectivamente o uso de “telemóveis” nas escolas. Não basta dizer que os alunos não os podem usar nas aulas, ou que os devem ter desligados. A legislação para ser eficaz deve ser clara e prever punições. De contrario, a manter-se este laxismo, deixa de fazer sentido tentar ensinar ou aprender.
Março 20, 2008 at 3:11 pm
Esta pode ser uma boa Banda Sonora Original(ou OST) da luta dos professores…
Vale a pena dar uma saltad, nem que seja pelo sentimento de nostalgia e companheirismo que se viveu nesse dia.
http://br.youtube.com/watch?v=QZl3U0Cd6HY
Um abraço para todos os colegas da luta (no bom sentido, claro)!
João Francisco
Março 20, 2008 at 3:33 pm
já houve aqui um comentário sobre os 7 vídeos que colocámos no início da semana com exemplos dos Estados Unidos.
http://educarparaosmedia.blogspot.com