Posto ou não posto as minhas 3 páginas de fama efémera no Notícias Magazine?
- Questões de modéstia? Talvez, mas falsa (sou tão vaidoso como qualquer outro que diga que não).
- Questões de pudor? Algumas.
- Questões de defesa do consumidor do blogue? Certamente!!!
Entretanto, os mais curiosos poderão ir à Sinistra Ministra que a Moriae fez-me a folha e postou tudo.
Março 16, 2008 at 7:56 pm
Já lá fui ler e gostei muito. Parabéns ao Paulo e à gata que o inspira para estas escritas.
Março 16, 2008 at 8:00 pm
Ora leiam… retirado dum blog do jornal SOL. Será que a Ministra não percebe isto?
(…)
Dito isto, também é necessário adiantar que não pode ignorar--se uma manifestação que juntou 100 mil pessoas em Lisboa.
É inútil não querer ver que isto revela a existência, entre os professores, de um sentimento de profundo mal-estar e revolta.
Que não terá que ver apenas com esta reforma.
Mesmo não havendo consciência disso, um descontentamento tão grande tem necessariamente que ver com o exercício da profissão, com o ambiente que se vive nas escolas, com as situações de violência psicológica e física a que os professores são sujeitos, com as manifestações de indisciplina, com a falta de aproveitamento dos alunos.
Todos estes factores provocam desânimo, frustração e desmotivação.
A reforma terá sido, assim, apenas a gota de água.
O pretexto que fez despoletar o descontentamento.
Até porque os professores ter--se-ão sentido, de certa forma, tratados pelo Governo como bodes expiatórios dos defeitos apontados ao sistema educativo.
Como co-responsáveis pelo insucesso de um sistema de ensino do qual, no fim de contas, se consideram também vítimas.
Ora é impossível fazer reformas no ensino sem a colaboração dos professores.
Pela simples razão de que são eles que terão de as pôr em prática.
O sucesso de uma reforma passa, obrigatoriamente, pelo empenhamento dos professores.
Se, no limite, é possível mudar as leis laborais sem o acordo dos trabalhadores (porque quem vai aplicar a lei não são os trabalhadores mas os patrões), não é possível mudar a escola sem o acordo dos professores.
Sem professores motivados, realizados e acreditando no seu trabalho, o ensino não mudará.
Março 16, 2008 at 8:02 pm
Penso que o Paulo já perdeu tempo, não publicando, e elevou o número de acessos na “Sinistra Ministra”. Já fiz um comentário à entrevista, mais atrás, mas volto a repetir que está de parabéns.
Março 16, 2008 at 8:10 pm
Mais uma vez destaca-se a sobriedade das suas palavras. Parabéns, Paulo!
Março 16, 2008 at 8:11 pm
Esta é para ti guinote em homenegem ao entrevistado do dia:
Março 16, 2008 at 8:17 pm
Parabéns! Gostei mesmo muito. Como não posso deixar um fio de seda até aqui… (que Umbigo mais envergonhado!) teci um até à Sinistra Ministra 😛 🙂
Março 16, 2008 at 8:21 pm
eu li na revista, a própria.
parabéns pelo que diz e pela coragem.
e, já agora, pelo bichano!
Março 16, 2008 at 8:39 pm
Parabéns, Paulo.
Março 16, 2008 at 8:43 pm
“A solução para o impasse é simples: o alvo da indignação deve ser transferido da ministra para o primeiro-ministro José Sócrates.
Tal como no caso das políticas do Ministério da Saúde, só quando as populações começaram a manifestar o seu descontentamento a José Sócrates é que este decidiu substituir o ministro Correia de Campos e suavizar a política de lock-out de hospitais e centros de saúde. Se os professores deixarem de atacar politicamente a ministra para passar a contestar o primeiro-ministro é que esta será demitida e a política mudada. Imediatamente.
Sócrates é moralmente frágil e, por isso, apesar da fugaz teimosia colérica, não aguenta apupos.”
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
Março 16, 2008 at 8:45 pm
Esta “caixa de papel” é dedicada ao Paulo:
http://www.scribd.com/people/view/347254-liberdade
Março 16, 2008 at 9:07 pm
Paulo gostei da entrevista penso que é um digno representante da classe docente contra a asneirada e maledicência dos comentadores encartados.
o Paulo esta mais gordinho em relação aos tempos da FCSH
Março 16, 2008 at 9:10 pm
Dedicado aos “100.000″ unidos! – independentemente do clube:
Março 16, 2008 at 9:17 pm
É verdade, Maria [comentário]! Sabe, sou uma felizarda por ter amigos assim 🙂 no fundo, elevam-me o ego! aliás, no dia em que o Paulo aceitou o convite e passou a integrar a equipa da sinistra Ministra o blogue ganhou qualidade a todos os níveis!
Não é para todos 😉
Paulo, o Abnoxio tb colocou a tua foto 🙂 eheh
Março 16, 2008 at 9:27 pm
Moriae:
Concordo consigo. É por isso que o “Sinistra Ministra” está, há algum tempo, nos meus favoritos.
Março 16, 2008 at 9:30 pm
Boa entrevista Paulo!
(e o teu escritório/biblioteca é quase tão desarrumado como o nosso aqui em casa, ehehe. Mas isto de ser professor é o que dá. Sempre em formação, sempre à procura de mais informação. Uma vez um (ex) aluno que veio cá a casa buscar livros, olhou para a “biblioteca” e disse : – ehhhhh, podiam ter um BMW …)
Março 16, 2008 at 9:57 pm
Francisco, eu estou bastante mais gordinho do que na FCSH, mais exactamente 16-18 quilos, quase um por cada ano desde que saí de lá.
Quando me dizem que é necessário manter a linha, eu anuo e digo que a minha linha é curva.
Mas eu já penso fazer uma maldade à entrevista e à imagem do escritório.
É só ter tempo para perceber mais de dois comandos do Photoshop.
😛
Março 16, 2008 at 10:02 pm
Consegui vislumbrar o livro “The Dictators” de Richard Overy, bem como uns quantos livrinhos de ficção-científica da colecção Argonauta, lá atrás naquelas prateleiras bem preenchidas.
Por isso (também) não admira que consiga manter um nível tão elevado de racionalidade e de clarividência nas análises e comentários.
Pedindo desculpa pelo meu voyeurismo (mas quem expõe o domínio privado tem de estar preparado) envio-lhe os meus sinceros parabéns.
Março 16, 2008 at 10:08 pm
LOL! Gostei do detalhe ‘dois comandos’!
Depois ensinas ao pessoal, Paulo? 🙂
Março 16, 2008 at 10:14 pm
Eu saí de casa para ir comprar o jornal mas estava esgotado. Teriam sido comprados por professores?
Já fui à Sinistra ler e quero-lhe dar os parabéns.
Março 16, 2008 at 10:15 pm
parabéns pela entrevista: coragem, sensatez e lucidez, tal como aqui. Agora com rosto.
Março 16, 2008 at 10:28 pm
Como encarregado de educação tenho que reconhecer que eta é a Melhor Ministra de Educação desde o 25 de Abril.
É preciso melhorar a Escola Pública. Importa avaliar desempenhos para distinguir os melhores!
Março 16, 2008 at 10:33 pm
O Silva deve andar apaixonado, só nos fala da sua querida. Ok, já sabemos, o amor é louco, blá, blá, blá.
Março 16, 2008 at 10:34 pm
Ó trabalhador, já percebemos!!!! Só precisa de dizer um vez… nÃO SOMOS BURROS…PERCEBEMOS À PRIMEIRA… se não gosta de nós…. saia daqui..não vamos sentir a sua falta…
Março 16, 2008 at 10:41 pm
Parabéns mais uma vez e muito prazer em conhecer! Cruzámo-nos certamente lá na FCSH a partir de 84/85… Eu sou das literaturas…
É bom que os jornais dêem a voz aos professores em vez de a darem só os treinadores de bancada!
Março 16, 2008 at 10:41 pm
Paulo,
A vaidade é uma linda qualidade mas quando degenera torna-se um dos piores defeitos. O português tem por (pessimo) habito dizer mal. Não tem por (salutar) habito dizer bem, elogiar. Mas eu tenho. Gosto de elogiar o valor, a coragem, o discernimento, a cultura, o rasgar de horizontes. O ser efectivamente “lusitano, de boa cepa”. Bondoso e pachorento. Lúcido. Paciente. Nervoso. Culto. Universalista.
Ok. O que tens revelado ser!
Vamos em frente. Para a frente é o caminho.
Obrigada por me estares a acolher tão “bem” na tua “casa”. (risos!)
Março 16, 2008 at 10:42 pm
..
Março 16, 2008 at 10:46 pm
Confesso que ainda não li a entrevista, Paulo. É que o fim-de-semana foi demasiado curto… Sabes o que me ficou na retina depois da reportagem da Moriae? Foi o teu aspecto… robusto 😉 de fazer inveja aos jogadores do meu glorioso ;o)) hummmm… ainda não tinha pensado nessa estória do ego…
Março 16, 2008 at 10:48 pm
Confesso que estava à espera de propostas tendentes à melhoria da Escola Pública mas, salvo honrosas excepções, o que aqui se escreve está ao nível da argumentação político-sindical. Sobre a avaliação? Somos contra! Somos todos iguais?! Não, O que faz falta é introduzir incentivos à melhoria do desempenho. Há excelentes professores que muitas vezes ouvem “bocas” do tipo “depois ganhas uma medalha de cortiça”. Há que diferenciar e aprender com que sabe mais. O Benchmarking é um bom instrumento de melhoria de desempenho.
Um país´em que se fala mais nos direitos que nos deveres é um pais que hipoteca o seu futuro. Os professores – alguns professores – deram um mau exemplo ao país.
Março 16, 2008 at 10:48 pm
Paulo, foi uma alegria vê-lo hoje no Diário de Notícias. Força!
Março 16, 2008 at 10:49 pm
…
Março 16, 2008 at 10:54 pm
Trabalhador escreve:
O que faz falta é introduzir incentivos à melhoria do desempenho.
Mas esse não é o discurso da sua amada Ministra?
Não é isso que ela afirma?
Março 16, 2008 at 10:58 pm
Não fique indiferente a este apelo!
PORTUGAL E A EDUCAÇÃO PRECISAM DE SI !!!
***MUITO URGENTE!!!***
Se apagar esta mensagem, é porque não tem coração.
Por favor, leia e ajude.
Um Comando Guerrilheiro raptou a Excelentíssima Ministra da Educação,
a ‘Senhoras Maria de Lurdes Rodrigues.
Este comando pede 1 milhão de Euros pela sua libertação.
Se isto não for cumprido em 24 horas, vão banhá-la com combustível e queimá-la viva.
Estamos a organizar uma colecta e necessitamos MESMO da sua ajuda.
Veja o que conseguimos até agora:
-580 litros de gasolina Aditivada;
-320 litros de gasolina Premium;
-125 litros de diesel;175 de gasolina convencional;
-38 caixas de fósforos;
-21 isqueiros.
Não mandem álcool, pois o mesmo pode ser consumido pela raptada.
Aceitam-se também botijas de gás.
Reenvia, com urgência, a 10 pessoas.
Se não reenviares esta mensagem e quebrares a cadeia
do apelo, terríveis> coisas poderão suceder.
Por exemplo, toda a tua família poderá ser obrigada a dar aulas para o resto da eternidade.
Se enviares a 1 pessoa, a ministra chamuscará um dedo.
Se enviares a 2 amigos, queimará a mão direita.
Se enviares a 3, escaldar-lhe-ão os pés.
Se mandares a 5 pessoas, esturrar-lhe-ão a mão esquerda, o buço e as trombas.
Se enviares a 6 ou mais pessoas, conseguirás um grelhado à maneira.
Se ultrapassares as 10 pessoas, arderá no inferno para todo o sempre.
Não desistas. Juntos vamos conseguir
Março 16, 2008 at 10:59 pm
As pessoas devem ser compensadas de acordo cm o contributo que dão para os resultados que se alncançam que devem estar em linha com os objectivos definidos.
Parece-me qe a existência de um instrumento de acompanhamento seria facilitador, tipo Balanced Scorecard.
O Paulo, não concorda que se devem diferenciar desempenhos?
Março 16, 2008 at 11:05 pm
Sim, e…?
Só que os alunos não são parafusos, que se fazem mais ou menos.
Estou até bastante à vontade, com turmas complicadas estou habituado a ter bons resultados mesmo na avaliação externa.
E daí?
Já leu bem a minha proposta de progressão na carreira.
Sei que aos sindicatos não deverá agradar excessivamente.
E a si?
Deu-se ao trabalho?
Março 16, 2008 at 11:06 pm
Adorei as legendas Paulo! Impressionante, colega!
Nota invisível 1 [’tás a ver??? – Colega, era um tratamento algo dúbio mas a partir de agora, já não é!!!]
Nota invisível 1.1 [Sairá, obviamente, menos vezes da minha boca ou teclado ;)]
Março 16, 2008 at 11:10 pm
Malta o computador do Paulo tá cansado de tanto postar vamos oferecer computador novo ao Paulo cada um de nós dá 2,50 X 1000 visitantes por dia dá para comparar uma big machine
Março 16, 2008 at 11:15 pm
Um conjunto de ideias interessantes cuja exequibilidade não está garantida. Um contributo importante para uma discussão séria, reconheço.
Os alunos não são parafusos é certo mas tal como nas fábricas as escolas têm recursos escassos. mporta fazer uma gestão cuidada. Acaso saberá por quanto fica cada aluno do Secundário ao Estado que o msmo é dizer aos nossos impostos. Temos aqui um “trade off” que não é fácil resolver. Será que mais dinheiro, desaguará em melhor educação? Não estou sefguro disso e o passado recente parece confirmar que não.
Março 16, 2008 at 11:17 pm
Mas se calhar o Paulo aproveitou a “oferta generosa” do nosso 1º e como são dois profs lá em casa, até encomendou dois!!!
Março 16, 2008 at 11:17 pm
Eu já fui comprar o jornal e já li. Mesmo assim, Paulo, ficou muito muito por dizer… Eu não consigo é perceber por que razão não deram os outros colegas a cara… Não consigo encaixar essa ideia de medo! E não me conformo…
Paulo, mais uma vez, muitos parabéns pela integridade e coerência de todas as suas posições!
Março 16, 2008 at 11:21 pm
Os professores têm legítimas críticas às mudanças que o Ministério está a promover. Afinal perdem alguns direitos e regalias que era dados por adquiridos. A questão é, no entanto, saber se para o país algum mal estar dos professores não é compensado pela melhoria da qualidade dos resultados da nossa escola. Estou em crer que a maioria do povo pensa que sim. Afinal a escola respeito a todos nós.
Março 16, 2008 at 11:23 pm
O “Trabalhador da Silva” tem uma imagem da Escola em que os alunos são unica e exclusivamente formatados na Escola! Raciocínio habitual de quem desconhece a educação!
Num estudo que se fez na minha Escola para uma tese de doutoramento, constatatou-se que o factor principal de sucesso dos alunos, tome atenção, “Trabalhador da Silva” é a partcipação dos pais na vida escolar dos filhos! Sem pais não há educação que aguente! Obviamente existem alunos que progridem, mas são raras excepções!
Março 16, 2008 at 11:25 pm
Pedro,
Subscrevo o que disse, afinal os pais são “stakeholders” da escola. Explique entãp p.f. a resistência de alguns professores à participação dos paias e à possibilidade de contribuirem, ainda que de modo modesto, para a avaliação dos professores?
Março 16, 2008 at 11:27 pm
Não acha “Trabalhador da Silva” que alguns pais não deveriam ser sancionados com multas, como se faz no sistema Inglês, medida de um ídolo do Senhor Sócrates, Tony Blair, por negligenciarem a educação dos filhos?
Março 16, 2008 at 11:27 pm
Sabe dizer-me por quanto fica um aluno ao estado no termo do 9º ano de escolaridade?
Acredita que nós temos a mais alta taxa de reprovação da UE nestes níveis?
Encontra alguma explicação para o facto?
Março 16, 2008 at 11:27 pm
Ó trabalhador, mas acha, acredita que haverá alguma reforma que surta efeito, se os principais actores (os professores) estiverem contra? Ora pense lá bem!!! Poderia haver dúvidas que eram poucos os que estavam contra, conforme queriam fazer passar, mas depois do 8 de Março…. só não vê, quem não quer ver!!!! E se nós não acreditamos nesta reforma, como vai melhorar “a qualidade dos resultados da nossa escola”- como o sr diz!!!
Março 16, 2008 at 11:28 pm
A ideia parece-me bem. Os pais devem ser corresponsabilizados pela formação dos filhos. Concordo.
Março 16, 2008 at 11:34 pm
Estão contra muitos, concordo. Mas as razõs são as mais variadas. Uns estão contra porque são actvistas do “agitprop”, outros estão contra porque queriam progressão fácil, outros estão contra porque têm receios das mudanças, outros estão contra porque não se sentem capazes de avaliar, outros estão contra porque vai “acabar o facilistmo” e uns tantos estão contra porque t~em uma outra ideia de processo de avaliação de desempenho. Penos, no entanto, que a maioria QUE É COMPETENTE reconhece a necessidade de mudar o estado de coisas e diferenciar desempenhos.
Críticas diveras que abrandarão à medida que avançar o processo. Basta introduzir o critério de “só progride quem é avaliado e tem nota em conformidade..” que as coisas avançam. saber de experiência feito. Já estive no ensino público, agora estou numa empresa privada. Definir objectivos serve para alinhar as pessoas. A avaliação contribui para melhorias de desempenho.
Março 16, 2008 at 11:35 pm
E os alunos que chegam à escola cheios de fome, com falta de materiais e falta de cuidados de higiene?
Sr. Silva acha que podem ter sucesso?
A culpa desse insucesso é dos professores?
Olhe que ainda temos uma grande percentagem destes casos.
Março 16, 2008 at 11:38 pm
Senhor ” Trabalhador da Silva ” , eu como director de turma atendi um ilustre magistrado, a pedir-me ajuda, para educar o seu filho, porque, não conseguia fazer nada com ele!
Como é que eu posso educar um aluno, quando os pais, trabalham das 8 h da manhã até às 22 horas da noite e a única atenção (suborno) é darem ao filho 40 euros diariamente! Acha que este jovem com 40 euros no bolso, irá alguma vez estudar? E até não me posso queixar, porque a minha Escola é uma Escola de classe média!
Março 16, 2008 at 11:39 pm
Enorme percentagem … parte-me o coração. E às vezes, os telemóveis 3g não faltam! É triste…
Março 16, 2008 at 11:39 pm
Cada vez maior, Olinda.Mas os crentes pensam que avaliando professores de qualquer forma se resolve o problema.
Março 16, 2008 at 11:40 pm
Trabalhador da silva, se ler bem os comentários que por aqui abundam não encontrará, certamente, nem um que se manifeste contra uma necessidade urgente de mudança no estado de coisas. Mas, caramba!, que seja uma mudança para melhor! Reformar para pior, mais vale que fique tudo como está. Ora, quem está no terreno, os professores, estão fartos de sucessivas mudanças que, como você muito bem diz, em nada têm contribuído para melhjorar o ensino e a aprendizagem.
Março 16, 2008 at 11:40 pm
Olinda,
É verdade, pois, mas não é tão mau como nos anos 80 ou 90. A quse totalidade das crianças do 1º ciclo tem uma refeição quente. Há 5 anos não tinham. Temoa de nos orgulhar do que tem sido feito. Hoje quase metade dos jovens acaba a escolaridade ao nível do 12º ano. Em 2000 eram apenas 35%.
Março 16, 2008 at 11:44 pm
Mudanças, mudanças, mudanças…tivemos 20 Ministros de Educação em 34 anos de democracia. Algum levou algum projecto até ao fim? Se sim diga-me qual, p.f..
Ninguém gosta de perder direitos e “todos concordamos com as mudanças desde que não cheguem a mim”. è, a meu ver, o que se está a passar.
Na Finlândia os professores são muito prestigiados. Cada vaga que abre para professor concorrem cerca de 40, apenas entra um. Acha que em Portugal foi esse o critério de escolha?
Março 16, 2008 at 11:44 pm
Não tenha ilusões!!!! Com este tipo de avaliação, os “maus professores” (porque existem, como existem maus médicos, maus advogados, maus políticos) continuarão a sê-lo e não pense que será fácil saírem do sistema, e os bons profissionais, a maioria, felizmente, continuarão também a sê-lo, mas mais desmotivados, alguns deles porventura poderão sair porque estão perto da reforma e não aguentam toda esta trapalhada porque o que um bom professor quer é ENSINAR, não é afogar-se em papéis, como esta reforma propõe…
Março 16, 2008 at 11:46 pm
Têm sim uma refeição quente.Uma necessidade básica satisfeita e?
E estarem londe todo dia de casa das 7.30 às 19 que dará a «estes filhos da escola»?
Isto sim preocupa-me!
Março 16, 2008 at 11:48 pm
… todas as mudanças arrstam papeis…e est não é diferente. Muito papelada, com a agravante muitos directores(as) de Departamento sem qualidade para o lugar…e com mais receio que os avaliados. Mas esses estão nesses lugares porque não existia um processo de avaliação rigoroso. Se existisse não teriam chegado onde chegaram. Os mais novos e mais capazes é que ´têm sido vítimas deste sistema e ganharão com o reforço de exigência.
Março 16, 2008 at 11:50 pm
..não será esse período mas se não têm condiçõs em casa melhor será estarem na escola. Não acha? Na finlândia os alunos pouco estudam em casa, estão bastante tempo na escola mas com actividades diversas.
Se estiverem muito tempo na escola sem mais…é mau.
Março 16, 2008 at 11:52 pm
Obrigado pela partilha de opiniões. Preocupa-me o futuro da escola. Alguns comportamentos menos próprios de alguns (poucos) professores deixam-me apreensivo. Serão estes que andam a educar os nossos?
Março 16, 2008 at 11:53 pm
Exmª Srª Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, por favor DEMITA-SE!
Petição online:
http://www.petitiononline.com/demissao/
Março 16, 2008 at 11:53 pm
Não, Não acho. Esquece que a crianças pequenas faz muita falta mimo? E esse não escasseia…
Março 16, 2008 at 11:55 pm
Trabalhador da Silva o problema do nosso país é existir uma central em Lisboa que desenha a regra e esquadro a vida na Escola! É a chamada “Engenharia Social”. Faz-se uma reforma! Muda o ministro do mesmo governo, e passado 1 ano outra reforma! Vem outro Secretário de Estado e …. , que tal, umas disciplinas de Estudo Acompanhado e Área de Projecto, vem outro ministro…, está tudo mal, e …..
Sabe a educação não é visível, não é como a construção de uma ponte, ou a construção dum túnel, então como se diz em linguagem futebolística todos arriscam uns palpites a olhómetro. O resultado está a vista!
Na Finlândia as Escolas têm uma enorme autonomia, o saber é feito da experiência de cada escola! E o resultado está à vista!
Março 16, 2008 at 11:55 pm
E na finlandia estão em casa, com as mães , até aos 7 anos, sabia?
Março 16, 2008 at 11:59 pm
Caro Pedro,
Subscrevo o que disse.
Cara umaprof,
Sabe que a educação de infância é decisiva na construção do indíviduo. O que somos é, em garnde parte, determinado dos 3 aos 6 anos.
Sou defensor da Educação de Infância para todos! A medida emblemática do Guterres. Se não houvess jardins de Inf. muita criança pasaria fome e não teria atenção e carinho.
Março 17, 2008 at 12:00 am
Parece-me é que algumas pessoas tentam aproveitar politicamente os receios dos professores…Mas os professores não são parvos!
Março 17, 2008 at 12:01 am
.
Março 17, 2008 at 12:02 am
Sabe que na Finlandia não é obrigatória?
As crianças, a maior parte, ficam em casa:)
Os programas de tv são pensados para elas .
Já reparou que rovavelmente investimos ao contrário?
Março 17, 2008 at 12:06 am
Por mais que castiguem os professores, se os alunos não estudarem, não há sucesso que cresça!
E até agora não ouvi uma única voz (de todos os comentadores/opinadores/governantes) dizer que esta é uma condição necessária para o sucesso.
Pode ser muito banal, mas o único local onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário!
Só oiço dizer que não trabalhamos…. aos alunos pede-se nada! Até se inventam umas coisas mais do que estranhas chamadas “provas de recuperação” para aqueles que, como diz a ministra, preferirem passar umas tardes na praia ou ir de férias com os pais… ainda me hão-de explicar como é que uma prova recupera.
Março 17, 2008 at 12:10 am
Ensaio sobre a Cegueira..
Algures na Finlândia…
Dormindo profundamente, sonhei que resolver os problemas do meu país passava por avaliar todas as instituições – desde empresas, passando por hospitais, até tribunais … só assim seria possível transformar a minha querida pátria…
Num repente, o sonho parou nas escolas, essas “fábricas” de insucesso. A disciplina impera, as turmas são de pequena dimensão, os alunos têm sede de aprender e transpiram cultura escolar por cada poro, os recursos materiais abundam, existe um psicólogo e professor da educação especial por escola, os professores têm apenas um nível e duas turmas… como é possível todo este insucesso? O problema deve estar neles! Vou avaliá-los. Só assim posso estimulá-los, insuflar-lhes a força anímica que necessitam;
Para os ajudar no percurso, vou – sem preconceito ideológico – dar-lhes de “borla” a ajuda das autarquias, exemplos de rigor neste país do sol da meia-noite. O futuro encarregar-se-á de provar que – sem preconceito ideológico – tinha razão!
Acordei… estava em Portugal!
Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara
Março 17, 2008 at 12:10 am
No que me diz respeito, post57, sou coordenadora de dpart. porque o ME quis poupar dinheiro. Elegemos o prof. com mais carisma e qualificação, mas quando tiveram que pagar para este desempenhar as funções, a DREn ordenou que o executivo nomeasse o prof. que estivesse no escalão mais alto. E eu como profissional consciente das minhas limitações estou muito preocupada. E vem a ministra a público dizer que valoriza profissionalismo e a autonomia. TRETAS!!!
Março 17, 2008 at 12:14 am
e mais… Maria Lisboa… como é possível que um aluno chegue ao 10ºano sempre com nível negativo a Português ou a Matemática desde o 5º ano? Sabia, sr Silva que isto é possível? Isto é inadmissível!!!! Temos culpa disto? Porque é que ninguém fala disto? Isto é sucesso?
Março 17, 2008 at 12:16 am
Sr. trabalhador da Silva e afins
Acordei no país das maravilhas em 2023!
Já não havia Estado!
Os meninos ricos tinham todos excelentes classificações nos colégios privados(respeitando o excelente trabalho de muitos colégios da actualidade) e o resto era uma escumalha, uma ralé em vias de extinção!
A Escola que antes tinha sido pública e que agora era a escola dos desgraçados, que ainda havia no ultraliberal estado sustentado por algumas empresas mais ricas das autarquias estava a terminar.
Agora já quase nem havia Estado. Esse abominável Estado!
As companhias de seguros(não menosprezando a sua importância actual) tinham substituído o Estado!
Essa escola pública, que em 2013 recebeu todos os alunos com deficiências profundas(dado que desvalorizaram por completo o excelente trabalho de inclusão e integração das Cercis),conseguiu mandar para a reforma 123.000 professores(que não aguentaram e fujiram a pouco e pouco para clínicas psiquiátricas, sanatórios e lares de terceira idade), pois agora em 2023 havia apenas 20.000 iluminados professores titulares e ensino por computador, ecrãs interactivos e todo o material do mais avançado para substituir o ser humano.
Até já se recorria a sms-interactivo entre aluno, encarregado de educação e professor!
Bem haja Sr. Silva! Estamos no Estado que Jeorge Orwell previu para 1984 e no qual desembocámos em 2023.
Março 17, 2008 at 12:20 am
Trabalhador,
Palavras suas: «outros estão contra porque vai “acabar o facilitismo”».
Acredita mesmo que se pretende, com a legislação que saiu, acabar com o facilitismo? Como? Onde?
Não será exactamente o contrário???
Março 17, 2008 at 12:35 am
Tá óptimo, Paulo, tá bom mesmo, muito bom!
E melhor ainda, de seguida, é a continuação na aposta desta marcha dos professores, deste entusiasmo, para que não esmoreçam, não se sintam sós como se sentiram já muitas vezes, durante esses anos de humilhação tremenda, que parece que não havia sms nem a educação deste umbigo, a par de outras vozes…
Porque foi preciso tomarem consciência de grupo, da sua união em força. Belo trabalho o seu de agregação da voz de muitos profs, no blog, há muito, mais do que esse da excelente quão fugaz entrevista, cuja imagem conforta.
Mas o blog é que está, como diria o PdaC, um espectáculo. Continua lá a guiar, então, Paulo, este barco, que é um regalo. Obrigado. E, olha, boa aí c’os testes, que te não custe a classificar como é uso.
Março 17, 2008 at 12:47 am
Exactamente, L&L
e também não sabem que, até não há muito tempo, os alunos podiam passar “cortados” em todas as disciplinas desde que mostrassem capacidades.
E se não aconteceu o caos foi porque, na maioria das escolas, os professores, indo contra as normas dos diferentes ME que defenderam esta loucura, determinaram que alunos com mais de 3 disciplinas negativas não passariam.
Mas se calhar é por isso mesmo que somos responsáveis pelo insucesso… se os tivessemos passado todos, como eles queriam, tinhamos óptimas estatísticas. Muitos ignorantes, mas isso não tem wqualquer importância… são politica e socialmente muito mais governáveis!
Ou será que o insucesso vem de, de acordo com os normativos, os alunos não teram que aprender nada… a não ser revelar competências (a nova terminologia para capacidades)?
Março 17, 2008 at 1:54 am
Paulo, venho atrasada porque só agora pude ler o artigo todo. Parabéns. (E adorei a desarrumação do seu escritório 😉 )
Março 17, 2008 at 6:13 am
Em matéria de desarrumação, ganho. Neste momento tenho mais livros do que sítio para os arrumar. Invejo as tuas prateleiras. Isto virou o caos absoluto… mas como gasto o dinheiro todo em livros para estudar… não posso comprar uma casa nova! 🙂
Março 17, 2008 at 10:44 am
E eu como tu, Teresa.
Porque do lado contrário a situação não melhora nada.
Março 17, 2008 at 3:14 pm
Gostei da entrevista, de ler os comentarios, gostei do debate que aqui se estabeleceu…mas e o Trabalhador da Silva ficou cansado de argumentar ou está mais esclarecido?!
Já deu aulas na Escola Pública?
Em que ano?
Deve ter sido muito pouco tempo pela forma como fala dos professores na generalidade…
Concordo plenamente com a Educação de Infância para todos, mas gratuita…vá por ai por essas aldeias ver a quantidade de padres que mantêm creches e jardins de Infância com subsidios de estado e depois esses mesmos subsidios não são aplicados nas instituições… depois é vê-los ir de férias para a Tailândia e outros destinos…o mais engraçado é que quando realizamos inspecções se elaboram os relatórios e os ditos ficam encalhados nos gabinetes da 5 de Outubro…pois é…
Vá saber quantos jardins de Infância publicos se fecham todos os anos lectivos…
Março 17, 2008 at 5:00 pm
Cá para mim, o Trabalhador da Silva, não conseguiu que alguém o formatasse, ou lhe desse uma cassete,enquanto esteve no Ensino Público.
Por isso,mudou-se para o sector privado, onde pode dar largas à sua imaginação…
Mas, lá que tem saudades do Ensino Público, ai isso tem….
Por isso, gosta tanto de vir até aqui?!
É por isso, que o Umbigo está de parabéns.
Março 17, 2008 at 5:45 pm
E, já agora, por favor, Trabalhador da Silva, esclareça lá, o que é, para si, uma Escola?
O lugar e o tempo para “servir uma refeição quente aos alunos do 1º ciclo”, para lavar/limpar as cabeças das crianças que as trazem de casa cheia de piolhos, para ensinar a apertar os cordões, a lavar os dentes, a não comer “Bolicaos”, a estar sentado numa cadeira,etc,etc?
Ou o lugar e o tempo para aprender que vivem num país que se chama Portugal, que Lisboa é a capital, para aprender a ler e a escrever, para aprender as tabuadas e as operaçõs, etc, etc?
Março 17, 2008 at 10:46 pm
Sr. Trabalhador Silva: diga-me por favor, o que faz na vida?
Março 17, 2008 at 10:47 pm
Parabéns pelo blog e pela maravilhosa foto que espelha muito bem a casa de todos nós! (Ainda o meu marido reclama que tenho a mesa da sala desarrumada! É que a escrivaninha já nem me atrevo a abrir!)
Os meus sinceros parabéns
Abril 6, 2008 at 9:20 pm
[…] No meu caso apenas espero que aquilo que é feito para me tentar desmoralizar melhore de qualidade, caramba. Eu consigo gozar melhor comigo mesmo do que vocês, conforme se percebe neste post. […]