DESCOBRI este blogue por acaso e não me arrependo nada de o ter adicionado nos meus favoritos,tal como muitos colegas,sei pensar por mim,sem precisar de influencias,o que faz com que este blogue continue nos meus favoritos…..e quanto ao texto aprender a sério acho que muita GENTE PRECISAVA URGENTEMENTE de aprender muita mas muita coisa…….
Sempre considerei os pais aliados, talvez porque também sou mãe ou talvez porque trabalho no ensino especial e é impossível alcançar determinados objectivos sem cumplicidade destes. É uma questão de respeito mútuo.
Dixit a propósito da principal missão da escola: “transmitir conhecimento”
Quando alguém remete a escola a esta missão, certamente está de acordo com a maioria daqueles que acham que a culpa do estado da EDUCAÇÃO em Portugal é dos pais – ou melhor paizinhos.
É incrivel como os senhores professores concordam e aplaudem: certamente são daqueles que entendem que os seus pares não sabem avaliar! Pois se os avaliarem nunca mais mudam de escalão!!!!!!
E estas “mamãs” devem ser daquelas que despejam os seus filhos na escola para ir às compras ao shoping ou beber um cházinho no estabelecimento da moda lá do bairro. Os Pais que se preocupam com a Educação dos seus filhos defendem que os senhores professores devem ser o complemento da educação que dão aos seus filhos e não uns transmissores de conhecimento: para isso qualquer computador ligado à internet é melhor por ser mais completo.
1- A questão da avaliação não é redutora, como alguns treinadores de bancada pouco documentados querem fazer crer, não se trata de “pares não saberem avaliar”, mas sim de os professores não serem penalizados se alguns alunos não estudarem, se deixarem de ir à escola com o consentimento dos pais ou ainda a questão de algum “par” de Geografia avaliar um “par” de Matemática, matéria da qual nada entende,é assim que tudo está organizado, caso o anterior comentador o desconheça (estou certa que sim);
2- As “mamãs” que defendem não serem as escolas depósitos, são as que têm noção que a presença dos pais na educação dos filhos é prioritária e talvez tenham consciência de que um horário flexível de trabalho com uma boa parte da tarde liberta para acompanharem os filhos, como sucede em países mais desenvolvidos, será um melhor alicerce do que deixar miúdos em escolas a abarrotar (porque as que eram humanizadas já encerraram as portas, por não serem financeiramente viáveis): especialistas competentes na prevenção da toxicodependência defendem pequenas escolas;
3- Concordo com a ideia de não serem os professores “meros transmissores de conhecimento” e os alunos também reconhecem e valorizam esses professores, excepto em meios muito problemáticos, há que não generalizar. Mesmo em casos complexos, ainda se verifica algum reconhecimento por parte das crianças e dos jovens mais negligenciados;
4- Como alguém já afirmou, criou-se a ideia de que a escola é um espaço multiusos (mesmo sem psicólogo nem assistente social) onde se deverá dar resposta a problemas sócio-familiares a fim de se eximir o estado de responsabilidades na área da segurança social. O irrisório (ou triste) é que já há docentes a acompanhar miúdos a consultas no Centro de Saúde ou a trazer para as aulas de EF champô anti-parasitário, deverão ser estes exemplos que alguns governantes defendem (dá jeito e poupa aborrecimentos), dado que a ministra elogiou os docentes que vão a casa dos alunos. A mim parece-me uma confusão de papéis. Não sei se foi anedota ou realidade uma antiga crónica de J.Alberto Quaresma que mencionava um telefonema de uma mãe a uma directora de turma, pedindo-lhe que fosse acordar o filho que faltava sistematicamente à 1ª aula da manhã e só a professora conseguia exercer autoridade…
O que o seu par, e reconheço alguma possível ignorância, ao contrário da sua classe que aparece como a única defensora do saber e das técnicas de transmissão do mesmo, o que o seu par irá avaliar não será o conteúdo das aulas de Matemática sendo professor de Filosofia, mas a metodologia que utiliza. A sua prosa leva-nos (leitores e não magestático)a concluir que não será capaz de “ver” se o seu colega está a conduzir bem a sua aula se o assunto não for do seu âmbito académico! Isso não é defender os colegas . É mostrar a verdade daquilo, que a manifestação que tão bem realizaram omitiu e encobriu: os professores são os piores inimigos deles próprios e esta pretensa união não passa de uma máscara sindical com que se quer encobrir uma realidade facilmente visivel a quem frequenta a escola; as intrigas entre pares, mesmo em orgãos de gestão das escolas são tão notórios que não é raro encontrar membros de uma mesma área falar mal dos colegas que leccionam, noutras turmas, a mesma matéria. A menos que seja uma estratégia , o que torna a coisa ainda mais maquiavélica: pensando bem, assim sempre se arranjam mais uns explicandos, pagos a peso de muitos euros para as horas extra curriculares, né?
Na realidade, tem-se tão pouca formação pedagógica que não se reconhece ao colega de uma área diferente a possibilidade de “saber” avaliar a forma, que não o conteúdo das aulas.
Estamos de acordo que as salas são mal construídas, mal equipadas, superlotadas, o que não abona a qualificação da escola como de qualidade. O que não concordamos, embora sendo uma realidade traduzida na deficiente formação dos alunos e sua preparação para níveis académicos superiores, é que a maioria dos licenciados que opta pela via ensino, não tem vocação para tal e tendo-a não tem habilidade (essencial numa arte) para exercer tão nobre arte. E não concordamos porque os senhores professores são, a par dos médicos, a classe mais corporativista para os olhos da comunidade que lhes paga por via dos impostos que não entre eles mesmos onde são egocentristas, se menos como pessoas, mais como membros de uma determinada área científica, que tem sempre supremacia sobre as outras.
Compreendo, embora não concorde, com os motivos de luta dos sindicatos: estão mexendo no bolso de muita gente que tinha como adquiridos direitos que não mereceria. Afinal é para isso que os sindicatos existem. Já não compreendo, erro meu certamente, que muitos que nunca se interessaram por assuntos sindicais, não estando até inscritos, agora sejam, deixam que os usem como linha da frente de uma luta pseudo preocupativa (que palavrão!)mas que não passa de uma luta pelo conteúdo dos bolsos, ou, vá lá, da carteira ou conta bancária: sabendo “dar” aulas ou não o escalão é (era!) certo.
Senhores professores, a baixa preparação da maioria dos alunos para o Ensino superior, as altas taxas de abandono precoce da escola, as altissimas taxas de absentismo são fruto exclusivo das contingências de uma escola mal construída, de turmas superlotadas, da origem familiar e social dos alunos, do abandono dos pais que não se preocupam com a Educação dos filhos como é seu dever? certamente que haverá cota parte de envolvimento destes factores, mas não será tempo de, publicamente se reconhecer uma preparação técnico – pedagógica deficiente (mais pedagógica e menos técnica)? Porventura este reconhecimento não contribuiria para o estabelecimento de políticas de Educação mais eficientes, simples, abertas,baratas, em suma, melhores ( e que, concordamos, não são estas)?
Março 10, 2008 at 5:50 pm
DESCOBRI este blogue por acaso e não me arrependo nada de o ter adicionado nos meus favoritos,tal como muitos colegas,sei pensar por mim,sem precisar de influencias,o que faz com que este blogue continue nos meus favoritos…..e quanto ao texto aprender a sério acho que muita GENTE PRECISAVA URGENTEMENTE de aprender muita mas muita coisa…….
Março 10, 2008 at 5:53 pm
Paulo,
Enganou-se neste título.
Março 10, 2008 at 6:18 pm
Obviamente, como mãe, subscrevo na íntegra este texto.
Março 10, 2008 at 6:36 pm
Sempre considerei os pais aliados, talvez porque também sou mãe ou talvez porque trabalho no ensino especial e é impossível alcançar determinados objectivos sem cumplicidade destes. É uma questão de respeito mútuo.
Março 10, 2008 at 7:16 pm
Dixit a propósito da principal missão da escola: “transmitir conhecimento”
Quando alguém remete a escola a esta missão, certamente está de acordo com a maioria daqueles que acham que a culpa do estado da EDUCAÇÃO em Portugal é dos pais – ou melhor paizinhos.
É incrivel como os senhores professores concordam e aplaudem: certamente são daqueles que entendem que os seus pares não sabem avaliar! Pois se os avaliarem nunca mais mudam de escalão!!!!!!
E estas “mamãs” devem ser daquelas que despejam os seus filhos na escola para ir às compras ao shoping ou beber um cházinho no estabelecimento da moda lá do bairro. Os Pais que se preocupam com a Educação dos seus filhos defendem que os senhores professores devem ser o complemento da educação que dão aos seus filhos e não uns transmissores de conhecimento: para isso qualquer computador ligado à internet é melhor por ser mais completo.
Março 10, 2008 at 7:45 pm
Estes pais mostram que não delegam em ninguém as suas responsabilidades parentais.
São os maiores aliados dos professores e os mais gratos.
Março 10, 2008 at 7:55 pm
1- A questão da avaliação não é redutora, como alguns treinadores de bancada pouco documentados querem fazer crer, não se trata de “pares não saberem avaliar”, mas sim de os professores não serem penalizados se alguns alunos não estudarem, se deixarem de ir à escola com o consentimento dos pais ou ainda a questão de algum “par” de Geografia avaliar um “par” de Matemática, matéria da qual nada entende,é assim que tudo está organizado, caso o anterior comentador o desconheça (estou certa que sim);
2- As “mamãs” que defendem não serem as escolas depósitos, são as que têm noção que a presença dos pais na educação dos filhos é prioritária e talvez tenham consciência de que um horário flexível de trabalho com uma boa parte da tarde liberta para acompanharem os filhos, como sucede em países mais desenvolvidos, será um melhor alicerce do que deixar miúdos em escolas a abarrotar (porque as que eram humanizadas já encerraram as portas, por não serem financeiramente viáveis): especialistas competentes na prevenção da toxicodependência defendem pequenas escolas;
3- Concordo com a ideia de não serem os professores “meros transmissores de conhecimento” e os alunos também reconhecem e valorizam esses professores, excepto em meios muito problemáticos, há que não generalizar. Mesmo em casos complexos, ainda se verifica algum reconhecimento por parte das crianças e dos jovens mais negligenciados;
4- Como alguém já afirmou, criou-se a ideia de que a escola é um espaço multiusos (mesmo sem psicólogo nem assistente social) onde se deverá dar resposta a problemas sócio-familiares a fim de se eximir o estado de responsabilidades na área da segurança social. O irrisório (ou triste) é que já há docentes a acompanhar miúdos a consultas no Centro de Saúde ou a trazer para as aulas de EF champô anti-parasitário, deverão ser estes exemplos que alguns governantes defendem (dá jeito e poupa aborrecimentos), dado que a ministra elogiou os docentes que vão a casa dos alunos. A mim parece-me uma confusão de papéis. Não sei se foi anedota ou realidade uma antiga crónica de J.Alberto Quaresma que mencionava um telefonema de uma mãe a uma directora de turma, pedindo-lhe que fosse acordar o filho que faltava sistematicamente à 1ª aula da manhã e só a professora conseguia exercer autoridade…
Março 13, 2008 at 1:38 am
O que o seu par, e reconheço alguma possível ignorância, ao contrário da sua classe que aparece como a única defensora do saber e das técnicas de transmissão do mesmo, o que o seu par irá avaliar não será o conteúdo das aulas de Matemática sendo professor de Filosofia, mas a metodologia que utiliza. A sua prosa leva-nos (leitores e não magestático)a concluir que não será capaz de “ver” se o seu colega está a conduzir bem a sua aula se o assunto não for do seu âmbito académico! Isso não é defender os colegas . É mostrar a verdade daquilo, que a manifestação que tão bem realizaram omitiu e encobriu: os professores são os piores inimigos deles próprios e esta pretensa união não passa de uma máscara sindical com que se quer encobrir uma realidade facilmente visivel a quem frequenta a escola; as intrigas entre pares, mesmo em orgãos de gestão das escolas são tão notórios que não é raro encontrar membros de uma mesma área falar mal dos colegas que leccionam, noutras turmas, a mesma matéria. A menos que seja uma estratégia , o que torna a coisa ainda mais maquiavélica: pensando bem, assim sempre se arranjam mais uns explicandos, pagos a peso de muitos euros para as horas extra curriculares, né?
Na realidade, tem-se tão pouca formação pedagógica que não se reconhece ao colega de uma área diferente a possibilidade de “saber” avaliar a forma, que não o conteúdo das aulas.
Estamos de acordo que as salas são mal construídas, mal equipadas, superlotadas, o que não abona a qualificação da escola como de qualidade. O que não concordamos, embora sendo uma realidade traduzida na deficiente formação dos alunos e sua preparação para níveis académicos superiores, é que a maioria dos licenciados que opta pela via ensino, não tem vocação para tal e tendo-a não tem habilidade (essencial numa arte) para exercer tão nobre arte. E não concordamos porque os senhores professores são, a par dos médicos, a classe mais corporativista para os olhos da comunidade que lhes paga por via dos impostos que não entre eles mesmos onde são egocentristas, se menos como pessoas, mais como membros de uma determinada área científica, que tem sempre supremacia sobre as outras.
Compreendo, embora não concorde, com os motivos de luta dos sindicatos: estão mexendo no bolso de muita gente que tinha como adquiridos direitos que não mereceria. Afinal é para isso que os sindicatos existem. Já não compreendo, erro meu certamente, que muitos que nunca se interessaram por assuntos sindicais, não estando até inscritos, agora sejam, deixam que os usem como linha da frente de uma luta pseudo preocupativa (que palavrão!)mas que não passa de uma luta pelo conteúdo dos bolsos, ou, vá lá, da carteira ou conta bancária: sabendo “dar” aulas ou não o escalão é (era!) certo.
Senhores professores, a baixa preparação da maioria dos alunos para o Ensino superior, as altas taxas de abandono precoce da escola, as altissimas taxas de absentismo são fruto exclusivo das contingências de uma escola mal construída, de turmas superlotadas, da origem familiar e social dos alunos, do abandono dos pais que não se preocupam com a Educação dos filhos como é seu dever? certamente que haverá cota parte de envolvimento destes factores, mas não será tempo de, publicamente se reconhecer uma preparação técnico – pedagógica deficiente (mais pedagógica e menos técnica)? Porventura este reconhecimento não contribuiria para o estabelecimento de políticas de Educação mais eficientes, simples, abertas,baratas, em suma, melhores ( e que, concordamos, não são estas)?