A assembleia de escola tinha uma maioria de 50 por cento, à partida, de professores e não docentes. Por isso, para os pais e os autarcas tanto valia ir como não ir. (Albino Almeida, Público, 7 de Março de 2008, p. 10)
Toda a entrevista suscitaria uma leitura que uma sexta-feira plena de trabalho não permite neste momento.
Mas fico desde já a saber duas coisas:
-
50% fazem uma maioria;
-
Quando não se está em maioria não vale a pena participar.
Se alguma coisa faltasse para demonstrar que há concepções de participação cívica diametralmente opostas às minhas, estas declarações são bem elucidativas. Pelos vistos a aposta é que, estando em minoria, os professores não apareçam no futuro Conselho Geral.
De qualquer modo, apesar da maioria de 50% poderia ser que alguns professores fossem susceptíveis ao encanto de caravelas douradas.
Março 7, 2008 at 5:42 pm
Bem observado sobre as concepções de participação cívica do presidente da CONFAP. A oportunidade da entrevista, na véspera da Marcha, deve entender-se em conexão com a entrevista de Judite de Sousa à ministra da Avaliação e com as idas da PSP às escolas. Mas são também indicadores de que já estão em fuga para a frente. Amanhã vamos ajudá-los a andar mais depressa.
Nestes dias, a determinação dos professores é aquela que expressam os versos de Joaquim Namorado:
Nada poderá deter-nos
Nada poderá vencer-nos
Março 7, 2008 at 6:00 pm
Sem comentários
Março 7, 2008 at 6:10 pm
Nada como a demonstração viva do conceito de Educação para a Cidadania!
Março 7, 2008 at 7:42 pm
O Albino Almeida tem de começar a ser contestado pelos Pais.
Urge criar um grupo de Pais que esteja do lado dos filhos, do interesse futuro dos filhos, em vez de estar do lado do oportunista Albino Almeida, que em troca de 155.000 faz tudo pela “sua ministra”.
Os professores também são pais e têm de agir com inteligência…
Acho que fui claro…
Março 7, 2008 at 10:00 pm
Mas a lógica do Albino não é a lógica aplicada do Sócrates e dos seus deputados que, por terem maioria, não ligam nenhuma às opiniões dos outros deputados e votam sempre sim às propostas do governo e não aos projectos apresentados pelos outros partidos, independentemente dos conteúdos?
Eu creio que o PS tem a postura dos pais e autarcas Albinos: porque diabo aparecem lá na AR os deputados da oposição se não podem aprovar nada?
Claro que estão a ganhar ordenadito que lhes faz falta.
Fosse a presença na AE paga com senhas e os Albinos não faltavam a nenhuma. Até os Presidentes de Câmara deixavam de se fazer substituir pelo 3.º secretário.
Março 7, 2008 at 10:24 pm
Pela mesma lógica aos professores também não vai interessar ir…Não sei se percebem a ideia!!!
Março 7, 2008 at 11:18 pm
Paulo, queres que eu intente uma providencia cautelar de suspensão das funções do gajo por manifesto excesso de cretinice ?…
Um abraço
Março 8, 2008 at 12:25 am
Amanhã a marcha deve ser silenciosa e nem sequer deviamos falar à comunicação social:
A jogada de Sócrates
Amanhã, a jogada de Sócrates será usar a comunicação social que está do lado dele para denegrir os professores.
Alguns jornalistas estarão especialmente atentos:
– a pequenos incidentes;
– a sinais de envolvimento partidário;
– a declarações à comunicação social de professores com pouca habilidade para dar entrevistas e que não saibam expressar com clareza os motivos por que ali estão;
– a comportamentos festivos de alguns professores distraídos ou despreocupados que em determinados momentos esqueçam a razão por que ali estão e a postura distinta que é exigível a um professor.
Esses jornalistas estão preparados para aproveitarem esses pormenores. E serão esses pequenos pormenores que passarão em alguns órgãos da comunicação social. Um repórter da Sic Notícias já ensaiou essa táctica a propósito de uma manifestação realizada numa cidade alentejana.
Alguns comentadores já começaram a ensaiar o discurso contra os professores: Vital Moreira, José Miguel Júdice, e outros que verão…
Até um comparsa da dita criatura dos tempos de certas lutas libertárias e anarquistas, com quem tem uma legalíssima traficância de serviços e de favores, veio em sua defesa.
Amanhã vai estar muita coisa em jogo: uma ministra, uma política, um governo.
Parte da eficácia do evento vai jogar-se na comunicação social, grande parte dela socratinizada…
Há que estar atento.
Mas principalmente, após a Manifestação, há que tomar a consciência de que, face a um Ministério da Educação irreversivelmente doente, com esta ou sem esta ministra, o destino da educação tem de estar nas mãos dos professores, que têm de ter consciência de que todas as doutrinas e filosofias ensaiadas nos últimos 40 anos mais não fizeram do que produzir as mais impreparadas gerações que tivemos em nove séculos de História numa visão comparada com o resto do mundo.
Tomar esta consciência talvez seja mais difícil do que depor uma ministra arrogante, prepotente, tirana e incompetente…
O Ministério da Educação não pode continuar a destruir Portugal, condenando os jovens portugueses a esta abjecta ignorância.
Essa tem de ser a grande luta dos professores. Contra essa luta só podem estar os medíocres para quem a escola é apenas uma mera secretaria emissora de diplomas mesmo que obtidos de forma duvidosa…
http://socratinice.blogspot.com/
Março 8, 2008 at 12:39 am
E porque será que há reuniões da CONFAP sem quorum? (consta do relatório que circulou e onde se apuraram as contas)