
Boa malha a notícia do encontro das Caldas na última página do Expresso de hoje.
Ainda mais importante vai ser conseguir acertar o registo da mensagem. Porque mesmo a imprensa «de referência» quer sangue a correr.
Se formos ver, as declarações dos promotores do encontro são umas, enquanto o título induz outras.
De qualquer modo, não podendo estar presente, é de meridiano bom senso não me alongar em considerandos.
Fevereiro 23, 2008 at 4:40 pm
O encontro já foi. Eu estive lá. A mensagem clara e bem referenciada, é que aquele movimento, não está contra nenhuma associação, nenhum sindicato nem nenhum outro movimento que tente travar esta loucura em que nos estão (M.E.) a envolver. Precisamos de convergir esforços, nunca fazê-los divergir!
Logo, o titulo da notícia mencionar que nós prof. que estivemos em Caldas somos contra os sindicatos, é de todo falso!
Fevereiro 23, 2008 at 6:31 pm
Apesar de também dizer “contra Governo”, ´MLR vai adorar esse título. E eu já esperava que títulos desses surgissem, não porque pense que correspondam ao desejo dos promotores do movimento, mas devido a um email que andou a circular, de um participante/aderente que apelava à comparência na reunião, mas que tecia as suas razões, entre as quais figuravam dois pontos de acusações aos sindicatos. Não reencaminhei esse email e já não o tenho (embora tenha manifestado aos que mo enviaram a minha opinião de que os referidos pontos agradariam muito a MLR se os lesse), mas já previa que fosse aproveitado.
Fevereiro 23, 2008 at 7:33 pm
Subscrevo o comentário 1 da Maria João- não existe qualquer coincidência entre este título e o cariz do encontro em que participámos hoje nas Caldas da Rainha.
Fevereiro 23, 2008 at 7:39 pm
É surpreendente o despudor com que certos títulos pretendem descredibilizar um movimento como aquele a que a notícia se refere! Alguém pretende que o sangue corra?
Desenganem-se aqueles que esperam que desta associação hoje criada, num registo de exercício de liberdade e de intervenção democrática, surjam sinais que promovam essa sangria.
Não, temos mais que fazer!
Fevereiro 23, 2008 at 9:08 pm
É uma pena que quem tem responsabilidade de informar o público seja tão descuidado, ou pouco competente.
Os professores que se reuniram hoje nas Caldas da Rainha e que com tantos outros colegas se manifestam nas escolas de todo o país estão contra o governo e as suas políticas públicas de educação.
Mas não estão contra os sindicatos nem contra as outras organizações profissionais. Porque somos todos professores. Se alguma coisa nos divide, neste momento há algo que nos une e é mais importante. Acabar com estas políticas que degradam a qualidade do ensino e humilham os professores que nas escolas e nas salas de aulas dão o melhor que sabem com as condições de trabalho exíguas que lhes são proporcionadas pela tutela e pelos delegados da tutela.
Fevereiro 23, 2008 at 9:21 pm
Eu sei disso, pois estive em contacto com parte dos organizadores, sei o que pensam, li o que escreveram.
Só que a tentação do sensacionalismo é grande.
Fevereiro 23, 2008 at 9:40 pm
Extraordinário
Uma notícia que revela a autonomia dos professores em relação aos sindicatos é encarada como uma prática de lesa-majestade e logo repudiada como mal intencionada e não desejada.
Nem sei se o autor do e-mail basfemo irá ser condenado por heresia, porque com as instituições sagradas não se brinca.
O que se pode constatar é o que PG declara:
O título é da responsabilidade do Jornal, em dissonância com o conteúdo cristalino e saudável que revela DESCONTENTAMENTO E AFASTAMENTO dos docentes em relação à praxis dos sindicatos.
Temo, por isso, que este magnífico movimento de verdadeira e genuína revolta acabe por se ajoelhar no altar da Autoridade Suprema da Representação Legítima dos Docentes, acabando por desperdiçar uma oportunidade de sacudir o garrote da burocracia sindical.
A persistência da crença na Redenção através da reunião do rebanho e da condenação dos “divisionistas”, continua a ter um grande peso no hemisfério esquerdo dos portugueses.
Fevereiro 23, 2008 at 9:53 pm
H5N1, não me parece que desta vez, apesar de «confluências», muita gente consiga ser conduzida de fora.
Basta ver como o Mário Nogueira apareceu a saudar o objectivo comum, mais do que outra coisa, não reclamando nada.
Se a Fenprof não quiser cavalgar a iniciativa de 8 de Março só como sua, a coisa é capaz de fazer mossa.
Neste momento é muito importante a inteligência de não querer ficar com o bolo ou a fatia maior.
E eu sou sempre céptico…
Fevereiro 24, 2008 at 2:06 pm
[…] https://educar.wordpress.com/2008/02/23/e-muito-importante-passar-a-mensagem/ […]
Fevereiro 24, 2008 at 7:33 pm
Vale a pena lutar!