Há muito que acho que em Portugal qualquer tipo de regeneração do sistema político ou de muitas práticas correntes na sociedade é praticamente inviável por causa das teias e emaranhados diversos em que quase todos os protagonistas com direito a chegar ao palco se enleiam.
Agora é desfiar das estorietas de Marques Mendes (ler também este post da Câmara Corporativa) enquanto professor da Independente e qualquer coisa na Universidade Atlântica, uma instituição criada – a meu ver, que é de longe – de forma curiosa quando o foi e com os fundadores, accionistas e outras personalidades que por lá então passaram.
É que nos anos 90 o mundo das universidades privadas é um manancial de histórias destas e de outras muito piores. Faz lembrar o bom e velho rotativismo oitocentista; quando não estão no governo estão nos cadeirões dourados à espera de vez e vai rodando, com todos a cruzarem-se aqui e ali numa promiscuidade que então se julgava passar sem escrutínio público. Se um dia forem passar a pente fino os pagamentos destas instituições muito se perceberia sobre as coincidências do mundo político.
É que quando se zangam as comadres e os compadres…
Junho 26, 2007 at 10:53 pm
Até que um dia descobrem que os cadeirões doirados são bem mais cómodos que a desgastante política do dia-a-dia, e começam a delegar a nobre missão da pátria nos fogosos, atrevidos e ignorantes arrivistas 🙂
Junho 26, 2007 at 11:02 pm
Um tipo vai a andar pela rua quando, de repente, um assaltante mascarado lhe aponta a arma e diz:
-Passa para cá o relógio!
O coitado dá-lhe o seu Rolex falso e o ladrão reclama:
-O que é isto? Esta m***a não vale nada! Passa a carteira…
O homem dá-lhe a carteira de plástico, imitação de Pierre Cardin e o assaltante encontra nela três passes de autocarro, 2 senhas de refeição e cinco euros. Já meio lixado, o ladrão diz:
-Tu és uma m*** mesmo … o teu casaco está gasto, os teus sapatos rotos e a única coisa que parece que presta é uma reles imitação barata! Afinal, que m***a fazes na vida?
O tipo responde, quase a chorar:
-Sou professor!
E o ladrão, tirando a máscara, abraça-se a ele e diz:
-Desculpa lá, colega! És mesmo? E ficaste colocado? Em que escola?…
Junho 26, 2007 at 11:36 pm
E ao que também li por aí, num qualquer jornal, até o nosso 1º que sendo engenheiro não o era, foi professor na independente.
O problema das cadeiras é o mesmo do tal jogo… de vez em quando desaparece uma cadeira e aí o que ficou de fora zanga-se… nessa altura, passa-se muda-se de jogo e começa a “lavandaria chinesa” – há máquinas e roupa a granel!
Junho 27, 2007 at 12:00 am
O quê? O 1º também foi prof na Independente?
E também terá recebido trabalhos de alunos por fax?
É que se isto pega, qualquer dia, vamos todos fazer o mesmo. Todo o pessoal a receber testes e trabalhos de alunos por fax! Giro!
É uma espécie de fax-learning.
Junho 27, 2007 at 12:45 pm
Ao Paulo Guinote:
Por acaso lembra-se de ter sido postado aqui (penso eu) um link para um diário da república onde estavam expostas as “contribuições” que o ministério da (des)educação dava às escolas privadas no ambito dos seus contratos de parcerias ou associação?
Junho 27, 2007 at 1:20 pm
Ao que parece é verdade, Fernanda. Li isso há uns tempos, fui procurar e encontrei um desses textos transcrito aqui.
http://avido2textos.blogspot.com/2007/05/scrates-professor-independente.html
Colocando: Sócrates professor independente, no google (sem aspas) aparece-nos literatura de cordel da melhor.
Aquilo é um viveiro! Marques Mendes também lá foi professor (http://blogmontalegre.blogs.sapo.pt/arquivo/1067123.html)!
O tal Morais é um “artista” de primeira.
É tudo do melhor! A nata do jet set político no seu melhor. Todos se conhecem, todos trilham os mesmos percursos, todos se estão, estiveram, ou irão estar nos mesmos lugares. E até são primos uns dos outros! O tal Morais é primo da Edite Estrela.
Ah! E depois, ao que parece esta gente vem quase toda do mesmo “jardim infantil”! 😉
E “porifora”!!! Há histórias de ficção mais difíceis de engendrar!
Junho 27, 2007 at 5:41 pm
É tudo muito incestuoso.
Os espertos do pós 25 de Abril estão todos, de um modo ou de outro, ligados entre si por casamentos, negócios, cargos, ou tudo ao mesmo tempo.
Há sempre alguém que é primo, enteado, genro, sogra, amante (e outros graus de parentesco, excluindo o de amante) de outro alguém.
Por isso às vezes, por razões meramente de poder político e partidário, parecem zangar-se muito. É só fumaça.
Como é a semana do dizer bem, cá vai: isto pode ser muito positivo.É o espírito familiar a falar mais alto.Tudo boa gente, todos amigos.
Junho 28, 2007 at 12:16 am
Ah, ah, ah! Ainda me estou a rir da minha anedota”!!!