É o nome mais adequado para isto.
Até leitura mais aprofundada, esta é uma proposta que na sua essência pretende reduzir os professores a meros executantes acéfalos da política educativa do momento (artigo 36º), fazendo depender a sua progressão inclusivamente do rendimento escolar dos seus alunos (artigo 46º) e hierarquizando a sua carreira de uma forma que, em última instância e na sequ~encia da aplicação do regime de quotas para as classificações, irão agravar estrangulamentos e situações de nepotismo dentro do estabelecimentos de ensino e agrupamento.
Colocar, por exemplo, coordenadores de departamento que o serão nos próximos anos apenas por serem mais velhos na carreira, transição directa dos 9º e 10º escalões para a categoria de professores titulares, a assistir ao trabalho de colegas e a classificá-lo é uma forma atroz de injustiça para quem, podendo ser mais novo, ter maiores habilitações e "perfis de competências" muito maiores só que não reconhecidos.
A presente proposta é, em muitos pontos, a afronta derradeira desta Ministra aos docentes.
As soluções habituais da greve, neste caso, são pouco práticas porque a situação será apresentada como uma forma de resistência em defesa de privilégios corporativos e será muito fácil utilizar a demagogia populista contra iniciativas desse tipo.
O único caminho é a demonstração da injustiça, incoerência e mesmo ineficácia destas medidas para combater muitos dos males inscritos no sistema de ensino, desmontando os artifícios ministeriais e, se necessário, cobrindo-os do ridículo merecido.
Maio 31, 2006 at 8:41 pm
A ideia com que se fica depois de ler a proposta (definitiva?) do novo ECD é a de que a sra. ministra da educação nutre um ódio especial em relação aos professores, que encara como uns malfeitores que têm de ser postos na linha com medidas coercivas.
O professor, para esta senhora, deixa de ser um técnico da educação e passa a ser um animador de crianças (assim se percebe que possa ser avaliado por carpinteiros, domésticas, militares, sapateiros ou mesmo engenheiros, médicos e advogados que nada sabem de pedagogia). Quando se pensava que a desvalorização dos docentes tinha atingido o limite a nossa Ministra, honra lhe seja feita, mostrou qeu é possível ir ainda mais longe!
Novembro 30, 2008 at 10:37 pm
[…] de 30 de Novembro de 2005, sendo que vida a sério começou a ter exactamente seis meses depois, a 30 de Maio de 2006, quando passou a ter postagem regular. Até aí tinham sido feitos apenas 14 posts, sendo que os […]
Dezembro 8, 2009 at 4:56 am
[…] e muito perto das férias dos professores e das eleições da FENPROF.Num «post» intitulado «Estatuto da Escravidão Docente», em 30 de Maio, Paulo Guinote considerava a proposta «a afronta derradeira desta Ministra aos […]
Março 12, 2010 at 10:03 pm
🙂