A Velhice Do Padre Eterno


Tem dias… tem horas… tem os seus momentos.

Até porque acabou por ir sendo o que não era para ser, no início.

Só que, muitas vezes, já cansa fazer a crónica dos desapontamentos esperados.

O Umbigo fez 9 anos há coisa de uma semana e se o percorrermos (ganda pachorra que seria preciso!) com algum detalhe analítico, percebe-se que é quase uma década de recuo em recuo, até ao quase espalmanço final contra a parede.

Não é que me desgostem as batalhas perdidas, muito pelo contrário. O seu aroma é delicado e estimulante como o do napalm a qualquer hora.

Só que a liberdade de fazer uma outra forma de crónica dos tempos, sem a tão adorada densidade substantiva de outros tempos (peneiras, peneiras…), é algo que devolve um princípio do prazer que é essencial para isto não se torne apenas um fardo quotidiano.

E agora, ao contrário de outrora, quase só se escreve (e menos) por prazer e não por dever.

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A vida está difícil… isto com o calor, bloga-se menos.

… outrora feriado, nos tempos coevos da crise económica, despesismo e ineficiência.

… para ver mais testes. Amanhã logo se vê.

Para continuar a discutir pela enésima vez as mesmas coisas. Amanhã logo se vê.

Beijos e abraços, conforme.

Gato!

MAis uma gloriosa manhã de 2ª feira!

… se uma pessoa ocupa um cargo com cujo funcionamento e/ou regras discorda, em especial quando o pedido de demissão ou a não recandidatura é uma possibilidade viável, deve rumar a outras paragens.

Agora continuar estacionado(a) no mesmo sítio, exibindo a função e/ou cargo para uns efeitos, mas criticando a coisa para outros, não é a melhor opção.

Que me lembre, ocupei sempre poucos cargos e por pouco tempo, não por demissão ou saída compulsiva, mas por achar que o tempo para certos desempenhos tem limites e que a eternização em certos pedestais, por vezes meros poiais, não passa de vazia vaidade, pior ainda quando misturada com queixinhas e pieguices.

Não quer, não gosta, não está de acordo, faça por sair do lugar.

Sendo assim (re)conhecido(a)s, sabendo-se que farão o seu melhor por não cumprirem a preceito as tarefas que lhes forem distribuídas, escapam quase sempre aos trabalhos mais complicados.

E em muitos casos ainda passam por coitadinho(a)s.

legislação

Nem comento.

Mário Soares saúda de seguida a saída voluntária de José Sócrates como um “acto de bom senso”, dizendo que este “abriu a porta a dois candidatos a líder que têm a vantagem de ser pessoas inteligentes, experientes e honestas”.

O (demissionário? demissionado?) ministro Santos Silva acusou alguém de mentir, o que só por si é algo curioso. Quase sem querer, vi um recuperado conselheiro  Nogueira Leite em três canais-N a protestar, dizendo que não.

Faltam ainda 27 dias disto. Arre!

… para entrar em listas ainda em aberto.

“Geração à Rasca” já é uma marca registada e dá lugar ao “Movimento 12 de Março”

Para todos aqueles que temiam ou que acreditavam que o protesto “Geração à Rasca”, que encheu no passado mês várias ruas do país, tinha os dias contados e morreria por si próprio, chegou uma resposta: os criadores do protesto acabam de fundar o “Movimento 12 de Março – M12M”.

Já vi começar projectos políticos de sucesso com menos matéria-prima. E quando leio expressões como «colectivo informal» fico logo essitado. Se é informal porque o formalizam?

Faz-me lembrar as uniões de facto que querem ser como os casamentos mas manter a designação de união de facto. Querem a coisa, mas dão-lhe um nome alternativo, para parecer outra coisa. Que não é.