… de se nomearem as coisas pelos nomes, um pouco como resposta à distorção que vai ganhando espaço sobre aquilo que determina a greve dos professores às avaliações e ao seu estado de profunda insatisfação.
À demonização que vai sendo ensaiada com a malta alaranjada do costume a replicar os argumentos simplistas anti-fenprof e anti-nogueira dos tempos rosados de há uns anos, deverá responder-se com factos acerca das facturas que os partidos no poder e alguns dos seus protagonistas têm para pagar a alguns dos seus apoios de campanha. E por apoios não falo apenas de endorsements retóricos.
Vamos lá a saber… é verdade ou não que existem compromissos, por exemplo na área do CDS, quanto a uma maior abertura do mercado da Educação a interesses específicos já instalados na área e com benção divina?
Faço a pergunta apenas para que a coisa fique esclarecida de modo transparente e para que não permaneça no ar aquela aroma estranho de que existe uma agenda muito evidente de transferência de verbas do orçamento do MEC para interesses privados específicos… e que toda a conversa sobre liberdade de escolha não passa de um véu para ocultar isso mesmo.
A resposta poderia ser dada, por exemplo, porque viaja muito entre Portugal e os States em busca de suporte empírico para estudos em atraso. ou, na sua ausência em trânsito, porque quem no passado recente andou a saltitar entre gabinetes ministeriais e cargos nesses mesmos grupos de pressão.
Em nome da Verdade, porque Deus castiga os mentirosos.
Junho 23, 2013 at 3:07 pm
Brilhante, Nuno implode ministérios, na revista 2 do público. Rui Ricardo Martins sobre o arrobas (15 Kg)
Junho 23, 2013 at 3:18 pm
Parabéns, é isso mesmo estão a esfregar as mãos os privados, mas pode ser que lhes sai um tostão furado.
Junho 23, 2013 at 3:25 pm
O bicho papão da privatização da Escola Pública parece ser uma das técnicas para instalar o medo nos professores.
Por isso, em vez de se desconversar, vejamos o que dizia o programa de Governo do PSD em relação à Escola Pública:
“O PSD assume a Educação como serviço público universal e estabelece como missão para a Escola da próxima legislatura a substituição do facilitismo pelo esforço, do laxismo pelo trabalho, o totalitarismo pedagógico pelo rigor científico, a indisciplina pela disciplina.”
Por isso, como o governo é liderado pelo PSD e não pelo CDS, não vale a pena entrar-se na lógica da confusão e da desinformação… Até porque a diferença entre omitir e mentir é muito reduzida…
Junho 23, 2013 at 3:31 pm
#3 por muidos sabes o que isso quer dizer?
CHEQUE ENSINO , dinheiros públicos a pagar vícios privados…
O que eles querem sei eu.
Junho 23, 2013 at 3:32 pm
#3 Deus castiga os mentirosos.
Junho 23, 2013 at 3:33 pm
Deus não existe.
Junho 23, 2013 at 3:35 pm
# 4 já esta a acontecer em muitos sítios mas o que eu conheço é Caldas da Rainha – grupo GPS. colégio D. Leonor.
Junho 23, 2013 at 3:37 pm
#3,
Até Deus, caso existisse, diria sobre essa coisa do facilitismo e do rigor e do esforço e da disciplina e do esforço—
” Meu filho, e tu acreditas neles? Milagres faço-os EU e sei bem o que isso custa!”
Junho 23, 2013 at 3:39 pm
Começa a ser tempo de praticar o “Afasta de mim esse Cale-se!”
Junho 23, 2013 at 3:42 pm
#8 hilariante
#3 Pedro és da jota? ou és do PPD/PSD?
Junho 23, 2013 at 3:43 pm
Claro que há vontade de privatizar ou semi-privatizar a escola pública, parte dela. E isso está, infelizmente, para lá do simples preconceito dos políticos profissionais de direita ou de negociatas estritamente económicas (embora não desvalorize este aspecto), grande parte das pessoas com quem me dou têm pavor da escola pública, fariam todos os sacrifícios do mundo para não pôr lá os filhos (e mesmo os mais desfavorecidos se lhe acenassem com o privado não hesitavam dois segundos, neste caso também questão de estatuto social). Mas há mais, uma grande maioria dos políticos de esquerda pôs os filhos no privado, portanto nunca poderão ser uns grandes defensores da escola pública.
Por outro lado, estas greves que vimos fazendo, justíssimas, são mais umas quantas justificações para adensar os preconceitos dos que estudaram no privado e têm ou porão os filhos lá. Ou para pensarem que isto é um acção da esquerda estalinista.
É por isso que cada um de nós deve fazer, pela prática e pelo discurso, um contrapeso a este espírito do tempo. Focar-mo-nos numa táctica revolucionária, curto circuitando os mecanismos naturais de ruptura democráticos, é pôr ainda mais em risco a imagem que os preconceituosos e os que para lá caminham (também os oportunistas, claro) têm da escola pública.
Reforço a minha recusa em embarcar no romantismo revolucionário (que, bem sei, serve pragmaticamente alguns profissionais da política) com um bom inquérito que revelou que os manifestantes brasileiros não são os anti-sistema, anti-instituições primários que às vezes pensamos serem: http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/23/actualidad/1371949067_088890.html
Junho 23, 2013 at 3:51 pm
“uma maior abertura do mercado da Educação a interesses específicos já instalados na área e com bênção divina”
#7
…Com professores desses colégios a assegurarem a formação do GAVE para classificadores e a elaborarem provas para admissão à carreira docente…
Junho 23, 2013 at 3:53 pm
Não tenho nada contra as escolas privadas, desde que os E.E. paguem as mensalidades, não podem é querer ter os filhos na escola privada e sermos todos nós a pagarmos as mensalidades.
Junho 23, 2013 at 3:55 pm
#12 olha, essa não sabia.
Junho 23, 2013 at 4:01 pm
Vão todos para o inferno. Creio que já tem o lugar reservado bem perto do demo.
Junho 23, 2013 at 4:03 pm
#11,
Há alguma verdade no que escreveu sobre a preferência da opinião pública em matricular os filhos no ensino privado e até apontou o estatuto. Eu vou mais por uma questão de segurança ( e os mega-agrupamentos e os cortes em pessoal não ajudam em nada esta preocupação pela segurança dos seus filhos) e de horário pós-actividades lectivas, mais compatível com os horários laborais dos pais (mais isto levaria a uma outra discussão que se prende com as condições laborais em geral, de todos).
O que me afasta de si é quando refere que a luta dos professores adensa este preconceito contra a escola pública.
Se dermos condições à escola pública, e isto nunca é dado, é conquistado e exige coragem e persistência ( o cometa chama isto de acção de esquerda estalinista), então a preferência da opinião pública alterar-se-ia
– mais barata
– de boa qualidade a nível de ensino e de aprendizagens
– segura
Três reforços para uma melhor escola pública que a opinião pública, aliás, já reconhece ser boa, apesar das condições em que tem de funcionar.
Junho 23, 2013 at 4:05 pm
#15 graças a Deus
especifica o todos
Junho 23, 2013 at 4:09 pm
#16 concordo com a Fernanda e acrescentava “terem carrinha que leva os miudos a casa” “terem nomes pomposos D. e não EB2/3.
Junho 23, 2013 at 4:18 pm
Boa tarde meus senhores e minhas senhoras.
Podem dizer-me quantos alunos das escolas públicas ficaram sem exame de português do passado dia 17?
E quantos das escolas privadas?
Obrigad@
Junho 23, 2013 at 4:24 pm
#19 não pago a sua mensalidade na escola privada onde anda
Junho 23, 2013 at 4:27 pm
pode dizer-me quantas das escolas privadas desistiram ou fizeram o curso com médias baixo de cão??
mas já percebi o seu ponto de vista…
Funcionarios do privado contestam o privilégio dos funcionarios publicos….segundo um funcionario do privado nao e admissivel que os privados sejam sodomizados e chicoteados e os do publicos sejam só escravizados…
Junho 23, 2013 at 4:27 pm
# 19
Raciocínio básico o seu.
Subsídio em Novembro. Será por isto?
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/fp-quem-entrar-na-mobilidade-novembro-tera-corte-no-subsidio
Junho 23, 2013 at 4:28 pm
#19 Os professores da escola privada não fazem greve, porque estão imensamente satisfeitos com as condiçoes de trabalho, ganham mais, tem menos turmas, fazem menos horas de trabalho e têm uma situação laboral nada precária…!Os alunos que recebem são de todas as camadas sociais e não segregam ninguém. É todo um mundo novo o ensino privado….(para quem não percebeu toda esta prosa corresponde a um ideial do Reitor, )
Junho 23, 2013 at 4:28 pm
Defenderá o caro reitor o direito cemitérios privados onde os enterros podem ser feitos a qualquer hora do dia e da noite???
Junho 23, 2013 at 4:31 pm
#0
“distorção”
As coisas são o que são e fazem sentido quando _____ ______ .
🙂
Junho 23, 2013 at 4:33 pm
#24
Quando me referi à Escola Pública não estava propriamente a pensar em cemitério…
Junho 23, 2013 at 4:36 pm
No dia em que concessionarem as nossas escolas, passaremos à luta armada. O Borra botas que lá for colocado como diretor vai ter todos os dias a sua integridade física em risco. Vai andar nervoso, com os guarda-costas até à porta do wc. Mesmo em férias não estará seguro. Não vai compensar o ordenado, por generoso que seja. Estes berdamerdas que andam a ensaiar um contragolpe sob as cuecas da troika não estão a ver o filme – não têm lastro histórico para pressentirem o que pode acontecer. O Passos odeia os funcionários públicos e, em particular os professores. Percebe-se porquê: a independência que o 25 de Abril lhes deu ainda mexe. Mas nós odiamos muito mais o Passos e toda essa corja anacrónica que, no seu inacabamento moral, acha natural a exploração até ao nojo de uns poucos sobre muitos. Ai que prazer acabar violentamente com essa sobranceria!… Assistir, como no passado, a todas as matizes do rosto, desde o sobrecenho alarve até ao esgar aflito. Vão implorar-nos a nobreza dos militares de Abril. Não a terão, pois estão muitos pontos abaixo do Marcello Caetano.
Junho 23, 2013 at 4:36 pm
O principio é o mesmo…imagine não tem dinheiro par ser enterrado dê o seu cadáver aos cães…temos penas mas ser enterrado não é para qualquer um….lá chegaremos…carpe diem..
Junho 23, 2013 at 4:37 pm
#25 já cá faltava a “cunha” que sabe do que fala no privado.
Junho 23, 2013 at 4:38 pm
O Passos deve pensar que está em angola e moçambique dos anos 60 e onde a mão de obra era barata submissa e o tratamento era de sinhô branco….
Junho 23, 2013 at 4:44 pm
Quer privados PAGUE nós não queremos pagar para o privado Educação ,Saúde TUDO.
Será necessário saímos para a rua como no Brasil, já faltou mais
Junho 23, 2013 at 4:47 pm
Parte desta inquietude do Paulo Guinote está relacionada com esta conversa.
Percebeu que o papel dele se tornou muito notório.
Junho 23, 2013 at 4:52 pm
http://www.publico.pt/desporto/noticia/sporting-campeao-de-futsal-1598151
Junho 23, 2013 at 5:02 pm
“Faço a pergunta apenas para que a coisa fique esclarecida de modo transparente e para que não permaneça no ar aquela aroma estranho de que existe uma agenda muito evidente de transferência de verbas do orçamento do MEC para interesses privados específicos… e que toda a conversa sobre liberdade de escolha não passa de um véu para ocultar isso mesmo.”
Mas que o preocupa na transparência de ver as famílias escolherem onde colocar os filhos? Certamente que a escola estatal será sempre a escolhida 🙂
Por que não abrir o “negócio” à FENPROF e restantes sindicatos?
As transferências não provêm do “orçamento do MEC” mas do contribuinte. Já agora, que seja o contribuinte a decidir onde vai esse dinheiro ser gasto. Algum problema de transparência? Cagufa?
Junho 23, 2013 at 5:03 pm
#3,
Como omitiu parte do programa eleitoral do PSD para a Educação, deduzo que esteja a mentir.
Exemplos omitidos pelo profe Pedro:
“O PSD pretende realizar progressivamente o Estado de Garantia, assegurando que os objectivos sociais definidos são efectivamente alcançados. A realização deste Estado de Garantia permite que, por exemplo, nos sectores sociais da saúde e da educação, a par dos prestadores públicos, a oferta nacional seja também composta por prestadores de outra natureza, nomeadamente do sector não lucrativo (IPSS e Misericórdias), a qual, no entanto, deve ser sujeita a regulação independente que garanta a separação da actividade de financiamento da de prestação dos serviços.” (p.20)
“O Ministério da Educação estabelecerá um enquadramento legal que permita implementar modelos alternativos de governo e de contratualização da gestão de escolas, consensualizados com as autarquias e com a comunidade local. Poder-se-ão explorar novas parcerias com os sectores social e privado, pondo em prática, de modo crescente, o princípio da liberdade de escolha.” (p. 96)
Há muitos mais exemplos que poderiam ser aqui incluídos e confirmados com a fonte:
Click to access programapsd.pdf
De acordo com a sua própria lógica, o profe Pedro do Cavaquistão ultrapassou a linha da omissão e mentiu.
Junho 23, 2013 at 5:06 pm
#32 e 34,
O Cunha Vitor quer conversa, mas eu já fui ao Blasfémias dizer que não tenho pachorra para ele.
Cagufa tem quem não assume a sua identidade ao lado das suas posições.
A Fenprof é que lhe poderá responder se tem interesse em contratualizar escolas, embora isso contrarie o seu ideário.
No meu caso, até acharia bem a existência de escolas alternativas, geridas por quem critica o “sistema” à moda dos velhos anarco-sindicalistas,
Mas como não sou da Fenprof remeteria o Cunha Vítor para outros blogues ou espaços virtuais de debate, por exemplo, o Tasco do Santos, candidato à CMAmadora.
Junho 23, 2013 at 5:07 pm
#19,
O que tem isso a ver com o fundo das calças?
Que as escolas privadas são muito mais cordatas e obedientes já nós sabíamos.
O que vos incomoda é que a contestação não tenha morrido com a substituição do engenheiro.
Junho 23, 2013 at 5:08 pm
#11,
Explica-me a necessidade de contratualizar fora da rede pública se alegadamente há excesso de professores e escolas nessa mesma rede.
Junho 23, 2013 at 5:12 pm
Paulo a resposta é óbvia a africanização do funcionalismo público..mão obra abaixo de barata e submisssa..ou existem ainda dúvidas quanto a esse facto??
Junho 23, 2013 at 5:17 pm
Quantos portugueses terão que sustentar os filhos (e netos) para lá dos 30, sem poderem considerá-los dependentes para efeitos fiscais? Como pode um país ter esperança se o ajustamento é despedir mais em cada ano? Quem vai valer aos milhares de desempregados de 2012/2013 que entretanto vão perdendo os subsídios de desemprego? O que se pretende desempregando, também, os pais e avós que, a par dos aposentados, vão segurando as pontas deste Portugal “esfrangalhado”?
Vamos intentar acções judiciais contra nós mesmos?
«Concluí que a minha filha desempregada e o meu filho dentista com falta de clientes (ambos divorciados) têm de intentar acções judiciais contra mim, para eu ser CONDENADO a pagar “alimentos” (no sentido legal do termo) aos meus netos. Porque, com uma sentença judicial, eu posso descontar essas despesas no IRS e, se ajudar voluntariamente, não posso. Se encontrar uma saída, transmito-a a todos os avós. »
Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro
Junho 23, 2013 at 5:22 pm
O Guinote continua com a pancada do PSD e dos rosinhas e ….
Deixe que a escola se liberte. Aceite que o acesso à actividade seja permitido a quem se quiser dedicar a ela, incluindo sindicatos e especialistas de esquerda 🙂 em gestão de empresas (há muitos e bons, a julgar pela convicção com que arrotam postas de pescada).
Perceba que está a ser embrulhado pela FENPROF porque ela se está rotundamente nas tintas para a educação. Já a viu alguma vez pretender gerir escolas?
Junho 23, 2013 at 5:23 pm
… gerir escolas em que a responsabilidade lhe caiba totalmente a ela, incluindo salários de professores.
Junho 23, 2013 at 5:28 pm
#41,
“O Guinote” é muito menos parvo que “o Cunha” porque nunca foi “embrulhado” por esta ou aquela organização e agora já tem a certeza confirmada pela experiência de que os ídolos do Cunha são tão mentirosos como eram os ídolos dos “abrantes”.
Percebe?
Não há tréguas para aldrabices e uso este termo por tê-lo ouvido em público exactamente a alguém do PSD em relação aos negócios dos “cunhas”.
Junho 23, 2013 at 5:35 pm
Tenho saudades do tempo em que o Blasfémias não estava inundado por reservas, daqueles que só se sentam no banco por transferência, lesão ou outro impedimento dos titulares.
Junho 23, 2013 at 5:39 pm
porque nunca foi “embrulhado”
Não se pique. Não é por aí que fura o embrulho.
Experimente declarar que não tem nada contra a existência de escolas públicas de propriedade privada em paralelo com escolas de idêntico teor da FENPROF & Cª, todas com professores pagos pelas respectivas organizações quer em instalações próprias quer aproveitando as existentes.
O contribuinte paga impostos para que os filhos sejam ensinados, não para justificar a existência de uma máquina torradora de impostos sem poder ser posta a prova.
Junho 23, 2013 at 5:41 pm
Não são as escolas privadas que são cordatas e obedientes, mas sim os seus professores, que sabem bem quem manda e quem lhes paga o ordenado.
Junho 23, 2013 at 5:41 pm
#38
Andas a ler muito rápido (sabes com certeza a importância da lentidão hermenêutica).
Penso que fui claro ao dizer que a questão da necessidade ou não é pouco relevante, trata-se de preconceitos negativos em relação à escola pública, enquanto eles não desaparecerem, ou forem esbatidos, muito se fará para ir privatizando ou semi-privatizando o público.
Junho 23, 2013 at 5:48 pm
A percepção de que a escola estatal está podre é acentuada pela lata com que se defende greves a exames e avaliações.
Nalguma exploração agrícola os trabalhadores se lembrariam de entrar em greve na altura da colheita?
Junho 23, 2013 at 5:48 pm
#46,
A cadeia alimentar hierárquica em funcionamento.
Obrigado por confirmares o que pensava: que querias que com estes os professores do ensino público fossem os carneirinhos que não querias que fossem com o Sócrates.
#47,
Sorry.
Junho 23, 2013 at 5:50 pm
#46
“mas sim os seus professores, que sabem bem quem manda e quem lhes paga o ordenado.”
No estado esquecem-se que quem paga é o contribuinte. Escudam-se com “o ministério”.
Na vida real há o cliente, na redoma há a DGCI.
Junho 23, 2013 at 5:51 pm
#48,
Não pretendo ofendê-lo, mas obter uma informação útil para o debate: tem a consciência que o que escreve é deliciosamente idiota?
Repito: mesmo quando a Helena Matos toma como universalmente válida a experiência curta que teve como professora, o Blasfémias costumava ter colaboradores inteligentes. o Cunha Vítor representa uma enorme descida no nível médio (e estou a contar com o biotecnólogo).
Junho 23, 2013 at 5:55 pm
Mas, quem é o Cunha Vítor? Consegue ter a noção da figura de palerma que faz?
O Guinote não consegue mesmo debater desligando-se dos espécimen?
Junho 23, 2013 at 5:55 pm
Volto à carga:
Experimente declarar que não tem nada contra a existência de escolas públicas de propriedade privada em paralelo com escolas de idêntico teor da FENPROF & Cª, todas com professores pagos pelas respectivas organizações quer em instalações próprias quer aproveitando as existentes.
O contribuinte paga impostos para que os filhos sejam ensinados, não para justificar a existência de uma máquina torradora de impostos sem poder ser posta a prova.
Junho 23, 2013 at 6:00 pm
Os pais devem poder escolher para onde vão os seus impostos: para as bibliotecas, laboratórios, … das Escolas Públicas ou para o parque automóvel dos senhores directores das escolas privadas.
Junho 23, 2013 at 6:01 pm
Experimente declarar que o que quer, com o ensino entregue à esfera do público ou do privado, é uma sociedade em que os que são à partida favorecidos retêm os meios de perpetuar o favorecimento, em vez de vir para aqui com mistificações.
Junho 23, 2013 at 6:03 pm
“O contribuinte paga impostos para que os filhos sejam ensinados, não para justificar a existência de uma máquina torradora de impostos sem poder ser posta a prova.”
O contribuinte também vota para entregar o que paga a uma determinada facção e acredita que ela o gerirá melhor. Os professores nunca mandaram no ME/MEC. Com ou sem sindicatos.
Junho 23, 2013 at 6:04 pm
Os Cunhas não são apenas Victores. Mais frequentemente são até Destruktors.
Junho 23, 2013 at 6:48 pm
A escola pública é um caleidoscópio em que cada um vê o que mais lhe interessa, enquanto continua a ser instrumentalizada e descaracterizada à vontade das instituições que controlam o sistema educativo à escala mundial.
A “resistência” dos professores dificilmente se manterá, uma vez que não existe nenhum projecto político, social e económico consistente com a manutenção de uma escola pública que aguente a dupla tenaz que sobre ela se exerce.
De um lado o modelo “progressista-freirista” que contesta a autoridade e a tradição, em nome de um pseudo-vanguardismo miserabilista que se cola aos sindicatos e a uma esquerda mumificada, desintelectualizada e apostada num igualitarismo para mentecaptos.
Do outro, o projecto de uma economia de mercado, onde a educação não passa de mais uma área de concorrência e de alinhamento com o Capital.
Os professores, sem identidade própria, sem intelectuais de destaque reconhecidos (António Nóvoa já era) e desorientados e desesperados, insistem no velho hábito de manterem a ligação estreita ao Estado central, uma vez que não têm, neste momento, nenhum campo de intervenção estruturada e consistente, ao nível da comunidade educativa. Daí o medo patológico da “autonomia”.
Esta é a fraqueza do professoriado, e vozes como o Guinote, ou outros, não chegam para dar corpo a um qualquer movimento que ultrapasse o garrote concertado do Estado, dos partidos e dos sindicatos-enquanto-meras correias-de-transmissão. Até porque, castrados pelo salazarismo e pelo cunhalismo-MFA, não temos o tesão dos brasileiros nem a organização dos alemães.
Junho 23, 2013 at 6:57 pm
Não percebi a ligação. O P. Guinote não parece adepto da autonomia por aí além. De resto estou de acordo. Já estava há trinta anos atrás quando não era moda falar-se nestas coisas.
Junho 23, 2013 at 6:59 pm
“Na vida real há o cliente…” Já experimentei perguntar ao “cliente” se concorda que o colégio do seu rebento receba os patentes pobres, mal lavados, com fome, com uso generalizado de português vernáculo e com outros problemas, que impedem, muitas vezes, a concentração para a aprendizagem…Responderam-me que não querem…querem que os seus rebentos fiquem longe destes problemas, mas querem que seja o estado a pagar-lhes a excepção, bem visto! Esta gente não se enxerga?
Junho 23, 2013 at 7:01 pm
A última frase mereceria alguma atenção. O cunhalismo-MFA não se compara ao salazarismo, nem nos meios nem na influência, e o salazarismo não é desculpa para tudo.
Junho 23, 2013 at 7:01 pm
Corrijo: “parentes”
Junho 23, 2013 at 7:02 pm
#60
Não. Falam na redoma mas foram criados numa.
Junho 23, 2013 at 7:26 pm
#58
🙂
Junho 23, 2013 at 8:01 pm
Os socialistas e a escola progressista das competências, ou como a “escola pública” é utilizada em benefício do Capital
“La notion de compétences est apparue en France à la fin des années 1980, lorsque les socialistes au pouvoir (Jospin, Allègre) redéfinirent les contenus d’enseignement. Cela fut accompli de manière perverse, prétendument de gauche, avec l’idée que « si l’école se préoccupait de développer des compétences au lieu de s’en tenir aux savoirs, sans doute parviendrait-on à combattre l’élitisme des humanités ou l’enseignement scientifique. » Il s’ensuivit un bouleversement méthodologique radical : l’élève devait être « évalué pour mieux apprendre, et non apprendre pour être évalué. »
Les socialistes français n’innovaient en rien, mais suivaient la pente naturelle de l’OCDE pour qui les compétences clés étaient celles qui sont « indispensables à un individu pour affronter les défis de la vie et contribuer au bon fonctionnement de la société. » En 2000, à Lisbonne, le Conseil de l’Europe définissait ses priorités éducatives : compétences en technologie de l’information, langues étrangères, culture technologique, esprit d’entreprise et aptitudes sociales. L’enfant devenant ainsi un parfait petit pion du capitalisme.
Pour le Conseil de l’Europe, « les compétences clés étaient essentielles dans une société fondée sur la connaissance et garantissaient davantage de souplesse de la main-d’oeuvre. » La flexibilité du travailleur lui permettrait de s’adapter plus rapidement à l’évolution constante du monde « caractérisée par une plus grande interconnexion. » Les compétences répondent par ailleurs, la démonstration de l’auteur est, sur ce point, lumineuse, à la logique séparatrice du pouvoir, « puisqu’elles impliquent la production et l’évaluation abstraites de ce qui n’existe que comme une expression de la situation. »
http://www.legrandsoir.info/Angelique-del-Rey-A-l-ecole-des-competences-De-l-education-a-la-fabrique-de-l-eleve-performant-Paris-La-Decouverte.html
Junho 23, 2013 at 9:59 pm
#65,
Há tradução?
Junho 23, 2013 at 10:03 pm
#58,
Ainda bem que este comentário está em Português.
Mesmo assim, não consigo entender qual o ponto de vista. Pode explicar melhor qual é o raciocínio?
Agradeço, sinceramente.
Junho 24, 2013 at 8:41 am
#66 e 67
Resumindo
Os professores estão condenados a serem utilizados em benefício da economia de mercado, enquanto agentes do Estado, a partir do momento em que não criam a sua própria autonomia que lhes permita actuar enquanto reserva de contra-poder crítico e cultural da sociedade que ajudam a preservar.
O Banco Mundial, a OCDE a UNESCO, a CE são quem mandam verdadeiramente na educação a nível global.
Por outras palavras, sem capacidade de reflexão, sem iniciativa intelectual e sem identidade própria, os professores não estão em condições de criar um espaço educativo de “suspeição” e emancipação da doutrina que diariamente é despejada sobre os cidadãos-zombies-consumidores-clientes-dependentes, vinda dos vários quadrantes político-mafiosos.
Junho 24, 2013 at 9:13 am
#68 h5n1
Bom dia
Estando tudo tão bem definido per omnia secula seculorum, qual a pertinência das suas afirmações neste momento? Algum facto recente?
Junho 24, 2013 at 1:40 pm
#69
Eppur si muove!…
A realidade não se esgota numa interpretação dessa mesma realidade.
Mas convém perceber um bocadinho naquilo em que estamos metidos, e que ultrapassa largamente o bigode do Mário Nogueira e o ECD.