A greve dos professores e a qualidade da escola pública
A greve dos professores em tempo de avaliações tem gerado preocupação e incompreensão em alguma opinião pública e, sobretudo, junto dos encarregados de educação. Sou professor e também tenho uma filha adolescente a frequentar uma escola pública. Sou, portanto, sensível às preocupações manifestadas e, por isso, entendo que é fundamental que os professores se empenhem em desconstruir os mitos e o consequente ruído enganador sobre o assunto difundido pelo governo e pelos partidos que o sustentam, assim como pelos media e os seus opinantes encartados.
Se os professores não contestarem agora as medidas previstas para a escola pública pelo ministério de Educação de Nuno Crato, os resultados serão catastróficos, pois terão uma influência profundamente perniciosa sobre a qualidade de uma escola pública que se pretende democrática, inclusiva, humanista e exigente.
Segundo Crato e Passos Coelho, os professores terão de trabalhar mais horas letivas e/ou não letivas, sendo que tal decisão acarreta mais trabalho não apenas na escola mas também em casa. Sobre este assunto, importa enfatizar o seguinte facto: a maioria dos professores – as exceções relativas à negligência incompetente dos docentes existem em todas as profissões e apenas servem para confirmar a regra – trabalham hoje, na escola e em casa, muito para lá das tão apregoadas 40 horas.
No 3º ciclo do ensino básico e secundário – onde tenho lecionado – os professores cumprem 23 tempos letivos. Lecionar aulas, sobretudo nas disciplinas com maior conteúdo teórico, a turmas com mais de 20 alunos (e as turmas das escolas públicas de hoje só excecionalmente têm menos de 25 alunos), dotados com cada vez menor capacidade de concentração e menor disponibilidade para aprender, exige um esforço excecional de concentração contínua por parte dos professores. Concentração contínua para produzir um discurso científico inteligível; concentração contínua para fazer interações assertivas com os alunos; concentração contínua para orientar o comportamento de todos os alunos e criar um ambiente favorável ao processo ensino/aprendizagem. Poucos segundos de desconcentração podem redundar na perda irremediável do controlo da aula.
Ora, essa concentração, que — interessa aqui esclarecer — difere bastante da concentração que exige, por exemplo, um trabalho burocrático que, aliás, os professores também produzem em grande quantidade, na escola ou em casa, de dia ou de noite, nas escolas pública de hoje, torna-se particularmente extenuante. É preciso que a opinião pública não ignore que cinco ou mais tempos letivas diários já obrigam o professor a chegar a casa esgotado. Mais, enganam-se redondamente aqueles que pensam que o trabalho do professor terminou quando este abandona a sala de aulas ou a escola para regressar a casa – tal como, por exemplo, o trabalho do advogado ou do juiz não pode ser reduzido aos momentos em que estes juristas se encontram no tribunal.
Depois das aulas lecionadas existem as aulas para preparar e os testes para elaborar, com as suas matrizes, enunciados, critérios de correção e níveis de cotação. E, ao contrário do que muitos pensam, as aulas têm de ser preparadas todos os anos, porque os professores não lecionam sempre os mesmos níveis, porque as idiossincrasias das turmas obrigam os professores a alterar as suas estratégias pedagógicas, porque a ciência evolui, os programas mudam e é impreterível atualizar conhecimentos. Depois, há as centenas de testes para corrigir pelo menos em seis momentos de avaliação escrita anual. Depois, há as leituras de atualização e a formação científica e pedagógica que qualquer professor tem de fazer. Depois, há as reuniões de departamento, de área disciplinar, de conselho pedagógico, de conselho geral, de conselho de turma… Depois, há as atividade extra-letivas onde muitos professores se envolvem: preparação de visitas de estudo, elaboração de exposições, publicação de jornais e revistas escolares, organização de comunicações proferidas por personalidades convidadas e tantos outros projetos que envolvem muitos professores empenhados em fomentar o conhecimento e, por conseguinte, o sucesso educativo dos seus alunos. Depois, há o trabalho cada vez mais difícil e sensível dos diretores de turma, que envolve o contacto com os encarregados de educação e os colegas, bem como a aferição permanente do comportamento, aproveitamento e assiduidade dos alunos. Depois, há as provas intermédias, as provas de equivalência à frequência, os exames nacionais do 9º ano e do ensino secundário que é preciso preparar e corrigir. Depois há as avaliações que são feitas no final de cada período. Depois, há as matrículas que são feitas pelos professores. E, depois, há ainda o regresso a casa, que para muitos professores exige viagens quotidianas longas e desgastantes.
Todo este serviço público prestado aos alunos pelos professores é feito com entusiasmo, mas cada vez com mais dificuldades e desgaste físico e psicológico que, naturalmente, aumenta com a idade. Ora, num momento em que os professores estão já a trabalhar além das suas capacidades, em mega-agrupamentos babilónicos, onde em demasiados casos o ambiente é mau e tudo ou quase tudo funciona mal, é obsceno exigir mais horas de trabalho aos professores. Porque mais horas letivas lecionadas a turmas cada vez maiores vão, inevitavelmente, significar mais níveis, mais alunos, mais aulas para preparar, mais testes para fazer e corrigir, mais reuniões e burocracia para produzir. Enfim, trabalho acrescido significará, por um lado, para os professores com mais anos de serviço, trabalhar até à exaustão. Por conseguinte, tal decisão irá ter fatais repercussões sobre a qualidade do ensino oferecida aos alunos. Mas o trabalho acrescido concentrado num grupo restrito de professores, vai, por outro lado, significar para muitos outros professores – alguns com 15 ou mais anos de serviço — o desemprego.
Por tudo isso sustento que tal decisão há de ser insustentável para todos: para os alunos, para os encarregados de educação (a braços com problemas sociais cada vez mais complicados que decorrem da crise em que vivemos) e para os professores. São, sobretudo, estas as razões que levam milhares de professores a fazer greve.
Reparem que eu não mencionei o congelamento das carreiras, a diminuição dos salários, a perda efetiva dos subsídios de férias e de Natal ou o aumento dos impostos, que tornaram também a vida dos professores e de outras profissões cada vez mais insustentável. Não referi estes argumentos porque compreendo que é preciso fazer sacrifícios que, infelizmente, punem com doses mortais a classe média e o operariado, os funcionários públicos e os reformados, mas parecem inócuos sobre os banqueiros e financeiros, sobre os administradores oportunistas e os políticos incompetentes que geriram várias empresas públicas e privadas e o país nos últimos anos, os quais, ao contrário dos grupos sociais sacrificados, parecem gozar de um estranho estatuto de inimputabilidade em toda esta crise.
Muitos dos que têm acesso diário privilegiado aos media e nos dizem – quantas vezes de barriga cheia – que sem austeridade o pais mergulharia no caos, não nos explicam como será o país depois da austeridade cega agora aplicada. Não nos dizem, por exemplo, que a austeridade também mata agora e, sobretudo, hipoteca o futuro. Como poderá sobreviver um país com uma taxa de desemprego geral (porque a dos jovens é superior) de 18% e que seguramente não vai parar de aumentar? O que restará deste país no futuro: com os jovens licenciados a emigrar, com os melhores cientistas jovens nacionais a encontrarem abrigo em universidades e empresas estrangeiras, com a população a envelhecer e a diminuir e o interior a despovoar-se a um ritmo suicida? O que restará deste país no futuro com uma escola pública constituída por professores velhos, cansados, esgotados, a braços com alunos provenientes de famílias que enfrentam graves problemas sociais e com executivos impotentes para gerir escolas babilónicas e, por isso, incapazes de impor uma política educativa humanista, exigente e de proximidade? O que restará deste país no futuro gerido por políticos histriónicos ou pardacentos, que apenas estão interessados em governar o presente e pouco se preocupam em acautelar o futuro? O que restará deste país no futuro, quando já não existir futuro?!…
Luís Filipe Torgal
Junho 13, 2013 at 9:20 am
Expressão a reter: “escolas babilónicas”.
Junho 13, 2013 at 9:26 am
Muito bem.
Junho 13, 2013 at 9:32 am
O melhor que já li nos últimos tempos. E sem demagogias. Muito bem.
Junho 13, 2013 at 9:35 am
EXCELENTE
Junho 13, 2013 at 9:46 am
Oportuno texto e conteúdo a lembrar cousas que tantos pretendem esquecer…até ex ministros da educação!
Abr, paulo
Junho 13, 2013 at 9:54 am
CENSURADO SARL (seguir utilizador), 5 pontos , hoje às 9:56
1. Tenho uma filha que será afectada, pois pelo menos um dos exames coincide com as datas conhecidas.
2. Apoio a greve.
3. Informei a minha filha que o(s) exame(s) que não puder fazer naquele dia(s) certamente que se fará(ão) noutro(s) dia(s).
4. Informei a minha filha que os professores não irão trabalhar naquele dia porque estão em luta pelos seus direitos e que por tal vão perder um dia de salário.
5. Informei a minha filha que não há greves sem prejuízo, nem prejudicados – aliás essa é a força da greve.
6. Informei a minha filha que numa sociedade solidária, mesmo quando não ganhamos nada directamente pode acontecer que sejamos chamados a lutar pelo que é certo, mesmo com prejuízo em causa própria.
7. Informei a minha filha que numa sociedade solidária, ninguém pode aceitar como bom, que as famílias partilhem menos uma hora por dia, que se despeçam pessoas aos milhares e se diga que tal é bom, que se trabalhe gratuitamente, que se reduzam remunerações, que se retirem direitos aos fracos quando se engordam os ricos, que se desprezem e menosprezem as pessoas e que se castiguem os que nada fizeram e se dê cobertura aos que a este ponto nos trouxeram.
8. Informei ainda que a possibilidade dela ter de fazer o(s) exame(s) noutro(s) dia(s) representa o(s) contributo(s) dela para uma sociedade justa.
9. Pedi desculpa à minha filha, por não ter sido capaz de evitar que ela, tão nova, tivesse que participar num processo de combate político, mesmo que passivamente. Pertenço a uma geração de inertes, que tudo delegam e depois ousa estranhar a acção dos que diferem e vão à luta.
O mais interessante nisto tudo, é que ao contrário dos doutos egoístas que em vários fóruns vi manifestarem-se, a minha filha, com 12 anos, depois de pensar um pouco disse-me convicta: Faz sentido! Não faz mal. Se não fizer exame naquele(s) dia(s), farei noutro e assim os professores terão lutado pelo que é justo.
Nestas alturas, fico aliviado, pois percebo que ainda temos salvação. Provavelmente, tal só acontecerá na geração que nos segue, mas sempre é melhor do que nada.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/professores-as-greves-contra-os-utentes=f813438#ixzz2W0pOyKus
Junho 13, 2013 at 10:15 am
Ouvi as declarações do Crato.. nojentas.. só ao nível das da Maria de Lurdes….perdeu para mim toda a réstia ínfima de dúvida que ainda podia ter .. da minha parte morreu de vez.. QUANTO A ALGUM PLANO B QUE O GOVERNO POSSA TER NÃO ACHO QUE O TENHA……pior nem querem ter.. dessa forma atiram todo o ónus do que correr mal para cima dos professores ..as últimas declarações do Crato apontam para isso mesmo…acho mesmo que nunca foi intenção deles ter plano b..aliás esse é mesmo o plano deles…não ter plano b ..
Junho 13, 2013 at 10:31 am
Excelente! Parabéns!
Junho 13, 2013 at 10:32 am
Junho 13, 2013 at 10:32 am
BOM TEXTO CLARO E LIMPINHO…
Junho 13, 2013 at 10:35 am
7
Concordo. Não pensei que NC fosse desiludir desta forma!
Junho 13, 2013 at 10:56 am
Muito esclarecedor! Apesar de reformada sou a favor da escola pública! Não desistam!
Junho 13, 2013 at 10:59 am
MUITO MUITO INTERESSANTE…
http://www.edudemic.com/2012/09/swedens-newest-school-system-has-no-classrooms/
Junho 13, 2013 at 11:02 am
Mihranda, pois eu esperava! Pois NC como comunicador, como divulgador da ciência é muito bom mas relativamente às Ciências de educação sempre deixou muito a desejar desprezando quem sabe…Desde o princípio que disse que iria ser um mau ministro…
Junho 13, 2013 at 11:19 am
Concordo plenamente com estas palavras de um nosso colega: Francisco Rodrigues
Tu! Sim, tu… não vires a cara fazendo de conta que não sabes que é contigo que estou a falar! Pois, é mesmo contigo que estás a pensar ir trabalhar na tua escola para vigiar exames aos quais eu me recuso comparecer porque vou fazer greve! Já estás a prestar-me atenção? Então ouve! Se entrares no secretariado e assinares a folha de presenças nunca mais deves abrir a boca para te queixares que te dói a cabeça porque os trinta meninos não se calam e tu não consegues fazer render a aula de quarenta e cinco minutos! Não podes voltar a dizer que chegas a meio do ano e nem sequer sabes o nome de mais de metade dos teus alunos, porque eles são tantos! Tens que deixar de te lamuriar que passas os fins-de-semana a preparar aulas, a ler trabalhos, a preparar e corrigir testes, e que por essas razões nunca te deitas antes das duas da manhã! Aquela história de que mal vês os teus filhos e quase nunca tens tempo para dar um passeio com eles e com o teu cônjuge, que já te olha de lado, é isso mesmo, história, porque não terás mais forma de o dizer a ninguém! Nem sequer terás credibilidade para dizer que te preocupas muito com os teus alunos, aqueles que mal conheces e de quem não sabes sequer o nome! Vais ter que deixar de lado aquele semblante artisticamente carregado quando dizes ter muita pena daqueles coitados que eram contratados e que agora estão desempregados, e mesmo dos outros que encontras na caixa de uma superfície comercial, e de quem até dizias serem excelentes professores e bons profissionais, para além de muito dedicados! Quanto ao mês que sobra quando acaba o teu salário, esquece, poupaste 50 euros ao assinar a folha de presenças, lembras-te? Faz-lhes bom proveito! E aqueles desabafos quando te vês na obrigação de atender mais um encarregado de educação, mas tens que registar as faltas, escrever e imprimir algumas cartas para enviar a outros encarregados de educação que nunca se dignam ir à escola, a não ser para tirar satisfações contigo sobre tudo e sobre nada do que se passou com o seu educando mas nunca para te apoiar nas estratégias a desenvolver para melhorar o aproveitamento desse mesmo educando, preencher registos e avisos de receção e até colar os selos nos envelopes… esquece! Para além disso lembra-te que um dia destes será a tua vez, porque vais envelhecer e tornar-te um empecilho para a escola que quer gente dinâmica e será dirigida por uns senhores que só querem resultados, custe o que custar, e por isso, mesmo tendo tu as articulações emperradas te enviarão para a mobilidade especial, o que teria piada se não fosse um caso sério! Lembra-te também que para tu teres turmas a mais com alunos a mais há muitos outros professores que não têm turmas nenhumas! E nunca te esqueças que a escolha foi tua… foste tu que assinaste a famigerada folha de presenças!
Junho 13, 2013 at 11:27 am
Nem uma referência ao 1.º Ciclo. O habitual. No fim da “luta”, serão os docentes do 1º Ciclo vendidos por trinta dinheiros e sacrificados (uma vez mais) em nome de “bens maiores”…
Junho 13, 2013 at 11:32 am
Torgal, bom texto.
Isso mesmo. Chegámos ao limite. A corda vai partir.
Junho 13, 2013 at 11:40 am
Excelente.
E quem assim escreve é, certamente, um excelente professor.
Geralmente, os ministros da educação são oriundos do ensino superior. E julgam que dar aulas ao ensino básico e secundário é a mesma coisa que dar aulas no ensino superior. Enganam-se. Dar aulas a alunos dos 12 aos 16 anos é do pior que há. Claro que não são todos iguais. Mas os piores ainda passam por aqui. E para destruir uma turma bastam meia dúzia deles.
À exceção dos professores (do ensino básico e secundário), ninguém mais faz ideia do que é ser professor do ensino básico e secundário.
Junho 13, 2013 at 11:54 am
Não sou professora mas tenho pelos professores uma enorme admiração e percebo tudo o que está em causa. Mas não acredito na eficácia de greves feitas assim, em período crítico para os alunos. Os alunos estão a sofrer na pele as consequências do desmoronar do País e não precisavam de ser usados como arma nestes dias em que já estão suficientemente inquietos. Há que arranjar outras formas de protesto, greves não resolvem nada, só desestabilizam. Com alguma inteligência podem usar outras opções (por exemplo fazendo os exames mas não os corrigindo…). Discordo desta greve aos exames, os alunos já estão a ser vítimas de muita coisa.
Junho 13, 2013 at 12:05 pm
#19
O seu texto é um exemplo de propaganda demagógica. Apenas isso.
Junho 13, 2013 at 12:06 pm
#i0
Luís Reis Torgal,
Muito obrigada pelo retrato fiel que traçou do nosso quotidiano.
Excelente.
#15,
Muito Bem.
#11
Crato, c’est la nausée!
Junho 13, 2013 at 12:07 pm
Junho 13, 2013 at 12:08 pm
e vão sê-lo ainda mais se deixarmos rolar as coisas como sempre…e então um destes dias quando mais nada as pessoas tiverem a perder já não farão nem greves nem manifs farão coisas bem piores acredita.. aprende história..ela ensina-nos isso…a nossa memória é que é muito selectiva..muito mesmo..já dizia este..
“A conformidade é o carcereiro da liberdade e o inimigo do crescimento.”jonh kennedy
Junho 13, 2013 at 12:09 pm
# 16
Luzia, se pensasse um bocadinho, estava caladinha.
Sou professor do 3º ciclo e ensino secundário e não conheço um único professor do 1º ciclo, com a minha idade, que não esteja aposentado há mais de 5 anos.
Junho 13, 2013 at 12:10 pm
Se conseguir, pense no seguinte: se o MEC tivesse apresentado atempadamente as propostas que agora pôs em cima da mesa e se os professores tivessem feito uma greve prolongada durante o terceiro período, isso não afectaria os exames? Afinal de contas qual é a forma de luta que propõe?
Junho 13, 2013 at 12:10 pm
As tretas piegestas do costume, a pura imbecilização desde a infância:
“que se pretende democrática, inclusiva, humanista e exigente.”
Junho 13, 2013 at 12:11 pm
#19
Ainda?!
A sua teimosia e ignorância são de tal ordem que se torna ofensiva.
A sua opinião é uma não-opinião.
Junho 13, 2013 at 12:11 pm
#25 era dirigido a #19
Junho 13, 2013 at 12:12 pm
Proposta…na segunda feira os colegas que tenham Cturma no dia da dita greve geral e que se encontrem em escolas do 2º e 3º ciclo podem organizar -se para que faltem apenas os colegas de escalões mais baixos não se realizando dessa forma os ditos ct e poupando-se.. ora para sacana sacana e meio…..desta forma o fundo de greve daria para isso..20 25 euros a cada um pode cobrir tal acto..
Junho 13, 2013 at 12:13 pm
#23,
Concordo inteiramente contigo.
Já faltou mais para alguém perder a cabeça, quando, na verdade, não (se) tem mais nada a perder.
Junho 13, 2013 at 12:14 pm
#28, Pedro
A inteligência da sra. não dá para mais…
Junho 13, 2013 at 12:15 pm
HÁ UNS QUE JÁ NASCEM TODAVIA IMBECIS E FORMAM ESSA IMBECILIDADE VIA INTRAUTERINA..PARA 26..
Junho 13, 2013 at 12:20 pm
#0
Peço desculpa: disse Luís Reis Torgal em vez de L. Filipe Torgal.
(Se não me falha a memória, o 1º é, também, um grande Professor do Superior – U Coimbra -, de História).
Junho 13, 2013 at 12:23 pm
a preocupação do governo é unicamente proteger os interesses dos bancos e das financeiras, que foram mto bem servidos pelos governantes (e continuam a ser servidos!), e criar exceções à lei da mobilidade para os amigos
http://www.publico.pt/economia/noticia/consultora-recomendou-liquidacao-de-dois-swaps-complexos-da-refer-1597196
Junho 13, 2013 at 12:24 pm
foi s “heroína” do PM e do Caspar quem subscreveu os contratos tóxicos:
“Contratos foram subscritos quando a secretária de Estado do Tesouro era directora financeira da empresa. Stormharbour recomendou denúncia de outros 52 produtos.”
Junho 13, 2013 at 12:25 pm
Só queria deixar aqui um acrescento. Sou filho de uma professora da R.A.A. Estou a finalizar a minha licenciatura em Gestão e gostaria de deixar aqui bem presente que vi a entrevista do Professor e adorei. Gostaria só que tivesse acrescentado uma parte a meu ver fulcral. O Governo tem a noção do investimento que foi feito nos países do que o Ministro fala? Um professor até estaria as 40h na escola se tivesse condições para isso. Desde preparar aulas, testes até ao corrigir testes com certeza ultrapassam esse tempo, mas não têm (felizmente ou infelizmente) condições para isso no seu local de trabalho. Enquanto um engenheiro ou gestor ou médico ou até mesmo ministro pousa a pasta quando chega a casa o professor tem uma lista de coisas ainda para finalizar. As escolas de momento não tem escritórios ou salas para os professores. Não têm computadores funcionáveis e para piorar muitos não têm uma impressora ou se têm não chega para os muitos professores. Concordo com os professores espero que a adesão à greve seja grande. Os alunos estão do lado dos professores até porque sabem a sua nota pelas auto-avaliações e porque foram estes uma parte importante da sua formação. Mais, se o aluno tiver mais uma semaninha para estudar para o exame, melhor. Com o maior respeito a todos os professores deste país e pelo trabalho que desenvolvem diariamente pelo futuro do país deixo aqui um apelo, adiram à greve e mostrem que são uma componente sólida, solidária e imprescindível da nossa sociedade.
Cumprimentos.
Junho 13, 2013 at 12:26 pm
“Numa escala de um a cinco (sendo o cinco o patamar de maior complexidade), a Stormharbour deu uma pontuação de quatro e de três aos instrumentos vendidos pelo Bank of America e pelo JP Morgan, quando a actual secretária de Estado do Tesouro era directora financeira da empresa.
Maria Luís Albuquerque, que tem estado a liderar as negociações do Estado com os bancos que comercializaram estes instrumentos, tem vindo a afirmar que a Refer nunca subscreveu swaps considerados especulativos na auditoria conduzida desde meados do ano passado.”
Junho 13, 2013 at 12:26 pm
#15
Vou imprimir , com a devia referência ao autor , e distribuir pelos colegas logo na reunião . Temos apenas um aluno a fazer exame e muitos estão já a assobiar para o ar.
Junho 13, 2013 at 12:27 pm
“O que restará deste país no futuro gerido por políticos histriónicos ou pardacentos, que apenas estão interessados em governar o presente e pouco se preocupam em acautelar o futuro?”
Excepção feita ao seu próprio futuro…
Junho 13, 2013 at 12:31 pm
36
Caro Luís Júnior:
O governo sabe muito bem disso tudo. O governo segue a sua agenda particular para a educação, que passa por criar novas PPP style, dando aos privados a “mina” do negócio da educação obrigatória. Não é por acaso que todos os empresários, alguns deles ex-governantes, ligados ás ESE’s privadas suportam incondicionalmente este governo. São eles os interessados: querem formar os profs nas suas ESE’s (privadas e mediocres) e colocar os profs que formam nas escolas de ensino obrigatório que lhes serão atribuídas, e poderiam fazê-lo dado estarem nessa altura em gestão privada onde o diretor escolhe quem contrata, acabando-se com os concursos nacionais de profs que garantem a transparência das colocações. Seria sem dúvida um dos negócios do século.
Junho 13, 2013 at 12:37 pm
Seria com certeza. A primeira parte é apenas uma referência a entrevista que, gostei muito e acho que o Ministro teve quase em França, ao lado do Sócrates, de tanto tentar esquivar o sentido de oportunidade, a meu ver exímio, do Professor em questão ;). A segunda parte seria então para esse seu comentário que desde já agradeço pois não conhecia tão bem essa realidade. De qualquer forma julgo que essa parte será unânime: os alunos percebem e os professores têm de parar de ser carne para canhão. Quantas e quantas vezes os professores não fazem greve e não lutam pelos seus direitos para não prejudicar os alunos? Desta vez não estão a prejudicar apenas adiam o exame, portanto sigam com força para a batalha.
Junho 13, 2013 at 12:38 pm
A presidente da Associação de Professores de Português atribuiu os maus resultados à “falta de concentração dos alunos” que, frisa, foi “motivada por factores externos”.
Junho 13, 2013 at 12:54 pm
#42
Lamentável, este tipo de justificações…
Junho 13, 2013 at 12:59 pm
Maravilha de texto, o do colega Torgal! E outros, como o #15. o #18…
Bem hajam.
Junho 13, 2013 at 1:05 pm
A “escola pública que se pretende democrática, inclusiva, humanista e exigente.” é a mesma que alinha nestas coisas:
Junho 13, 2013 at 1:06 pm
… quem tiver dúvidas …
«A new climate change infomercial released by a prominent global warming activist organization depicts children being exploded for not agreeing to reduce their “carbon footprint”, as AGW (manmade global warming) skeptics are grotesquely blown up with innards and blood splattering everywhere, a frightening reminder of the fact that the environmental agenda is merely a veil for the hideous New World Order cult of death, and that the vehemently discredited and increasingly desperate global warming movement is resorting to increasingly extremist scare tactics.
Entitled “No Pressure,” the clip begins by showing a teacher brainwashing children about CO2 emissions, before blowing up two kids who do not go along with the mantra and refuse to lower their “carbon footprint”.
The video continues in the same vein, as climate skeptics are liquidated and their bodies horribly ripped apart for having the temerity to hold a different viewpoint, in scenes that wouldn’t look out of place in the most stomach-churning horror movie.
Stunned by the massive backlash the video has generated in just the first few hours of its release, the organization behind the stunt, 10:10 Global (email them), pulled the clip from their own website. “Sorry, we’ve taken this video down for now. More info coming very soon,” reads the text on the page where the video formerly appeared.
…
Another prominent figure in the climate change debate who exemplifies the violent and death-obsessed belief system of the movement is Dr. Eric R. Pianka, an American biologist based at the University of Texas in Austin. During a speech to the Texas Academy of Science in March 2006, Pianka advocated the need to exterminate 90% of the world’s population through the airborne ebola virus. The reaction from scores of top scientists and professors in attendance was not one of shock or revulsion — they stood and applauded Pianka’s call for mass genocide.
The current White House science czar John P. Holdren also advocates the most obscenely dictatorial, eco-fascist, and inhumane practices in the name of environmentalism. In his 1977 Ecoscience textbook, Holdren calls for a “planetary regime” to carry out forced abortions and mandatory sterilization procedures, as well as drugging the water supply, in an effort to cull the human surplus.
Given that these are the individuals at the forefront of the environmental movement, is it any surprise that we are now seeing their talking points appear in depraved and debauched infomercials like the 10:10 Global film, which openly promotes the idea of a “final solution” for dissenters who refuse to be brainwashed by the climate cult?
This movie proves beyond all doubt that the AGW (Anthropogenic Global Warming) alarmists have well and truly lost any rational scientific debate as to the causes of climate change and have just resorted to barbarous veiled threats about mutilating and killing anyone who disagrees with them.
ORIGINAL ARTICLE AT: http://www.infowars.com/climate-film-…
Related article: Climate Cult Indoctrinating our Kids with Depraved Death-Wish — http://www.prisonplanet.com/climate-c…»
Junho 13, 2013 at 1:09 pm
#42 Só podem ser doentes dos pirolitos! Falta de concentração? Estão mesmo doidos e sem noção do ridículo! Falta de concentração é nas aulas normais, isso sim e ninguém se preocupa com essa falta de concentração. Que tristeza, é só doidos por todo o lado. Porr. que é demais!!!
Junho 13, 2013 at 1:09 pm
Pedro Romano Martins, especialista em direito do trabalho, explica que os professores são obrigados a responder a esta chamada considerando que o Ministério da Educação está assim a tentar garantir que mesmo que uma percentagem de docentes faça greve existam professores para vigiar os exames. Os sindicatos, que já contestaram esta iniciativa que chegou ontem às escolas, já fizeram questão de lembrar que os professores em greve podem faltar, mas Romano Martins diz que a lei os obriga a responderam a esta chamada.
Junho 13, 2013 at 1:13 pm
#48
Lembro que já ontem o nosso colega António Duarte disse que, estando em greve, NÃO temos de ir à escola.
Junho 13, 2013 at 1:14 pm
#48 Entro na escola às 8.30 e respondo depois faço marcha a casa e ponto final!
Junho 13, 2013 at 1:22 pm
#48 Se são obrigados a responder, então não podem fazer greve, não é? Quero que eles vão levar onde levam as … Só concentrá-los todos no campo pequeno como sugeriu um certo militar…, é que me consolava!
Junho 13, 2013 at 1:24 pm
#48
Falso, falso, falso. Até segunda vão aparecer vários cromos a lançar a dúvida, a criar medo, a desmobilizar. Quem está em greve, está em greve. Não tem que responder a chamada nenhuma da direcção. São as direcções que vão fazer as convocatórias. Quem faltar à convocatória por greve não tem que fazer mais nada. Mas, como em todas as convocatórias, pode-se faltar por doença, cumprimento de obrigações, etc. É uma convocatória igual a todas as outras. E é da direcção, não do ministério.
Junho 13, 2013 at 1:26 pm
41
é uma agenda muito forte porque as PPP nos outros setores esvairam-se e agora o ensino obrigatório é a grande frente. São os empresários do ensino superior privado, sobretudo das instituições que formam professores como acima referi, os principais interessados, o que faz toda a lógica (seria um brutal duplo negócio), mas constou-me que o próprio grupo Mello tb estaria interessado. Para isso há que despedir o maior número de docentes no curso prazo e sob responsabilidade do Estado, para tornar o negócio atrativo para esta gente.
Junho 13, 2013 at 1:28 pm
A desinformação a funcionar – e a ser aproveitada quando conveniente…
1. Os professores são CONVOCADOS para dia 17.
2. Os professores NÃO COMPARECEM porque ESTÃO EM GREVE.
Nada mais simples do que isto, sem quaisquer outras implicações.
Junho 13, 2013 at 1:34 pm
#54
Exatamente.
Junho 13, 2013 at 1:35 pm
Daqui a uns anos vou perguntar aos meus queridos colegas: “Onde estiveste no dia 17 de junho de 2013?”
E separarei os bons dos mediocres!
Junho 13, 2013 at 1:47 pm
56
daqui a uns anos o Nunus Cratus estará mais velho, perceberá que já se encontra a mais de meio caminho do fim, e nessa altura tb perceberá que servir os interesses camuflados privados, levando as pessoas ao desemprego e à miséria, não dá felicidade, mto antes pelo contrário. Tb intuirá tardiamente que uma vida sem ética é uma vida sem estética que não vale a pena ser vivida (escrevo isto inspirado em Witgenstein).
Junho 13, 2013 at 1:54 pm
mesmo o Barroso, que é o único que chegou de facto longe (evidentemente devido a interesses camuflados), ninguém se há-de lembrar do nome, daqui a uns “meros” 50 anos. Só mesmo os estudantes europeístas hão-de conhecer o nome e nessa altura tb conherão porque é que um sujeito cinzento e mediocre chegou ali. Será um “case-study” para os especialistas da Europa.
Junho 13, 2013 at 2:01 pm
#0 Excelente; soberbo….
Vou levar , posso?
Penso que sim…levo!
Junho 13, 2013 at 2:09 pm
[…] https://educar.wordpress.com/2013/06/13/opinioes-luis-filipe-torgal-8/#comment-882390 […]
Junho 13, 2013 at 2:10 pm
quanto ao V Constâncio, que os europeus não conhecem nem conhecerão, serão so “ratos de biblioteca” um dia a dar com ele e a demonstrarem o porquê da Europa ter falhado: como é possível um governador de um banco central, que assistiu ao caso BPN, BPP, etc, “sem dar conta” e sem atuar eficazmente, ter sido promovido a vice do BCE? Será por isso um “case study” do falhanço da UE, pelo menos do falhanço da UE na fase em que nos encontramos, ainda que ninguém lhe vá fixar o nome.
Junho 13, 2013 at 2:14 pm
Direito à greve (P.A.Q.)
P – Quem tem direito a fazer greve?
R – O direito à greve, consagrado na Constituição da República Portuguesa, é um direito de todos os trabalhadores, independentemente da natureza do vínculo laboral que detenham, do sector de actividade a que pertençam e do facto de serem ou não sindicalizados.
P – Pode um trabalhador não sindicalizado ou um trabalhador filiado num sindicato aderir à greve declarada por um outro sindicato?
R – Pode, desde que a greve declarada abranja a empresa ou sector de actividade bem como o âmbito geográfico da empresa onde o trabalhador presta a sua actividade.
P – Deve o trabalhador avisar antecipadamente a entidade empregadora da sua intenção de aderir a uma greve?
R – Não, o trabalhador, sindicalizado ou não, não tem qualquer obrigação de informar o empregador de que vai aderir a uma greve, mesmo no caso deste lho perguntar.
P – E depois de ter aderido à greve, tem que justificar a ausência?
R – Os trabalhadores não têm que proceder a qualquer justificação da ausência por motivo de greve.
P – O dia da greve é pago?
R – Não. A greve suspende, no que respeita aos trabalhadores que a ela aderirem, as relações emergentes do contrato de trabalho, nomeadamente o direito à retribuição e, consequentemente, o dever de assiduidade.
P – E perdem também direito ao subsidio de assiduidade?
R – Não. A ausência por motivo de greve não afecta a concessão de subsídio de assiduidade a que o trabalhador tenha direito.
Não prejudica também a antiguidade do trabalhador, designadamente no que respeita à contagem do tempo de serviço.
P – Quem pode constituir piquetes de greve?
R – Os piquetes de greve são organizados pelos sindicatos e são constituídos por um número de membros a determinar pelos respectivos sindicatos para cada empresa.
P – Quem pode integrar os piquetes de greve?
R – Podem ser integrados por trabalhadores da empresa e representantes das associações sindicais, mas sempre indicados pelos sindicatos respectivos.
P – Que competências têm os piquetes de greve?
R – Os piquetes de greve desenvolvem actividades tendentes a persuadir os trabalhadores a aderir à greve, por meios pacíficos e sem prejuízo do reconhecimento da liberdade de trabalho dos não aderentes à greve
P – Os piquetes de greve podem desenvolver a sua actividade no interior da empresa?
R – Sim. Desde que não ofendam ou entravem a liberdade de trabalho dos não aderentes.
P – O empregador pode por qualquer modo coagir o trabalhador a não aderir a uma greve ou prejudicá-lo ou discriminá-lo pelo facto de a ela ter aderido?
R – Não. É absolutamente proibido coagir, prejudicar e discriminar o trabalhador que tenha aderido a uma greve. Os actos do empregador, que impliquem coacção do trabalhador no sentido de não aderir a uma greve e/ou prejuízo ou discriminação pelo facto de a ela ter aderido, constituem contra-ordenação muito grave e são ainda punidos com pena de multa até 120 dias (art.ºs 540.º e 543.º do CT, respectivamente).
Junho 13, 2013 at 2:20 pm
Teste à censura
Junho 13, 2013 at 2:26 pm
Bom texto!
Devia ser assimilado pelos líderes sindicais, que reproduzem um discurso “lutadeiro” muito esteriotipado e virado para o “consumo interno”.
Há, porém, que sublinhar e analisar outra dimensão desta luta dos professores: a dimensão mais estritamente política.
O que, antes de mais, está em causa no braço de ferro que o governo está a fazer com os professores é um problema de PODER.
O governo, apoiado no discurso dominante da “inevitabilidade”, da “ausência de alternativas” para as suas políticas austeritárias – que revela o tipo de “diálogo” e de “consenso” que se pode esperar -, quer, a todo o transe, mostrar à população, e em particular aos FP, que a única via possível é a do processo de “ajustamento”, traduzida na precarização sistémica, na baixa dos salários e dos direitos laborais e sociais.
A luta dos professores, empolada pela sua visibilidade mediática e pelo seu impacto social (acaba por afectar todas as famílias), constitui um enorme desafio à política do governo e uma ameaça à sua autoridade, que assenta cada vez mais no poder dissuasor do medo e na força cega e esmagadora da arbitrariedade.
Com tantos seguidores de Thatcher nas hostes governamentais, a tentação, a inclinação para “meter os zecos os seus sindicatos na ordem” e dar o exemplo para os demais é, diria, quase natural. Daí o braço de ferro, a intransigência do MEC perante as reivindicações dos professores.
Resta a estes a capacidade e discernimento para – estribados na justeza das suas razões e convicções – levar por diante esta luta, que não será decerto fácil, mas que pode ser vitoriosa, a começar pelo seu carácter de exemplaridade, pela importância política de que se reveste neste momento.
Junho 13, 2013 at 2:33 pm
Muito Bom! Parabéns 🙂 Coloquei no meu mural do Facebook!
Junho 13, 2013 at 2:38 pm
Muito bem. Já levei, espero que não se importem nem o dono do texto nem o dono desta casa que tanto bem me tem feito. Obrigada.
Junho 13, 2013 at 2:38 pm
Razão teve o Mário Nogueira que ao fim de 2 anos de professor arranjou “lugar” a tempo inteiro no SPRC e na FENPROF e não imagina o que é hoje a escola pública.
Também por isso meteu o filho no ensino privado.
Coerências…
Junho 13, 2013 at 2:39 pm
#6
é assim mesmo, agora quando temos filhos de professores a serem os primeiros da turma a insurgirem-se com a situação (aconteceu-me com um filho de um colega) é que é de estranhar, alguma coisa está mal naquela família.
Junho 13, 2013 at 2:39 pm
#64
…pode ser vitoriosa…
Cada professor, individualmente, conta. Não é um número, é uma força, cuja simples existência está a pôr o Governo à beira de um ataque de nervos.
Junho 13, 2013 at 2:48 pm
Dr. Paulo
Os exames vão decorrer com normalidade.
Os Professores que desejarem fazer greve podem fazê-lo, porque é um direito que lhes assiste. Os Docentes que desejarem apresentar-se ao trabalho de exames também o devem poder fazer em liberdade (e daí a convocatória). Estes últimos vão ser muitos….. porque, acima de tudo, colocam os interesses dos alunos e suas famílias em primeiro lugar.
🙂
Junho 13, 2013 at 2:56 pm
O discurso da “inevitabilidade”, da “ausência de alternativas” é apanágio desta equipa de pessoas que está à frente dos destinos do país.
Também não havia plano B ao orçamento de estado;
não havia possibilidades de negociar mais tempo nem mais dinheiro com a troika.
Agora é “impossível” marcar um outro dia para o exame…
Se cria transtornos? É certo que cria.
Os transtornos de hoje evitarão a destruição do que ainda resta da escola pública.
E olhemos para a Grécia, onde se está a ensaiar o desaparecimento da televisão pública.
Junho 13, 2013 at 3:05 pm
muito muito muito interessante vale a pena ouvir este 4 minutos e tal..
Junho 13, 2013 at 3:11 pm
#15: De acordo com alguns comentadores deste blog, não diga isso olhe que sabe lá a situação económica de quem está no quadro! Os 50 euros até lhes podem fazer falta. A mim é que não fazem, que só estou no 1º e já lá vão 3 dias de greve! Mas à trampa o convívio com a trampa!
Junho 13, 2013 at 3:12 pm
Dos eufemismos da “requalificação” e das “regularizações dos enquadramentos legais”. Da manha de governar acima da lei e dos cidadãos:
1- “O secretário de Estado do Orçamento reconheceu nesta quarta-feira que
existe “uma contradição” entre o Orçamento do Estado (OE) aprovado e a obrigação legal de pagar o subsídio de férias aos funcionários públicos em Junho, mas garantiu que a regularização do enquadramento legal deverá estar concluída “até ao final de Junho”.
2- “Passos Coelho admite alterar a lei para permitir serviços mínimos”
Junho 13, 2013 at 3:13 pm
#16: não venham os do 1º ciclo armados em mártires, que eu bem vi como TODAS as classificações internas chegaram A TEMPO E HORAS!!!
Junho 13, 2013 at 3:13 pm
Por mais que tente vestir a pele do colega que vai comparecer na segunda feira na escola, só vejo uma forma de não chorar a vida inteira o dinheiro que iria receber ao fim do mês, e era dá-lo a uma instituição de solidariedade. Caso contrário, só mesmo comprar uma corda para pendurar numa figueira. Mas cada é tem os princípios e a formação que teve, que havemos de fazer…
Junho 13, 2013 at 3:19 pm
#62
Não puderam ser decretados serviços mínimos porque na lei não está especificamente previsto o sector da educação; será que há o direito à greve na educação quando o texto só refere empresas?
Junho 13, 2013 at 3:23 pm
#64
EXCELENTE.
Para se compreender bem o significado da nossa luta.
Junho 13, 2013 at 3:23 pm
#70
Devo confessar que gosto desse finíssimo sentido de humor.
Very british. Like.
Junho 13, 2013 at 3:26 pm
Reunião num agrupamento de exames, esta manhã…
Ideias que ficaram no ar, entre frases inacabadas, trocas de olhares e sorrisos:
a) E se o secretariado fizer greve? É possível substituir o secretariado em cima da hora? Quem assegura não só o serviço mas a sua qualidade, sem falhas que comprometam a realização dos exames?
Ficou a ideia de que muito dificilmente se poderão assegurar os exames sem secretariado.
b) E se os coadjuvantes fizerem greve? Podem ser substituídos?
A ocorrência deverá ser imediatamente reportada ao agrupamento de exames. O qual dará uma resposta que, neste momento, não faz ideia de qual será 😉 Já houve situações em que um coadjuvante assegurava várias escolas. Mas, em caso de greve, a lei é bem explícita: não se pode substituir um trabalhador por outro que, à data do pré-aviso, não pertença ao serviço (escola/agrupamento) do trabalhador em greve.
c) E quantos professores para vigiar cada sala?
Até ver, a lei (norma) é bem clara: 2 professores por cada sala.
d) E a miríade de situações “estranhas” que podem ocorrer, face à situação excecional que será vivida no dia 17?
Se o secretariado e/ou direção não conseguirem resolver (dentro da lei), deverão comunicar imediatamente ao agrupamento de exames e serão resolvidas (ou não) caso a caso.
Junho 13, 2013 at 3:32 pm
Luís XIV de Bourbon (em francês Louis XIV; Saint-Germain-en-Laye, 5 de Setembro de 1638 – Versalhes, 1 de Setembro de 1715), conhecido como “Rei-Sol”, foi um monarca absolutista da França, reinando de 1643 a 1715.
A ele é atribuída a famosa frase: “L’État c’est moi” (apesar de grande parte dos historiadores achar que isso é apenas um mito”
Passos Coelho e a sua corte, melhor dizendo, a corte e o seu Passos Coelho, pretendem tornar este mito realidade, refundando o absolutismo neo-liberal.
Com tratamento capilar em vez de perucas, murmuram, ao modo de um ministro das finanças almejando um Richelieu de novo tipo _ “Nós é que somos o Estado!”
Junho 13, 2013 at 3:33 pm
#80
E se os 2 professores vigilantes tiverem que sair da sala, entram os suplentes e se estes saírem … será que sobram professores para vigiar?
Junho 13, 2013 at 3:37 pm
#54
Discordo, pois depende do que diz a convocatória – a greve é aos exames e não à realização de outro serviço na escola.
Junho 13, 2013 at 3:39 pm
#82
Depende do número de professores do agrupamento que não façam greve.
Por isso, para quem faz greve, nada melhor que não ir à escola.
Junho 13, 2013 at 3:39 pm
Texto excelente!!!
Muito bem retratada a vida de um professor, para quem ache que mais hora menos hora não faz diferença.
O Marcelo devia ler iso, ele que pensa que os profs vão passar a trabalhar 40 horas lectivas por semana!! Qual o ser humano que aguentaria dar 8 hoas de aulas diárias??
Junho 13, 2013 at 4:03 pm
#48
O direito à greve suspende os deveres inerentes à relação laboral, pelo que não há qualquer obrigação de “responder” seja ao que for. O especialista citado apenas mostra falta de competência e de isenção para comentar um assunto da sua suposta especialidade.
#77
Na lei estão previstos um conjunto de sectores e serviços, públicos e privados, que não podem parar completamente em situação de greve, por a sua falta colocar em causa direitos essenciais. Aliás, a maioria são serviços públicos, como as urgências hospitalares, a polícia, os bombeiros, a protecção civil.
#83
A convocatória da greve do dia 17 diz que é para todo o serviço. Convém ler antes de comentar apressadamente.
Junho 13, 2013 at 4:06 pm
#85
Isto tudo é mesmo um problema de falta de leituras. Um texto excelente e não o lêem, e andam a dar ouvidos a quem não devem.
Resolvia-se tudo com uma conversinha de pé de orelha, não é, reb?
Andámos a votar neles e agora não nos ligam nenhuma, certo?…
Junho 13, 2013 at 4:09 pm
#80
O melhor mesmo é faltar toda a gente.
Se nos vamos a fiar no rigor&exigência apregoados por esta gente, e ficamos à espera que dêem ordens para não se realizarem exames sem que as condições regulamentares estejam reunidas, somos capazes de ter uma surpresa.
A direita portuguesa sempre foi mais adepta da arbitrariedade do que do rigor e nunca foi muito exigente consigo própria.
Junho 13, 2013 at 4:49 pm
Parabéns ao autor do texto, que está excelente. Pena é que este tipo de mensagem não tenha chegado mais cedo aos EE.
Razões da greve à parte, certo é que, ao contrário do que o comentador Luis Junior refere, para os alunos – em especial os do 12º – não se trata de terem mais uma semana para estudar. Esta greve vai gerar muitas injustiças e criar desigualdades grandes. Independentemente de argumentos contra e favor de ambos os lados “das trincheiras” – que os há – o certo é que na segunda feira vão haver escolas e alunos que realizarão o seu exame de Português (os alunos do ensino privado ou semi-privado de certeza que o farão!) e outros que não o realizarão; não estarão, portanto, em condições de igualdade para concorrer em condições de equidade ao ensino superior…os exames serão diferentes, os que fizerem mais tarde terão um tempo extra para se preparar… melhor
Junho 13, 2013 at 4:54 pm
Não será essa a intenção deles?? ..vir dizer :vêm no privado tudo decorreu normalmente..coisa e tal..olha que…
Junho 13, 2013 at 5:21 pm
Bem escalpelizada a nossa vida de professor(a). Post excelente.
Junho 13, 2013 at 5:37 pm
#89
se os alunos não fizerem exame agora ser-lhes-á dada oportunidade de fazerem outro exame mais tarde. Terá que ser essa a solução. Desigualdades porquê? Lembrem-se que, há anos atrás, existiam no 12º ano, duas chamadas para cada disciplina. Era o aluno que escolhia a qual delas se apresentava. Para o mesmo universo de alunos, duas provas diferentes em tempos diferentes. No limite ( como Crato gosta de dizer) pode sempre acontecer isto.
Junho 13, 2013 at 5:57 pm
Perguntem aos filhos se as aulas com 28 ou 30 alunos correm bem. Se gostam de ter professores cansados, exaustos e desalentados. Muitos pais nem conseguem, muitas vezes, aturar um, quanto mais uma sala cheia de adolescentes irreverentes, ativos e cheios de energia 🙂
Convidava certas pessoas a dar UMA aula a certas turmas… só uma…
Junho 13, 2013 at 6:01 pm
Gostei muito do texto.
Os meus parabéns.
Junho 13, 2013 at 7:26 pm
# 85 Dei eu, durante um dia da semana, todo o ano, porque os gajos que fazem horários no meu burgo assim o decidiram. Mais um atrevimento desses e vou a tribunal. Saía ao fim do dia com vontade de me atirar para o chão. Gosto desta expressão.
Junho 13, 2013 at 11:08 pm
# 75
Alô! Daqui escreve uma mártir do 1º Ciclo.
É só para informar que, depois de feita greve (2 dias) à reunião para avaliação dos alunos do 4º ano, as classificações acabaram por sair hoje – quer as internas quer as dos exames.
Sabe V. Exa por que razão?
Resumindo: “Ordens ministeriais” mandaram suspender as ditas reuniões “grevadas” (como se não tivessem acontecido) e mandaram afixar tudo!
Como pode constatar V. Exa, os mártires do 1º Ciclo acabaram por nem ter direito a fazer greve! Foi suspenso!!!
V. Exa, realmente… Vá… penitenciar-se!
Junho 13, 2013 at 11:11 pm
O meu obrigada pela clareza deste excelente texto. Muitos parabéns.
Junho 14, 2013 at 2:04 am
Impressionante…
Tanto trabalho que leva professores à exaustão, mas conheço tantos, mas tantos, que mesmo com esse trabalho sobre-humano ainda conseguem ganhar outro ordenado a dar explicações!
E atenção, que sou defensor dos professores. Exijo o respeito pelos professores, mas meus amigos, há muitas outras profissões extremamente desgastantes e sem os privilégios dos professores. Há cirurgiões que operam durante 4 ou mais horas seguidas… E olhem que o erro, nesse caso, pode significar a morte de alguém. Há os bombeiros que arriscam a vida para salvar as vidas dos outros. Há os engenheiros que produzem muito do material que permite aos professores terem aulas mais dinâmicas. E por aí fora…
É normalíssimo numa profissão comum (que não a de professor), o trabalhador ter que se deslocar mais de 50 km para ir trabalhar… Volto a repetir: é normalíssimo.
Depois, não me contem histórias de que as aulas têm de ser completamente remodeladas ano após ano. Alterações e adaptações, mas que levam uma ínfima parte do tempo que levou a preparar as primeiras aulas.
É óbvio que ser bom professor é cansativo e dá trabalho. É óbvio que exige imensa concentração. Mas é impensável, que se chegue a um nível de 8 horas lectivas por semana e apenas 4 manhãs na escola, como se chagava antigamente, em final de carreira. Não é possível. Não é sustentável.
Há muitas escolas privadas de renome, com turmas de 30 alunos. Aliás, sei de casos com 32 alunos. Não, não defendo essa regra nem que turmas dessa dimensão sejam o ideal. Agora, compreenda-se a situação do país e compreenda-se que precisamos de gastar muito menos. E não me digam também que é a alteração de 24 a 28 para 26 a 30 alunos por turma que vai destruir a escola pública. Isso sim, é demagogia e da barata.
Termino a dizer que muitos professores me marcaram durante a vida. Muitos professores foram importantes para mim. É importante dar autoridade e respeitar os professores. Mas meus amigos, é preciso haver alterações e não me parece que deva haver muitas excepções. Não estou por dentro de todos os assuntos, nem acredito que esteja tudo bem. Mas se querem corrigir erros, não sejam demagógicos nem queiram alterar aquilo com que qualquer outro trabalhador tem de conviver. Lutem pelo que está realmente errado. Mas não prejudiquem terceiros, ainda para mais quando esses terceiros são a razão da existência dos professores!
Bem hajam todos os professores, mas por favor, haja bom senso!
Março 11, 2014 at 7:47 pm
Howdy! I just would like to give an enormous thumbs up for the good data youve gotten right here on this post.
I will be coming again to your blog for extra soon.
Março 12, 2014 at 10:34 am
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anticipate complications prior to these people take place.