Questões colocadas pela jornalista Isabel Leiria e respondidas por mail.
O discurso de Nuno Crato sobre a avaliação, o facilistimo, a autonomia das escolas é conhecido. Acha que terá condições/apoio político para fazer grandes mudanças no sistema? Em que áreas será mais fácil/mais provável que mexa?
O apoio político depende de muitas circunstâncias, mas acredito que a sua escolha indicia que o actual primeiro-ministro e a maioria que suporta o Governo assumiu uma postura clara em relação à Educação, pelo que seria estranho que não apoiasse um ministro que até tem bastante apoio e expectativa no seio da classe docente.Claro que se antevê, desde já, uma coligação negativa, que une alguns dos teorizadores educacionais ligados a alguma esquerda herdeira das teorias dos anos 60 e 70 e a um certo sindicalismo desligado do quotidiano das escolas.É de esperar que mexa na avaliação a todos os níveis, desde a dos alunos à das escolas, passando pelos professores, esperando-se que o faça de forma integrada e gradual.
Também é de esperar que, por fim, se faça uma reforma curricular a sério no Ensino Básico.
Por agora, Nuno Crato parece contar com o apoio da maioria dos professores. Mas não é certo que quando mexer no dossier da avaliação dos professores tal se mantenha. Como perspetiva a relação de Nuno Crato com a classe docente?
Neste momento, Nuno Crato dispõe de um crédito favorável bastante alargado, apesar de alguns nichos que lhe são irredutivelmente contrários, mesmo que ele criasse o paraíso na terra.
Quanto tocar na questão da avaliação dos professores, tornar-se-á então muito clara a distinção entre aqueles que não querem qualquer avaliação, ou que a querem meramente cosmética (e aí teremos a aliança dos anti-tudo e os que queriam uma avaliação meramente instrumental para cortar a progressão na carreira) e quem está interessado numa avaliação do desempenho adequada aos tempos que vivemos, responsabilizadora, integrada na avaliação das escolas e dos alunos, e não baseada na representação administrativa do desempenho.
Nesse momento, sim, haverá um forte debate na classe docente, em que o unanimismo quase geral gerado entre 2005 e 2009 desaparecerá.
Na sua opinião, quais as áreas que mereciam intervenção prioritária?
A área de intervenção prioritária deveria ser a reforma curricular do Ensino Básico e uma reconfiguração dos ciclos de escolaridade que, na minha opinião, deveria levar à fusão entre o 2º e 3º ciclo, com a consequente adaptação e modernização dos programas disciplinares.
Isto passa, naturalmente, por uma revisão da Lei de Bases.
Em seguida, deveria ser feita uma reflexão, decorrente de uma avaliação não ideológica ou economicista, do processo de concentração escolar que está em curso e que, a médio prazo, se perceberá estar a ser feita de modo pouco criterioso ou com vantagens para as aprendizagens dos alunos.
Ao mesmo tempo, deveria considerar-se a flexibilização do modelo de gestão, voltando a contemplar a possibilidade de lideranças colegiais.
Por fim, deverá ser desenhado um modelo integrado de avaliação do desempenho dos alunos, professores e escolas que, com as devidas contextualizações e ponderações, terminasse um ciclo infeliz em que a avaliação do desempenho docente foi um mero instrumento de estrangulamento da progressão na carreira e um argumento político demagógico.
Junho 25, 2011 at 2:56 pm
Ora aqui está um discurso curto, claro e conciso 🙂 🙂
… seja lá isso o que for ou queira dizer.
De qualquer forma um discurso para guardar e rever dentro de algum tempo (para memória futura)
Junho 25, 2011 at 2:58 pm
E como se criará uma liderança colegial com a possiblidade da existência de uma carreira de director?
Junho 25, 2011 at 3:05 pm
Agora em filme, a fantástica história da conversão de Paulo, apóstolo de Crato.
Antes de ver, anote as diferenças.
Foi a 17 de Junho.
Não foi na Estrada de Damasco, mas na E.N.379, com o sol de frente, pela manhã.
Não ia a cavalo, mas num utilitário da fábrica do conciliador Chora (sindicalista dos bons).
Não perca:
Junho 25, 2011 at 3:07 pm
A fusão do 2ºciclo e 3º ciclo seria um retrocesso. Sou do tempo em que havia uma distinção clara entre o secundário e o preparatório. Enquanto aluna gostei. Senti que a passagem para o secundário estimulava o crescimento. O aparecimento de escolas de 2º e 3º ciclo infantilizou os jovens. A prova que estou correcta é que a passagem dos alunos do 9º para o 10º é mais dificil para os alunos que frequentam as Eb do que para aqueles que desde o 7ºano frequentam as escolas secundárias.
Junho 25, 2011 at 3:36 pm
Isso é uma entrevista a Paulo Guinote?
Junho 25, 2011 at 3:38 pm
Os trolls vão rabiar. Temos pena. Uma boa tarde de trabalho para eles.
Junho 25, 2011 at 3:42 pm
Foca aspectos essenciais necessários à reconstrução da Escola e à credibilização dos actores educativos…
( o caminho a trilhar apresenta também alguns pedregulhos que urge remover …)
Junho 25, 2011 at 3:59 pm
Como aluno, sou do tempo em que havia primária, 1.º, 2.º e 3.º ciclo do liceu. Não senti dificuldade de transição da primária para o 1.º ciclo, talvez por nesse tempo as admissões serem consideradas difíceis. Do 1.º para o 2.º ciclo, a principlal dificuldade foi a do número de disciplinas, de cinco para nove. Do 2.º para o 3.º diminuiram para seis. Talvez por ter ido para uma área de que gostava não senti nenhuma dificuldade. Fui sempre melhorando os resultados ao longo do liceu, se é que isso significa alguma coisa.
Junho 25, 2011 at 4:03 pm
Essa será a hora da verdade, digo eu…
“Quanto tocar na questão da avaliação dos professores, tornar-se-á então muito clara a distinção entre aqueles que não querem qualquer avaliação, ou que a querem meramente cosmética (e aí teremos a aliança dos anti-tudo e os que queriam uma avaliação meramente instrumental para cortar a progressão na carreira) e quem está interessado numa avaliação do desempenho adequada aos tempos que vivemos, responsabilizadora, integrada na avaliação das escolas e dos alunos, e não baseada na representação administrativa do desempenho.
Nesse momento, sim, haverá um forte debate na classe docente, em que o unanimismo quase geral gerado entre 2005 e 2009 desaparecerá.”
Junho 25, 2011 at 4:04 pm
Palavras lúcidas…
“Claro que se antevê, desde já, uma coligação negativa, que une alguns dos teorizadores educacionais ligados a alguma esquerda herdeira das teorias dos anos 60 e 70 e a um certo sindicalismo desligado do quotidiano das escolas.”
Essa é a malta que vai com boinas à Che Guevara às manifestações, sonhando ainda com os amanhãs que cantam…
Junho 25, 2011 at 4:21 pm
As respostas de PG são as esperadas (em função do seu pensamento publicado) e eu subscrevo-as.
Há, contudo, algo que deve ser feito a muito curto prazo, para garantir o tal apoio da maioria dos professores: colocar um ponto final nesta ADD e nos seus efeitos perversos.
Junho 25, 2011 at 4:23 pm
Aqui para nós que “ninguém nos ouve”…
A avaliação por pares já foi desta para melhor com o novo Governo. Mas há um (um único) benefício, imagino eu, que ela trouxe: ficar-se a saber quem são os lambe-botas e os que começaram a ter o Rei na barriga…Verdade ou mentira? Imaginem o que será a situação de alguns dos que começaram a ter o Rei na barriga se, numa avaliação externa, tiverem pior resultado do que aqueles a quem têm avaliado…
Junho 25, 2011 at 4:33 pm
Uma reforma, do ensino ou de outro domínio qualquer, deve ter um objectivo claro e prioritário (coisa que, somada à falta de visão e de vontade, tem inviabilizado os sucessivos empreendimentos reformistas). A reforma do ensino, no estado em que está o sector no nosso país, deve centrar-se, antes de tudo o mais, num aspecto essencial: a melhoria efectiva da qualidade das aprendizagens. Significa isto que todos os outros aspectos – organização curricular e programática, avaliação de alunos e professores, formação docente, gestão escolar, etc. – devem ser considerados secundários ou subsidiários em relação a ela e assumidos como tal.
O sucesso estatístico é o infame embuste que tem servido de álibi e de esteio às políticas vigentes, os resultados e as classificações foram erigidos como fins em si mesmos, tendo ficado o processo ensino-aprendizagem reduzido à expressão mais rasteira e indigente de instrumentalidade técnica para obter “resultados satisfatórios” e rapidamente.
Para obter este falso sucesso, mexer nos currículos e programas não tem grande interesse (o “sucesso” faz-se com ou sem eles), a avaliação de alunos e professores, subordinada a “obectivos” e “metas”, desce ao plano de simples exercício rotineiro ou administrativo classificatório, a formação docente, inicial ou em exercício, é uma preparação para a pedagogia da mediocridade (“formação”, de resto, tratada e encarada como tal por todos), a gestão escolar resvalou para uma especialização tecno-burocrática, refém de objectivos administrativos e de “sucesso”, e por aí fora…
(Já nem falo aqui da Grande Reforma que seria a substituição deste modelo crepuscular de escola – talvez só com o tempo…).
Junho 25, 2011 at 4:55 pm
Já ouvi na sala de professores: “esta avaliação é injusta, mas também não é justo que não conte para os concursos do ano que vem, depois do esforço todo que fiz este ano”… sim, nunca vai haver unanimismo porque há demasiados dentro a classe a pensar só em si e cujas acções são ditadas apenas pelo custo/beneficio pessoal.
Junho 25, 2011 at 4:58 pm
Lamento, mas nada disto vai alterar o que quer que seja.
A grande transformação é a social, sem a qual tudo continuará como dantes. É claro que essa é uma tarefa para décadas e não dependente, em exclusivo, do ME, e muito menos proporcionará a expansão dos egos.
Tudo o resto de que se possa falar são a espuma dos dias. Por exemplo: de que forma é que a visão integrada da avaliação de profs, alunos, escola, etc., vai melhorar a vida no pântano?
Mas, enfim. cantandoe rido algumas se vão safando e elocubrando…
Junho 25, 2011 at 5:06 pm
Olho à minha volta e que vejo? Só cratistas.
Junho 25, 2011 at 5:08 pm
É, de facto, triste ver o branqueamento antecipado de tudo o que aí pode vir.
O título desta peça também podia ser: “Como sair do armário”. Aconteça o que acontecer, os que estiverem do contra serão sindicalistas ou um determinado tipo de esquerda?!?
Fantástico!
Como se passa do crítico de tudo e mais qualquer coisa, para a aceitação acéfala de tudo o que possa vir?
Eu poria em subtítulo, no alto deste blogue: Educação do meu umbigo, o boletim ofcial do novo Ministério da Educação.
Subitamente, as trapalhadas governativas, as mentiras e desinformações desapareceram (eu que esperava ver aqui um comentáriozinho ao spin do coelho sobre como poupou nos bilhetes que nunca comprou…) e tudo são rasgados elogios.
Toda a contestação e desunião que houver virá – já se afirma – dos sindicalistas ou dos que não são sérios!
Absolutamente fantástico este processo, mas demasiado transparente. Alguma subtileza ficava-lhe bem.
Junho 25, 2011 at 5:10 pm
#8
Correcção: “principal dificuldade” em vez de “principlal dificuldade”.
Junho 25, 2011 at 5:14 pm
” representação administrativa do desempenho.”
Este tipo de linguagem não se confundirá com o eduquês?
Junho 25, 2011 at 5:21 pm
Não há “ciclo” se os alunos saltarem cinco vezes ao dia de professor e no fim do ano mudarem o corpo docente.
Junho 25, 2011 at 5:23 pm
O PG é um produtor de tiradas líricas! Afinal, constata-se, só não gosta dos líricos com ideias herdadas dos anos 60 e 70. É apenas uma questão de cor.
É inconcebível essa divisão que opera entre eu e os outros — os herdeiros das ideias dos anos 60 e 70, os sindicalistas…, aqueles que não querem…, os anti-tudo que são, parece, os responsáveis por esta “bagunça”!
Lirismo, pois então, ver as ideias de NC sobre os exames, os standard’s, o princípio do valor acrescentado e depois aspirar por uma avaliação «não baseada na representação administrativa do desempenho.» Ou, ouvir falar na profissionalização da gestão e esperar «Ao mesmo tempo, deveria considerar-se a flexibilização do modelo de gestão, voltando a contemplar a possibilidade de lideranças colegiais.»
Contemple, contemple…
Junho 25, 2011 at 5:27 pm
Ainda bem que colocaste aqui a entrevista inteira; no Expresso vinha resumida a um parágrafo.
Qto à tal “esquerda” que quer já abater o Crato, só vos peço uma coisa: Não se ponham contra os professores que dão aulas! Caso contrário, teremos professores do lado do M.E. e sindicalistas contra professores.
Seria uma aberração!
Junho 25, 2011 at 5:29 pm
#16, antes “Cratistas” do que “Castristas”.
Pelo menos não são eternos.
Junho 25, 2011 at 5:32 pm
Pessoal dos sindicatos: nunca ouviram, nas escolas, os professores manifestarem indignação contra a carrada de planos e relatórios que é preciso fazer para conseguir reprovar um aluno? Nunca ouviram dizer: Vou passá-lo pq dá tanto trabalho chumbá-lo que já não tenho paciência??
O que acham que um professor sente qdo faz estes desabafos?
Não acham que sente que o seu trabalho é lixo, que tudo é fraudulento?
Acham que os profs só se preocupam com os congelamentos da carreira?
Claro que preocupam, mas o que os deita abaixo é a falta de rigor e dignidade da profissão.
Junho 25, 2011 at 5:35 pm
Se o Albino é o Pai da Nação, que o Paulo seja o Professor dos professores. Guinote, logo recebes a tranche do Crato…
Junho 25, 2011 at 5:36 pm
# 24
Tenho dúvidas de que assim seja. Aliás, se a ADD algum bem trouxe, foi o de revelar as pessoas.
Junho 25, 2011 at 5:38 pm
Há quem se coloque na perspectiva e prospectiva do que deve ser uma reforma do ensino, centrada nas condições de melhoria deste.
Outros há que se preocupam com análises apriorísticas e eivadas de preconceitos ideológicos e pessoais sobre as intenções atribuídas ao novo ministro e às suas propaladas orientações.
Se o amor é cego, a ideologia não deixa também de ter um efeito ofuscante…
Junho 25, 2011 at 5:44 pm
Esta recorrente dos anos 60 e 70 é muito à Mena Mónica…
Junho 25, 2011 at 5:45 pm
Amigos não se ponham com lirismos.
Não há dinheiro para nadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
O único objectivo irá ser cortar … cortar .. cortar
Acabar com a escola pública e fazer um país de colégios.
Aliás acabar não … mascarar . Irá ser uma escola brasileira com salarios brasileiros. Informem-se
Junho 25, 2011 at 5:46 pm
Quanto à questão do paraíso, pergunte-se ao Adão e Eva
Junho 25, 2011 at 5:52 pm
Hoje almocei com um antigo professor da FLUC que me fez o favor de apresentar o meu último livrinho.
Disse-me que nunca teve uma turma como a deste ano: estão sempre a falar nas aulas e são mal-educados.
Uma aluna baldas teve o descaramento de dizer ao professor – talvez o melhor historiador da actualidade entre quem tenha cerca de 50 anos – que para o que ensinou, a frequência era difícil demais…
A dita aluna, em 28 aulas, foi a 7…
O outros também faltam às aulas como nunca viu na vida…
—-
Ai Nuno Crato!
Não ponhas isto na ordem, não!
Se isto continua, nem em África nos querem…
Antigamente éramos considerados os Cafres da Europa. Não tarda estamos ao nível do Burkina Fasso!…
Junho 25, 2011 at 5:55 pm
Muito convenientemente foi esquecida a recente proposta de NC: avaliar os professores pelos resultados dos exames dos seus alunos, não apenas injusta, também irrealista.
Existe um vídeo da coisa, um qualquer simpósio.
Junho 25, 2011 at 5:59 pm
Entrevista num tom demasiado optimista. E aqui e ali algum simplismo na análise, que não é habitual nos textos do Paulo Guinote. Como é o caso, já aqui referido, de remeter eventuais contestatários para a esfera dos sindicalistas sempre-do-contra ou dos Maios-de-68 retardados.
Assinale-se também a ingénua expectativa de que este governo promova medidas que vão contra o seu programa e os compromissos que assumiu, como a reposição de maior democraticidade na gestão escolar ou a reversão dos mega-agrupamentos…
Junho 25, 2011 at 6:04 pm
É$ particularmente divertida a prole imensa de gente incomodada com o facto de eu expor as minhas ideias, algumas das quais nada têm a ver com as de Nuno Crato, sendo certo e sabido que este Governo e ME vão fazer coisas de que discordo.
Agora parece-me óbvio – menos para gentes com fixações estranhas – que é impossível estar de acordo com coisas que não foram feitas nem anunciadas.
E já agora, uma pequena dica: em Maio deste ano assumi os meus principais compromissos profissionais para o(s) próximo(s) ano(s) lectivos e quem me conhece de perto sabe perfeitamente que não costumo trocar as tintas de lata.
Só numa base à Villas-Boas e mesmo assim…
Portanto, aquietem-se que há quem passe aqui pelo blogue que sabe bem do que falo e que poderia desdizer-me em 1ª mão
Já em tempos disse que sabia onde iria estar a 1 de Setembro seguinte e este ano não é excepção.
Só que quem tem um certo vazio existencial, projecta – no intervalo dos seus afazeres – os seus fantasmas neste espaço e corporiza-os no fundador do blogue, quiçá para exorcizar as suas particulares frustrações.
Aquietai-vos, repito, não correm qualquer perigo pela part6e que me toca.
Mas é certo que apoiarei sempre um modelo de ADD que cumpra os princípios do último parágrafo deste post.
Junho 25, 2011 at 6:05 pm
Juntando as peças:
– Ao D.N. (25 Junho), o deputado Emídio Guerreiro, do PSD, garantiu que a questão da avaliação de desempenho dos docentes se vai resolver nos próximos dias.
– Há dias, garantia-se aqui que poderia estar resolvida no dia 24, o mais tardar no dia 27.
– Num blogue de um incondicional de Santana Castilho, conjecturava-se: “espero que a dilação, no anúncio e na tomada de decisão relativos ao enterro do modelo e dos processos de avaliação, não seja uma consequência de o PSD já não dispor de quem lhe faça, eventualmente, a “papinha” do texto para a revogação da “coisa”, até porque não lhe faltarão especialistas e nada insignificantes cristãos novos preparados para tal”.
Se pensarmos em quem serão os “nada insignificantes cristãos novos”, temos a chave do puzzle e a explicação para o súbito silêncio blogosférico de alguns turiferários.
Mesmo ficando a dúvida se os “cristãos novos” assinalados são dos que foram convertidos à força, ou de livre vontade.
Junho 25, 2011 at 6:06 pm
#33,
António,
Dedico-te resposta especial, porque não te confundo com nanices.
Vamos lá:
1) O que está escrito é o que eu gostaria que fosse feito. Sei, com certeza razoável, que boa parte não acontecerá.
2) Na peça do Expresso vem transcrito apenas um parágrafo deste depoimento, pois o espaço em notícias de jornais é escasso. Logo, quando se prestam declarações, procede-se a uma síntese funcional.
A sério, pensei que tivesses percebido isso.
Sem ser necessário eu especificar.
Junho 25, 2011 at 6:08 pm
Em nenhum momento disse neste blogue que a questão da ADD estaria resolvida dia 27 de Junho.
Apenas disse que dia 27 tenho de entregar o meu RAA.
A paranóia é má conselheira da compreensão textual.
Junho 25, 2011 at 6:12 pm
“Não me pergunto onde vou
Os caminhos nunca acabam
Andorinhas de asa negra
Só vivem enquanto voam
De polícia já estou farto
Civil ou republicana
De presidente de estado
Bem fardado ou à paisana
Chapéu preto bem nos olhos
Residente em parte incerta
Trago bombinhas com mel
E os sentidos sempre alerta
Da Natureza nascemos
Vivemos com a razão
Vendo luas e não pago
Imposto de transacção.”
Junho 25, 2011 at 6:13 pm
Muito bom texto, Paulo.
E vai ser interessante ver o nó na cabeça com que alguns “ressabiados-anti-tudo-que-se-mexe-desde-que-seja-de-direita” vão ficar quando comerçarmos a criticar as medidas que sempre foram por nós criticadas.
– Porque há que criticar quando há motivos para criticar e não porque a camilosa é laranja, rosa ou azul.
Uma perguntinha de 25 pontos para os ressabiados:
– Quando saiu o programa do PSD para a Educação, quem foi dos primeiros bloguers a criticar abertamente o mesmo?
…
Criticar a falta de coerência do Paulo é mesmo coisa de quem tem muita dor de cotovelo.
Ou, no caso do “José-Manuel-Vargas-aposentado-multi-nicks-Maverick-perdedor-de-eleições-ressabiado”, é a palermice própria de quem não tem mais nada que fazer.
Excesso de sofá dá nisso…
…
…
Junho 25, 2011 at 6:15 pm
mas o Paulo Guinote é o novo sec estado do básico e secundário?
Junho 25, 2011 at 6:18 pm
#40,
😆
Junho 25, 2011 at 6:20 pm
Não temos que temer qualquer acção governamental relativamente a ADD, alteração dos currículos, concursos,gestão democrática, desde que ela seja transparente.
Os professores sabem ler e interpretar e conhecem o trabalho efectivo nas escolas.
Os prof’s só irão revoltar-se se este governo continuar a agir com a trafulhice, a trapalhada e o desrespeito do anterior desgoverno.
Junho 25, 2011 at 6:20 pm
LOL
Junho 25, 2011 at 6:24 pm
O sabonete Achilles de Brito é um produto de alta qualidade.
O sabão macaco Monguício de Brito é um sub-produto rasca.
Junho 25, 2011 at 6:25 pm
#29 já é pergunte aos professores das AEC’s!
Junho 25, 2011 at 6:30 pm
#39,
Mas não fui convidado para o escrever, nem escrevi um livro pensando que.
Junho 25, 2011 at 6:35 pm
#37
“Tá bem abelha”, digo, “vespa”.
Escrito e sugerido:
“E se a ADD for suspensa dentro de pouco tempo ou, pelo menos, se os seus efeitos forem anulados por acto parlamentar mais cuidado do que o último ou por decisão do novo executivo?
Teríamos a oposição de quem? O que diriam os apressados detractores do novo ME?
Teríamos certa e determinada blogosfera a dizer o quê? Em especial a que apoiou o acordo que validou esta ADD?
E o que fariam os maníacos apaixonados por grelhas de evidências e portafolhas anafados?
O meu prazo é dia 27. Garanto que só começo a pensar em fazer a minha AA, na melhor das hipóteses, na tarde de dia 24…”
Junho 25, 2011 at 6:36 pm
Quantos professores (dos que são MESMO professores) estão sindicalizados na FENPROF? Ou será preciso fazer uma petição para obter tal informação?
Junho 25, 2011 at 6:38 pm
Não devia haver receio da coerência… se o psd quis revogar a lei que dá origem a esta ADD, tendo falhado na 1 tentativa e tendo agora os meios para o fazer será uma cobardia deixar este processo cheio de alçapões socráticos fazer o seus caminho até DEZ de 2011.
Junho 25, 2011 at 6:38 pm
O meu prazo é dia 27. Garanto que só começo a pensar em fazer a minha AA, na melhor das hipóteses, na tarde de dia 24…”
Santa benzedua da ignorância.
Até Marx se volta na tumba.
Para que conste, cumpri a promessa e o meu RÁ-RÁ-RÁ ficou feito numa mão-cheia de horas.
Junho 25, 2011 at 6:39 pm
#48
Na Fenprof, zero. Não há professores sindicalizados numa federação de sindicatos. Há sindicalizados nos vários sindicatos que integram a Fenprof.
Junho 25, 2011 at 6:39 pm
Não se zanguem!
Era o que faltava, andarem zangados uns com os outros…
As minorias só estão alertas e vigilantes
(pior é ter 1 pequena colmeia no quintal bem escondida e já ter havido 1 ataque. uma delícia de rendilhado, mas fiquei a milhas)
Junho 25, 2011 at 6:41 pm
Quantos professores (dos que são MESMO professores) são sindicalizados nos vários sindicatos que integram a Fenprof? Ou será preciso fazer uma petição para obter tal informação?
Junho 25, 2011 at 6:42 pm
#50,
Deu algum gozo, ao menos?
Junho 25, 2011 at 6:42 pm
Junho 25, 2011 at 6:42 pm
Gostei particularmente de ver o pessoal da Autoeuropa metido nisto.
Se aquela coisa tivesse falido, aí sim, a grande “esquerda” teria mais um grande motivo para rejubilar. Impante e decidida estaria na rua, orgulhosamente defendendo as vítimas do capital.
Que chatice, aquilo funciona!
Vale tudo, não é?
Junho 25, 2011 at 6:44 pm
#37
Creio que disseste que a solução se resolvia até ao dia 27, que, não sendo assim, as seis páginas se escreveriam …
Não vale a pena amofinares-te com quem critica as tuas ideias (muito menos dividires os críticos em primeiro e terceiro mundo) porque em boa verdade, por mim falo, não crítico as tuas ideias, mas o facto de que de uma forma simples te colas a ideias que apenas replicas sem cuidar de perceber as dos outros. Mais não falo que daquele conjunto de chavões e de lugares comuns, de desejos e palpites que se propagam por aí — de que este blog é serviçal — e que caem como ginjas na opinião pública e que depois, a partir dessa adesão (lembras o unanimismo inicial em torno da MLR) se “legitima” a acção do estado sobre os professores, os alunos, as famílias…
Quem te critica pode ser que saiba tanto como tu, investigue ou investigou tanto ou mais que tu e não pretende desqualificar dogmaticamente quem discorda com categorias fora de moda, mas que se recupere o que pensa à luz dos seus contraditores. Pode ser que este método tenha um odor esquerdista, mas
Junho 25, 2011 at 6:45 pm
Se deixam este ciclo ADD produzir efeitos para a história ficará um processo injusto que promoveu a ultrapassagem na carreira (nos contratados já está) de alguns em desfavor de outros sem ficar provado que os primeiros mereceram inteiramente o mérito concedido.
Junho 25, 2011 at 6:45 pm
#54,
Moderado!
Serviu-me para organizar papéis que, de outro modo, continuariam empilhados.
Junho 25, 2011 at 6:48 pm
Penso que ja vai ser um grande avanco se o novo ministro nao vier para “perder os professores e ganhar a populacao”.
É toda uma diferenca!
Junho 25, 2011 at 6:49 pm
#59,
Vou tentar aproveitar para fazer o mesmo. Ainda tenho mais um mês!
Junho 25, 2011 at 6:50 pm
#61,
O meu é para 2ª feira.
Agora é lançar notas e conteúdos leccionados, via net.
Um sábado em grande.
Junho 25, 2011 at 6:53 pm
Um absurdo pedagógico
” fusão entre o 2º e 3º ciclo, com a consequente adaptação e modernização dos programas disciplinares.”
Portanto colocariamos no mesmo cesto os Professores da Escolas Superiores de Educação ou antigo Magistério Primário no mesmo cesto dos Professores saídos das Faculdades
iNTELIGENTE!!!!!
Junho 25, 2011 at 6:54 pm
#26
A ADD só veio dar espaço a que determinados comportamentos mais reprováveis fossem aceites, mal aceites, mas aceites como norma.
O que estas eleições revelaram foi ainda mais profundo, confesso tive receios que o S ganhasse de novo com os votos dos que têm medo de critérios de exigência e qualidade.
Que venha uma nova ADD justa, equilibrada que sirva de facto para avaliar, que acabe a paz podre que se vive nas escolas e acima de tudo que se comece a trabalhar para os próximos anos lectivos.
Junho 25, 2011 at 6:55 pm
#63,
Eu sou “das Faculdades”.
E estou no 2º CEB.
Como eu, muitos…
Mas retenho o argumento base: não se toma uma decisão, porque cutuca os pergaminhos de alguns dótôres da mula ruça.
Se calhar foram medíocres “nas Faculdades”, mas…
Junho 25, 2011 at 6:57 pm
Gosto desta forma de encarar uma medida que beneficiaria em muito a continuidade dos programas de diversas disciplinas num ciclo mais longo.
Se for o alargamento do 1º CEB para 6 anos, já tudo bem.
A ralé fica no 1º ciclo.
Mas ó “Curioso”, coloque lá a pilinha académica (curso, faculdade, média) de fora para vermos!
Ou tirou o curso “nas Faculdades” por fax?
Junho 25, 2011 at 6:58 pm
Por esta não esperava ainda não percebi se foi PG que o disse porque se o disse terá a minha veemente discordância e oposição.
Só falta colocar os Professores do 2º ciclo nas primárias o que é não completamente descabido como seria um descalabro
Junho 25, 2011 at 6:58 pm
Um “absurdo pedagógico” define-se pelo preconceito académico.
E olhem que eu bem duvido das ESE, mas estas posturas de “doutores do 3º ciclo” dá-me uma certa volta ao estômago.
Junho 25, 2011 at 6:59 pm
#67,
Descalabro é a forma como escreve.
Para mim, o 1º ciclo seria um exagero.
Junho 25, 2011 at 7:01 pm
Engraçado como a discordância passa a ralé, só me ocorre dizer que o poder deve ser muito sedutor.
O curso foi onde tu tiraste o teu, não tenho fax mas podes emprestar-me o teu
Junho 25, 2011 at 7:02 pm
Agora entramos nas médias das Faculdades e no armadilhado terreno do 1º, 2º 3º ciclos e secundário, e por aí acima e abaixo.
Quem foi ou é melhor!
Homens!
Bah…
Junho 25, 2011 at 7:03 pm
#70,
O que escreveu foi:
Portanto colocariamos no mesmo cesto os Professores da Escolas Superiores de Educação ou antigo Magistério Primário no mesmo cesto dos Professores saídos das Faculdades.
Isto não é uma discordância, é um argumento da treta.
Junho 25, 2011 at 7:04 pm
Dou ao 2º ciclo e pelos vistos o lobby criado há uns anos por Valter Lemos e a ESEs agora agrada-te
Estranho esta viragem de pensamento.
Gostei da correcção, já nos estamos a preparar para aceitar o convite
Junho 25, 2011 at 7:04 pm
“Portanto colocariamos no mesmo cesto os Professores da Escolas Superiores de Educação ou antigo Magistério Primário no mesmo cesto dos Professores saídos das Faculdades”
Não há professores do antigo magistério com habilitação para o 2º cilclo .
Há professores no 1º ciclo saídos de Faculdades .
Continuem assim que vão longe , vão !
Junho 25, 2011 at 7:05 pm
“um argumento da treta” É a tua opinião vale o que vale, ao menos respeita a dos outros, desculpa já estás a ganhar balanço para outros voos
quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
Junho 25, 2011 at 7:05 pm
Uma das melhores alunas do meu curso foi convidada para ficar no ensino superior. Recusou. Mais tarde encontrei-a muito feliz a dar aulas ao 2º ciclo.
-Por aqui?
– Gosto muito.
Junho 25, 2011 at 7:07 pm
#73,
Ler o comentário #34 antes de te afligires.
Pronto, não mostres a “pilinha académica”, porque há senhoras cheias de pudor a observar.
Junho 25, 2011 at 7:07 pm
#74,
Nem vale a pena explicar que o mundo já não é plano.
Perda de tempo.
Junho 25, 2011 at 7:08 pm
Numa altura em que se pede bom senso aparece a ideia sublime defendida pelo governo de Sócrates da junção do 1º com o 2º
Junho 25, 2011 at 7:09 pm
Ponto de ordem na mesa!
:-))
Junho 25, 2011 at 7:09 pm
Sem ironia nenhuma, se quisesse “voar” tinha o cuidado de não escrever “pilinha académica”.
Nem perguntava a uma comentadora qual o potencial masturbatório das suas intervenções neste blogue.
Espero que não me levem a mal o gosto por escrever o que entendo, quando entendo, sem preocupação se…
É que há quem aqui escreva com imensa pertinácia, mas que podem sempre negar que são ele(a)s.
Junho 25, 2011 at 7:11 pm
#71,
LOL
Junho 25, 2011 at 7:11 pm
Fazemos assim colocamos os Professores de Inglês a dar Matemática, História a tal ideia da formação dos Professores generalistas, lembras-te da crítica que fizeste ao Jorge Lemos.
O Mundo já não é plano, pois não é inclinado.
Junho 25, 2011 at 7:12 pm
Jorge Lemos?
O ex-PCP que acabou a fazer livros sobre o ECD de 98?
Não me lembro de ter escrito nada de especial sobre ele.
Junho 25, 2011 at 7:14 pm
Porra pá até colocaste uma imagem dum jornal no Blogue
Junho 25, 2011 at 7:16 pm
Que calor!!!
Serão afrontamentos?
Junho 25, 2011 at 7:16 pm
Não tarda nada tás a levar, pá!…
😆
Junho 25, 2011 at 7:16 pm
Jorge Lemos???????
Concentra-te.
Inspira, expira!
Eu sei que está calor e a oxigenação falha.
Concentra-te… Hás-de lá chegar.
Ao Gualter.
A minha crítica é – e mantém-se -a da infantilização excessiva de um ciclo de seis anos, servida por professores generalistas.
Não percebo bem… mas… enfim.
Fui…
Cozer uns búzios saborosos.
Junho 25, 2011 at 7:18 pm
“pilinha académica”. Não deixei de te amar por discordarmos
Tenho de responder a este repto que coloca em causa a minha virilidade.
Tiveste uma ideia de me….da
Pensa melhor
Junho 25, 2011 at 7:21 pm
Falta o acento já sei
Juntar o 1º ciclo com o 2º, não inspiraste nada do largo do Rato? , come os búzios vais ver que te fazem bem
Junho 25, 2011 at 7:28 pm
senhor VARGAS, quantos professores (dos que são MESMO professores) são sindicalizados nos vários sindicatos que integram a Fenprof?
Junho 25, 2011 at 7:38 pm
#90
O Paulo escreveu:
“A área de intervenção prioritária deveria ser a reforma curricular do Ensino Básico e uma reconfiguração dos ciclos de escolaridade que, na minha opinião, deveria levar à fusão entre o 2º e 3º ciclo, com a consequente adaptação e modernização dos programas disciplinares.”
Onde leu que ele achava importante unir o 1º e o 2º ciclo num só ?
Junho 25, 2011 at 7:42 pm
#92,
O que se há-de fazer?!?!
Anda a bater-lhes com força na moleirinha.
O sol!
Junho 25, 2011 at 7:43 pm
#92.,93 isto é pior que dar aulas aos EFAS,nem com tutorias lá vão…
Junho 25, 2011 at 7:44 pm
Obrigado helena maria mea culpa, li mal e assumo o erro e ao Paulo devo um pedido de desculpa que aqui fica. Com essa ideia estou em absoluta concordância. Realmente estava a estranhar que o Paulo defendesse o contrário tendo em conta o que li antes.
Vou ter de lhe comprar mais búzios
Junho 25, 2011 at 7:45 pm
Não foi o sol foi o cansaço já te amo outra vez 🙂
Junho 25, 2011 at 7:46 pm
‘tadinhos …
Junho 25, 2011 at 7:50 pm
#95
Não precisa de agradecer .
Sou professora do 1º ciclo . Estou habituada a ensinar a ler e interpretar .
Junho 25, 2011 at 7:51 pm
Mereci esta Helena
Junho 25, 2011 at 8:30 pm
100
Junho 25, 2011 at 8:55 pm
Hups! Não se pode discordar de quem faz o cozinhado!
Mas continuo a achar estúpida a fusão dos dois ciclos, pelo men os até me explicarem as vantagens objectivas e não um conjunto de «achismos».
Junho 25, 2011 at 9:12 pm
Se isto são professores a falar, imaginem os alunos…
Quanto ao controleiro, ou está de folga ou não hoje não há trolls, como eles chamam a quem lhes diz as verdades que se recusam a ouvir.
Deixem-se estar, que eu tenho de ir ali trabalhar mais um pouco para ganhar para a família e para os impostos que pagam vencimentos de quem muito trabalha ao serviço do Estado.
Com licença…
Junho 25, 2011 at 9:43 pm
102,
É sábado. Descanse, para produzir mais ao retomar a semana de trabalho.
Quando o privado elevar os seus níveis de produtividade, o país lucrará a todos os níveis.
E já agora, saiba (porque é dos livros) que os profissionais do ensino, infelizmente, nunca conseguem “desligar a corrente”.
Junho 25, 2011 at 10:14 pm
Claro, de semana isto é um deserto…
Há muito quem fale de produtividade, mas nunca aceita que lha imponham, mesmo que o país e as nossas crianças e jovens lucrassem com isso.
Quem nunca consegue desligar a corrente é quem trabalha para sustentar todo o ripanço nacional.
Eu costumo dizer, se calhar li algures, “quem não sabe fazer, ensina”.
E lá vou eu.
Com licença…
Junho 25, 2011 at 10:17 pm
METE-A – A LICENÇA-NO SITIO QUE TU GOSTAS MAIS…QUEM NÃO SABE SUBIR A PULSO LAMBE GLANDES…
Junho 25, 2011 at 10:22 pm
E quando alguém diz as verdades, o doutorzeco muito polido, veste a capa de controleiro e diz bacoradas, estalando-se-lhe o verniz todo.
Podia vir com a mesma carinha, mas é um cobardolazito.
Com licença…
Junho 26, 2011 at 12:01 am
os comentários a este post estão divinais! o Paulo tem uma pachorra proverbial…
http://blaguedeesquerda.blogspot.com/2011/06/obra-do-sr-passos.html
Junho 26, 2011 at 12:43 am
Gustavo Wiborg
Não sei quem é, provavelmente um ressabiado socratiano ou um simples pintelho (desculpa lá ó Catroga)
Deve ser daqueles que também faz corninhos
Junho 26, 2011 at 12:55 am
#92 helena maria
Acho maravilhoso quando uma formiguinha soldado vem defender a rainha (salvo seja!).
Junho 26, 2011 at 12:24 pm
O ministro é o maior, é contra os facilitismos, é a favor do rigor, etc…Mas quando começar a mexer nos “direitos adquiridos” dos professores, o senhor vai ver estes defensores dos alunos a contorcerem-se, tipo artistas de circo!
Junho 26, 2011 at 12:32 pm
E não é que o Senhor os calou a todos…
Que silêncio.
Faleceu alguém?
Parece que faleceram todos.
Junho 26, 2011 at 2:27 pm
O Senhor é o maior!Gustavo Wiborg
Mentecapto regressa para o buraco de onde saiste
The End
Junho 26, 2011 at 2:54 pm
#109
Formiguinha soldado é a tua tia , pá !
Junho 26, 2011 at 2:57 pm
O caro Wiborg é um bocado Ciborg.
Autómato, carecendo de pensamento fora dos clichés.
felizmente, em qualquer estudo de opinião sobre prestígio profissional, este tipo de “iluminados” estão em enorme minoria.
É desta cepa que se fabrica o maior encostanço nacional.
Dizem-se não sei o quê – liberais? – mas o melhor mesmo é quando metem a cunha para o subsídio.
Junho 26, 2011 at 4:52 pm
Forma!
Mas quanto à substância, nada…
Junho 26, 2011 at 5:19 pm
A inveja é uma admiração que se dissimula. O admirador que sente a impossibilidade de ser feliz cedendo à sua admiração, toma o partido de invejar. Usa então duma linguagem diferente, segundo a qual o que no fundo admira deixa de ter importância, não é mais do que patetice insípida, extravagância. A admiração é um abandono de nós próprios penetrado de felicidade, a inveja, uma reivindicação infeliz do eu.
Soren Kierkegaard, in “O Desespero Humano”
Junho 26, 2011 at 6:15 pm
Finalmente a palavra de alguém inteligente e que compreendia a espécie humana, Kiekegaard.
E, com palavras tão brandas e acertadas, para quê o disfarce?
Só por ser uma citação?
Só por se saber que quem não tem intelecto para pensar, cita?…
Junho 26, 2011 at 6:21 pm
Leitor assíduo e raríssimo comentador. Mas não resisto a esta polémica das habilitações. Não pretendia focar nenhum caso em particular, mas a questão das habilitações tem vindo a ser vigarizada neste país há anos. As situações são muitas e só leva a confusão individualizar, mas é da mais elementar justiça de se enumeram. Então façamos um exercício de memória, a vigarice começa com os estágios, lembram-se, vai para 25 anos. Uns saíam com estágio feito, boas notas; outros só com componente científica e faziam depois o estágio. Os que mais estudaram eram os burros, que foram remetidos para segundo plano. Corrigiu-se esta injustiça? 2º o estágios com dispensa do segundo ano, medida cavaquista, deu alguma coisa mais a quem fez os dois anos e foi traumatizado com as aulas assistidas, nada, conforto moral, corrigiu-se a injustiça? 3º Bolonha, por exemplo um curso de Teologia dos seminários, 6 anos, tantos como medicina, nem licenciatura dava; agora nas faculdades em 5 anos, menos cadeiras ainda, mas o mesmo programa basicamente, dá, imaginem, um mestrado. Isto só nos ditos cursos das Faculdades. Não trago aqui as outras discussões, basta-me olhar para o meu umbigo.
Não tenho qualquer problema em dizer que estou no 2º pacote e talvez sejam poucos os que estejam empacotados, mas se não houver uma avaliação de carreiras com base na formação que cada um fez, tudo isto é uma treta no meu modo de ver.
Junho 26, 2011 at 6:39 pm
Conclusão:
Quem lhes diz que têm é que trabalhar e deixar-se de dislates variados é invejoso.
Bem pensado!
E com recurso ao discurso de autoridade de Kierkgaard.
Brilhante!
Junho 26, 2011 at 6:41 pm
#115,
Exacto.
Não existe substância qualquer na sua participação.
É apenas um eco.
Junho 26, 2011 at 6:46 pm
Um eco que em vez de abrandar, como compete a um eco, cada vez é mais intenso na sociedade portuguesa pagadora de impostos.
Junho 26, 2011 at 7:00 pm
WIBORG É A ULTIMA VEZ QUE ME REFIRO À SUA PESSOA ..VÁ LÁ ENGATAR AS “GAIJAS” QUE CONSTAM DO SEU HI 5 E DESAMPARE A LOJA.. NÃO GOSTO DE GIGOLOS ARAMADOS EM PURITANOS
AH CONSIGO NEM VALE A PENA GASTAR SALIVA PESSOAL..É INÚTIL..
P.S-VOCÊ DEVE PAGAR IMPOSTOS EM GÉNEROS NÃO É?
Junho 26, 2011 at 7:07 pm
Quanto à substância, nada!…
Junho 26, 2011 at 7:10 pm
#121,
Claro que sim.
Quando um tipo se fecha num quarto a gritar, o eco parece ficar mais intenso.
Entretanto, o colete de forças vem a caminho…
Ou então – melhor hipótese – deixai-lo estar a ouvir a própria voz, pensando ser legião.
Junho 26, 2011 at 7:13 pm
Alguma coisa coisa má eu devo ter, senão não falava em trabalhar…
Bravo!
Junho 26, 2011 at 7:18 pm
Um dia talvez, em fluido abstrato, e substância implausível,
Formem um Deus, e ocupem o mundo.
Mas a mim, hoje, a mim
Não há sossego de pensar nas propriedades das coisas,
Nos destinos que não desvendo,
Na minha própria metafisica, que tenho porque penso e sinto.
ÁLVARO Campos…
Junho 26, 2011 at 7:22 pm
Ah, ganda Álvaro!
Que Pessoa interessante, para variar.
Mas o disfarce continua…
Junho 26, 2011 at 7:23 pm
#125,
Está começando a ir ao alvo: “fala em trabalhar”.
Só isso.
Agora “trabalhar”….
Ao menos eu tenho os resultados dos meus alunos para apresentar… em avaliação externa.
Já o Gustavo Wicoiso tem o quê?
Um par de duques?
Passe bem e vá pela sombra, que os UV estão do pior…
Junho 26, 2011 at 7:25 pm
Pois.
Junho 26, 2011 at 7:26 pm
Encerrando de vez…
Se te casas, arrependes-te; se não te casa, arrependes-te também; cases-te ou não te cases, arrependes-te sempre. Ri-te das loucuras do mundo e irás arrepender-te; chora sobre elas, e arrependes-te também; ri-te das loucuras do mundo ou chora sobre elas, e de ambas as coisas te arrependes; quer te rias das loucuras do mundo, quer chores sobre elas irás sempre arrepender-te. Acredita numa mulher, e irás arrepender-te, não acredites nela e arrependes-te também; acredites ou não numa mulher, arrependes-te de ambas as coisas. Enforca-te, e arrependes-te; não te enforques, e na mesma te arrependes. É esta, meus senhores, a soma e substância de toda a filosofia.
Soren Kierkegaard
Junho 26, 2011 at 7:32 pm
Ao pé dos resultados dos alunos, que desconhecemos, mas em avaliação externa do Ministério da Educação, o que eu produzo e dou a quase uma centena de pessoas para porem na mesa e ao país e o que pago de impostos anualmente, é uma gotinha de água.
Mas reconheço que nem tudo se pode avaliar em dólares. Mas por causa disso, não falta quem nada faça e considere impossível avaliar aquilo que (nada) faz. O que até é uma verdade!
Junho 26, 2011 at 7:41 pm
Conclusão:
Não te rales!
É exactamente isso de que eu estou a falar.
É do que está em vias de acabar, graças a um ministro competente.
Mas a corporação está à beira dum ataque de nervos.
Junho 26, 2011 at 10:01 pm
#131,
Explique-me o que produz!
Ou será que há uma centena de pessoas a produzirem, para que um gabarolas apareça aqui a falar do que os outros trabalham ou não…
Junho 26, 2011 at 10:03 pm
#133
Chega-lhe!
Junho 26, 2011 at 10:41 pm
Produzo muito mais que palavras…
Para pagar o que pago de impostos, só relativos à minha pessoa e às minhas empresas, devo produzir muito mais que qualquer sacerdote do ensino.
Mas o que aqui deveria estar em causa era saber o que de facto produz um professor e como avaliar isso com rigor, não com conversa fiada, com eduquês, com vacuidades.
Mas quando o patrão vos manda fazer uns dossiê para indicarem de facto aquilo que fazem, ficam em pânico, pois de facto pouco há a indicar.
Há de facto quase uma centena de pessoas a produzirem para que o gabarola possa vir aqui dizer que tem de se matar a trabalhar para arranjar trabalho para eles e que investe muito para a manutenção desses postos de trabalho e para a criação de novos. Mas, depois disso tudo, também tem de contribuir para os custos dum Estado ineficiente e preguiçoso.
Coisa pouca.
Difícil é preencher uns impressos…
Junho 26, 2011 at 10:49 pm
Errata, óbvia: dossiês
Junho 26, 2011 at 10:53 pm
Citação para o Mentecapto
“sumet in asino”
in Curioso
Junho 26, 2011 at 10:54 pm
À sua pessoa… Puf!
Junho 27, 2011 at 6:33 pm
Ou patacuadas, ou silêncio.
Opções…
Junho 27, 2011 at 6:42 pm
Mas existe um Pietra red light district em Belém ?…E já pagam impostos…?Vá lá o pais evolui ….no tempo do Salazar não permitiam esse género de casas…
Junho 27, 2011 at 10:21 pm
Patacuadas, mas mesmo patacuadas, cu e não co, patacuadas e não patacoadas, é só o que se vê por aqui.
E em alternatina, silêncio.
Será que como dizem “contra factos, não há argumentos”?
E será que preencher impressos, só com doutoramento?