Quarta-feira, 3 de Fevereiro, 2010


Vampire Weekend, Horchata

Pensar, escrever, analisar, contraditar, postar, ver se sim ou não ou mesmo se talvez.

Estou cansado, cabeça cansada, realidade quotidiana desinteressante, mais do mesmo, repetição de velhos queixumes e maleitas que destroçam qualquer vontade, quanto mais a imaginação, para querer dizer seja o que for.

Mais vale ler ou absurdamente televisionar qualquer ficção em forma de seriado bem escrito nas américas, que agora há em boa quantidade e variedade.

Há dias em que o nevoeiro sobre que José Gil escreve nos cerca, de um modo que asfixia, sem que apeteça mais do que nos deixarmos ficar parados, ali, por uma vez sem esbracejar muito.

Amanhã é novo dia e certamente o ânimo renova.

Conselho de Estado termina com votos de “espírito de compromisso”

Ou seja, todos se comprometem a beijar uma qualquer parte do ajardinamento. A choldra em piloto automático.

Caro Paulo Guinote,

Escrevo-lhe para expressar uma discordância (mais uma, mas não é de debate que precisamos?) sobre uma ideia contida no seu “post” de ontem, intitulado “A ADD Ministerial ao Serviço do Mau Corporativismo Docente”.

Começarei por tentar resumir a sua descrição e aquele que me parece ser o argumento central contido neste seu texto (omito as referências à nossa luta colectiva e às ilusões eleitorais, porque estas não são, a meu ver, relevantes no referido argumento):

Em 2005, apregoando querer “premiar o mérito e punir o demérito”, mas na realidade pensando apenas em cortar despesas, o Governo Sócrates e o ME desencadearam um ataque em toda a linha aos professores, responsabilizando-os por todos os males na educação, para assim tentar impor aquele seu objectivo principal, o qual foi prosseguido através de alterações no ECD e no modelo vigente de avaliação de professores. Como o interesse do Governo/ME era sobretudo o de impedir os professores de progredir na carreira e assim pagar-lhes menos, o apregoado objectivo de reconhecer o mérito e o demérito acabou por se transformar numa farsa e teve resultados contrários aos que haviam sido propagandeados. Chegados a este ponto – prossegue o seu argumento -, o actual processo de revisão da ADD (e do ECD?) deveria traduzir-se na efectiva concretização do princípio que na legislatura anterior foi apregoado mas não cumprido, ou seja, é preciso criar um quadro legislativo e uma prática nas escolas que permitam realmente reconhecer o mérito ou, pelo menos, “punir” os “maus profissionais”, a protecção dos quais pelos pares representará o que o Paulo Guinote chama de “mau corporativismo docente”.

Ora, salvo melhor opinião, este seu argumento não me parece correcto. Em meu entender, no que diz respeito ao tema antes referido e à acção do Governo, o problema com que se confrontam o sistema público de educação, as escolas e os professores está precisamente no objectivo proclamado relacionado com o mérito, e não na forma como o mesmo terá sido “atraiçoado” pelo executivo anterior. Aceitar esse objectivo como bom, é, na minha opinião, aceitar que os problemas da educação em Portugal radicam nos “maus profissionais”. Bem pode o Paulo Guinote e outros defender que os ditos “maus profissionais” são poucos e que a maioria são bons professores (partindo do princípio de que é esta a sua opinião), mas isso, mesmo que sejam muitos a sustentá-lo, de pouco valerá. Estabelecido (mantido) o mencionado objectivo, tudo se passará como até aqui. A actual Ministra ridicularizou o resultado de 0,5% para as classificações de “regular” no chamado “primeiro ciclo avaliativo”. Se tal percentagem passar, por exemplo, para 5 ou 10%, dir-se-á sempre que é “pouco”. E o mesmo para os “bons”. Diz a Ministra que 83% de “bons” não corresponde à verdade. Se essa percentagem baixar, digamos, para 40 ou 50%, continuar-se-á provavelmente a dizer que é “demais”.

Mas não será correcto encarar com atenção o problema da qualidade do trabalho docente, com o propósito de melhorar tal qualidade? Evidentemente que sim, que deve. Mas esse não me parece ser, nem de perto nem de longe, o problema mais importante na educação pública em Portugal, nem é ele que, a meu ver, explica a crise educativa actual no nosso país. Além disso, deve sempre desconfiar-se de quem pretende resolver o dito problema da qualidade do trabalho docente através da perseguição aos profissionais no activo e se demite de o tentar resolver no âmbito da formação dos novos e dos actuais docentes.

Posso ser um privilegiado (não penso que, neste aspecto, o seja), mas em nenhuma das escolas por que passei me apercebi de que houvesse um problema mais do que residual relacionado com “maus profissionais”. Comparado com os reais problemas que existem nos currículos, na organização escolar, na dimensão das turmas, na precariedade e no “ostracismo” familiar de muitos docentes, na sobrecarga de trabalho, nas doenças profissionais – comparado com isto, o dito problema dos “maus profissionais” é, sem dúvida, pouco significativo. Mas para este Governo será sempre o problema principal.

O drama (porque também o houve) da equipa de Maria de Lurdes Rodrigues radicou, em larga medida, no facto de não ter encontrado nas escolas um apoio suficiente para esta ideia. Seria lamentável que a actual equipa ministerial viesse agora conseguir os contingentes de aliados que faltaram à anterior para, com base no mesmo objectivo, prosseguir a mesma política.

Um abraço,

Leopoldo Mesquita

Confesso que até gosto deste tipo de estudos. O que por vezes me aflige são as conclusões. Neste caso,eu salientaria ainda que para o Colégio Militar também não são enviadas, por regra, as crianças mais fraquinhas das boas famílias.

Crianças ricas. São 5,7 centímetros mais altas

Investigadores avaliaram a evolução da estatura dos alunos do Colégio Militar e da Casa Pia no último século. Resultados mostram desigualdade.

Para que conste, tenho 1,70 se contrariar a tendência para o arquejamento vertebral o que me me desqualifica, de forma evidente, para as elites da Nação.

De Carlos Abreu Amorim, claro;

Esta gente é perigosa

(…)
Para essa pobre gente o conceito de democracia remete-se a um formalismo ‘eleiçoeiro’ cujo único escopo é outorgar-lhes um alvará insindicável para poderem fazer tudo o que lhes dá na real gana. E não há lugar para quaisquer críticas excepto aquelas que os próprios considerem ‘construtivas’, i.e. as que, à partida, já se sabem amansadas e rendida.

Mas parece que não foi com Super-Cola 3:

Mulher cola pénis de amante à barriga

É um dos piores pesadelos de qualquer homem. Uma mulher decidiu vingar-se do seu ex-amante e colou-lhe o pénis à barriga.

O estranho caso ocorreu na cidade Menasha, no estado norte-americano de Wisconsin, quando Therese A. Ziemann, de 48 anos, se decidiu vingar de um homem casado com quem tinha mantido um relacionamento no passado.

O ‘affair’ foi descoberto pela legítima mulher da vítima, que telefonou a Therese, mãe de seis filhos, avisando que tinha conhecimento do caso. Therese decidiu afastar-se do amante, mas ficou furiosa quando soube que ele se tinha aproximado de uma das suas filhas de 12 anos.

Irritada, marcou um encontro com o homem, em Julho do ano passado, num motel. No quarto, amarrou-o, fingindo tratar-se de uma brincadeira sexual, mas acabou por colar-lhe o pénis na barriga.

Como se não bastasse, a mulher decidiu ainda ligar para outras três mulheres que tinham mantido um relacionamento com o homem e, juntas, celebraram a vingança. ‘Foi um aviso para que ele ficasse longe dos meus filhos’, justificou Therese, durante o julgamento. Ainda assim, a mulher acabou por reconhecer que ‘foi uma decisão estúpida’.

Therese acabou por ser condenada a 60 dias de prisão e a serviços comunitários, tal como as suas três cúmplices, que não escaparam a uma sentença de 30 dias de cadeia.

Sócrates é uma ameaça à liberdade

O “caso Mário Crespo” é apenas o último episódio de uma longa lista de factos que comprova uma coisa: José Sócrates é um político intolerante, que não sabe lidar com a liberdade.

Nada como um dia de chuva fraca a moderada, quase sem vento, para se avaliar do grau de civismo de muito boa gente que por aí anda a opinar sobre tudo e mais alguma coisa, sobre direitos e deveres alheios.

Nada como assistir ao grau exacerbado de egoísmo e incivilidade daqueles que, devendo ser exemplo para os seus educandos, apenas servem de exemplo do contrário estacionando a esmo, entrando quase com jipes pelo portão da escola, fazendo os possíveis por arremeter porta dentro com guarda-chuvas abertos e que se lixe o próximo, seja adulto ou criança. bloqueando quem já estava estacionado, acelerando pelos lagos de água e molhando que, imbecil, deixa o carro afastado para não aumentar a confusão.

Atenção, que não estou a falar como professor à saída da sua escola, mas como encarregado de educação, observando paredes-meias com o exercício do mau feitio, de um ponto de vista antropológico, a miopia humana.

Do enésimo confronto entre Jardim e os garotos do continente poderia resultar uma coisa boa: que ele ou Sócrates desaparecessem do radar político.

Mas não será assim porque, no fundo, são duas das muitas faces da má moeda que Cavaco só critica de forma aberta e desabrida quando envolve o ingénuo do Santana.

Conselho de Estado confrontado com demissão iminente de Sócrates

Quanto à substância em apreço, foi patético assistir ontem a Guilherme Silova na SICN tentar justificar o injustificável: que a Madeira, leia-se os interesses instalados no poder no arquipélago que ficam com a nata enquanto distribuem leite magro pelas clientelas eleitorais, merece tratamento diferenciado porque o seu PIB é sobredimensionado pelos negócios financeiros feitos por lá.

Que a a maior parte da população da Madeira não beneficia dos negócios realizados à mesa do Orçamento e não só, já sabíamos. Apenas ficou a confirmação.

Já é um pouco tarde é para chegar à liderança de um partido do “arco governativo”.

Sucatas: Nonagenária facturou 650 mil euros e nunca esteve colectada

Tudo terá começado quando ela não deu com o caminho para pagar a conta da luz…

Como, por exemplo, os padrões de estudo?

Estudantes universitários portugueses têm bons padrões de sono

(…)
O trabalho, orientado por José Tavares (Departamento de Ciências da Educação da Universidade Aveiro) e Maria Helena Azevedo (da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, fundadora da Consulta de Distúrbios do Sono dos Hospitais da Universidade de Coimbra), avaliou a quantidade e a qualidade do sono. Entre outras conclusões, destaca-se o facto de 13 por cento dos inquiridos considerarem que têm “um problema de sono”, sendo que a queixa mais frequente (7,7 por cento da amostra) é a insónia. Por outro lado, apenas 0,9 por cento admitiram que tomam “muitas vezes ou sempre” comprimidos para ajudar a dormir. Depois há outras questões que seríamos capazes de adivinhar com bom senso: os horários de deitar e levantar que mudam da semana para o fim-de-semana, por exemplo. “Estava à espera que os estudantes tivessem hábitos menos adequados. Estava à espera de pior”, reconhece Ana Allen Gomes, que aproveita para deixar um conselho para uma boa higiene de sono: “O mais importante é manter a hora de levantar. Marcar o nosso ritmo por isso. Independentemente da hora a que nos deitamos.”

Ao afirmar o que afirma, Nuno Santos cria uma situação insustentável. Ou não comentava ou, ao dizer que as coisas não foram assim, pode estar a abrir o caminho para um conflito que só podrá acabar com a saída de alguém da SIC.

Nuno Santos diz que as coisas não se passaram como Crespo as descreve

Está no seu direito, mas com o relato de Nuno Santos ainda estranho mais o comportamento – claramente público e em público – de um primeiro-ministro e dois ministros da República, aquela que um eles apareceu a dizer que necessita da união de todos. Os que não estejam contra ele, entenda-se.

Canaletto, Londres vista através de um Arco da Ponte de Westminster (1746-47)