Será que o exemplo americano se encaixa na cultura portuguesa? Ou esse problema só acontece com a Finlândia?
Porquê esse exemplo americano e não o exemplo Finlandês?
O JMF reconverteu-se. De adepto incondicional dos “vouchers”, parece agora estar rendido às “charter schools”.
Talvez não fosse má ideia passar para lá do que sobre uma e outra opção dizem os jornais e os jornalistas e ler a investigação que já existe sobre a matéria.
E já agora não aplaudir, qual basbaque, a primeira moda que pareça diminuir a intervenção do Estado. É que a regulação não se faz apenas através do financiamento…
O meu professor de Francês conseguiu os melhores resultados do país nos antigos exames do 11º ano, tinha era ordem para nos partir as “ventas”.
Os resultados conseguem-se de qualquer forma, basta saber é qual a carta branca que é dada.
Os colégios dos meninos ricos, alemães e tretas do género, aos burrinhos mandam-nos embora.
Em algumas “charter schools” de Chigago foram recrutados para directores, oficiais do exército na reserva e a disciplina nas escolas foram regulamentadas de acordo com algumas leis militares.
Quem viu o programa “60 minutos” sobre “charter schools” de Chicago verificou o seguinte:
1 – Os professores deixaram de se preocupar com a disciplina na escola, ou seja todo o trabalho dos professores reduziu-se à preparação de aulas, às actividades lectivas e ao apoio individual aos alunos.
2 – O regime disciplinar é tão duro que há menor falta de respeito (por exemplo chegar com sapatos por engraxar é uma violação do código disciplinar na Escola) são aplicadas duras sanções. Caso curioso dado a assistir no programa 60 Minutos, foi o de um aluno ser condenado a executar 60 flexões,
por ter respondido de forma incorrecta a uma professora .
3 – Os pais ao matricular os filhos na “charter schools” de Chigago são obrigados a certos compromissos rígidos, tais como: assistir obrigatoriamente ás actividades extra-curriculares dos seus educandos, receber em casa uma técnica de acção social, que recolhe informação da família e reporta à escola se os pais acompanham ou ou não a actividade escolar dos filhos. Por exemplo, um Pai foi ameaçado de que o seu filho seria expulso da Escola se permitisse que o seu filho menor depois da 10 horas da noite…
4 – O conselho disciplinar é do tipo tribunal militar, com julgamentos sumários. O aluno é defendido por um militar, acusado por um militar e julgado por um júri de militares…
5 – Estas escolas situadas nos locais mais desfavorecidos de Chigagos, tiveram um enorme sucesso escolar. Aconteceu até uma coisa curiosa: alguns alunos provenientes de famílias ricas de Chicago deixaram as suas “private schools” para matricularem-se neste tipo de escolas.
6 – As escolas são do Estado, mas estabelecem um contrato com empresas, fundações e instituições de carácter social e assinam um contrato em que são vinculadas a um modelo de gestão (neste caso militares na reserva) onde os alunos assinam à entrada um documento donde se vinculam a regras rigorosíssimas.
7 – Essas “charter schools” foram aprovadas em referendo realizado pelo município de Chicago.
QUESTÃO:
a) Teremos de chegar ao ponto em que as escolas tenham que ser dirigidas por disciplina draconiana?
b) Aceitariam os professores um tal modelo de gestão?
c) Aceitaria o Pai da Nação que os filhos dos pais da nação fossem sancionados por uma disciplina militar?
ESTIVE À PROCURA NO YOUTUBE O PROGRAMA 60 MINUTES DA CBS SOBRE AS CHARTER SCHOOLS DE CHICAGO.
NÃO ENCONTREI.
ALGUÉM CONSEGUE DESCOBRIR ESSE PROGRAMA QUE FOI EXIBIDO NA SIC NOTÍCIAS.
#9 Pedro Castro
Eu sei que foi apoiado por Obama.
Se o modelo Finlandês não é praticável em Portugal por motivos culturais, and so on, por que raio este modelo americano será praticável para o JMF em Portugal?
em #12, corrijo para “Raiva, eu não apoio este modelo, mas quando o caos tomou conta das escolas públicas de Chicago, a solução foi draconiana e teve bons resultados.
Tenta no Youtube descobrir o programa “60 Minutes” que aborda este tema.”
Hoje realmente estou disléxico, penso numa coisa e “teclo” outra.
13 # Pedro Castro
Já por lá andei e nada, ou, encontrei mas foi a favor, mas com a crítica que a professora universitária alterou os dados das escolas públicas para defender as Charter shools.
Mas no vídeo só apareciam betinhos!!!!!!! Onde está o resto dos jovens Americanos? Não entram nas Charter schools?
OláPedro!
Espero que te lembres de mim. Fui tua colega de Biologia na Secundária da Maia, estou nesta altura na “famosa” secundária do Castelo da Maia.
Gostei imenso de ler um texto teu ” Filhos de um deus menor”, que me chegou via e-mail, sobre o movimento de “arrepio” de alguns colegas.De facto, não nos damos ao respeito e como tal somos tratados. Tenho pena que para além de um sindicato também não tenhamos uma Ordem.Qualquer movimento que sai para a rua ou que ameace, tudo consegue nós já demonstramos, desde muito cedo, a nossa fragilidade. Toda a gente, após o 25 de Abril podia ser professor, daí a estupefacção de alguns alunos perante o facto de ficarem a saber que somos licenciados. Ainda existe disso!
Relativamente ao ME,CEs e coordenadores eu parafraseava Sieyes (político de 1789 mas tão actual) que escreveu a propósito da Revolução Francesa:” Procurais menos ser distinguidos pelos vossos concidadãos do que distinguir-vos deles…Aquilo a que aspirais não é à estima ou ao amor dos vossos concidadãos. Obedeceis, pelo contrário, a uma vaidade hostil contra homens cuja igualdade vos ofende.”
Um grande abraço e um feliz Natal.
Célia Fernandes
OláPedro!
Espero que te lembres de mim. Fui tua colega de Biologia na Secundária da Maia.
Gostei imenso de ler um texto teu ” Filhos de um deus menor”, que me chegou via e-mail, sobre o movimento de “arrepio” de alguns colegas.De facto, não nos damos ao respeito e como tal somos tratados. Tenho pena que para além de um sindicato também não tenhamos uma Ordem.Qualquer movimento que sai para a rua ou que ameace, tudo consegue nós já demonstramos, desde muito cedo, a nossa fragilidade. Toda a gente, após o 25 de Abril podia ser professor, daí a estupefacção de alguns alunos perante o facto de ficarem a saber que somos licenciados. Ainda existe disso!
Relativamente ao ME, a alguns CEs e a alguns coordenadores eu parafraseava Sieyes (político de 1789 mas tão actual) que escreveu a propósito da Revolução Francesa:” Procurais menos ser distinguidos pelos vossos concidadãos do que distinguir-vos deles…Aquilo a que aspirais não é à estima ou ao amor dos vossos concidadãos. Obedeceis, pelo contrário, a uma vaidade hostil contra homens cuja igualdade vos ofende.”
Um grande abraço e um feliz Natal.
Célia
Já todos percebemos que José Manuel Fernandes quer uma Escola Pública mas pouco, quanto a isso eu não tenho dúvidas. A única coisa que gostei foi que tenha valorizado a postura que o responsável americano irá ter e que será diametralmente oposta à de cá.
Pois é pessoal!
Ainda muito antes do Obama ter ganho as eleições disse no reino da macacada que a vitória do Obama significava o avanço em força do “lobby” das “charter schools”.
Pelos vistos não me enganei… JMF abriu o livro… agora virão os restantes apologistas…
Bom, mas de facto não precisamos de “charter schools” que apenas servirão para dar uns lucros a uns quantos, reduzir as despesas com a educação (pondo alguns profs. na rua e contratando gente baratinha) e desresponsabilizar o estado de muita carga política que existe na educação.
De facto não precisamos dessas escolas… Apenas precisamos é que ponham fora do circuito político e das escolas todos os apoloigistas das “ciências ocultas” da educação! Há sem dúvida alguns competentes e que sabem, mas a maioria gravita por modismos e lança permanentemente o caos nas escolas com teorias malucas que ninguém quer saber.
Devolvam autoridade, rigor e exigência e verão a escola pública mudar para bem melhor!
Pois eu acho que a postura do Obama é totalmente diferente da do nosso PM: ele foi buscar alguém que esteve no terreno e, seguramente, não fará politica de gabinete.
Qto às charter schools tb gostava de ver o video, mas acho que, a continuarmos assim, um dia isto só lá vai com disciplina militar.
Em algumas zonas os miudos são mto deseducados e os profs foram completamente desautorizados.
A ideia de autonomia e escolas diferentes agrada-me
Eu não defendo, porque ainda não conheço, o que são “charter schools”, mas percorrendo o Youtube verifica-se, ou será impressão minha, que são escolas PÚBLICAS onde é dado ênfase à disciplina, ou seja quando os pais assinam um contrato com esse tipo de escola, os alunos são obrigados a um regime disciplinar diferente.
Se isso melhorar a autoridade e o prestígio do professor e tornar as nossas escolas verdadeiros locais de aprendizagem, porque não?
Se pelo contrário é uma medida neo-liberal que contribua para a saída do Estado da Educação e tornar proletária a classe dos professores, então NÃO!
Pelo menos verifiquei o seguinte: o enorme poder dos pais nas escolas públicas americanas ficou substancionalmente diminuído!
O lema é “queres esta escola, tudo bem és bem vindo, mas estás obrigado a estas regras, senão bye, bye, escolhe outra escola”
Quando Paulo Guinote coloca repetidamente editoriais do José Manuel Fernandes que são críticos à política do ME mas que defendem soluções nas antípodas do modelo de escola que ele vem defendendo, é razão para perguntar onde se encontra a coerência, ou falta dela, que ele tanto gosta de apontar aos outros.
Ó amigo Kafkazul, desde o “Processo” de kafka que devia estar habituado a um pouco de absurdo. Ou será que é só a suposta incoerência de Paulo Guinote o incomoda? Eu tenho acompanhado o Umbigo há uns meses e não vejo grande incoerência. Leu alguma legenda a dizer: “Vejam como o JMF tem razão?”. Proponho-lhe uma hipótese, suponha que não é tanto as “Charters” que estão em questão mas a atitude dos governantes. Vai ver que desse ponto de vista acabam-se as incoerências…Começam é outras incoerências, mas já não do Paulo.
#24 e #25
Pedro
As “charter schools” são uma forma do estado se livrar da educação! Paga e vamos embora! Tudo o resto (excepto um programa mínimo nacional para um mínimo de disciplinas) é da responsabilidade da escola que faz o que lhe apetece, contrata quem quer e bem lhe parece e se abotoa com os dinheiros que o estado lhe paga!
Por isso é que tens nos “states” escolas onde o criacionismo biblico ainda é ensinado e o evolucionismo negado…
Isto é apenas uma pequena amostra. Mais… os escandalos andam à solta por aí nas charter. Há pouco tempo o Paulo pôs aqui uma posta do Washington post (creio) que referia precisamente essas negociatas…
As Chararcter schools, são escolas privadas geridas por privados com fundos do Estado.
Quando essas escolas são encerradas, são os alunos que ficam sem escola e os professores em trabalho.
É fácil, barato e dá lucros. Já as temos em Portugal. Qual o colégio privado que vive sem um tostão do Estado?
É preciso bom senso! A escola pública precisa é de ter regras e exigir o seu cumprimento rigoroso, aos alunos e aos pais. A disciplina não precisa ser militar… ainda vamos a tempo!
Claro que é fundamental acabar com este impressionante ataque à imagem dos professores, iniciado pelo ministério e continuado por comentadores e opinião pública. Isso tem sido de uma enorme falta de inteligência!
Vejam as notícias da Grécia…
Não precisamos de ir para Chicago, termos por cá o colégio militar ( http://colegiomilitar.pt/ ), que para alguns puristas(maioritariamente de esquerda) nem devia existir, o Vital é contra estes colégios públicos.
Eu sou adepto de escolas diferentes. Nada de unicidades absurdas e igualitárias.
Infelizmente a edição online do Washington Post não permite aceder à matéria publicada hoje que, até pela sua extensão, não é prático digitalizar e inserir aqui no blogue. Ao contrário dos nossos semanários que agora apostam em matérias curtas e fotos grandes, esta matéria espalha-se por mais de 2 páginas em formato superior ao A3.
No entanto estão disponíveis os arquivos com peças anteriores sobre o sistema educativo público do distrito de Columbia, ou seja em Washington D.C.
Quanto à notícia de hoje, apenas evidencia o enorme negócio feito com dinheiros públicos e o seu aproveitamento por interesses privados, demonstrando como algumas medidas que por cá se apresentam como exemplares e dignas de ser seguidas, no seu local de origem, estão a ser completamente desvbirtuadas.
Nada que não se saiba, mas que é sempre interessante conhecer em detalhe.
Durante o seu mandato[do Stevem D. Levitt] o n.º de professores de Chicago que passaram por um teste nacional de certificação subiu de 11 para 1200
Concordo com estas provas, por cá são contratados com métodos onde a qualidade efectiva vale ZERO. Muitos são contra mudanças no sistema de recrutamento. O ME também não está interessado em seleccionar os melhores.
Os melhores Directores Escolares, assim como os professores que conseguem fazer progredir os seus alunos passaram a receber prémios monetários.
Não discordo, nem concordo… Por cá os resultados dos alunos não podem ser considerados na avaliação dos professores.
Fechou escolas comprovadamente ingovernáveis e substituiu todo o pessoal…
Discordo. Mudem-se as equipas directivas e renove-se parte do corpo docente quando as coisas não funcionem bem. Mas daí a mudar tudo… por cá nem seria possível já que os pessoal docente e não docente tem nomeação definitiva.
E pode fazê-lo em dois pontos centrais, ambos contraditórios com as politicas do actual ME (… ) O primeiro é que existe mais do que uma solução para melhorar o sistema educativo e que a melhor solução não tem ser imposta pela burocracia do ministério a todas as escolas, pois nem todas as escolas são iguais.
Certíssimo. Mas um dos motivos de contestação à AD passa precisamente pelas variações de escola para escola. E JMF tem-se colocado aos contestatários.
Sobre as Charter Schools, a autonomia e qualidade é possível sem as “privatizar”, continuando a ser sector público asministrativo, basta terem mais poder na gestão dos recursos financeiros e humanos, assumindo competências que até agora são das DREs e do ME.
As escola americanas são realmente um bom exemplo para nós. Qualquer inquérito de rua mostra a execpcional informação e cultura dos americanos médios. Não sabem muito bem localizar o seu país no mapa, também não sabem localizar muito bem os países onde estão em guerra, há muitos que pensam que o Homem anda pela Terra há 6 mil anos, mas para compensar sabem falar inglês!
Hoje em dia todos percebem de tudo: politica, educação, futebol…. Cada semana me sinto mais cansada e “enfezada”(como se diz lá pela minha terra)de tanto ouvir e ler sobre ensino, professores, “charter schools”, etc
Nunca em 30 e tal anos de ensino desejei tanto uns míseros dias de descanso.Na minha escola quase tínhamos reuniões no dia 24. Foi por pouco.Ningem teve tempo para discutir o tema: “charter school”.
Acorda!
Relativamente poucos ligaram ao ECD e agora vê-se; poucos ligaram ao 12-A/2008 e vamos ver o que vai dar! poucos ligaram ao diploma da nova gestão e quando elas todas cairem em cima do pessoal vai ser um Ai Jesus…! É o costume… Alheamo-nos daquilo que directa ou mesmo indirectamente nos diz respeito e acabamos por sofrer as consequências. Um pouco como a “estória” da cigarra e da formiga, tão em voga, hoje. É o não vermos (ou querermos ver) para além do nosso umbigo que nos leva a dissabores bem graves. A tentar remediar depois do mal feito(à boa maneira portuguesa). Esquecemo-nos que quem está lá em cima é que tem o “livro completo” e apenas nos vai servindo capítulos desgarrados e acabamos por não perceber o fim da “estória”. No fim, quando todos os capítulos forem “entregues” é que perceberemos o livro! Mas aí, será tarde. E muito por causa do nosso comodismo habitual (que não é de agora)
Estou aqui a lembrar-me do meu 2 ano do Liceu (actual 6 ), em que estava,no superlotado Liceu de Oeiras, numa turma de 42 alunos com idades dos 11 aos 16 anos e de varios extractos sociais. E com aulas nuns barracoes revestidos com chapa de zinco.
Havia disciplina e os professores so se preocupavam em dar as aulas.Parece que afinal as charters schools nao inventaram nada.
Resposta a fm
Estou bem acordada. A verdade é que ando já cansada, porque isto de andar cerca de 20 anos de terra em terra dá cabo de qualquer mortal.Com mais de uma dezena por estas paragens,tanta mudança,tanto ministro/a, tanta “reforma” e tanta “paixão”pela educação…
Consegue entender este desabafo? Claro que não estou nem estarei nunca acomodada mas será por acaso que tantos colegas se aposentaram nos últimos tempos?
Dezembro 22, 2008 at 6:03 pm
Será que o exemplo americano se encaixa na cultura portuguesa? Ou esse problema só acontece com a Finlândia?
Porquê esse exemplo americano e não o exemplo Finlandês?
Dezembro 22, 2008 at 6:06 pm
O JMF reconverteu-se. De adepto incondicional dos “vouchers”, parece agora estar rendido às “charter schools”.
Talvez não fosse má ideia passar para lá do que sobre uma e outra opção dizem os jornais e os jornalistas e ler a investigação que já existe sobre a matéria.
E já agora não aplaudir, qual basbaque, a primeira moda que pareça diminuir a intervenção do Estado. É que a regulação não se faz apenas através do financiamento…
Dezembro 22, 2008 at 6:12 pm
Será porque o Obama está na moda e todas as escolhas que se fazem são aplaudidas em pé, como se fosse o Novo Salvador do Mundo?
Dezembro 22, 2008 at 6:14 pm
O meu professor de Francês conseguiu os melhores resultados do país nos antigos exames do 11º ano, tinha era ordem para nos partir as “ventas”.
Os resultados conseguem-se de qualquer forma, basta saber é qual a carta branca que é dada.
Os colégios dos meninos ricos, alemães e tretas do género, aos burrinhos mandam-nos embora.
Dezembro 22, 2008 at 6:23 pm
[…] Imagem gentilmente surripiada da A Educação do meu Umbigo […]
Dezembro 22, 2008 at 6:37 pm
Em algumas “charter schools” de Chigago foram recrutados para directores, oficiais do exército na reserva e a disciplina nas escolas foram regulamentadas de acordo com algumas leis militares.
Quem viu o programa “60 minutos” sobre “charter schools” de Chicago verificou o seguinte:
1 – Os professores deixaram de se preocupar com a disciplina na escola, ou seja todo o trabalho dos professores reduziu-se à preparação de aulas, às actividades lectivas e ao apoio individual aos alunos.
2 – O regime disciplinar é tão duro que há menor falta de respeito (por exemplo chegar com sapatos por engraxar é uma violação do código disciplinar na Escola) são aplicadas duras sanções. Caso curioso dado a assistir no programa 60 Minutos, foi o de um aluno ser condenado a executar 60 flexões,
por ter respondido de forma incorrecta a uma professora .
3 – Os pais ao matricular os filhos na “charter schools” de Chigago são obrigados a certos compromissos rígidos, tais como: assistir obrigatoriamente ás actividades extra-curriculares dos seus educandos, receber em casa uma técnica de acção social, que recolhe informação da família e reporta à escola se os pais acompanham ou ou não a actividade escolar dos filhos. Por exemplo, um Pai foi ameaçado de que o seu filho seria expulso da Escola se permitisse que o seu filho menor depois da 10 horas da noite…
4 – O conselho disciplinar é do tipo tribunal militar, com julgamentos sumários. O aluno é defendido por um militar, acusado por um militar e julgado por um júri de militares…
5 – Estas escolas situadas nos locais mais desfavorecidos de Chigagos, tiveram um enorme sucesso escolar. Aconteceu até uma coisa curiosa: alguns alunos provenientes de famílias ricas de Chicago deixaram as suas “private schools” para matricularem-se neste tipo de escolas.
6 – As escolas são do Estado, mas estabelecem um contrato com empresas, fundações e instituições de carácter social e assinam um contrato em que são vinculadas a um modelo de gestão (neste caso militares na reserva) onde os alunos assinam à entrada um documento donde se vinculam a regras rigorosíssimas.
7 – Essas “charter schools” foram aprovadas em referendo realizado pelo município de Chicago.
QUESTÃO:
a) Teremos de chegar ao ponto em que as escolas tenham que ser dirigidas por disciplina draconiana?
b) Aceitariam os professores um tal modelo de gestão?
c) Aceitaria o Pai da Nação que os filhos dos pais da nação fossem sancionados por uma disciplina militar?
ESTIVE À PROCURA NO YOUTUBE O PROGRAMA 60 MINUTES DA CBS SOBRE AS CHARTER SCHOOLS DE CHICAGO.
NÃO ENCONTREI.
ALGUÉM CONSEGUE DESCOBRIR ESSE PROGRAMA QUE FOI EXIBIDO NA SIC NOTÍCIAS.
Dezembro 22, 2008 at 6:39 pm
#2 em vez de “há menor falta de respeito” deve ler-se “à menor falta de respeito”
Dezembro 22, 2008 at 6:40 pm
Em #7 queria dizer #6 em vez de #2.
Dezembro 22, 2008 at 6:45 pm
Raiva, o modelo do qual falo em 6 foi apoiado po OBAMA.
Dezembro 22, 2008 at 6:56 pm
#9 Pedro Castro
Eu sei que foi apoiado por Obama.
Se o modelo Finlandês não é praticável em Portugal por motivos culturais, and so on, por que raio este modelo americano será praticável para o JMF em Portugal?
Dezembro 22, 2008 at 6:57 pm
Não é com essa filosofia que existe o Colégio Militar? Querem ver que é uma charter scholl avant la lettre?
Charter? Agora também ia num daqui para o México.
Mas, pronto. Não nego à partida uma ciência que desconheço.
Dezembro 22, 2008 at 6:58 pm
# 10 raiva em não apoio este modelo, mas quando o caos tomou conta das escolas públicas de Chicago, a solução foi draconiana e teve bons resultados.
Tenta no Youtube descobrir o programa “60 Minutes” que aborda este tema.
Dezembro 22, 2008 at 7:01 pm
em #12, corrijo para “Raiva, eu não apoio este modelo, mas quando o caos tomou conta das escolas públicas de Chicago, a solução foi draconiana e teve bons resultados.
Tenta no Youtube descobrir o programa “60 Minutes” que aborda este tema.”
Hoje realmente estou disléxico, penso numa coisa e “teclo” outra.
Dezembro 22, 2008 at 7:06 pm
13 # Pedro Castro
Já por lá andei e nada, ou, encontrei mas foi a favor, mas com a crítica que a professora universitária alterou os dados das escolas públicas para defender as Charter shools.
Mas no vídeo só apareciam betinhos!!!!!!! Onde está o resto dos jovens Americanos? Não entram nas Charter schools?
Dezembro 22, 2008 at 7:09 pm
OláPedro!
Espero que te lembres de mim. Fui tua colega de Biologia na Secundária da Maia, estou nesta altura na “famosa” secundária do Castelo da Maia.
Gostei imenso de ler um texto teu ” Filhos de um deus menor”, que me chegou via e-mail, sobre o movimento de “arrepio” de alguns colegas.De facto, não nos damos ao respeito e como tal somos tratados. Tenho pena que para além de um sindicato também não tenhamos uma Ordem.Qualquer movimento que sai para a rua ou que ameace, tudo consegue nós já demonstramos, desde muito cedo, a nossa fragilidade. Toda a gente, após o 25 de Abril podia ser professor, daí a estupefacção de alguns alunos perante o facto de ficarem a saber que somos licenciados. Ainda existe disso!
Relativamente ao ME,CEs e coordenadores eu parafraseava Sieyes (político de 1789 mas tão actual) que escreveu a propósito da Revolução Francesa:” Procurais menos ser distinguidos pelos vossos concidadãos do que distinguir-vos deles…Aquilo a que aspirais não é à estima ou ao amor dos vossos concidadãos. Obedeceis, pelo contrário, a uma vaidade hostil contra homens cuja igualdade vos ofende.”
Um grande abraço e um feliz Natal.
Célia Fernandes
Dezembro 22, 2008 at 7:13 pm
OláPedro!
Espero que te lembres de mim. Fui tua colega de Biologia na Secundária da Maia.
Gostei imenso de ler um texto teu ” Filhos de um deus menor”, que me chegou via e-mail, sobre o movimento de “arrepio” de alguns colegas.De facto, não nos damos ao respeito e como tal somos tratados. Tenho pena que para além de um sindicato também não tenhamos uma Ordem.Qualquer movimento que sai para a rua ou que ameace, tudo consegue nós já demonstramos, desde muito cedo, a nossa fragilidade. Toda a gente, após o 25 de Abril podia ser professor, daí a estupefacção de alguns alunos perante o facto de ficarem a saber que somos licenciados. Ainda existe disso!
Relativamente ao ME, a alguns CEs e a alguns coordenadores eu parafraseava Sieyes (político de 1789 mas tão actual) que escreveu a propósito da Revolução Francesa:” Procurais menos ser distinguidos pelos vossos concidadãos do que distinguir-vos deles…Aquilo a que aspirais não é à estima ou ao amor dos vossos concidadãos. Obedeceis, pelo contrário, a uma vaidade hostil contra homens cuja igualdade vos ofende.”
Um grande abraço e um feliz Natal.
Célia
Dezembro 22, 2008 at 7:17 pm
Pedro, gostava de ver esse vídeo.
Dezembro 22, 2008 at 7:25 pm
#17 olinda
andamos à procura dele e ….niente.
Dezembro 22, 2008 at 7:29 pm
Já todos percebemos que José Manuel Fernandes quer uma Escola Pública mas pouco, quanto a isso eu não tenho dúvidas. A única coisa que gostei foi que tenha valorizado a postura que o responsável americano irá ter e que será diametralmente oposta à de cá.
Dezembro 22, 2008 at 7:31 pm
#17 e #18 Olinda e Raiva esse programa “60 minutes” deu na SICn. Estou à procura e não encontro.
Olá Célia claro que me lembro de ti espero que tenhas um bom Natal e que na tua Escola tudo te corra pelo melhor.
Dezembro 22, 2008 at 7:33 pm
Obama on charter schools
Dezembro 22, 2008 at 7:41 pm
Pois é pessoal!
Ainda muito antes do Obama ter ganho as eleições disse no reino da macacada que a vitória do Obama significava o avanço em força do “lobby” das “charter schools”.
Pelos vistos não me enganei… JMF abriu o livro… agora virão os restantes apologistas…
Bom, mas de facto não precisamos de “charter schools” que apenas servirão para dar uns lucros a uns quantos, reduzir as despesas com a educação (pondo alguns profs. na rua e contratando gente baratinha) e desresponsabilizar o estado de muita carga política que existe na educação.
De facto não precisamos dessas escolas… Apenas precisamos é que ponham fora do circuito político e das escolas todos os apoloigistas das “ciências ocultas” da educação! Há sem dúvida alguns competentes e que sabem, mas a maioria gravita por modismos e lança permanentemente o caos nas escolas com teorias malucas que ninguém quer saber.
Devolvam autoridade, rigor e exigência e verão a escola pública mudar para bem melhor!
Dezembro 22, 2008 at 7:42 pm
Pois eu acho que a postura do Obama é totalmente diferente da do nosso PM: ele foi buscar alguém que esteve no terreno e, seguramente, não fará politica de gabinete.
Qto às charter schools tb gostava de ver o video, mas acho que, a continuarmos assim, um dia isto só lá vai com disciplina militar.
Em algumas zonas os miudos são mto deseducados e os profs foram completamente desautorizados.
A ideia de autonomia e escolas diferentes agrada-me
Dezembro 22, 2008 at 7:55 pm
Eu não defendo, porque ainda não conheço, o que são “charter schools”, mas percorrendo o Youtube verifica-se, ou será impressão minha, que são escolas PÚBLICAS onde é dado ênfase à disciplina, ou seja quando os pais assinam um contrato com esse tipo de escola, os alunos são obrigados a um regime disciplinar diferente.
Se isso melhorar a autoridade e o prestígio do professor e tornar as nossas escolas verdadeiros locais de aprendizagem, porque não?
Se pelo contrário é uma medida neo-liberal que contribua para a saída do Estado da Educação e tornar proletária a classe dos professores, então NÃO!
Pelo menos verifiquei o seguinte: o enorme poder dos pais nas escolas públicas americanas ficou substancionalmente diminuído!
O lema é “queres esta escola, tudo bem és bem vindo, mas estás obrigado a estas regras, senão bye, bye, escolhe outra escola”
Dezembro 22, 2008 at 8:03 pm
Eureka descobri o vídeo
MARINE MILITARY HIGH SCHOOL IN CHICAGO
Dezembro 22, 2008 at 8:05 pm
Quando Paulo Guinote coloca repetidamente editoriais do José Manuel Fernandes que são críticos à política do ME mas que defendem soluções nas antípodas do modelo de escola que ele vem defendendo, é razão para perguntar onde se encontra a coerência, ou falta dela, que ele tanto gosta de apontar aos outros.
Dezembro 22, 2008 at 8:05 pm
Dezembro 22, 2008 at 8:13 pm
Ó amigo Kafkazul, desde o “Processo” de kafka que devia estar habituado a um pouco de absurdo. Ou será que é só a suposta incoerência de Paulo Guinote o incomoda? Eu tenho acompanhado o Umbigo há uns meses e não vejo grande incoerência. Leu alguma legenda a dizer: “Vejam como o JMF tem razão?”. Proponho-lhe uma hipótese, suponha que não é tanto as “Charters” que estão em questão mas a atitude dos governantes. Vai ver que desse ponto de vista acabam-se as incoerências…Começam é outras incoerências, mas já não do Paulo.
Dezembro 22, 2008 at 8:14 pm
#24 e #25
Pedro
As “charter schools” são uma forma do estado se livrar da educação! Paga e vamos embora! Tudo o resto (excepto um programa mínimo nacional para um mínimo de disciplinas) é da responsabilidade da escola que faz o que lhe apetece, contrata quem quer e bem lhe parece e se abotoa com os dinheiros que o estado lhe paga!
Por isso é que tens nos “states” escolas onde o criacionismo biblico ainda é ensinado e o evolucionismo negado…
Isto é apenas uma pequena amostra. Mais… os escandalos andam à solta por aí nas charter. Há pouco tempo o Paulo pôs aqui uma posta do Washington post (creio) que referia precisamente essas negociatas…
Dezembro 22, 2008 at 8:16 pm
#27, pois é Raiva, há sempre um senão. Aparece sempre alguém a querer ter lucro!
Logo antes de implementarmos uma ideia é verificar:
1 – quais foram os factores positivos.
2 – quais os factores negativos.
Em Chicago parece que funciona mas na Califórnia e em alguns estados do sul a “coisa” correu mal.
Logo devemos “filtrar” tudo o que vem do estrangeiro, em especial dos Estados Unidos e da Grã -Bretanha, onde os nossos políticos buscam inspiração!
Dezembro 22, 2008 at 8:22 pm
As Chararcter schools, são escolas privadas geridas por privados com fundos do Estado.
Quando essas escolas são encerradas, são os alunos que ficam sem escola e os professores em trabalho.
É fácil, barato e dá lucros. Já as temos em Portugal. Qual o colégio privado que vive sem um tostão do Estado?
Dezembro 22, 2008 at 8:22 pm
*charter
Dezembro 22, 2008 at 8:56 pm
não se trata de copiar modelos, trata-se de nos informarmos sobre o que existe neste âmbito.
vi o filme, mas como não tenho colunas 🙂 não ouvi nada 😉
fiquei com curiosidade em saber mais sobre o tema…
Dezembro 22, 2008 at 9:03 pm
Dezembro 22, 2008 at 9:25 pm
É preciso bom senso! A escola pública precisa é de ter regras e exigir o seu cumprimento rigoroso, aos alunos e aos pais. A disciplina não precisa ser militar… ainda vamos a tempo!
Claro que é fundamental acabar com este impressionante ataque à imagem dos professores, iniciado pelo ministério e continuado por comentadores e opinião pública. Isso tem sido de uma enorme falta de inteligência!
Vejam as notícias da Grécia…
Dezembro 22, 2008 at 9:25 pm
Não precisamos de ir para Chicago, termos por cá o colégio militar ( http://colegiomilitar.pt/ ), que para alguns puristas(maioritariamente de esquerda) nem devia existir, o Vital é contra estes colégios públicos.
Eu sou adepto de escolas diferentes. Nada de unicidades absurdas e igualitárias.
Comento já o editorial…
Dezembro 22, 2008 at 9:29 pm
Estão a ver pq é que os gregos nos ganharam no euro 2004? 🙂
Dezembro 22, 2008 at 10:09 pm
Os Negócios Em Torno Das Charter Schools
Infelizmente a edição online do Washington Post não permite aceder à matéria publicada hoje que, até pela sua extensão, não é prático digitalizar e inserir aqui no blogue. Ao contrário dos nossos semanários que agora apostam em matérias curtas e fotos grandes, esta matéria espalha-se por mais de 2 páginas em formato superior ao A3.
No entanto estão disponíveis os arquivos com peças anteriores sobre o sistema educativo público do distrito de Columbia, ou seja em Washington D.C.
Quanto à notícia de hoje, apenas evidencia o enorme negócio feito com dinheiros públicos e o seu aproveitamento por interesses privados, demonstrando como algumas medidas que por cá se apresentam como exemplares e dignas de ser seguidas, no seu local de origem, estão a ser completamente desvbirtuadas.
Nada que não se saiba, mas que é sempre interessante conhecer em detalhe.
http://www.educar.wordpress.com/2008/12/14/os-negocios-em-torno-das-charter-schools/
Dezembro 22, 2008 at 10:58 pm
Cá vai, então, o comentário…
Durante o seu mandato[do Stevem D. Levitt] o n.º de professores de Chicago que passaram por um teste nacional de certificação subiu de 11 para 1200
Concordo com estas provas, por cá são contratados com métodos onde a qualidade efectiva vale ZERO. Muitos são contra mudanças no sistema de recrutamento. O ME também não está interessado em seleccionar os melhores.
Os melhores Directores Escolares, assim como os professores que conseguem fazer progredir os seus alunos passaram a receber prémios monetários.
Não discordo, nem concordo… Por cá os resultados dos alunos não podem ser considerados na avaliação dos professores.
Fechou escolas comprovadamente ingovernáveis e substituiu todo o pessoal…
Discordo. Mudem-se as equipas directivas e renove-se parte do corpo docente quando as coisas não funcionem bem. Mas daí a mudar tudo… por cá nem seria possível já que os pessoal docente e não docente tem nomeação definitiva.
E pode fazê-lo em dois pontos centrais, ambos contraditórios com as politicas do actual ME (… ) O primeiro é que existe mais do que uma solução para melhorar o sistema educativo e que a melhor solução não tem ser imposta pela burocracia do ministério a todas as escolas, pois nem todas as escolas são iguais.
Certíssimo. Mas um dos motivos de contestação à AD passa precisamente pelas variações de escola para escola. E JMF tem-se colocado aos contestatários.
Sobre as Charter Schools, a autonomia e qualidade é possível sem as “privatizar”, continuando a ser sector público asministrativo, basta terem mais poder na gestão dos recursos financeiros e humanos, assumindo competências que até agora são das DREs e do ME.
Dezembro 22, 2008 at 11:07 pm
Raiva – 31
Já as temos em Portugal. Qual o colégio privado que vive sem um tostão do Estado?
Nenhuma!!! “Mamam” todas, umas mais, outras menos.
As estrangeiras talvez não recebam nada, mas devem receber dos governos dos países de origem.(Alemanha, França, etc.)
Dezembro 22, 2008 at 11:10 pm
As escola americanas são realmente um bom exemplo para nós. Qualquer inquérito de rua mostra a execpcional informação e cultura dos americanos médios. Não sabem muito bem localizar o seu país no mapa, também não sabem localizar muito bem os países onde estão em guerra, há muitos que pensam que o Homem anda pela Terra há 6 mil anos, mas para compensar sabem falar inglês!
Dezembro 23, 2008 at 4:00 am
Hoje em dia todos percebem de tudo: politica, educação, futebol…. Cada semana me sinto mais cansada e “enfezada”(como se diz lá pela minha terra)de tanto ouvir e ler sobre ensino, professores, “charter schools”, etc
Nunca em 30 e tal anos de ensino desejei tanto uns míseros dias de descanso.Na minha escola quase tínhamos reuniões no dia 24. Foi por pouco.Ningem teve tempo para discutir o tema: “charter school”.
Dezembro 23, 2008 at 9:23 am
Mª Grelha
Acorda!
Relativamente poucos ligaram ao ECD e agora vê-se; poucos ligaram ao 12-A/2008 e vamos ver o que vai dar! poucos ligaram ao diploma da nova gestão e quando elas todas cairem em cima do pessoal vai ser um Ai Jesus…! É o costume… Alheamo-nos daquilo que directa ou mesmo indirectamente nos diz respeito e acabamos por sofrer as consequências. Um pouco como a “estória” da cigarra e da formiga, tão em voga, hoje. É o não vermos (ou querermos ver) para além do nosso umbigo que nos leva a dissabores bem graves. A tentar remediar depois do mal feito(à boa maneira portuguesa). Esquecemo-nos que quem está lá em cima é que tem o “livro completo” e apenas nos vai servindo capítulos desgarrados e acabamos por não perceber o fim da “estória”. No fim, quando todos os capítulos forem “entregues” é que perceberemos o livro! Mas aí, será tarde. E muito por causa do nosso comodismo habitual (que não é de agora)
Dezembro 23, 2008 at 7:21 pm
Estou aqui a lembrar-me do meu 2 ano do Liceu (actual 6 ), em que estava,no superlotado Liceu de Oeiras, numa turma de 42 alunos com idades dos 11 aos 16 anos e de varios extractos sociais. E com aulas nuns barracoes revestidos com chapa de zinco.
Havia disciplina e os professores so se preocupavam em dar as aulas.Parece que afinal as charters schools nao inventaram nada.
Dezembro 24, 2008 at 4:29 am
Resposta a fm
Estou bem acordada. A verdade é que ando já cansada, porque isto de andar cerca de 20 anos de terra em terra dá cabo de qualquer mortal.Com mais de uma dezena por estas paragens,tanta mudança,tanto ministro/a, tanta “reforma” e tanta “paixão”pela educação…
Consegue entender este desabafo? Claro que não estou nem estarei nunca acomodada mas será por acaso que tantos colegas se aposentaram nos últimos tempos?