Definir objectivos para 15 de Novembro e não os submeter a uma mera lógica de defesa de direitos laborais ou de recusa de um processo de avaliação, mas principalmente tentar demonstrar que se está a defender o funcionamento das escolas e a melhoria das aprendizagens dos alunos.
Aceitam-se contributos. Mais logo voltarei ao tema. Agora é Domingo…
Outubro 12, 2008 at 10:30 am
SOU PROFESSOR: PENSO LOGO ENSINO..
Sebastião da Gama
Meu País Desgraçado
Meu país desgraçado!…
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas …
Meu país desgraçado!…
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
Outubro 12, 2008 at 10:43 am
Estou profundamente comovida com a força dos blogues.É neles que muitos professores encontram solidariedade e apoio, é graças a eles que a revolta se tem tornado força e acção, são eles que têm orientado e permitem que todo este movimento de recusa cresça e avance. Bem hajam por existirem e ajudarem.
Outubro 12, 2008 at 10:46 am
Paulo, quero agir, face aquilo que esta a ser imposto nas escolas, não me sinto verdadeiramente professor, pretendo ensinar com orgulho, dedicação sem necessidades de promessas (objectivos mesquinhos) que me tornam num político igual aos carneirinhos da bancada da maior parte dos partidos políticos! Não suporto ver os meus colegas aflitos, angustiados com papéis desnecessários e que humilham a nossa tarefa tão nobre e simples que é ensinar. Em vez de docência existe neste momento uma “doicência” em todas as escolas. Na minha casa somos dois “doiscentes”(sabes Paulo do que falo) também leccionamos na margem sul e bastam os problemas normais com os alunos. Este modelo de avaliação não nasceu na escola, mas numa secretaria de “so-cretinos” que temos que responsabilizar no futuro. Por isso estou disposto a caminhar dia 15 de Novembro e emtodos os dias , por mim e por todos!
Outubro 12, 2008 at 10:56 am
Paulo, os objectivos terão que ser divulgados, é isso? As palavras de ordem que iremos gritar ou calar inserem-se neles mas podem ser mais emotivas, certo?
De estratégias não entendo muito, mas parece-me que o que toca mais os não-professores são as questões relacionadas com os alunos, logo com os seus filhos.
E essas questões são:
Professores burocratizados não são estimulantes para os alunos;
O estatuto do aluno introduz a injustiça de premiar quem falta ( injustificadamente) relativamente a quem frequenta sempre as aulas;
A “escola a tempo inteiro” é um depósito de crianças e jovens ( 8 horas diárias_ vejam horário dos alunos do básico)e torna-se contraproducente. Alunos estoirados não aprendem mais nada;
Finalmente: como podem profs preparar aulas se têm que preparar materiais para serem avaliados? Há casos de avaliadores que teriam que faltar às suas turmas para poderem assistir às aulas de colegas. A isto o ministério respondeu que seriam substituidos, nas suas turmas, por colegas ( em hora de substituição) e, se não hovesse nenhum, iria para dentro da sala alguém do conselho executivo.
Isto é normal??
Outubro 12, 2008 at 10:58 am
Caro Paulo: A proletarização dos professores interessa de sobremaneira à Fenprof e ao seu secretário-geral, Mário Nogueira, para voos mais altos de âmbito político (tem sido várias vezes candidato a deputado, sem qualquer resultado). O seu apelo a uma luta sem objectivos definidos e sem serem ocasionais, tem sido uma espécie de canto de sereia que tem atraído para rochedos perigoso de manifestações acéfalas e ruidosas numerosos professores para descrédito de uma luta materialista em que se discutem questões salariais e horários de trabalho em sindicatos irmanados ingenuamente numa luta comum, através de uma “plataforma sindical” e ao arrepio de princípios estabelecidos oficialmente em programas próprios.
Aliás, a função dos sindicatos é precisamente essa – a proletarização dos seus associados – com maior destaque para a Fenprof no cumprimento de uma missão política que se perde na bruma da História e em que tem sido exímia não arredando pé um centímetro que seja.
Uma breve análise diz-nos que as profissões de exigência académica de nível universitário (e até outras de bem menor exigência de criação recente) representadas por ordens profissionais, como por exemplo a dos médicos têm poucos sindicatos representativos. Os advogados julgo que não têm qualquer sindicato. E os professores? Só na plataforma estiveram (ainda estão?) representados 14 sindicatos – que anteriormente diziam uns dos outros o que Maomé não disse do toucinho – fora os que julgo não terem aderido a uma espécie de super sindicato que entregou as rédeas da representatividade à Fenprof. E que, se diga em abono da verdade, as soube agarrar com as mãos ambas com exímia habilidade em propaganda própria que uma ocasião soberana de descontentamento geral da classe docente proporcionou. E que seria ouro sobre azul se bisada em novas manifestações acéfalas do género.
O seu lúcido aviso, Paulo, vem no momento certo e na hora certa. Assim os professores saibam reflectir e tomar decisões pela sua própria cabeça por entenderem que há mais vida profissional para além de questões materiais, horários de trabalho e, como bem alerta, sistema de avaliação docente. Ou seja, compete aos professores defender uma educação ao serviço de uma sociedade verdadeiramente democrática com um ensino oficial prestigiado e de qualidade ao serviço da comunidade que não seja destruído para dar lugar a interesses privados de colégios que pululam como cogumelos em terreno húmido do vil metal. Nem sempre o sonho comanda a vida, como disse o poeta!
Outubro 12, 2008 at 11:00 am
Fundamental Paulo.
Ainda ontem, em cavaqueira com amigos, no café:
Chegam M. professora primária, mulher de língua afiada e sem papas na língua, talvez um pouco inconveniente por vezes, J. seu marido e engenheiro numa grande empresa e bom vencimento, com o seu filho de meses.
Passado algum tempo:
Eu- Então M., vais à manifestação?
M. não ouve e é J. que fala
J.- Vai vai…já a correr
Insisto
-M. vais à manifestação?
M.- Eu? Já fui a mais do que uma há uns anos. Andei lá de cartaz na mão e adiantou alguma coisa? Nada! Adiantou descontarem-me um dia.
J- Quando é a manifestação? Andam contra a avaliação. Tu não és avaliado?
Eu-Sou.
J.- Então eles também têm de ser.
Eu- Mas eles dizem que esta avaliação não avalia nada…
J.- Sim sim…O que não querem é ser avaliados e não trabalharem como deve ser.
Eu- Ó M. tu não esticas um remo e lhe dás uma chapada nas ventas ?
M.- Não querem trabalhar? Humpf. Vê lá…
Depois umas graçolas entre os dois e o assunto morreu ali.
Conclusões:
Ainda há muito professor distanciado da luta.
Ainda há muita gente que vê na vossa luta uma fuga a trabalho.
É muito importante que a verdade chegue à população em geral. Lembrem-se que a ministra mostrou não se importar de perder os professores mas ganhar a população. E é aí, no extravasar para além da vossa classe que está a possibilidade de conseguir algo.
O restante povo tem de conhecer, compreender e apoiar a vossa luta. Sem isso é inútil.
Outubro 12, 2008 at 11:06 am
Inteiramente solidária com comentário 2. Os professores das escolas de Chaves, onde moro e lecciono, começaram a acordar. Por que não seguir o nosso exemplo, comentário 3? É tão simples, uns simples sms foram suficientes para reunir. Basta de ter medo. Unidos não nos podem intimidar! Queremos ser avaliados mas não desta forma burocrática, injusta e arbitrária. Caímos no erro aquando do concurso de professores titulares mas podemos continuar a pactuar.
Outubro 12, 2008 at 11:07 am
Gostava de ler aqui comentários de não-professores, para ver se, através dos filhos ou do que lêem na comunicação social, conseguem perceber o que se anda a passar nas escolas. Qual o sentimento dos enc. de educação?
Há dias li, num outro blog, cartas de 2 alunas do secundário que me sensibilizaram muito. Elas apercebiam-se do desgaste dos seus profs e insistiam que gostavam das aulas deles mas os queriam menos tensos com tanta pressão…
Outubro 12, 2008 at 11:08 am
“mas podemos pactuar”, não!!! É não!
Outubro 12, 2008 at 11:11 am
Concordo, a força dos blogues é incrível!
Este espaço além de terapêutico e potenciador de uniões e lutas!
Há uns anos atras isto seria inimaginável. Já viram qtas reuniões seriam necessárias para tomar uma posição, como a que aqui se tomou em 3 dias??
Para mim, quem organizou o DIA 15 DE NOVEMBRO foram o autor e os comentadores do “educação do meu umbigo”.
O resto, sindicatos, movimentos, vieram a reboque 🙂
E ainda bem!
Outubro 12, 2008 at 11:11 am
Reb, leia o meu comentário 6.
Outubro 12, 2008 at 11:21 am
Rui Baptista
Ainda não compreendeu que é um proletário? Ainda não compreendeu que é um funcionário público como qualquer funcionário de tribunal ou conservatória? Ainda não compreendeu que essa atitude de “Eu juntar-me a essas lutas, isso é coisa de cantoneiros e comunistas. Eu sou diferente, sou superior” é que vos levou ao ponto em que estais? A vós e à restante população, pois tal mal é geral. Agora toda a gente se julga uma elite. Claro que a profissão de professor tem especificidades mas sois tão funcionários públicos como os outros. Tivesse a função pública tido “consciência proletária” e,lá por mexerem em papéis não se julgasse “gente fina” e outro galo teria cantado.
Outubro 12, 2008 at 11:38 am
É realmente muito importante conseguirmos mostrar junto da opinião pública a justiça e a nobreza da nossa luta! Teremos de trabalhar para isso, sempre conscientes que a unidade dos professores não pode ser posta em causa e que temos de estar todos juntos no dia 15 de Novembro, em Lisboa, em defesa da nossa honra, da nossa dignidade pessoal/profissional, das nossas condições de trabalho, do futuro dos nossos alunos, da sobrevivência e da importância da escola pública, numa sociedade que se pretende democrática. Já não é mais possível tolerar a situação actual (um ECD fracturante promotor de injustiças e conflitos, um modelo de avaliação burrocrata, injusto, penalizador e punitivo, zarolho, inexequível e prenhe de incorrecções científico-pedagógicas que inviabilizará cada vez mais o trabalho de qualidade com e para os alunos, um modelo de gestão que liquida a democracia interna, uma corrida louca e desvairada a um sucesso escolar que é fabricado para “inglês ver”, uma campanha absolutamente vergonhosa de “terra queimada” contra os professores, o insulto que é a prova de admissão à carreira, o projecto já apresentado para os concursos em 2009, razão suficiente para se rasgar o acordo dos sindicatos com o ME, a forma desumana como os professores contratados são usados pelo sistema, a forma criminosa e irresponsável como foram avaliados o ano passado e o que com essa avaliação o ME pretende agora fazer, o sistema de quotas na avaliação de desempenho, a tentativa de colocar os professores em situação de estágio perpétua e permanente, o Estatuto do Aluno e tudo o que ele acarreta de burrocracia e, mais grave, a ideia que deixa sub-entendida, de que os professores só apoiam os alunos quando são obrigados por decreto ministerial, o afastamento progressivo e sistemático do professor do centro da sua actividade pedagógica para outras funções acessórias e dou como exemplo “engraçado” na minha escola, o de distribuidor mensal dos passes do autocarro aos alunos, com recolha de assinaturas comprovativas, as ameaças coercivas contra os orgãos de gestão, o clima “bigbrotheriano” que se vai instalando nas escolas, o medo que cala e consente, de processos disciplinares, de não renovação de contratos, etc. e… mais e mais e mais, no fundo, tudo aquilo que nos tolhe e compromete o que deveria ser o nosso objectivo essencial como professores e educadores- trabalhar com criatividade de forma plural e cooperativa, em prol dos alunos e da melhoria dos seus saberes e competências, promovendo a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, informados, críticos e interventivos, tão necessários na sociedade actual) sem um protesto forte e genuíno das bases, dos professores que estão no terreno e todos os dias se confrontam nas suas escolas com todos estes problemas, dilemas, constrangimentos, bloqueios, obstáculos, insuficiências, e tudo o mais que não me ocorre! BASTA! É realmente O tempo de dizer BASTA! Em frente colegas, com unidade e muita coragem, contra esta política educativa. Sei, porque estive ontem nas Caldas da Rainha, que a ideia é, e foi desde o início da reunião, congregar pessoas e movimentos, unir, somar esforços, estabelecer pontes, criar consensos, e avançar em força para a rua, no dia 15 de Novembro! Esse foi o espírito da APEDE e do MUP na reunião de ontem, outros nomes e movimentos estão a ser contactados como já se pode comprovar numa simples volta pela blogosfera, tenho a certeza que será elaborado um caderno reinvidicativo em que todos nos poderemos rever, e só desejo que consigamos mostrar uma vez mais, dia 15/11, a justiça da nossa luta e a força dos nossos argumentos!
Um BEM HAJA a todos os colegas que na blogoesfera, nas reuniões dos movimentos de professores e, sobretudo, nas suas escolas têm sabido resistir e manter a chama acesa!
TODOS A LISBOA DIA 15 de NOVEMBRO!!!
UNIDOS CONSEGUIREMOS!!!
Outubro 12, 2008 at 11:47 am
Como qualquer professor consciente defende, foi a aprovação do ECD que abriu portas ao pântano que é hoje, a vida dos professores. Quem supostamente nos defende, os sindicatos, deixaram passar, bastava que dissessem: nenhum professor concorre a titular. Quem o fizesse não poderia, nunca, levantar cabeça e a ministra não poderia nunca, ainda que demagogicamente, como faz, reconhecer-lhes o epíteto de professores melhores qualificados.
Tudo o que se seguiu entronca no Estatuto. A questão da avaliação continuou inquinada, quando a maioria defendia “avaliação sim, esta não”, mote também defendido pelos sindicatos, uma vez mais e sempre, ao serviço do Poder para a ele ascender.
Colegas, defendo que a questão da avaliação passa por a recusar liminarmente e não só a nossa,nós não somos, nem queremos, nem podemos ser ilha privilegiada, mas a de todos os trabalhador.
Há que fazer entender ao povo português que a avaliação é o contrato a prazo. Nas situações onde não há contrato a prazo, o patrão teve que criar mecanismos para o poder aplicar. Eis a razão da avaliação, o resto é treta.
Recusar a avaliação de todo e qualquer trabalhador, ela não pretende, em circunstância alguma, melhorar o desempenho de ninguém, ela é o fundamento legal para que o trabalhador, seja dispensado, se essa for a vontade do Patrão.
É assim nas empresas privadas. É assim que faz o governo de um Estado que existe para defender o seu Patrão e não os cidadãos que constroem a verdadeira riqueza de um País.
Anabela
Outubro 12, 2008 at 11:57 am
Mas atenção: a manifestação é importante, e oxalá seja imponente, mas temos que pensar já no que vem a seguir. Parar como em 8 de março é suicídio. Não somos analfabetos nem ignorantes e neste momento até já temos experiência e bem fresquinha. Portanto, já sabemos como a ME e o seu patrão reagiram a 100000. Não esperemos reacção diferente. Nós é que devemos estar preparados para avançar. É bom que aqui continuemos o programa… e contem comigo.
Outubro 12, 2008 at 11:57 am
Uma das razões pelas quais os professores não têm sido melhor sucedidos na tentativa de mostrar publicamente aos não professores o absurdo que este género de avaliação constitui é o facto de, na maior parte das suas intervenções, não ficar clarificado que modelo de avaliação defendem em alternativa.
O discurso sobre isso é quase sempre vago e contraditório, permitindo uma suspeita legítima: esta pessoa defenderá mesmo a avaliação dos professores?
Quando é alguém dos sindicatos a falar pode-se substituir o “na maior parte das suas intervenções” por “na totalidade das intervenções”.
Por mim, queria ser avaliado principalmente com base nisto: a relação entre as classificações atribuídas por mim aos alunos e a classificação obtida por eles em exames nacionais bem elaborados.
Outubro 12, 2008 at 11:58 am
Mas atenção: a manifestação é importante, e oxalá seja imponente, mas temos que pensar já no que vem a seguir. Parar como em 8 de março é suicídio. Não somos analfabetos nem ignorantes e, neste momento, até já temos experiência e bem fresquinha. Portanto, já sabemos como a ME e o seu patrão reagiram a 100000. Não esperemos reacção diferente. Nós é que devemos estar preparados para avançar. É bom que aqui continuemos o programa… e contem comigo.
Outubro 12, 2008 at 11:59 am
Retirado do blog do ramiro, copio um poema de Luís Costa:
Hino da Indignação
Professores de Portugal
Gente nobre e dedicada
Força fértil e vital
Desta Pátria sufocada
Acorrei todos à praça
Resgatar a Educação
Perdida na nevoaça
Do Outono da Nação
Está na hora de lutar
Com a nossa indignação
Está na hora de bradar
É preciso dizer NÃO
NÃO à condição servil
NÃO à vã mediocridade
NÃO à demissão de Abril
Aos chacais da liberdade
NÃO ao sonho amordaçado
NÃO ao silêncio da voz
NÃO à perda do legado
Da Escola de todos nós
Está na hora de lutar
Com a nossa indignação
Está na hora de bradar
É preciso dizer NÃO
Outubro 12, 2008 at 11:59 am
Os professores sempre foram os “tapa buracos” dos desmandos da 5 de Outubro. Está na altura dos pais dos alunos terem tal consciência e se juntarem aos professores, já que não se conseguem mobilizar sózinhos.
Um caso, entre milhares de casos na Educação Especial, para ilustrar.
“ME deixa os mais fracos sem protecção e apoio. Crianças com paralisia cerebral sem docente de educação especial
http://www.profblog.org/2008/10/me-deixa-os-mais-fracos-sem-proteco-e.html“
Outubro 12, 2008 at 12:03 pm
O meu apelo e o meu alerta é:
Outubro 12, 2008 at 12:03 pm
Esqueci-me de dizer: como sou professor de Filosofia não tenho, infelizmente, qualquer possibilidade que a avaliação externa através de exames nacionais influencie a avaliação que vão fazer do meu trabalho. Com efeito, em Filosofia já não há INFELIZMENTE exame nacional (nem em Sociologia, que também lecciono).
A desvalorização que este governo está a fazer dos exames nacionais, através da supressão de alguns e do facilitismo nos outros, merecia da parte dos professores tanto repúdio e manifestações como o desgraçado modelo de avaliação do desempenho que está a ser implementado.
Outubro 12, 2008 at 12:07 pm
Apelo a todos os pais e familiares para se juntarem aos professores no dia 15 de Novembro em Lisboa, na defesa de Todos alunos.
De Todos.
Incluindo os vossos filhos.
Outubro 12, 2008 at 12:08 pm
Como ter os pais do nosso lado?
Fácil: cada vez que estamos com eles (e eu encontro-me com vários todos os dias) devemos aproveitar para lhes ir falando dos nossos problemas (e em consequência, dos alunos). Ultimamente tem sido por causa do “Magalhães”. Mas o assunto pode ser qualquer outro.
No final do ano passado, em reunião com TODOS os encarregados de educação dos meus alunos (que iam para o 5.º ano – outra escola, outra realidade) expliquei-lhes “tudinho” sobre o “Inferno” em que se tornou a minha (nossa) vida.
O engraçado é que os meus ex-alunos (e alguns pais) quase todas as semanas aparecem lá na sua ex-escola para me visitarem (ora uns, ora outros). 🙂
Já agora, o cometário 5 é injusto, no que concerne à personalização que é feita ao Mário Nogueira.
Outubro 12, 2008 at 12:08 pm
Apelo a todos os pais e familiares para se juntarem aos professores no dia 15 de Novembro em Lisboa, na defesa de Todos alunos.
De Todos.
Incluindo os vossos filhos.
Outubro 12, 2008 at 12:25 pm
fjsantos (20)
Repito comentário.
“Totalmente de acordo com o teu post. Reforço:
“A hora é de luta de todos os professores contra o ministério, contra o governo e contra as políticas educativas que atentam contra a escola pública de qualidade para todos os cidadãos. Não é, de forma alguma, hora de lutarmos por protagonismos estéreis nem de discutir quem representa o quê ou quem.
Para bom entendedor…”
E os pais têm de uma vez por todas perceber que os professores não têm mais possibilidades de corrigir os desmandos das “5 de Outubro”, como sempre o fizeram.
Os pais, já que não têm capacidade de se organizar na defesa dos alunos (nem sequer dos seus filhos), pelo menos que lutem ao lado dos professores na defesa do(s) presente(s) e futuro(s) deles e dos filhos.
Creio ser urgente, através de post (ou posts) colocados inicialmente a circular em mails por todos, chamar os pais/encarregados de Educação á razão para que compareçam ao lado dos professores numa luta que é comum.”
Outubro 12, 2008 at 12:35 pm
“A desvalorização que este governo está a fazer dos exames nacionais, através da supressão de alguns e do facilitismo nos outros, merecia da parte dos professores tanto repúdio e manifestações…”
Concordo com o Carlos, devemos falar nisto.
Outubro 12, 2008 at 12:51 pm
Concurso a titular: uma correria nunca vista. Quantos foram aqueles que se recusaram a concorrer? Conheço uma – UMA – colega que não concorreu por não concordar com a política do MÉ-MÉ.
E os restantes? Bah!
Outubro 12, 2008 at 12:56 pm
“Diz”(comentário 12): Pelos vistos a minha mensagem não passou. Concedo que tenha sido erro meu (emissor) e não seu ( receptor). Claro que todas as profissões são dignas. Os que as distingue é a maneira como são exercidas. Tão mau é um sapateiro que não sabe pôr meias solas em condições como um médico que erra constantemente nos diagnósticos que faz. Por isso, entendo que não há só bons sapateiros, assim como não há só bons médicos. O mesmo vale para os professores.
O cerne da questão – e julgo que deixei isso bem explícito – está no aproveitamento que se possa fazer (e se faz) de causas justas em proveito próprio de natureza ideológica e/ou política ou, ainda, no alcance de tachos e penachos, no esquecimento de que, como li algures, “hoje pavão, amanhã espanador”.É muito fácil mobilizar as pessoas em época de crise – e o nosso ensino atravessa uma crise sem precedentes. Basta arvorar uma bandeira, pôr uma charanga a tocar, lançar uns foguetes de discórdia para o ar, empunhar uns cartazes a mandar todos os responsáveis actuais -os anteriores estão a coberto do tempo que tudo esquece – para a…rua. Não basta, outros virão a seguir. Conta-se que numa praça qualquer de um qualquer país um forasteiro apiedado perante um desgraçado com as costas sulcadas de golpes de chicote, amarrado a um poste untado de mel que as moscas devoravam sofregamente as tentou enxotar. Ao que o quase moribundo, em vez ciciada, lhe pediu: “Deixe-as estar, estas já estão saciadas. Outra que virão a seguir serão bem piores”! Ou seja, atrás da ministra actual, possivelmente, outros ministros virão sem nos dar a garantia d me um melhor desempenho. Por último, mas não menos importante, quando falo – e critico- na proletarização dos professores é no sentido do aproveitamento de certas lutas na intenção utópica de uma ditadura do proletariado numa altura em que “o relógio do comunismo já sooutodas as badaladas”(Alexander Soljenitzyn). Repare até que , segundo o insuspeito “Finantial Times” (2004) reconhece que “os revolucionários em Portugal já não são que eram; agora identificam-se pelos seus fatos listados e telemóveis topo de gama”! Porque arrastar, portanto, os professores para manifestações que se perdem no tempo das coisas mortas e enterradas? Claro que compreendo a intenção (que julgo não ser a sua) de ao ministério da Educação querer perpetuar uma situação em que os professores continuem escravos gregos ao serviço dos senhores de Roma. É por esse facto que discordo o curvar da cerviz dos professores a ideologias, sejam de esquerda ou de direita, a partidos políticos ou a sindicatos.
Outubro 12, 2008 at 12:58 pm
(26) Também concordo. Mas parece que isso é tabu para certa esquerda, que lá bem no fundo, até concorda com aquelas declarações da ministra (objectivo de 0% de insucesso no ensino básico).
Outubro 12, 2008 at 1:05 pm
Deixo algumas alterações que me parecem imprescindíveis para que o Sistema Educativo volte a ter qualidade:
1. Transição de ano por uma lógica de ano e não de ciclo.
2. Reprovação com mais de 2 negativas ou com 2 se forem cumulativamente a L. e M.
3. Fim da transição obrigatória no 1.º ano.
4. Supressão das ACND ou de parte delas, reforçando os tempos lectivos de outras disciplinas.
5. Regresso às aulas de 50 minutos, podendo haver aulas de dois blocos de 50 minutos mas com intervalo.
6. Classificações de 1 a 20 ao longo de toda a vida escolar.
7. Exames Nacionais no 4.º Ano, em todas as disciplinas no 9.º Ano, no 10.º, 11.º e 12.º anos.
8. Elaboração dos exames nacionais de acordo com regras de exigência e de comparabilidade entre diferentes anos.
9. Existência de dois currículos no 3.º CEB: um exigente para prosseguimento de estudos, outro menos exigente e com diferentes disciplinas para cumprimento da escolaridade obrigatória. Esta segunda variante pode ser substituída por ensino técnico-profissional deste o 7.º Ano.
10. Recusa da docência de múltiplas disciplinas no 2.º CEB.
11. Desligar a avaliação dos professores do sucesso puramente estatístico dos alunos.
12. Proibição da instrumentalização política das estatísticas educativas, por via de lei ou de acordo entre os partidos políticos.
Outubro 12, 2008 at 1:07 pm
“Na impossibilidade humana de “gerir” milhares de escolas e centenas de milhares de professores, os esclarecidos especialistas construíram uma teoria “científica” e um método “objectivo” com a finalidade de medir desempenhos e apurar a qualidade dos profissionais. Daí os patéticos esquemas, gráficos e grelhas com os quais se pretende humilhar, controlar, medir, poupar recursos, ocupar os professores e tornar a vida de toda a gente num inferno. O que na verdade se passa é que este sistema implica a abdicação de princípios fundamentais, como sejam os da autoridade da direcção, a responsabilidade do director e dos dirigentes e a autonomia da escola. O sistema de avaliação é a dissolução da autoridade e da hierarquia, assim como um obstáculo ao trabalho em equipa e ao diálogo entre profissionais. É um programa de desumanização da escola e da profissão docente. Este sistema burocrático é incapaz de avaliar a qualidade das pessoas e de perceber o que os professores realmente fazem. É uma cortina de fumo atrás da qual se escondem burocratas e covardes, incapazes de criticar e elogiar cara a cara um profissional. Este sistema, copiado de outros países e recriado nas alfurjas do ministério, é mais um sinal de crise da educação.”
António Barreto no Público, em 9 de Março de 2008
Outubro 12, 2008 at 1:10 pm
Alguns pequenos lapsos de escrita ocorreram no meu comentário (28). No entanto, quero ressalvar o seguinte: Onde escrevi “Repare até que segundo o insuspeito Finantial Tines”, e mendo para “Repare até que o insuspeito Finantial Times”.
Outubro 12, 2008 at 1:14 pm
Não tenho dúvidas!
A Srª Ministra não suspenderá a avalição dos docentes.
“O que está legislado é para se cumprir…” assim o afirma.
Da outra vez foram 100 000 e não tocaram na insensibilidade, na surdez e na cegueira do ME.
Melhor dizendo, houve umas circulares que vieram simplificar a avaliação de quem tinha que ser avaliado mas logo a seguir houve a afirmação de que em 2008/2009 a avaliação tinha que se orientar pelo que o legislador pensou e está escrito.
Não me parece que a mudança de pensamento do ME passará pelas reuniões com sindicatos (parece-me que estes também já caíram em descrédito, em desprestígio… neste ME), não me parece que a mudança de pensamento do ME passe pela marcha por Lisboa…
“Definir objectivos para 15 de Novembro e não os submeter a uma mera lógica de defesa de direitos laborais ou de recusa de um processo de avaliação, mas principalmente tentar demonstrar que se está a defender o funcionamento das escolas e a melhoria das aprendizagens dos alunos.”
A definição de objectivos e a mudança passa por dentro das Escolas.
É nas Escolas que tudo deve ser definido e interpretado, com toda a comunidade, de forma a “não ser a Escola mais papista que o papa”.
O que está legislado pode ser cumprido, não digo de forma simplista mas de forma mais simplificada.
Basta avaliadores e avaliados assim o entenderem, são estes que, dentro do que está legislado, são os intervenientes da avaliação, são estes que colocam em prática o que o legislador mal pensou.
Não devem avaliador e avaliado serem mais sádicos e masoquistas do que o próprio legislador e o ME.
Os professores sempre foram capazes de, na prática, darem a “volta por cima” e é na Escola que a volta terá de ser dada.
Estamos com dois meses de ano lectivo e a nossa “distracção” não pode passar só pela avaliação, caso contrário este ano vai ser pior do que passar o “Cabo das Tormentas”.
Peço desculpa mas esta é a minha humilde opinião.
Não confio em Sindicatos, não confio no Ministério da Educação.
Confio na Comunidade Escolar que me rodeia: alunos, colegas, pais e AAE.
É com estes e por estes que a minha/nossa acção na escola vale/valerá a pena, é com estes e por estes que tenho/temos que colocar em prática o que está bem/mal legislado, não de forma simplista (como referi anteriormente) mas de forma que todos realizem as suas tarefas com rigor, empenho, gosto, se sintam minimamente felizes e Sobretudo Bem Informados.
Comunidade informada é comunidade atenta e cumpridora.
Tenho chegado à conclusão que vale a pena parar, ler, interpretar, reflectir, descomplicar e… definir objectivos.
É na Escola que tudo isto pode ser feito: Basta Toda a Comunidade Querer e Crer!
Outubro 12, 2008 at 1:16 pm
«Definir ob. para 15 de Nov.». Caramba, até pensei que seria algum prazo para os ob. individuais!!!
Outubro 12, 2008 at 1:30 pm
Objectivos:
1. LIBERTAR os professores de trabalho inútil para que eles se possam dedicar a ENSINAR os seus ALUNOS;
2. LIBERTAR as escolas de forma a que elas possam TRABALHAR para os seus ALUNOS;
3. LIBERTAR os pais para que eles possam ESCOLHER a escola dos seus FILHOS;
4. LIBERTAR os alunos para que eles possam ESTUDAR na escola e/ou em casa;
5. EXIGIR o fim do MONSTRO burocrático e de todos os seus TENTÁCULOS – Ministério da Educação.
ou seja:
EXIGIR QUE DEIXEM OS PROFESSORES TRABALHAR PARA OS SEUS ALUNOS!!
Outubro 12, 2008 at 1:56 pm
Não concordo com mais uma manifestação, mas, se puder, irei. Por ir. Não é nas manifestações que os pais – o resto não interessa – ficam a saber o que vai nas escolas! À manifestação tem que se seguir um plano B. aliás, essa manif devia ser mais uma reunião plenária, para auscultar as “diferentes sensibilidades” e concertar acções futuras. Sugestão:
CONGRESSO/ CONGRESSOS a decorrer em Sábados
Na impossibilidade de um grande congresso em Lisboa, sugiro vários simultâneos em diversas regiões do país:
Porto/Norte
Castelo Branco/ Centro Interior
Coimbra/Centro Litoral
Lisboa
Beja/Sul Interior
Faro/Sul Litoral
(outras possibilidades)
A agenda seria a mesma, com possibilidade de estarmos todos on-line, através do Messenger
PROGRAMA PROVISÓRIO
9.00H – abertura
9.30h – comunicação 1: «o porquê do congresso: o descontentamento»
10.00h – Com.2: « balanço das notícias sobre educação na Imprensa»
10.30h – Com3: «balanço das notícias sobre educação na blogosfera»
11.00h – pausa café
11.30h – Testemunhos pessoais de 3 a 5 minutos cada sobre a vivência do momento actual na respectiva escola
12.30h – com4: «Análise comentada do Modelo de Avaliação»
13.00h – Almoço (cada um trata do seu)
14.00h – Com5: «O que é ser professor hoje em Portugal?»
14.30h – Com6: «O aluno e o seu labirinto»
15.30h – Com7: «O que é que se aprende nas escolas e o que é que se avalia e como?»
16.30h – com8: «Propostas alternativas ao modelo actual»
17.00h – debate
17.30h – encerramento
Notas: O discurso deve ser elevado e racional. A emoção SÓ é má conselheira. A nossa imagem deve ser de sobriedade, seriedade, serenidade e firmeza!
Penso que se não avançarmos para um congresso, para a expressão serena e sóbria do que nos aflige e se não dermos disso testemunho, a manifestação, por si só, terá o resultado da anterior. O Rangel estará até já, penso, a consultar o dicionário de sinónimos, para nos tornar a chamar hooligans, mas sem ofender tanto!
Outubro 12, 2008 at 2:03 pm
Ouvi dizer que a Escola Filipa de Vilhena contratou uma empresa para elaborar todo o tipo de fichas para os professores .Assim sim ,pode-se falar em rentabilidade .Na minha escola anda tudo com fichas ás escondidas ,não querem partilhar com os colegas ,o que é uma grande estupidez .Os de informática que estão nos C.E. tambem não fazem nada para simplificar a vida aos colegas que deveriam estar a preparar aulas em vez de perderem o seu tempo à volta do Excel !!!!
Outubro 12, 2008 at 2:15 pm
Cuidado com os tiros ao lado:
-Atenção que o n.º de exames não diminui com este governo.
-O exame de matemática foi mais acessível, mas os outros estiveram ao nível de anos anteriores, no de Português até foi o desastre que se sabe.
-O prolongamento de horário no 1.º ciclo é uma opção dos pais. Só os usa quem quer.
Outubro 12, 2008 at 2:17 pm
Anamaria [37],
Até é boa ideia. Tira trabalho aos professores.
Outubro 12, 2008 at 2:28 pm
Não diminui..e o secundário.?…menos exames e aí é que interesa…
Outubro 12, 2008 at 2:36 pm
Revejo-me em muito do apresentado pelo MR no comentário 30. Juntaria o fim da monodocência e o facto de o mesmo professor do 1º CEB ter 4 anos distintos à mesma hora. Juntaria um cálculo efectivo do tempo que cada cargo ocupa. Ocupo à volta de 4h semanais em média com um cargo para o qual me foram atribuídos 45m. Cálculo efectivo de reuniões e sua consideração no horário, com pagamento de horas extraordinários, se for caso disso.
Ou então que passem a pagar-nos por um horário de 50 horas semanais, que já todos fazemos à mesma…
E mais me há-de ocorrer.
Outubro 12, 2008 at 2:37 pm
Para 37: Cada turma é uma turma. Não me parece que a produção de fichas em série traga vantagens para qualquer professor.
Outubro 12, 2008 at 2:47 pm
Vamos todos dia 15 de Novembro!
Não há tempo para esperar!
É URGENTE!
vAMOS TODOS, COM SINDICATOS, SEM SINDICATOS! VAMOS!
Sem SEPARARTISMOS: todos juntos pela mesma Causa! Por uma escola Pública e Democrática, que implica um outro Estatuto da carreira Docente sem Titulares e Não-Titulares e um Modelo de Avaliação centrado na ORGANIZAÇÃO (Departamento e Escola) e não não Professor individual, bode espiatório de todos os males da Educação!
Outubro 12, 2008 at 2:49 pm
JÁ AGORA: PRESTEM ATENÇAÕ AO MODELO DE AVALIAÇÃO BELGA. Que por acaso (e sem acaso)é um Modelo centrado no Departamento. Que é o Modelo do País modelo da União Europeia; que por acaso funciona e é justo!
Outubro 12, 2008 at 2:51 pm
Finalmente parece que estamos dispostos a ir à luta. Já era sem tempo. Dia 15 de Novembro, os professores estão determinados em dar uma resposta cabal à política educativa deste governo que atenta contra a nossa dignidade e compromete de forma inequívoca o futuro do ensino público em Portugal. Até aqui totalmente de acordo. O (grande) senão reside no facto de muita gente pensar que se pode avançar para uma manifestação desta dimensão sem o apoio dos sindicatos. Quem assim pensa está a cometer um erro crasso que nos poderá ser fatal. É necessário traquejo na organização destes eventos e isso é algo que nos falta por muita boa vontade que possamos ter. Sem o apoio logístico dos sindicatos a manifestação pode redundar num fracasso e aí o feitiço vira-se contra o feiticeiro. Por outro lado, este é um momento-chave em que é necessário união de esforços e não de fracturas e discórdias. É verdade que os sindicatos têm cometido erros indesculpáveis, como foi aquele do “entendimento” com a tutela, mas há que deitar esses ressentimentos para trás das costas e avançarmos em conjunto, na defesa do interesse de todos. É fundamental termos a noção da proporção das coisas: o nosso inimigo é este governo e o Ministério da Educação e não os sindicatos.
Convém também que fique claro que a luta dos professores não se pode esgotar na manifestação, até porque o Ministério da Educação já deu provas que não verga com facilidade (ainda para mais, quando as sondagens colocam o partido socialista perto da maioria absoluta). Esse foi o nosso erro, depois do 8 de Março. Pensámos que bastava reunir 100.000 professores e que, a partir daí, as nossas reivindicações seriam atendidas. Lixámo-nos, como bem sabemos. É bom que tenhamos aprendido a lição e não voltemos a cair nesse logro. Acredito que o sucesso da manifestação poderá ser importante, mas deverá funcionar apenas como um factor catalisador de um confronto com o Ministério que se prevê longo, conturbado e de grande desgaste. Seguramente que outras formas de luta têm de ser encontradas, sob pena de os nossos objectivos não virem a ser alcançados. O que não podemos, de forma nenhuma, é baixar os braços e esperar que outros resolvam os nossos problemas.
Outubro 12, 2008 at 2:51 pm
“Atenção que o n.º de exames não diminuiu com este governo.”
4 exames, é assim desde que esta reforma do secundário entrou em vigor, em 2004.
Outubro 12, 2008 at 2:54 pm
O PEE tem de ser aprovado pelo Conselho Transitório!
Sem PEE não se pode realizar a Avaliação. O grande problema é que a Legislação Interna ainda não está concluída. Por isso, legalmente não se pode realizar esta Avaliação, segundo este Modelo!
JÁ AGORA: PRESTEM ATENÇAÕ AO MODELO DE AVALIAÇÃO BELGA. Que por acaso (e sem acaso)é um Modelo centrado no Departamento. Que é o Modelo do País modelo da União Europeia; que por acaso funciona e é justo!
Outubro 12, 2008 at 3:11 pm
Se definissemos todos os nossos objectivos, aquilo com que não concordamos e temos vindo a “aceitar”, teríamos que exigir um novo ministério da educação onde o minstro fosse um professor conhecedor do que se passa nas escolas e informado sobre o que se passa noutros países e o que se tem escrito sobre ensino.
As famigeradas aulas de 90 minutos para todas as disciplinas só trouxeram indisciplina e, se se tivesse feito um balnço, chegar-se-ia à conclusão que em nada contribuiram para o sucesso escolar. E no entanto vêm do tempo da Benavente e ninguém mexeu nisso!
Muita coisa está mal e se quisessemos, realmente, trabalhar sobre isso e apresentar propostas teriamos que nos constituir como grupo de trabalho e debaterimaos as soluções a apresntar. Isso duraria muito tempo. No entanto, penso que deviamos caminhar para isso.
Por ora, o que nos tem levado à exaustão tem sido esta bomba que nos caiu em cima desde a aprovação do ECD! Na altura não previmos que seria tão mau. A drel não informou, não regulamentou e nós caímos que nem patinhos!
O que podemos fazer agora? Quanto a mim, é essencial parar com este modelo que causou a debandada de tantos professores mais velhos e causa, nas escolas, um ambiente sufocante.
Não é um assunto que interesse a opinião pública? Talvez se colocassemos a questão de outra forma: com tanta burocracia, como podemos trabalhar PARA os alunos?
É diícil encontrar um modelo de avaliação de professores. Talvez por isso, ninguém tenha descoberto um decente. Eu repudio a avaliação inter-pares, por ser uma anti-avaliaçaõ, não´pode ser isenta, não há diferenciação entre quem avalia e quem é avaliado. Eu preferia fazer um exame! É chato? Mas é mais justo! Alguém com mais conhecimentos poderia dar-me formação e depois avaliar-me! Alguém que eu não conhecesse. Alguém exterior à escola e a quem eu reconhecesse mérito para me avaliar.
Avaliar implica um desnível ( dicionário)
Outubro 12, 2008 at 3:12 pm
Só agora li o final do comentário de “np”(23) em que é dito, a talhe de foice, que “a personalização que faço de Mário Nogueira é injusta”. Apenas duas perguntas: 1. É ou não verdade que o Mário Nogueira tem sido vários anos candidato a deputado da Assembleia da República? 2. Poderia ele, a concretizar-se alguma vez esse desejo, acumular funções no Parlamento e na Fenprof? No caso dessa impossibilidade, tal eleição deixaria a “sua” federação sindical, menina dos seus olhos, órfã de um entusiasmo político que sou o primeiro a reconhecer em nome da justiça. Mas que a tenho como perigosa quando comandante de um exército numa guerra que devia ser norteada (e o não é!), também (e este também faz a importância), por interesses educativos dos jovens, progresso cultural da sociedade e desenvolvimento científico, técnico e económico do próprio país, e não ao serviço de questões meramente profissionais, políticas ou até pessoais. Mário Nogueira como indivíduo merece-me consideração. Mas sei separar as águas quando se trata de um dirigismo sindical que se perpetua por décadas fora, em detrimento de uma aplicação de possíveis qualidades pedagógicas que seriam tanto ou mais úteis postas ao serviço da docência do 1.º ciclo do ensino básico, para o qual se preparou academicamente, mas de que anda arredado vai para vários decénios. Só isso. Nada mais! Julgo que aqui – como aliás no resto do seu comentário – estamos ambos de acordo. Ou não ?
Outubro 12, 2008 at 3:13 pm
Sou representante dos Encarregados de Educação num Conselho Geral Transitório de uma escola secundária. Já tivemos duas reuniões em que não foi tratado nada que diga respeito directamente aos alunos. É tanta legislação, tanto regulamento, tanta aprovação… que nem sei o que estão lá os pais a fazer… Se os professores que vivem afogados nessa papelada não conseguirem organizar a escola – o que é difícil porque as regras estão sempre a mudar – não somos nós que o vamos fazer. O meu filho ainda não percebeu como é que o novo estatuto do aluno vai melhorar a disciplina na escola.Eu também não. Gostava de me juntar à contestação dos professores para lhes dar força porque sei que são eles que estão no terreno com os nossos filhos e se não contarmos com eles, não temos mais ninguém. O sr Socrates diz que lhes dá computadores mas somos nós que, com o nosso dinheiro dos impostos, sustentamos as negociatas estranhas para os Magalhães chegarem à sala de aula. Por tudo isto apoio os professores na sua luta.
Outubro 12, 2008 at 3:14 pm
“Aceitam-se contributos. Mais logo voltarei ao tema. Agora é Domingo…”
Por acaso, e este é o meu contributo, não é. É domingo.
Outubro 12, 2008 at 3:23 pm
Dália, o seu contributo é fundamental para nós. Tomara que muitos pais se nos juntassem no dia 15.
A nossa luta é pela qualidade do ensino e da vida nas escolas!
Nesse aspecto, professores, alunos e pais só podem estar de acordo!
Outubro 12, 2008 at 3:25 pm
O nº de exames diminuiu com este governo. Era suposto haver exame de Filosofia e não há. Quando acabou com o exame de Filosofia o governo tentou acabar com o de Português! A lingua estrangeira da formação geral não tem exame nacional – o que é manifestamente absurdo! Não tenho a certeza, mas acho que a ideia do David Justino de má memória quando acabou com as Provas Globais era substitui-las por exames nacionais. Por isso, devia haver na língua estrangeira da formação geral!
Quanto ao facilitismo nos exames: o exame de História só tinha matéria do 12º.
Mas é verdade que a falta de apreço pelos exames não é exclusiva deste governo: ela deriva do “eduquês” (Ciências da Educação) que habita nas cabeças dos técnicos do ministério e que mandam mais que os ministros.
Outubro 12, 2008 at 3:44 pm
Fácil…
atendendo a que os últimos 3 anos, com as 3 famigeradas alterações à lei apenas trouxeram mais calamidade ao nosso já péssimo sistema educativo, revogá-las imediatamente e regressar à anterior legislação até se conseguir, pensar, experimentar e provar a viabilidade de uma nova e melhor.
Acrescentaria, ainda, um pedido público de desculpas ao povo português por parte do governo.
Outubro 12, 2008 at 3:45 pm
O ME ignora que muitos professores são encarregados de educação.Tenho a sorte de ter filhos que que não são problemáticos e que não necessitam de acompanhamento especial em termos de percurso escolar.Mas o mesmo não sucede com os filhos de muitos colegas.Sei por aquilo que oiço e vejo.Há dias em que os contactos com os meus filhos se limitam a um beijo e a umas breves palavras quando saímos de casa e ao beijo da noite. O inferno em que se tornou esta profissão não nos permite cumprir a nossa função de pais e muito menos aquilo que nós como professores, directores de turma solicitamos aos enc. de educação: acompanhem os vossos filhos.Há aqui uma tremenda contradição.Por isso estarei no dia 15 em Lisboa, como mãe e como professora.
Outubro 12, 2008 at 3:50 pm
Quero acreditar que disto tudo resultará algo de bom. Mas não consigo ver como. Se rejeitamos ser representados (por sindicatos ou plataformas), quem vai gerir um eventual sucesso deste novo protesto? Por outro lado, se, mais uma vez, ninguém nos levar a sério, voltamos à vidinha? Quisemos fazer omeletes sem partir ovos, quando devíamos era ter partido a louça toda, à moda de Chaves!
Outubro 12, 2008 at 4:08 pm
Carlos Pires,
De facto o Valter quis acabar com os exames de Português e Filosofia em 2005. Mas o CNE travou-o. Acabou por trocar o exame de Filosofia por um exame a uma disciplina de formação específica.
Na verdade não diminuiu o n.º de exames.
E os exames na anterior reforma incidiam, apenas, sobre a matéria do ano terminal, chegou a estar previsto com a nova reforma do Secundário contemplaram a matéria dos 2/3 anos de cada disciplina, foi o que aconteceu em 2006 a Física e Química A, Biologia e Geologia, Geografia, etc. Os resultados foram desastrosos. Abandonaram a experiência, e os exames voltaram a ter apenas matéria dos anos terminais.
Outubro 12, 2008 at 4:08 pm
Rui Baptista [49]
e o ódio que cultiva e aduba por Mº Nogueira remonta a essa altura, não é verdade?
Era o meu amigo professor na EMP de Coimbra e ele aluno e dirigente da Associação de Alunos.
Conheço-o, R. Baptista. Chegámos a ter uma grande consideração e respeito um pelo outro. Obviamente que também conheço o Mário Nogueira.
Não diga que tem estima pessoal por Mº Nogueira porque mente.
Outubro 12, 2008 at 4:12 pm
Madalena, plenamente de acordo consigo. Nós, professores, pele natureza da nossa profissão, somos pessoas de bem e de consensos. Mas” para grandes males grandes remédios”.
A próxima manifestação deverá ser muito mais do que a festa do 8 de Março,ou seja, não poderemos arredar pé.
Outubro 12, 2008 at 4:13 pm
é o mesmo Rui Baptista, não é?
(ser não for, ficam as minhas desculpas pelo equívoco)
Outubro 12, 2008 at 4:27 pm
Meus s
amigos isto quando apertar é cada um por si..e vão ver quando começar a apertar..vejam este exemplo..
Só é pena não falarem do congelamento dos bens da Islândia, pela democrata Inglaterra, ao abrigo da Lei anti-terrorista.
Outubro 12, 2008 at 4:33 pm
DA,
obrigado pela correcção. Não tenho tempo de ir agora verificar o que disse, mas provavelmente tem razão.
Por outro lado, não é bem isso que é o essencial, pois mesmo mantendo-se o nº de exames parece claro que este governo os desvaloriza (há afirmações incríveis da ministra, há a aposta errada nas provas aferição que não aferem nada, há apouca vergonha da Matemática…). Mesmo que essa desvalorização venha de trás não há dúvida que existe e floresce agora.
Seja como for, mesmo sendo isso que é essencial, não é desculpa para eu ter sido pouco rigoroso. Obrigado mais uma vez.
Outubro 12, 2008 at 4:36 pm
Manifestações de rua, de multidão, não são estratégias de hoje. Imagens de ruas cheias de gente podem ter tanta substância como 2 milhões de espanhóis a manifestarem repúdio pelo terrorismo da ETA, nas ruas de Madrid, como tão pouco valor como as manifestações encenadas do nacional-socialismo de Hitler ou Salazar.
Para muitos portugueses, os nossos 100 mil, são uma encenação da Fenprof / Oposição de equerda. É questionável se esses portugueses conseguiram entender que cada um daqueles participantes teve uma motivação ética, profunda e individual para ali estar. Terminarmos a manifestação com discursos em palanques de bandeira da CGTP como pano de fundo, e um festival de farnel e regresso a casa de autocarro, coloca-nos na mesma gaveta do imaginário em que o pai-médio português arruma a festa do avante. Quando se fala aqui em evitar a “proletarização”, penso que é isto que se pretende evitar, e eu assino por baixo.
Surgir um entendimento “Governo-Sindicato” no dia seguinte arrumou a questão para muita opinião pública. Existe contudo um ponto no entendimento que deve ser explorado, e que penso ser a saída deste impasse “propositadamente” montado. O sistema de avaliação está ele próprio em avaliação: basta que essa avaliação seja feita com imparcialidade, e por isso, nem pelo ME /Partidagem, nem pelos sindicatos/Partidagem. Não se trata de inventar um sistema alternativo, e nem a comunidade de bloguistas nem as associações e movimentos que se levantaram têm autoridade ou propensão para essa tarefa. Mas têm a oportunidade de “provar por A+B” que este ou aquele mecanismo não funcionam, que esta ou aquela medida tem, de facto, consequência nefastas para a qualidade de ensino. Mas é importante o “provar por A+B”, e nesse aspecto temos falhado. Quer porque cada um quer um sistema diferente para o futuro (seja ele uma fotocópia do sistema vigente à 10, 20 ou 50 anos atrás, uma fotocópia do sistema finlandês/belga/chinês ou uma utopia pessoal), quer porque os intervenientes que nos representam nos mass media têm pouco tempo de antena (leia-se também, e não sou só eu a pensar assim, estou certo, mais tendência para o discurso sindicalês que para o argumento racionalizado).
E isto leva-me (finalmente!, peço desculpa por me ter alongado, obrigado por continuar a ler até aqui), ao que eu penso ser o maior objectivo possível para esta manifestação: Demonstrar que a luta dos professores tem razão de ser e que é tão premente e tão simples, que todos (os portugueses) a podem compreender e decidir sobre ela. E para isso, o que se deve fazer: em primeiro lugar – riscar do mapa o discurso de bancada parlamentar. Aqui sim, devemos reconhecer o nosso lugar, e não decidir sobre política educativa, somos de facto funcionários com um patrão (com esta proletarização convivo eu bem). Em segundo lugar: transformar a nossa forma de comunicação com os mass media. Os jornalistas, tal como nós, tal como todos assalariados da era pós-moderna, sofrem de falta de tempo para pensar sobre o seu próprio trabalhar, e vivem de comunicados (press-releases). Pensemos: que comunicados chegam às redacções dos jornais? Os do ME, e os dos sindicatos organizados. Se não envias comunicado à imprensa, então não existes – bem-vindos ao mundo actual.
Outubro 12, 2008 at 4:39 pm
A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio | Martin Luther King
Outubro 12, 2008 at 4:50 pm
Boa tarde a todos,
concordo com o quink644, comentário 54 e acho excelente que estejam por aqui pais/seus representantes e pessoas como o Rui Baptista que nos pode dar, seguramente, uma ajuda valiosa. E da discussão se faz luz … não é necessário concordarmos ou gostarmos de tudo. Interessa sim, delinear um plano estratégico exequível, com objectivos muito bem definidos.
Assim, reforço a ideia já expressa: revogar toda a legislação posterior ao 19 de Janeiro que se não me engano, foi a data da publicação deste ECD miserável.
Outubro 12, 2008 at 4:51 pm
Adenda:
Leia-se, … pais/seus representantes e pessoas como o Rui Baptista que nos podem dar, seguramente …
Outubro 12, 2008 at 4:58 pm
Rui Baptista, segundo entendi, não apoia manifestações, nem greves, nem nada que se pareça com formas de luta típicas de trabalhadores braçais. Basta “pugnarmos” todos pela sua menina dos olhos, a ordem dos professores e tudo fica bem. O ME degrada-nos a carreira, os concursos, os horários e condições de trabalho, mas aparecerá solícito a patrocinar a dita ordem no dia em que Rui Baptista tiver convencido o número suficiente de professores para conseguir o seu objectivo. Nesse momento, teremos ética e deontologia na profissão, os detestados “professores primários” com o “antigo 5º ano” voltam para o seu lugar de professores de segunda categoria, pois para o sindicato dos Licenciados (assim com maiúscula até fia mais fino) nada se compara a ser formado na faculdade e dar aulas “ao secundário”.
Outubro 12, 2008 at 4:59 pm
Fórum de debate mais democrático do que este não deve haver.
É pena, no entanto, que, no meio de tanto post, fiquem muitas ideias perdidas e por discutir.
Gostei muito da proposta do colega A. Rocha (36). Seria mais um ponto alto nas actividades de luta para este ano lectivo.
Quanto ao objectivo não só para 15 de Novembro (também lá estarei), como também para o que aconteça antes e depois, só pode ser um, mas que inclui todos os aspectos que nos causam repulsa:
A DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA!
Será por este objectivo (onde cabe a caixa de pandora – também conhecido como ECD -, o sistema de avaliação que pretendem que implementemos, o estatuto do aluno, o desgaste provocado pelo horário de trabalho, todas as mentiras do plano tecnológico, do sucesso, das reformas complusivas, etc, etc).
Outubro 12, 2008 at 5:05 pm
António Duarte e Rui Baptista, defender uma Ordem de Professores não é incompatível com o vir para a rua gritar! Eu também defendo a Ordem ou outro organismo qualquer com papel regulador da profissão, mas disponho-me, de igual modo, a todos os 8 de Março e 15 de Novembro.
Além disso, a existência de uma Ordem também não inviabiliza a existência de sindicatos; pelo contrário, creio que a existência de uns só trará benefícios aos outros!
É tempo de união, não de divisão.
Outubro 12, 2008 at 5:12 pm
(30) MR Que lhe vai na cabeça! Que preocupação em avaliar/reprovar os alunos! Que tal exigir condições para que eles aprendam? Que tal gritar que nenhum professor do 1º ciclo com vinte e tal meninos na sala de anos variados consegue fazer bem o seu trabalho? O problema não é o menino transitar sem aprender. O problema é menino não poder aprender. O seu caderno reivindicativo é contra os alunos os professores e os pais.
(35)Joaquim – bom sumário.
Ainda bem que há Dálias.
Quanto à avaliação, a nossa arte pode e deve ser melhorada mas não me parece que tenha medida.
Outubro 12, 2008 at 5:17 pm
Lirismo! Lirismo!
Imitem os países terceiro-mundistas, alguns dos quais (Brasil) aboliram as retenções. Experimentem e verão a felicidade de toda a gente. O problema é o preço que se pagará no futuro. Recordo aqui uma mãe que pedia – e não conseguia – que o seu filho recuasse de ano de escolaridade pois nem o próprio nome conseguia escrever correcto.
É para aí que queremos caminhar? É, sim senhor! Espero nessa altura já estar noutro mundo…
Outubro 12, 2008 at 5:19 pm
Logo nos primeiros comentários é relatada uma conversa deprimente de café, que tem como protagonistas um casal, ela prof do primeiro ciclo e ele quadro superior de uma empresa. Questionada sobre se iria à manif do dia 15 de Novembro, a personagem feminina mostra-se agastada e distante … Como eu compreendo estas professoras! Bem casadas com um marido que é o principal sustento da lar, elas dedicam-se a dar aulas porque fica bem, ganham para os trapos, e no fundo é uma maneira de irem sacar algum do dinheirito que os maridos(esses sim, com um verdadeiro emprego) têm de pagar de impostos ao estado. Eles é que têm um emprego a sério. Elas é mais uma forma de terapia ocupacional. Podiam dedicar-se a organizar chás ou obras de caridade, mas resolveram dar aulas…
O pior é quando o divórcio bate à porta e o idílio estoura. Aí caem na real e ficam na merda. Já vi isto acontecer… Só então é que começaram a levar as lutas a sério, quando deixaram de ser as sôdonas esposas, e a ter de viver do salário. Pobres de espírito.
Outubro 12, 2008 at 5:28 pm
Escola belga e finlandesa..
http://www.ecoledemocratique.org/spip.php?article302
Outubro 12, 2008 at 5:34 pm
eavaluer l.ecole..
http://www.cairn.info/revue-etudes-2002-10-page-323.htm
Outubro 12, 2008 at 5:35 pm
(71) O ME dá magalhães e atira por formas variadas os professores borda fora. E os professores? Que os preocupa? As retenções dos alunos? Se puder “reter” muitos alunos resolveu os problemas do ensinar e do aprender? Que raio de reivindicação!
Tenho pena que essa mãe que resolveu o problema impondo que o filho andasse para trás, filho que imagino seja uma criança com condições normais de aprendizagem, não tenha agido durante o ano em que percebeu que o filho não estava a aprender o que devia. Que aconteceu para que uma criança normal não tenha aprendido o previsto? Ela tentou compreender a raiz do problema? E tentou resolver?
Isto é que teria sido boa obra.
Outubro 12, 2008 at 5:42 pm
L ecole en france..
Click to access robertfinlande.pdf
Outubro 12, 2008 at 5:43 pm
Lecole en Finland…o sucesso finlandes visto pelos franceses
Outubro 12, 2008 at 5:55 pm
# 75
Desculpe, mas é mais lirismo!
Ninguém (penso eu) defende a reprovação como solução para os problemas, porque muitas vezes não resolve, mas passar os meninos porque sim é ainda pior.
A mãe de que eu falei compreendeu que o caminho do filho não podia ser aquele. Ao fim de seis anos de escolaridade, ele nada (?) sabia, por isso considerou (e bem , na minha opinião) que necessitaria de regredir em termos de ano de escolaridade, para ver se desta vez aprendia de facto.
Ou, por acaso, imagina que, se as retenções forem abolidas, as aprendizagens dos alunos serão superiores? É só experimentar: se os alunos interiorizarem que tanto lhes faz estudar como não, pois passarão de ano em qualquer circunstância, a maioria o que fará? Difícil de adivinhar!
Outubro 12, 2008 at 6:08 pm
[…] Fonte: https://educar.wordpress.com/2008/10/12/essencial/ […]
Outubro 12, 2008 at 6:09 pm
Temas a explorar na manifestação de 15 de Novembro e que dizem respeito directamente aos interesses dos alunos:
1 – Estatuto do aluno: um verdadeiro emaranhado jurídico que convida à indisciplina nas aulas e pouco favorece o ambiente de rigor e disciplina nas escolas.
Enfatizar o facto de ser permitido a um aluno baldas, recuperar, com uma prova de recuperação (como é possível recuperar um aluno com provas?, verdadeira pérola pseudo-científica do “eduquês”.
2 – Esclarecer a população, sem medo de represálias, que nas escolas públicas, principalmente no ensino básico, CEF’S, EFA’S, Cursos Profissionais e RVCC andam, a Ministra, Secretários de Estado, funcionários de Direcções Gerais e regionais a pressionar o sucesso a 100% a qualquer custo, através de manobras de intimidação nos bastidores, para que haja puramente sucesso estatístico.
3 – Informar as famílias que o ensino facilitista promove ainda mais as desigualdades sociais, porque uma escola que trata os alunos das classes mais desfavorecidas e também da classe média como “coitadinhos” não está a preparar esses alunos para a integração numa sociedade de feroz competição, nem os está a habilitar para competências fundamentais: saber fazer, saber reflectir, saber decidir e saber ser autónomo.
4 – Esclarecer a população que o sistema de avaliação de professores tem como ítens: medição de taxas de abandono, medição de taxas de retenção que incentivam ao incremento exponencial das taxas de sucesso estatístico a qualquer preço.
5 – Informar o povo que 85% das nossas tarefas passram a ser de pura burocracia e viradas para a avaliação de professores resultando daí a consequente perda de qualidade da “aula”.
Como a comunicação no nosso tempo funciona por “sound-bytes” então temos que explorar slogans com estes temas que CAPTEM OS MÉDIA E A POPULAÇÃO.
A manifestação deve ter à cabeça estas mensagens e slogans (money is necessary) e com professores que saibam explicar estes temas de forma sintética aos média.
Mensagem especial:
“ESTÃO A MATAR A ESCOLA DOS MAIS DESFAVORECIDOS”
E só depois deverá aparecer as reinvindicações de âmbito laboral, tais como:
– Quem é o professor titular? Como foi recrutado?
– Quem avalia na escola tem formação especializada para avaliar os colegas?
– quantas horas trabalhamos por semana?
– a ridicularização do método de avaliação de professores?
– quantos professores estão agora a fugir ao ensino?
-Slogans que nos comparem com outros sistemas de avaliação da Europa… sugerindo que o governo mentiu.
Arranjar cartazes com estas mensagens é abolutamente necessário.
FRASES CURTAS E QUE PRENDAM O LADO EMOCIONAL DO RECEPTOR.
Outubro 12, 2008 at 6:19 pm
(79) em vez de “E só depois deverá aparecer as reinvindicações…”
deve ler-se “E só depois deverão aparecer as reinvindicações…”
Outubro 12, 2008 at 6:21 pm
Não podemos entrar em divisionismos.
Mas não podemos esconder que muitas setoras foram educadas no mais puro eduquês e se lhes dessem o lugar de MLR ou de VL, fariam ainda melhor do que eles…
Outubro 12, 2008 at 6:24 pm
PJ (69):
Mas não vê que o que está por detrás deste discurso pró-ordem (com o qual eu, em teoria, até poderia concordar) é um elitismo baseado numa pretensa superioridade moral ou intelectual de alguns professores, algumas formações de professores, algumas organizações de professores?
Concordo que o tempo é de união, por isso me desgosta que Rui Baptista se sinta incomodado e se recuse a participar em lutas sindicais ao lado da FENPROF. Tão incomodado que após a criação da Plataforma se demitiu do cargo dirigente que ocupava no seu sindicato.
Talvez o defeito seja meu, mas não consigo perceber que pessoas que não são capazes de se unir e colaborar com os colegas em momentos como os que temos vivido consigam defender convictamente a ideia de uma ordem de professores, de inscrição obrigatória para todos os professores.
Outubro 12, 2008 at 6:29 pm
Os professores parecem muitas vezes não terem consciência que são a maior classe profissional altamente qualificada na maior diversidade de áreas. São pessoas habituadas a ler, a analisar, a pensar, a criticar, a estabelecer estratégias, planear, a criar. Uma massa imensa com potenciais fortíssimos. Do que precisamos? Marketing, juristas, historiadores, comunicação, etc, etc…não temos? Então quem tem? E tão inconscientes desta realidade que estamos…Temos tudo e sub-aproveitamo-nos.
Outubro 12, 2008 at 6:31 pm
POR AMOR DE DEUS ISTO É UM FÓRUM DE DISCUSSÃO! NADA DE EXALTAÇÕES E DE VIDRINHOS!
Desculpem, mas já não tenho pachorra, para mudar o passado!
Se alguém conseguir mudar o passado, indiquem-me!
Virem-se para o presente e para o futuro porque o passado só serve como aprendizagem.
Outubro 12, 2008 at 6:34 pm
Somos tantos e com tantos interesses que acho que os cem mil foi um sonho que todos nós tivemos..sera que aconteceu mesmo ou foi miragem…estou aficar com sérias dúvidas de que a 15 de Novembro algo de grandioso vá acontecer..e acreditem-já alguém aqui disse isso-que se esta manif for um fiasco e 4 ou 5 ou mesmo 10 mil é um fiasco depois dos cem mil…do outro lado dirão que são estes que não querem ser valiados..é residual 10 ou 15 por cento dos professores…euvou mas começa-me a cheirar a vitória de piro.. ou pior..e depois etas divisões anarco sindicalistas ainda poêm mais dúvidas em quem as tem..ou neste 3o e tal dias que faltam s sintinizam ou a mensagem e os objectivos vão diluir-se na zurzideira de foste tu..não fui eu o culpado…estes são maus..eu sou bom..sindicatos são uns vendidos..as associações é que são apartidárias..continuo A DIZER A MINHA EXPERI~ENCIA DE VIDA DIZ-ME QUE EM ALTURAS DE CRISE TODOS MAS TODOS SÃO PRECISOA MESMO AQUELES QUE TOMARAM ATITUDES POUCO CLARAS E PRECIPITADAS..
COMO ALGU+EM JÁ DISSE: Uma utopia é uma realidade em potência
POR UMA VEZ DEIXEMO-NOS DE BLÁ BLÁ E SEJAMOS UM ONE..
http://br.youtube.com/watch?v=VqyW1XQrNhk
Outubro 12, 2008 at 6:34 pm
Tenho acompanhado com muito interesse esta discussão, mas estou a ficar cada vez mais intrigado. Então os promotores da manifestação marcaram-na sem definirem os objectivos da mesma? É a favor de quê? É contra o quê? A manifestação de 8 de Março, tal como todas as outras promovidas pela Fenprof, tiveram sempre objectivos bem definidos, ao contrário do que é dito no post #5. Se o autor é o mesmo Rui Baptista em que estou a pensar, é um caluniador reincidente. Em Abril deste ano, num artigo escrito no Público, houve um Rui Baptista que mentiu e caluniou a Fenprof e o seu secretário geral. Lembro-me também de ter lido, salvo erro aqui e pela mesma altura, comentários do mesmo, a defender a criação de uma ordem, tal como agora faz. Percebe-se o seu desprezo pelos que não têm uma concepção elitista da profissão docente. Mas considerar a maioria dos professores como desprovidos de ideias próprias e que se deixam atrair facilmente para manifestações acéfalas e ruidosas, é um insulto gratuito que desqualifica automaticamente o seu autor, colocando-o ao nível do anarco-liberal da gripe das aves.
Outubro 12, 2008 at 6:36 pm
AVALIADOS…
..PIRRO..estas…sintonizam..experiência..
.precisos…alguém..
Outubro 12, 2008 at 6:38 pm
BB, como te compreendo! Bolas não aprendemos!
Outubro 12, 2008 at 6:51 pm
Relativamente à informação da população aqui aqui vai o meu contributo. Como informa o ME a população? Televisão, jornais, revistas e pasquins… Temos só de fazer o mesmo. Simples. Muito simples. As grandes soluções são sempre as mais simples. Para a TV não há dinheiro. Para jornais não há dinheiro. Porém, será que não conseguimos editar nós um Jornal a ser distríbuído pela populaça. Imaginemos que as notícias deste Blog eram acessíveis à
população. Muito simples.
Já agora quero lembrar Santos Silva que não se esqueça de marcar uma manifestação de desagravo a favor de MLR, porque a nossa já tem data. Eu sei que ele nos lê.
Outubro 12, 2008 at 6:52 pm
EXCELENTE, como sempre, o comentário 79 do Pedro Castro! É por aí que temos de ir….
Quanto aos Sindicatos, erraram, sim senhor, no dia a seguir ao entendimento disse-o aqui, mesmo contra a opinião do Paulo, que estava confiante). Não sou sindicalizada, nem nunca fui mas reconheço que sem eles esta manifestação será um fiasco (e mesmo com eles, veremos). Aqueles que dizem que não aderem se os Sindicatos se juntarem, então que não vão porque de certeza eles vão aderir…
Imaginem que eles, os sindicatos, não aderiam aà manifestação ? O que se diria contra eles no dia a seguir?
Mas será preciso deixar bem claro que esta é uma luta de TODOS os PROFESSORES e não de SINDICATOS e seja qual for o resultado do dia 15, será a 1ª batalha (ganha ou não) de uma longa luta.
Ninguém pense que a situação ficará resolvida no dia 15 à noite, nem que sejamos 150 MIL..
E fundamental, chamar PAIS e ALUNOS para o nosso lado. E olhem que há muitos!!
Há muitas DÁLIAS (comentário 50).
A hora não é de divisões mas de UNIÃO!!!
Outubro 12, 2008 at 6:54 pm
Alguns pontos de ordem:
– Estão a perder-se um pouco com questiúnculas pessoais, com o passado e de combate inter-organizações.
– Não tendo sido a manifestação formalmente convocada ainda por ninguém, apenas existindo essa intenção (acho que aos domingos os Governos Civis estão fechados ao expediente… ou não?), quem diz que os objectivos não chegam a tempo, ou não estão a ser preparados?
– Já pedi – se isso serve de alguma coisa, duvido – que os sindicatos não ataquem quem se move fora deles e vice-versa. Neste momento, é um disparate. Porque em vez de se explorar a complementaridade, sinto por aqui quem queira ficar sempre mais no centro da fotografia.
Quanto a mim, só quero ir à manifestação (apenas a 3ª e logo no espaço de 1 ano) e tirar as fotos, mas não apenas aos cromos do costume, porque por aqui não primus inter pares.
Ou será que há titulares e não-titulares em matéria de protestos?
Outubro 12, 2008 at 6:56 pm
Vai para dois anos, estava no café acompanhado de um professor cuja carreira já vai nos 34 anos de serviço. Conheço a sua dedicação e competência. Para além da licenciatura, fez um mestrado e posteriormente um doutoramento. Chegou, um outro professor e que disparou para o meu conhecido: – Então, pá, quando te reformas?
Sem esperar resposta, continuou: – Não há como ser reformado! Até ganho mais do que se estivesse a trabalhar!
Contou-me depois o meu amigo o seguinte:
Este professor é da sua idade. Fez a 4ª classe com ele. Depois que fez o 5º ano ingressou na Escola do Magistério Primário. Mais tarde, tirou num ano uma licenciatura (não entendi em que área) de complemento de habilitação de não sei o quê. Com isso acedeu ao topo da carreira – 10º escalão.
Resumo: Com o 5º ano (equivalente ao 9º ano) acedeu a um curso de dois anos que lhe deram acesso a professor; mais um ano a fazer a licenciatura em horário pós-laboral colocaram-no salarialmente ao nível do meu amigo.
Resumindo: Este professor primário (desculpem! do Ensino Básico) com 12 anos de estudo tem uma licenciatura que para efeitos remuneratórios vale o mesmo que a do meu amigo que terminou ao fim de 17 anos de escolaridade.
O professor primário começou cinco anos mais cedo a trabalhar ganhando dinheiro e tempo de serviço e, independentemente disso pode reformar-se com menos anos de serviço.
Diz-me o meu amigo que tudo isto foi considerado uma grande vitória pela classe dos professores e pelos seus sindicatos – ter conseguido uma carreira única.
Eu não estou bem a par dos factos como se passaram. Mas se não foi assim sempre os podem corrigir. Já quanto à interpretação cada um lhe dará a que entender. Por mim ficaria satisfeito se alguém me conseguisse mostrar a bondade e a justiça desta (dês)igualdade.
E quando vejo tantos a querer que a classe esteja unida (com tantas assimetrias e formas de tratamento conseguidas pela luta dos sindicatos) eu temo que não dê em nada de bom.
Mas, por estar de fora, talvez não veja bem.
Outubro 12, 2008 at 7:06 pm
Luís Leonardo,
Já pensou que essa lógica se aplica a outras classes profissionais?
Certa ou errada!
O que lhe parece escapar é que as eventuais divisões nem sempre passam por esses detalhes de percurso.
Acha que os 100.000 ou 95.000 ou mesmo 90.000 se quiser, ou 100.873, tiraram todos o mesmo curso que eu e fizeram o meu trajecto profissional?
Outubro 12, 2008 at 7:08 pm
Questiúnculas pessoais e preocupações com o retrato à parte, pergunto-lhe (já que está por cá):que desfecho/s vê para esta história?
Outubro 12, 2008 at 7:13 pm
Luís Leonardo:
O professor do 1º ciclo entrou no ensino com a habilitação – profissional, diga-se – que era, na época exigida. Nessa altura, a larga maioria dos licenciados ingressava apenas com habilitação própria, completando-a depois com o estágio. Todos eles foram professores, e se alguns grupos de docentes, através da luta sindical ou outras acções reivindicativas melhoraram as suas condições salariais, enquanto outros consideraram que o que tinham já lhes bastava, foram as opções que uns e outros fizeram. Vir agora explorar questões antigas, que não iremos nesta altura alterar, só serve, como muitos disseram aqui, para nos dividir.
Posso acrecentar que sou do 3º ciclo/secundário e não considero de forma alguma que o trabalho de um colega do 1º ou do 2º ciclo seja inferior ao meu ou que deva ser discriminado salarialmente.
Outubro 12, 2008 at 7:19 pm
Repito:
É Fácil…
atendendo a que os últimos 3 anos, com as 3 famigeradas alterações à lei apenas trouxeram mais calamidade ao nosso já péssimo sistema educativo, revogá-las imediatamente e regressar à anterior legislação até se conseguir, pensar, experimentar e provar a viabilidade de uma nova e melhor.
Acrescentaria, ainda, um pedido público de desculpas ao povo português por parte do governo.
Outubro 12, 2008 at 7:22 pm
Madalena,
A história vai-se escrevendo.
Não acredito em determinismos, eternos retornos, etc, etc.
Mas em aprender com o passado, um pouco.
É cedo, muito cedo.
E a decisão de muita coisa não passa por aqui, por este espaço.
Por muito visível que esteja.
Outubro 12, 2008 at 7:23 pm
Os controleiros e comissãrios políticos, aparecem agora em maior número, a grasnar “unicidade sindical” e a lançar comentários-panfletos como se estivéssemos de volta ao PREC.
Existem mesmo alguns neófitos estalinistas, travestidos de tele-evangelistas das novas oportunidades sindicais, que fazem apelos à constituição de brigadas de dinamização cultural, à boa maneira da saudosa 5ª Divisão do MFA.
E depois utilizam aquelas tácticas do catecismo marxista-leninista; tão depressa recorrem à tentativa de destruição do carácter pessoal dos seus adversários ideológicos, uma vez que não têm argumentos racionais válidos para os contrariar, como lançam a ideia de que o que conta é a aposta no futuro, ao bom estilo da mudança-sócrates contra os “imobilistas” e os “bota-abaixistas”.
Mas a pedra de toque é sempre, em última análise, o carácter “elitista” de quem não alinha em fantochadas tele-comandadas e em carneiradas devidamente enquadradas pelas vanguardas (que não “elites”!) sindicais.
Então o sumo sacerdote Nogueira, que não exerce a docência nem qualquer outra actividade produtiva, que não mete o cu numa sala de aula há anos, consagrando o seu esforço de retórica à manipulação das massas e ao jogo político-mafioso, é afinal o quê ?
Outubro 12, 2008 at 7:23 pm
Bem hajam todos! Sou professora e o meu marido representante dos pais no CGT. Assuntos relacionados com educação é o pão nosso de cada dia cá por casa. Avaliação e objectivos também, o meu marido também os tem na sua empresa e para os cumprir vê-se grego( principalmente porque quando os cumpre ou supera, as regras mudam)eu ainda ando a elaborar os meus. A questão que ele me coloca é sempre a mesma: Os objectivos da escola não são ensinar os alunos? Prepara~los para a construção de um projecto de vida? Passa~r-lhes valores de democracia e cidadania? Forma-los como agentes interventivos e autónomos? Construir com eles um pensamento critico? desenvolver competências específicas em cada disciplina?
Qual é a novidade??? A educação não implica que os alunos se esforcem, progridam quando para isso trabalharam? Auxiliar os mais desfavorecidos e tutelar aqueles que estão no limbo do abandono ou absentismo escolar por falta de uma rectaguarda familiar ou cultural?
Caros colegas de jornada, a maioria dos pais não entende o que se passa com a nossa profissão. Nãso têm tempo para isso. Têm contas para pagar e vivem ajeitando-se com os rendimentos que auferem. O que querem é uma escola que abrigue os filhos, lhes ensine os conteúdos essenciais para a vida e de preferência que a escola ofereça muitas actividades para os meninos estarem ocupados e seguros, enquanto eles tentam desenrrascar-se com segundos empregos ou horas extras(muitas vezes nem pagas são)para AGUENTAR as despesas lá de casa. O resto é treta! Os professores ganham muito bem dizem a maioria ( lembrem-se das qualificações destes pais que populam neste pais). O que a maioria destes pais (insisto com o conhecimento que as generalizações são perigosas)querem é o ensino gratuito,refeições dignas e gratuitas, livros a horas e gratuitos, professores que conduzam os seus filhos rapidamente ao mercado de trabalho, passes gratuitos e uma rede de transportes eficaz, apoios educativos gratuitos.
Não estou a delirar é a realidade que reina não no reino da Dinamarca, mas aqui no norte, onde o desemprego aumenta dia a dia( Espanha já não quer a nossa mão de obra), a violência doméstica aumenta dramaticamente e a FOME também.
A miséria encaputada brota como cogumelos os disturbios comportamentais também. Muitos miudos ainda frequentam a escola ob o jugo de ser retirado o RSI às familias. Todos conhecemos estes cenários, hoje mais que nunca.
Contudo nós professores queremos ao lado de outros pais também empenhados com o estado da educação , principalmente porque temos os nossos filhpos no sistema de ensino.
Quais os argumentos que os pais preocupados vão usar com os seus filhos adolescentes para os motivar a serem empenhados, respeitadores dos professores,desenvolverem competências de entre-ajuda, participarem activamente no seu processo de avaliação, se de cima nos dizem que todos têm que passar em nome do sucesso. Quem vai fazer sacrificios inerentes ao estudo se sabe que o prémio vem para todos e não para os que se empenharem dinamicamente com o ensino.
Os pais estão preocupados , não duvido. Mas tão só os mais esclarecidos e com alguma disponibilidade de tempo , cada vez mais curta. Não pensemos que este pais participa em blogs e associações de pais. Na minha escola com 1300 alunos às reuniões da AP a média de participação é de 40 pais. Os outros não têm tempo porque estão a trabalhar para dar o sustento aos seus filhos e os outros ainda não vêm por comudismo, não dão lá nada pois não??? Então trata tu de passar de ano que é a tua obrigação.
Verdade ou não??? Estou longe da realidade???
Vamos à luta sim mas temos que descostruir as vantagens de ter um portátil em casa por 5 euros( à cusat do subsídio), de ter AECS até os pais sairem do emprego,de terem aulas de natação gratuitas e com banho garantido. Para que saibam o banho para algumas crianças desta zona é semanal ou então quando fazem educação física. Por vezes é frio, pois os pais já não têm dinheiro para o gas ou electricidade ( porque em pequenos não aprenderam nas escolas a gerir odinheiro e agora parece-me que também não temos essa preocupação essencial da educação e que resolveria alguns excessos de créditos).
Portanto, o objectivo desta minha intervençao vai no sentido de encontrarmos uma estratégia que nos envolva a todos e aos pais também. Já agora os alunos serão aqueles que melhor podem dar o mote para esta luta desigual. Eles Têm uma visão muito interessante da escola, dos professores e do que os pais pensam disto tudo.
” Juntos conseguimos, o que sozinhos não somos capazes”
Bem hajam e Deus nos ajude a encontrar o rumo que nos leve a bom porto.
Outubro 12, 2008 at 7:23 pm
Para pedir autorização para manif, acho que basta 3 dias de antecedência.
Por isso, é preciso ter calma.
o contributo de todos é importante.
Outubro 12, 2008 at 7:24 pm
É altura de pôr as questiúnculas pessoais à parte.
Valores muito mais altos se levantam.
Acredito que é possível começar a escrever um novo capítulo.
15 de Novembro.
Unidos!
Outubro 12, 2008 at 7:28 pm
Pois é Luís Leonardo, se em 1949 a ONU no médio-oriente tivesse criado um estado conjunto de hebreus e árabes, não existiriam grande parte dos problemas mundiais actuais.
Mas o mal está feito e parece-me completamente impossível, neste momento, criar uma Palestina Judaico-Muçulmana.
O passado deve servir-nos de lição, como aprendizagem para o futuro, mas não podemos permanecer pregados ao passado. Ficar pregados ao passado consiste em reter ódios antigos que em nada contribuem para a solução.
No que me diz respeito, sei que essa situação aconteceu no passado, venderam-se bacharelatos, licenciaturas e até mestrados em pacotes. Assisti a pessoas minhas conhecidas a tirarem diplomas à pressão, enquanto eu tive que tirar o 12º ano (ano propedeutico)+ 5 anos para tirar o meu curso superior! E Daí? Vou ficar retido ao passado? A carpir mágoas!
Conheço juízes que tiveram que fazer 2 anos de CEJE, enquanto que outros tiraram um curso intensivo de 3 meses para entrarem na carreira. E daí? Os juízes irão dividir-se em 2 escalões (com CEJ e sem CEJ)?
Dei aulas de Matemática, no antigo 12º ano via ensino, a actuais enfermeiras que acederam directamente do 12º ano a um mestrado. Muitas são professoras do ensino superior nas Escolas Superiores de Enfermagem. E daí? Fizeram 2 classes? Enfermeiras titulares e não titulares?
Houve oportunismo no passado, mas também nessa altura a maioria por comodismo ficou calada. Podemos agora mudar o passado?
Outubro 12, 2008 at 7:28 pm
comodismo e desculpem as gralhas.
Outubro 12, 2008 at 7:35 pm
Leio alguns comentários e fico profundamente triste. Há quem se esqueça que aquilo que nos une é muitíssimo mais importante do que aquilo que porventura nos divide.
Outubro 12, 2008 at 7:37 pm
Pensei que a eventual manifestação de 15 de Novembro era contra o actual regime de avaliação de desempenho de professores e não para acordar diferenças e entrar em duelos de habilitações literárias que só beneficiam, neste momento, o adversário que urge vencer: Maria de Lurdes Rodrigues e o seu Ministério! Somos muitos e todos diferentes! Somos muitos e todos com percursos diferentes! Somos muitos e com interesses muito diferentes! Foi assim que, ao longo dos anos, foram nascendo os 14 sindicatos agora existentes! Muitos poderão ainda nascer e estão no seu direito, se não se sentirem representados pelos actuais! Ordem e Sindicatos não são incompatíveis! Têm, na sua essência, objectivos distintos! Dia 15 não vamos discutir a existência ou não de uma Ordem! Não vamos tentar descobrir quem é mais ou menos titular! Mais ou menos habilitado! Dia 15 de Novembro parece-me um bom dia para dizer Basta à Senhora Ministra, para encontrarmos todos juntos os pontos que são comuns e deixarmos para mais tarde as eventuais diferenças! Sem a certeza e convicção de que não podemos alimentar diálogos que tendem à desunião, não vamos lá! E eu queria ir!
Outubro 12, 2008 at 7:43 pm
O h5n3 não se deu conta de que sofreu mais uma mutação e aparece agora despido da roupagem erudita, mostrando aquilo que verdadeiramente é: um reles skinhead. E da pior estirpe, que é o das cabeças rapadas por dentro.
Outubro 12, 2008 at 7:47 pm
Justina, em (99), o que descreve, é na realidade, para infelicidade nossa, o quadro deste País, ou seja um cenário fértil para políticos demagogos.
Outubro 12, 2008 at 7:48 pm
LuisM, substitui lá o “eu queria ir” por “eu quero ir”, ou, melhor ainda, “eu vou”. 🙂
Outubro 12, 2008 at 7:49 pm
# 99
O seu marido tem toda a razão: os nossos objectivos são exactamente esses. Seria interessante, se e quando tivermos de preencher a papelada, no meio da «trampa», acrescentá-los, pois no meio da refrega às vezes perdemo-nos e esquecemos que vincar o mais simples e óbvio da profissão pode ser o melhor caminho.
Outubro 12, 2008 at 7:50 pm
Tens razão, PJ ! Está decidido! EU VOU! 🙂
Outubro 12, 2008 at 7:51 pm
(106) Careca, o Umbigo sem h5n1 é como um jardim sem rosas. Já levei com alguns espinhos dessas rosas, mas no fundo é um bom rapaz.
Outubro 12, 2008 at 7:54 pm
Cá para mim o H5n1 é o contra maré disfarçado de judeu sefardita…além de que-como já aqui disse- o homem deve ter um trauma muito sério com os sindicatos..o pai era e não lhe deu assistência em casa em virtude das reuniões sindicais…
Quando, neste mundo, um homem tem qualquer coisa para dizer, o mais difícil não é fazer-lho dizer, mas impedi-lo de o dizer vezes de mais
Bernard Shaw
Outubro 12, 2008 at 7:54 pm
Maria Ferreira [104]
encare a coisa como uma estratégia bem temporizada para enfraquecer o poder negocial da FENPROF no encontro da próxima 3ª-feira
http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=226&doc=3653&mid=115
Nada (mas mesmo nada) agrada mais ao governo do que confrontar-se com sindicatos fracos e/ou enfraquecidos.
Porque não esperar pelo resultado das negociações? Afinal são apenas 2 dias.
Aproveito para reiterar a informação de que sou apenas um prof. sindicalizado (na fenprof); não sou, nunca fui nem serei sindicalista nem mesmo delegado sindical.
Outubro 12, 2008 at 7:57 pm
citizen Diz:
Outubro 12, 2008 at 7:54 pm
Maria Ferreira [104]
encare a coisa como uma estratégia bem temporizada para enfraquecer o poder negocial da FENPROF no encontro da próxima 3ª-feira
http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=226&doc=3653&mid=115
Nada (mas mesmo nada) agrada mais ao governo do que confrontar-se com sindicatos fracos e/ou enfraquecidos.
Porque não esperar pelo resultado das negociações? Afinal são apenas 2 dias.
Aproveito para reiterar a informação de que sou apenas um prof. sindicalizado (na fenprof); não sou, nunca fui nem serei sindicalista nem mesmo delegado sindical.
Outubro 12, 2008 at 7:58 pm
Ao querermos, enganamo-nos muitas vezes. Mas quando nunca queremos, enganamo-nos sempre
Romain Roland
Outubro 12, 2008 at 7:59 pm
Para que resulte o possível deve ser tentado o impossível
Hesse , Hermann
Outubro 12, 2008 at 7:59 pm
desculpem a repetição masé que em vez de xxxxx.com saíu xxxxx.pt
Alémd isso a careta é bem mais agradável 🙂
Outubro 12, 2008 at 8:03 pm
O problema de alguns “bem-intencionados” é o de acreditarem (ou quererem fazer os outros acreditar) que é possível, por um momento que seja, ficarmos politicamente todos iguais e desejarmos todos o mesmo.
Esta mistificação político-religiosa assume por vezes a forma do “consenso” (cultivado intelectualmente, entre outros, por Habermas) e tem em Portugal uma forte tradição no corporativismo salazarista e um forte enraizamento no igualitarismo estalinista.
Na base está a crença místico-religiosa de que somos todos iguais, embora se tenham de fazer alguns “ajustamentos” para o conseguir.
Claro que a “superioridade moral” dos judeus, dos nazis e dos estalinistas, colhe alguns dos seus fundamentos nesta ideia peregrina de que existe uma seita, uma raça, uma classe, de eleitos, os quais devem conduzir os outros à Salvação eterna.
O pior que poderia acontecer aos docentes era também eles entrarem numa lógica de “classe de eleitos” ou de “vítimas da história”, o que geralmente anda dialecticamente ligado.
Outubro 12, 2008 at 8:09 pm
Meu Caro “Citizen” (58): Não está errado, sou o Rui Baptista que julga que sou. Por uma questão de princípio (concedo que discutível) tenho por hábito utilizar sempre o meu nome nos comentários que escrevo. Dessa forma, podem dialogar comigo sabendo sem terem que usar os subterfúgios da advinhação. Posto este breve intróito, vamos ao cerne da questão: 1. Não tenho qualquer ódio por pessoas que acreditam nas suas convicções de juventude e as mantêm como é o caso de Mário Nogueira (merecem-me respeito, aquele respeito que exijo para mim). 2. Aliás, digo isso sem margens a dúvidas quando escrevi: “Mário Nogueira como indivíduo merece-me respeito” 3. Respeito por uma pessoa é uma coisa, estima pessoal é outra (não tenho estima pessoal por Mário Nogueira, como facilmente deduziu e afirmou). 4. No meio de tudo isto, lamento sinceramente que “a grande consideração e o respeito que tivemos um pelo outro”, como escreve, possa sair beliscada por não termos uma mesma opinião sobre um assunto controverso e que está longe de merecer a unanimidade de mais de uma centena de comentários. A convivência democrática e o próprio direito de cidadania, sem ser em regimes totalitários de esquerda ou de direita, justificam que deixe de ser útil balar como os carneiros, como escreveu Eça, no século passado.No tudo mais, a minha consideração e respeito por si mantêm-se intactas. Se um dia vier a saber a sua identidade e me for proporcionado encontrá-lo terei imenso prazer em dar um abraço a um antigo aluno. Julgo que terá nobreza de alma de o não recusar. Entretanto, aqui vai um abraço “virtual”. Com a amizade do Rui Baptista.
Outubro 12, 2008 at 8:12 pm
Faço a seguinte rectificação^`a 5.ª linha do 1.º §: onde escrevi “dialogar comigo sabendo sem terem”, deve ser omitido “sabendo”.
Outubro 12, 2008 at 8:23 pm
#118,
H5N1,
Mas há a hipótese de, não sendo iguais, se ter objectivos mais ou menos comuns.
respeitando a diversidade de cada situação.
Utópico?
Parece-me que sim.
Mas enfim…
Outubro 12, 2008 at 8:34 pm
Rui Baptista
“a grande consideração e o respeito que tivemos um pelo outro” irá manter-se porque, por muito que discordemos, respeitamos, acima de tudo a integridade de carácter.
Assim são e se medem os homens.
Talvez se recorde de em 1989 ter dado, espontaneamente, um grande abraço a um aluno (um pouco mais velhote que os outros) que teve a coragem de, num daqueles célebres relatórios de fim-de-curso desmascarar determinados critérios de avaliação.
Vai um encontro aqui numa tasca qqr do burgo?
Abraço.
Outubro 12, 2008 at 8:38 pm
errata:
1979
Outubro 12, 2008 at 8:39 pm
Assim, sim… 🙂
Outubro 12, 2008 at 8:51 pm
Como diziam os de maio 68: “Viva a utopia!” 🙂
Somos muitos, com diferentes formações e ideias, mas algo nos une, senão não estaríamos aqui a dialogar, tentando chegar a consensos.
Estamos fartos desta situação, a vida na escola tornou-se angustiante e penso não haver um único professor que não sinta isso.
Temos sindicatos. Até agora, não souberam representar-nos e por isso a nossa desconfiança.
Mas precisamos deles. Precisamos que nos leiam e aprendam que, se se afastarem dos nossas reivindicações, tb vão perder. Acredito que os podemos influenciar. Como?
Impondo-lhes os nossos objectivos. O que queremos? Ou antes o que não queremos? Não queremos algumas leis que saíram ao longo deste ano e prejudicaram a “saúde” das escolas ( escolas são professores, alunos e pais). Temos algum poder para não aplicar leis? Não sei. Mas sei que antes de serem regulamentadas ( todas as leis têm que ser regulamentadas) temos o direito de não as aplicar.
Objectivos para a manif? QUEREMOS SER PROFESSORES!
cADERNO REIVINDICATIVO? a SÚMULA DO QUE AQUI SE TEM ESCRITO, PELO MENOS NO QUE DIZ RESPEITO AO REPUDIO PELA LEGISLAÇÃO QUE SAIU EM 2007/ 2008 ( ESTATUTO DA CARREIRA, ESTATUTO DO ALUNO )
DESCULPEM AS MAIUSCULAS. Quando dei por isso, já ia a meio 🙂
Outubro 12, 2008 at 9:10 pm
H5n1 deixe-se de discursos dialecticos e desça á terra…já agora os nazis não embora se achassem a raça eleita tinham uma forma muito própria para chegarem a utopia que leles imaginvam adequada aos seus ideais..defende então -presumo-que não sendo todos iguais e outros serem mais iguais que outros… se icnerem os deficientes, os velhos visto não serem produtivos…já agora não tem nada a dizer das socias democracias do norte da Europa onde o estado tem um peso muito superior aos demais países da europa e onde a justiça social é a melhor do mundo..não vou gastar mais prosa consigo..mas o que me irrita de sobremaneira é essa altivez intelectualoide de suprasumo da sabedoria..ler e analisar não é tudo na vida a realidade é outra dimensão..a sua não sai da biblioteca…guten Nacht…
Outubro 12, 2008 at 9:12 pm
eles..imaginavam…sociais…amen
Outubro 12, 2008 at 9:12 pm
O que interessa agora é que lutemos pelo mesmo objectivo.
Será que é melhor continuar como estamos e que ainda há-de piorar?
Sinceramente, invejo os colegas que se reformaram. Se não nos conseguirmos unir agora, não haverá esperança nenhuma e o melhor é ir embora. Algo que, neste momento por questões financeiras e de idade não posso fazer!
Tenho alguma esperança, apesar do meu pessimismo natural. Acho que está muita gente com intenção de “remar” na mesma direcção. Não serão algumas vozes que conseguirão alterar a predisposição para a luta!
Outubro 12, 2008 at 9:13 pm
Queria só deixar o meu apoio às ideias de MR (comentário 30).
Acho que os professores devem ser avaliados pelas notas dos alunos (notas em exames nacionais que sejam decisivos para os alunos, cas contrário nunca passará de uma fraude) durante um período de 3/4 anos.
Claro que isto só funcionaria se houvesse vontade do ME de ser exigente impondo exames em todos os anos.
Outubro 12, 2008 at 9:16 pm
Os alemães, como sabem, tinham, à entrada dos campos de concentração a frase. “Arbeit Macht Frei” (qualquer coisa como: o trabalho liberta). Já sabemos o resultado disso.
Neste momento, trabalho não nos falta e, pelo andar da carruagem, a liberdade será encontrada na fuga, na loucura ou no trabalhar até morrer!
Outubro 12, 2008 at 9:19 pm
Porque não irmos todos nus… Solgan: tiraram-nos a dignidade não nos tirem a alma..dava um certo impacto…e contratavamos o Spencer tunick para tirar fotos da manif…
Outubro 12, 2008 at 9:19 pm
Quanto aos exames, na minha avaliação isso vai ser tido em consideração. Outros colegas não terão nunca essa “sorte”. É também um aspecto de “grande justiça” deste modelo de avaliação!
Os exames para serem credíveis têm de ser rigorosos e não aquela palhaçada a que temos assistido, nomeadamente no último ano.
Outubro 12, 2008 at 9:47 pm
O essencial da reivindicação de 15/11 deverá ser a REVOGAÇÃO do actual ECD.Digo revogação e não renegociação.Utópico? Só o retorno ao anterior ECD permitirá criar futuras bases de negociação com a tutela, sobre a avaliação e todas as outras temáticas.
Para a revogação acontecer é preciso um grande poder negocial que poderá surgir a partir de uma manifestação maciça, mas que no day-after terá que manter a pressão através de um plano B como já tem sido referido.
Outubro 12, 2008 at 9:57 pm
colegas, a má imagem dos professores mede-se, por vezes, na incapaciade de uma certa abordagem fria e racional às questões essenciais. o sentimentalismo que por vezes se coloca nas verdades que se desnudam ante o público não trazem qualquer compreensão à luta digna e justa que há que fazer, e permitem um certo canibalismo que a propósito dessa vivência emotiva da realidade diária da escola outros fazem em desfavor e desprimor da nossa luta e razões. a classe docente nunca foi uma e una; foram várias e neste momento, ainda que o não pareça, há o risco de fractura séria. todo o processo de reforma do ensino vai no sentido da contaminação dos valores da escola pelos valores da política: um tal rui baptista não é candidato a uma federação partidária? que faz aqui, que luz trouxe à discussão? a fazer-se notar…
neste momento os professores precisam de ancorar as suas razões em “razões” mais fortes. sou dos que acreditam no completo isolamento da mlr no interior do governo. o ECCE HOMO de Guimarães não passou disso, a manifestação de um apreço público que não tem visibilidade na prática: o falhanço de qualquer medida de contestação implica o renascimento da ministra ou a sua substituição por um sucedâneo qualquer. Não sou adepto de manifestações, mas de outras medidas que obriguem a sociedade a sair da letargia em que a mistificação e a exploração de uma certa imagem dos professores os lançou.
Outubro 12, 2008 at 9:58 pm
jteck ECD, EA; EGE…
Outubro 12, 2008 at 9:59 pm
bigbrother, vai tomar as gotas que já são horas…
Outubro 12, 2008 at 9:59 pm
Não queres ir nu quink?
Outubro 12, 2008 at 10:00 pm
eu até vou, mas tu com essa barriga?
Outubro 12, 2008 at 10:00 pm
Concordo com a revogação!
Mas isso só deveria ser possível com advogados. QUando uma lei sai em diario da republica não pode ser revogada, só pode ser regulamentada ou, caso advogados nos dessem razão, ser substituida por outra.
Se os sindicatos, que têm advogados não o fizeram, como podemos aspirar a isso?
Outubro 12, 2008 at 10:02 pm
Reb, já vi que leis não são o seu forte…
Outubro 12, 2008 at 10:06 pm
A manifestação a ser concretizada exige uma tomada de posição clara e objectiva sobre as razões que lhe presidiram. Contudo, gostaria somente de chamar a atenção para, na construção desse memorandum, não cairmos em vulgaridades do género «os professores estão cansados», como consta da «carta modelo» da APEDE. Temos que fazer uma espécie de suspensão da nossa circunstância como profs e colocarmo-nos na posição de quem está por fora. Será que os pais se interessam com o «cansaço» dos profs? Devemos atacar o problema pela raiz e não cairmos na tentação de pronunciarmos lugares comuns. Além disso, é importante que haja uma posição unânime que promova a coesão opinitativa, caso contrário cada um de nós pode demonstrar uma perspectiva individual aquando das possíveis entrevistas que os media nos possam vir a fazer. Aqui seria a morte do artista.
Apesar de considerar que o «timing» não é o desejável, lá estarei. Agora, cuidado!
Outubro 12, 2008 at 10:09 pm
Repito mais uma vez:
É Fácil…
atendendo a que os últimos 3 anos, com as 3 famigeradas alterações à lei apenas trouxeram mais calamidade ao nosso já péssimo sistema educativo, revogá-las imediatamente e regressar à anterior legislação até se conseguir, pensar, experimentar e provar a viabilidade de uma nova e melhor.
Acrescentaria, ainda, um pedido público de desculpas ao povo português por parte do governo.
Outubro 12, 2008 at 10:10 pm
Vamos lá, então, orientar-nos.
Uma manif, para ser convocada, precisa de um caderno reivindicativo, certo?
Não podemos avançar com dezenas de motivos para a manif senão ninguém percebe nada.
Baseemo-nos em 4 ou 5.
Quais são os 4 objectivos fundamentais para a nossa manifestação?
Outubro 12, 2008 at 10:10 pm
verificamos agora que trocamos os nomes: rui baptista não é candidato a nenhuma estrutura partidária. peço-lhe desculpa pelo engano.
a ideia mestra mantém-se: não devemos deixar que os objectivos e os valores da escola sejam desviados para obscurecer as nossas razões pelo facto de fornecermos razões para facilmente as vermos contestadas. muito do que vejo escrito e dito por aí não ajudam à construção e divulgação de uma correcta imagem do problema em que nos vemos envolvidos.
Outubro 12, 2008 at 10:13 pm
Concordo com olham’Eça. Acima de tudo, racionalidade. Coesão. Poucas emoções desgarradas. Caso contrário, acontece novamente a não-inscrição que José Gil aborda.
Outubro 12, 2008 at 10:18 pm
os nossos 4 objectivos são….
Outubro 12, 2008 at 10:23 pm
Revisão do ECD
Alteração do processo de avaliação
Período de experimentação
Deixem-nos dar aulas
Outubro 12, 2008 at 10:26 pm
Ainda mais uma vez:
É Fácil…
atendendo a que os últimos 3 anos, com as 3 famigeradas alterações à lei apenas trouxeram mais calamidade ao nosso já péssimo sistema educativo, revogá-las imediatamente e regressar à anterior legislação até se conseguir, pensar, experimentar e provar a viabilidade de uma nova e melhor.
Acrescentaria, ainda, um pedido público de desculpas ao povo português por parte do governo.
Outubro 12, 2008 at 10:28 pm
Estes objectivos subdividem-se em:
Mostrar alternativas na avaliação.
Salientar os prejuízos da divisão de duas categorias de professores.
Evidenciar a falência do modelo de escolha dos titulares (o garnde calcanhar de aquiles do ECD).
Focar a atenção para uma verdadeira autonomia das escolas, com aumento de responsabilização dos professores nos processos de ensino-aprendizagem e nos casos de indisciplina.
Apresentar o professor como um factor de mudança e não de mero reprodutor.
Outubro 12, 2008 at 10:30 pm
Quinck qual barriga?..eu já fiz uma lipo…as gotas são de guaraná e mescal…mas já se me acabaram..tu eta um pouco repetitivo…
As coisas são por vezes aprentemente complicadas mas na essência resumen-se a três palavras apenas…
Felipe lembrou-se da história do Rei do Oriente que, desejando conhecer a história da humanidade, recebeu de um sábio quinhentos volumes; ocupado com negócios de Estado, pediu-lhe que a condensasse. Ao cabo de vinte anos, o sábio voltou e a sua história ocupava agora apenas cinquenta volumes; mas o rei, já velho demais para ler tantos livros volumosos, pediu-lhe que a fosse abreviar mais uma vez. Passaram-se de novo vinte anos, e o sábio, velho e encanecido, trouxe um único volume com os conhecimentos que o rei procurara; este, porém, estava deitado no seu leito de morte, nem tinha mais tempo de ler sequer aquilo. Aí o sábio deu-lhe a história da humanidade numa única linha: ‘Nasceram, sofreram, morreram’.
Somerset Maugham,
Outubro 12, 2008 at 10:30 pm
Queria dizer «e não como mero reprodutor de uma ordem à qual ele é estranho».
Outubro 12, 2008 at 10:32 pm
Prende-se tudo com o estatuto da carreira docente, certo?
Como podemos encontrar 4 objectivos, dentro da renúncia ao estatuto, que sejam compreensiveis para a população que não é professora e nem sabe o que é o ecd?
Outubro 12, 2008 at 10:33 pm
É preciso que as pessoas entendam. Por muito que nos custe, devemos ter a opinião pública do nosso lado, demontando a incrível propaganda deste governo e da máquina de informação por ele montada. É contra esta máquina que temos de funcionar. É poderosa e nós não a possuímos.
Outubro 12, 2008 at 10:39 pm
A ÚNICA HIPÓTESE ERA PAGAR UMA PÁGINA DE JORNAL…SEI LÁ NO PÚBLICO…OU NUM DOS GRATUITOS…
Outubro 12, 2008 at 10:39 pm
Caro Reb, é difícil. Diria até que é impossível (só para nós que ninguém nos ouve). Há uma possibilidade remota: demonstrando que ser titular não é sinónimo de competência. Que o critério de escolha não foi o melhor e que, inclusive, a figura de titular não contribui em nada para a melhoria do ensino. Infelizmente é assim. Mas há mais…
Outubro 12, 2008 at 10:40 pm
#126
A dialéctica explicada aos terráqueos:
“Cada macaco no seu galho”.
#121
O local apropriado para discutir a política educativa, deveria ser a Assembleia da República, com os representantes dos cidadãos a reflectirem seriamente sobre os problemas que afectam os portugueses.
Mas por obra e graça de uma perversa ironia da história, a educação está a ser “modernizada” de forma eficaz e consequente, por uma ideologia política de esquerda que tem conduzido inexoravelmente o docente para as margens da arena escolar.
E como se isso não bastasse, tudo se tem feito para que os protagonistas centrais deste circo, a demagogia e os alunos, estejam em vantagem significativa quando “enfrentam” os docentes, na senda da “inclusão” e do “sucesso educativo”.
Quando os professores colocam o ECD e as avaliações à frente de tudo o resto, estão a ignorar o que é central no processo educativo: a relação pedagógica (e o saber).
E esta está irremediavelmente comprometida, na medida em que os espectadores-consumidores deste circo, os EE e o “público” em geral, estão mais ligados emocionalmente às “crianças” e mais preocupados com os interesses imediatos dos alunos (mais tempo nas escolas, melhores notas), do que com os docentes.
Ou seja, os docentes estão entalados entre aqueles que os remeteram para um papel de funcionários da escola monopolista do Estado (sindicatos e governos) e os espectadores-consumidores de educação (as famílias e os alunos).
Este garrote socio-político tem sido escrupulosamente apertado pelas sucessivas reformas educativas, em especial pela “esquerda”, com destaque para Ana Benavente e Maria de Lurdes.
Enquanto não houver uma perspectiva clara sobre o que é prioritário em termos de ameaça à identidade e à sobrevivência da dignidade humana na relação pedagógica, não haverá saída possível para a crescente e forçada proletarização dos docentes, com a consequente perda de controlo sobre a prática educativa nas escolas.
Pergunta: afinal o que é que querem os docentes no seu conjunto ???
Ingressarem num igualitarismo proletário corrompido, ou recuperarem a dignidade humana e a autoridade profissional numa organização democraticamente hierárquica ?
Outubro 12, 2008 at 10:40 pm
Pensando um pouco, os meus argumentos para a manif são:
1º a burocracia mata a qualidade ( de ensino)
2º as faltas dos alunos contam para a sua avaliação ( ao contrario do previsto no estatuto do aluno)
3º oa professores não avaliam colegas, avaliam alunos
4º a escola é de alunos e professores ( leis impostas de fora, baralham o sistema)
Outubro 12, 2008 at 10:41 pm
Brother, pode passar por aí. Até nos programas televisivos não deixarmos que os tipos dos sindicatos lá apareçam. Não sabem comunicar. Era necessário que houvesse representantes sérios e credíveis e que, antes de irem para lá, trocássemos ideias para melhor fazer passar a mensagem. Podeia ser O Paulo, mas tinha que aparar a barba…
Outubro 12, 2008 at 10:42 pm
Caro antónio daniel, não sou um reb, sou uma reb 🙂
é o diminutivo do meu nome 🙂
Outubro 12, 2008 at 10:44 pm
E quais, então, as propostas h5n1?
Outubro 12, 2008 at 10:44 pm
Sou sindicalista.
Com muito orgulho..e há muitos anos..
Tenho acompanhado toda a tarde…e noite.. os bloguistas.
Muitos…”quase todos”…num passado bem recente usufruiram …e estão usufruir…das conquistas sindicais a muitos níveis.
Sindicalizados são largas dezenas de milhares…
Estão todos aflitos para defirem objectivos e palavras de ordem e….e…..tudo o resto para um “tal dia 15”..
Afinal os sindicatos são as únicas estruturas com organização, mobilização, e reconhecimento institucional…..
Outubro 12, 2008 at 10:44 pm
E quais, então, as propostas, h5n1?
Outubro 12, 2008 at 10:45 pm
jf e?
Outubro 12, 2008 at 10:46 pm
Jf, os sindicatos são necessários para as lutas de carreira, mas mostraram serem inadequados para a discussão sobre os problemas do ensino. Havia mais coisas para dizer, mas seria chover no molhado…
Outubro 12, 2008 at 10:48 pm
E a luta neste momento não é com os sindicatos,pode ser q lá cheguemos.
Outubro 12, 2008 at 10:49 pm
jf, claro que é mais difícil para nós, que não representamos um sindicato, definir objectivamente os nossos objectivos.
Mas, se calhar, é aí que reside a qualidade do que aqui se vem passando: vamos pensando pelas nossas cabeças e tentamos chegar a consensos.
Seria mais fácil ir a reboque e repetir as palavras de ordem dos sindicatos( que são sempre as mesmas independentemente do grupo profissional)…mas nós queremos mais do que isso…mais e melhor. Queremos sentir-nos representados
Outubro 12, 2008 at 10:52 pm
Eu volto a insistir: quais são, para cada um de nós, as 4 razões que o levam a aderir à manif ( de forma sucinta)?
Talvez possamos, depois de alguns se pronunciarem, escolher os 4 objectivos que sejam mais comuns a todos
Outubro 12, 2008 at 10:55 pm
Descontruindo o sistema elaborando epistomologias e postulados, desta forma obtinha-se uma sinergia hegliana, fazendo com que o rotativismo sistemático de homem versus sociedade fosse substituido por uma problemática não dogmática e inconsequente..resumindo:
o ignorabimus também está em conformidade com a intuição de todo o verdadeiro sábio: que os princípios abstractos da vida são aceitáveis somente como formas de expressão, máximas banais de uso quotidiano sob as quais a vida corre, como sempre correu, para a frente.
Estas são as prpostas do H5n1..acertei h?…
Outubro 12, 2008 at 10:58 pm
Acima de tudo, o orgulho, mas isto não serve… Estamos fartos disto… Mas isto não serve. Então que racionalidade é possível encontrar? O grande problema é que a desmontagem das nossas razões está feita. Caímos quase no nada. Ok, desculpem esta metafísica… O problema é que sabemos que temos razão, mas não a conseguimos provar junto da opinião pública. A ênfase, por isso, será chamar a atenção que o nosso papel é preocuparmo-nos com o país, ensinando os nossos alunos a ser cada vez melhores e não ir atrás do trabalho burocrático!
Outubro 12, 2008 at 11:00 pm
Peço desculpa e muito prazer!
Outubro 12, 2008 at 11:00 pm
Queria dizer «Reb, Peço desculpa e muito prazer!»
Outubro 12, 2008 at 11:00 pm
Glossário para entender o “gripe das aves”:
Sindicatos e Governo = duas faces da Nomenklatura
Professores em geral = rebanho de carneiros
Dirigentes sindicais = filisteus, bastardos, corruptos e mafiosos
Vital Moreira = continua comunista
Director executivo = Natural dirigente hierárquico do rebanho
José Saramago = não alinha duas frases seguidas
Constituição da República = parida à luz das G-3
Margarida Moreira = exemplo de cidadania
h5n1 = livre pensador anarco-liberal
Os que não pensam como ele = cães stalinistas amestrados
Solidariedade docente = igualitarismo
Mário Nogueira = Anti-Cristo
Mais palavras, para quê?
Outubro 12, 2008 at 11:07 pm
DEUS = h5N1
Escapou-te esta…….
Outubro 12, 2008 at 11:09 pm
Hum!, resumindo o que li: providenciar uma última oportunidade aos sindicatos.
Acho bem e todos sabem isso. Se bem que os sindicatos perderiam mais, teriam que ser substituídos por outras formas de representação.
Aguardo serenamente por terça-feira, seria desconcertante ter que me deslocar a Lisboa manifestar-me contra governo e sindicatos.
Outubro 12, 2008 at 11:09 pm
R.S.T.(86): Apenas umas palavras, tantas quantas o seu comentário merece: “Em Abril(…) houve um Rui Baptista que mentiu e caluniou a Fenprof e o seu secretário geral”. Como sabe, o meu artigo baseou-se em informações que corriam na Net com base num acordo de bastidores entre o M.E. e a plataforma sindical. A coisa nunca ficou devidamente clarificada, tendo eu apresentado esse facto como base do meu artigo. Muitos outros, que não só eu, se fizeram eco dessa situação em termos bem mais violentos que os meus e que não mereceram, de perto, nem de longe, a reacção que o meu artigo provocou em nome, talvez, de uma desejável censura prévia dos tempos dos coronéis de lápis azul de triste memória. Não por si, mas pelos leitores do seu comentário é este o esclarecimento que entendi prestar nesta tribuna pública. De resto, julgo ter o seu comentário chamado sobre mim uma atenção que eu não merecia, nem sequer me era devida isoladamente e que nada trouxe de novo para a temática em discussão.
Outubro 12, 2008 at 11:11 pm
#174,
Já não sei o que é desconcertante neste contexto.
Outubro 12, 2008 at 11:13 pm
Fafe, és da Ponte do Ranha ou da Rua de Baixo? És da Granja ou da recta de Armil?
Outubro 12, 2008 at 11:14 pm
Eu sou da Igreja Matriz!
Outubro 12, 2008 at 11:16 pm
Bem, Fafe deslocou-se via umbigo?:)
Outubro 12, 2008 at 11:17 pm
#175 confirma tudo o que disse em #86.
E reincide: “a coisa nunca ficou devidamente clarificada”.
Outubro 12, 2008 at 11:17 pm
António, continuando o seu raciocínio:
não é fácil demontar tudo o que sentimos. Mas o que sentimos baseia-se em coisas concretas. Daí a racionalidade necessária. Traduzir isso em objectivos que cheguem à população não é fácil, mas talvez seja possível. Não nos entendem qdo dizemos que somos contra este modelo de avaliação, mas entendem se dissermos que os filhos deles têm professores menos motivados, pq nem tempo têm para preparar aulas, ou simplesmente disponibilidade para eles. Como se traduz isto em objectivos é o nosso desafio 🙂
Outubro 12, 2008 at 11:19 pm
O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
William Shakespeare
Outubro 12, 2008 at 11:21 pm
Da minha parte nunca responderei a qualquer insulto ou descortesia….
Fiquem descansados …e sejam solidários…
Vou dormir…
Amanhã vou á reunião da Plataforma
Outubro 12, 2008 at 11:22 pm
h5n1
é um situacionista bem documentado,mas sem propostas que permitam alterar a actual realidade não avançamos. Por outro lado entre muitos outros comentários apareceram alguns bem lúcidos que podem ser a semente de acções que vão mudar o rumo das politicas educativas. Já agora numa democracia a sério não somos livres de discutir de nos manifestar onde bem entendamos e influenciar com isso os nossos representantes?
Outubro 12, 2008 at 11:24 pm
Pelo sonho é que vamos, Comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não frutos, Pelo Sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo Que talvez não teremos. Basta que a alma demos, Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia. Chegamos? Não chegamos? Partimos. Vamos. Somos” – Sebastião da Gama,in “Pelo Sonho é que Vamos”
Outubro 12, 2008 at 11:25 pm
Os blogues são óptimos para muitas coisas. Dar um forte contributo para despertar de consciências, comunicar ideias, criticar, trocar impressões, desabafar e até para vermos que aqui ou ali ainda há ideias cavernícolas. Não me parece que seja possível fazer qualquer coisa mais poderosa sem que os sindicatos participem. Não sou sindicalista e faço mais críticas do que elogios à sua acção. Mas sou realista. Penso que era bom os sindicatos incluirem na plataforma outras pessoas que têm mostrado trabalho. Muitos continuam a pensar que o país se resume a Lisboa. Outras pensam que “dizem” aqui qualquer coisa e que os 140 mil professores estão a “ouvir” e irão a correr atrás deles fazer um piquenique na Avenida da Liberdade. É preciso muita organização e dinheiro para fazer andar este comboio. Falta por aqui reflexão sobre isso. É pena.
Outubro 12, 2008 at 11:26 pm
Reb tem toda a razão. Como transmitir, como informar? É difícil. Será que a ideia de desmotivação chega? Talvez seja melhor seguir o Jf e descançar. Não, talvez vá beber um copo. Até amanhã!
Outubro 12, 2008 at 11:29 pm
Ou melhor, o líquido do copo!
Outubro 12, 2008 at 11:30 pm
#176
No contexto, manifestar-me contra os ideólogos de retrovisor já me pareceria mais conveniente, não demonstram nada e esqueceram os alunos.
Ou, quem sabe?, colocá-los na manifestação numa ala própria que demonstrasse como não se deve fazer – com cartazes referindo: “Este é o objectivo do governo”.
Outubro 12, 2008 at 11:36 pm
#178
Arões.
Outubro 12, 2008 at 11:36 pm
Fafe me vou que o mar revolto dos lençóis me chama..podev ser que nos encontremos na manif e dê para comer uma açorda de tomate com carapaus fritos e uma sopa de carrasquinhas…ou espargos selvagens(prefiro)
elo sonho é que vamos, Comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não frutos, Pelo Sonho é que vamos.
Um abraço camarad..ups.. colega…fui a tempo..
Outubro 12, 2008 at 11:36 pm
Só uma última coisa, considero que a única solução não passaria pel manif mas por dizer NÃO! Aqui também há problemas porque a burocracia é uma forma de promover o poder. Ora, muitos de nós estão ocupados com as grelhas, os objectivos, blá, blá, blá… Muitos de nós estão já na fase da excitação das zonas erógenas o que lhes ofusca o pensamento. Agora, bom…
Outubro 12, 2008 at 11:37 pm
Ok, muito prazer conterrâneo!
Outubro 12, 2008 at 11:38 pm
#186,
Correcto.
Resta saber se assim TODOS o entendem.
Outubro 12, 2008 at 11:41 pm
Vejo com interesse que alguns carecas seguem com atenção as minhas divagações cabeludas.
Mas na impossibilidade de me colocarem uma etiqueta assassina do manual de celerados, disparam tiros de caçadeira de ressentimentos serrados, na esperança de acertarem algum opróbrio na minha estrutura molecular.
Ó meus amigos, limito-me a levantar questões, porque faço do diálogo, da ironia e da hermenêutica uma das actividades humanas por excelência, que por acaso distingue os macacos dos seres humanos.
Quem quiser respostas certas e adequadas aos seus problemas, deve procurar o Professor Karamba, o Professor Louçã, o Professor Marcelo, o Professor Nogueira ou a massagista diplomada Marilú.
Outubro 12, 2008 at 11:43 pm
#191
Bons sonhos, BB, liga o codec correcto para as legendas. 😉
Outubro 12, 2008 at 11:46 pm
Sei que não é possivel organizar uma coisa destas sem os sindicatos, mas o que eu gostaria é que eles tivessem em consideração aquilo que temos vindo a demonstrar aqui. SÓ ISSO. que alguém nos representasse, alguém do terreno, sem preconceitos nem grandes ideias.feitas.
Outubro 12, 2008 at 11:46 pm
#195
Tché!, eu cá, se fosse comigo, não me ficava, virem práqui fanfar…
Agarrem-me!… 🙂
Outubro 12, 2008 at 11:46 pm
H5N1
Com que então reprova a atitude dos que…
…recorrem à tentativa de destruição do carácter pessoal dos seus adversários ideológicos,…
Quer proventura que lhe avive a memória? Olhe que está tudo aqui documentado. Dá algum trabaho de pesquisa, mas se for preciso.
Ofereço-lhe uma alternativa: respeite-se a si próprio (não praticando aquilo que condena), para um dia conseguir respeitar os outros.
Passe bem.
Exigências que me parecem comuns a todos os professores neste momento:
Tempo para dar atenção aos alunos, não para prencher montanhas de questionários do ME
Responsabilizar os alunos para os preparar para a vida
Fim às aulas de 90 minutos
Demissão da Ministra da Educação
Tempo dos professores para as suas famílias
Voltarei quando me lembrar de mais
Outubro 12, 2008 at 11:49 pm
Os blogues, os sindicatos e os professores. A trilogia está fechada. Os blogues fazem a fundamentação, discussão e a agenda. Os sindicatos convocam e organizam. Os professores manifestam-se. Simples.
Outubro 12, 2008 at 11:50 pm
António Ferrão, essa do «tempo para as famílias» não pega. Eu entendo, mas não pega. Temos de ser sensatos e pensar que, quem nos ouve e quem nos vê, não está para aí virado.
Outubro 12, 2008 at 11:51 pm
Antes de ir uma música em homenagem a grande filósofa Marilu -esta m+usiac é dedicada a todos os pernsadores orgasmáticos…
http://br.youtube.com/watch?v=eM3_H7sqSwY
Outubro 12, 2008 at 11:51 pm
música…pensadores..
Outubro 12, 2008 at 11:53 pm
Objectivos para 15 de Novembro:
Principalmente mostrar à opinião pública que o ensino está “doente”, que existe um grande mau-estar nas escolas que afecta inevitavelmente a qualidade do ensino e que a responsabilidade do facto se deve às políticas do ministério.
Explicar à OP que com professores altamente desmoralizados não pode existir ensino de qualidade.
Explicar à OP as razões dessa desmoralização: Instabilidade no local de trabalho, burocracia, sujeição obediente às chefias (não eleitas) da escola e sobretudo, o achincalhamento e a conduta abjecta que a tutela demonstra para com a classe com qual deveria trabalhar em conjunto em nome de um ensino melhor.
Explicar à OP que assim não dá e que os professores não tencionam ficar de braços cruzados.
Desmontar a idiotice de algumas medidas do ME e os verdadeiros objectivos das medidas que, não sendo idiotas, são implementadas por razões diferentes das alegadas (normalmente, o dinheiro e a angariação do voto)
Explicar que a avaliação é injusta e altamente subjectiva para os professores e um monstro burocrático que desvia recursos e energia de onde deveriam ser aplicados: nos alunos
Por último, demonstrar a todos os profs (de nós para nós) que não baixámos os braços e que estamos convictos das nossas motivações…
Resumindo, explicar a nossa luta à Opinião Pública é o grande desafio.
Eis os grandes objectivos para 15 de Novembro, na minha opinião.
Outubro 12, 2008 at 11:56 pm
#202 (Campos Elíseos)
Jacinto, foste expulso pelo mar revolto?
Outubro 12, 2008 at 11:56 pm
Áh!E atenção! Há mais mais classe docente para além da blogosfera!! Temos de mobilizar e explicar o que pretendemos também nas escolas.
Outubro 12, 2008 at 11:59 pm
António Daniel (#201)
Sou casado com uma professora. Tenho direitos. Ela tem direitos. Se não é claro para quem está afastado, continuará a não ser claro se a situação for consentidamente escondida, isto é, se não houver vontade dos próprios a manifestarem. Que poderá eventualmente ser dito contra? É um direito, ou um privilégio, querer tempo para as famílias. E quando os filhos ficam mal entregues, mesmo com febre? Caramba, um pouco mais de brilho próprio, não faz mal.
Outubro 12, 2008 at 11:59 pm
Reb, já disse que não me impotava se fosse o Paulo com a barba aparada. Vou para a night. A música que o BB sugeriu despertou em mim o animal feroz. «here is the Heroe of the night». Que bela saída.
Outubro 13, 2008 at 12:01 am
Não.. mas um argonauta apanhou-me justamente quando ia abater o cíclope…todavia acho que agora posso ir para o descanso porque o mar está acalmar o vento a amainar e sinto uma leve brisa que me afaga as rosa´ceas..agora sim está na hora.. Ciau..
Outubro 13, 2008 at 12:01 am
#156
“Pergunta: afinal o que é que querem os docentes no seu conjunto ???
Ingressarem num igualitarismo proletário corrompido, ou recuperarem a dignidade humana e a autoridade profissional numa organização democraticamente hierárquica ?”
Outubro 13, 2008 at 12:03 am
#200
Hum!, simples, chama então – a isto – uma burrada em três actos a concurso?
Compreendo.
Outubro 13, 2008 at 12:03 am
Já agora a resposta era para ti Fafe..para não haver dúvidas e levantar algum conflito anarco sindicalista.ehehehe..
Outubro 13, 2008 at 12:04 am
António, eu compreendo, mas isso é daquelas mensagens que ninguém ouve. Não está a ouvir as vozes populares «só queixas», «então, e eu não tenho filhos e mulher?», «estes tipos não fazem corno e agora que lhes dão trabalho, vêm para aqui queixarem-se». São também estas pessoas que temos de convencer! Sócrates sabe convencer.
Outubro 13, 2008 at 12:07 am
O Conselho Científico para a Avaliação do Desempenho dos Professores, terá concluído, de acordo com o SPGL:
(i) Que os avaliadores não possuem formação para avaliar os seus pares (!)
(ii) Que este sistema de avaliação do desempenho não tem repercussão positiva na prática pedagógica dos docentes e no sucesso efectivo dos alunos.
iii) Que o modelo de avaliação em causa é, em si mesmo, promotor de conflitos pessoais e profissionais e gerador de um indesejável clima de instabilidade nas escolas.
EUREKA!!!!
Outubro 13, 2008 at 12:07 am
Amigo António Daniel, a auto-censura não leva a bom porto. E Sócrates não tem um poder ilimitado sobre a cabeça de toda a gente.
Um abraço
Outubro 13, 2008 at 12:09 am
Mas isso já foi em Julho que eles acharam, certo?
Outubro 13, 2008 at 12:10 am
António Daniel Diz:
“Vou para a night. A música que o BB sugeriu despertou em mim o animal feroz. «here is the Heroe of the night». Que bela saída.”
Pois vai, para a “matiné” acima do Leclerq.
Outubro 13, 2008 at 12:11 am
Leclerc
Outubro 13, 2008 at 12:11 am
Excelente caro h5n1.
É exactamente esse o problema.
A nossa “amiga” esquerda Kaviar convencida que existe uma luta de classes na escola (perdão, na comunidade educativa) tudo tem feito para esmagar o professor e o conhecimento (perdão, a classe opressora e a exclusão social) e garantir que os alunos (perdão, a classe oprimida) sejam protegidos dos tiques autoritários da tal classe opressora….
Sim, é para rir mas é o que se tem passado desde o PREC na sociedade portuguesa…
Desta forma, esta ministra estalinista que mais não tem feito do que cimentar a ferro e fogo a doutrina Kaviar com a ajuda preciosa do movimento da “escola moderna” defendida pelos “cientistas” da educação, sindicatos e de todos aqueles que levaram uma lavagem ao cérebro através da “formação” de professores.
Não se admirem, pois, todos os defensores da ideologia tonta do primado das birras dos meninos sobre os adultos, estarem a pagar a factura por terem pactuado com a transferência do poder do conhecimento para as birras das criancinhas, agora designadas pela esquerda moderna como as criancinhas info-incluídas através do negócio obscuro do Magalhães. Negócio esse aliás que está a colocar em causa a sobrevivência de alguns assembladores nacionais.
Desta forma, o dinheiro inscrito no Orçamento de Estado que deveria estar destinado para as escolas e para o conhecimento, é agora destinado para a esquerda Kaviar através dos imensos organismos por eles criados, como por exemplo e a começar pelo absolutamente gigantesco Ministério da Educação, pelas escolas superiores de “educação”, pelos institutos superiores de estudos da criança, pelos institutos superiores de invocação educacional, pelos departamentos de psicologia de n universidades, pelos departamentos de sociologia de n universidades, etc, etc, etc….
HOJE, OS PROFESSORES TRABALHAM APENAS E SÓ PARA JUSTIFICAREM O EMPREGO DE TERCEIROS, ponto final parágrafo.
Outubro 13, 2008 at 12:12 am
No comments, creio que é dos aspectos por onde podemos e devemos pegar. É o calcanhar de aquiles do MNE. Agora, o Paulo levanta uma questão curiosa.
Outubro 13, 2008 at 12:12 am
DESCULPEM O MEU “NORTISMO” EXACERBADO.
DIZEM QUE NÃO É POLITICAMENTE CORRECTO VISAR PESSOAS E QUE APENAS AS POLÍTICAS DEVEM SER CONTESTADAS. SIM, CONCORDAREI COM ISSO QUANDO AS POLÍTICAS FOREM INDEPENDENTES DOS SEUS PROTAGONISTAS. ASSIM, CONSIDERO QUE SE ESGOTARAM TODAS POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO COM ESTA MINISTRA DA EDUCAÇÃO.
ESTA SENHORA DEVE SER DECLARADA “PERSONA NON GRATA” E, DELA, APENAS DEVEMOS EXIGIR A DEMISSÃO, POIS DEMONSTROU SEMPRE, MAS SEMPRE, PRECONCEITOS MUITO NEGATIVOS RELATIVAMENTE À NOSSA CLASSE.
ESTA SENHORA REDUZIU A MISSÃO DOCENTE AO GRAU ZERO DO ENSINO, TRANSFORMANDO-NOS EM MEROS TECNOCRATAS, TRANSMISSORES, LACAIOS AO SERVIÇO DE QUEM ESTÁ NO PODER!
ESTA SENHORA DISSE AO POVO PORTUGUÊS QUE NÓS SOMOS “A CAUSA” DO INSUCESSO ESCOLAR! ESTA SENHORA EXIGE QUE DIGAMOS, NO INÍCIO DO ANO, QUANTOS ALUNOS VAMOS PASSAR, QUANTOS DIAS VAMOS FALTAR, QUANTOS ALUNOS VÃO ABANDONAR A ESCOLA…
QUANTO A MIM, SÓ HÁ UMA FRASE PARA UMA SENHORA ASSIM: VAI-TE EMBORA!
Outubro 13, 2008 at 12:14 am
Luís,
Percebo o azedume, mas não me parece que ela possa cair, por agora.
E temos sempre lá atrás o Valter.
Se o próprio Pedreira quereria sair e tem ficado…
Outubro 13, 2008 at 12:14 am
Talvez fosse bom lembrar que o sistema centralizado na concretização de objectivos está muito enraizado nos sistemas financeiro, bancário e seguradoras. Ora precisamente aqueles em que ocorreu a crise que hoje tem repercussões mundiais. Dizem que esta crise vem de uma bolha especulativa, pudera, era tudo a cumprir objectivos, nem que se tivesse que inventar… Que, quer-me parecer é o que vai acontecer com a nossa avaliação por objectivos – muita invenção e manipulação de grelhados vários. Por mim já este ano vi uma “bolha” nas estatísticas que a MLR nos brindou no final do ano lectivo transacto.
Outubro 13, 2008 at 12:17 am
Não, Fafe, infelizmente o minho não é o meu poiso, embora vá lá com frequência. Os profs sempre andaram nas mobilidades. Nos próximos anos estarei pelo Oeste, apesar de apreciar a vitela. Mas quando fala no leclerc, está a referir-se à antiga estalagem? Não sei se é do seu tempo.
Outubro 13, 2008 at 12:20 am
Objectivos de qualidade.
Não à quantidade de objectivos!
Outubro 13, 2008 at 12:21 am
Viremos o feitiço contra o feticeiro!
Só ganharemos terreno quando tivermos do nosso lado os pais e a comunicação social. Proponho que se inunde as redacções dos jornais e das televisões com os protestos que nos chegam diariamente – reenviemos-lhes as grelhas!
Outubro 13, 2008 at 12:28 am
#161/#183
Jf:
Em primeiro lugar, o exemplo que dá ao vivo e a cores de autismo face à opinião manifestada por professores é gritante. Talvez seja por isso que muito do que aqui se diz é praticamente anti-sindicalista. Pense nisso.. (antes, depois, durante ou em vez da reunião da plataforma)
Em segundo lugar, acho piada à sua declaração “Sindicalizados são largas dezenas de milhares”. Posso-lhe responder o seguinte: benfiquistas são seis milhões – e curiosamente, nem todos concordam diariamente com as escolhas do Quique Flores. Se esta informação contribui ou não para a discussão que aqui decorre, diga-me você.
Por último, o argumento que os professores “usufruiram” das conquistas sindicais e por isso deviam era estar “caladinhos” não pega. Não só não pega, como me ofende.
De qualquer maneira, espero vê-lo na nossa (de todos os professores) manifestação e poder ler aqui a sua contribuição para a melhoria do ensino e das condições de trabalho dos professores.
Outubro 13, 2008 at 12:31 am
Passamos a nossa vida a ensinar e a explicar…e será que não conseguimos convencer os portugueses da bondade das nossas razões? Tudo o que tenho lido aqui aponta precisamente para o contrário. Porém, ainda não tem a projecção de que todos gostaríamos. Ou estarei enganado? Ainda ontem se discutia o número de professores que nas escolas frequentam os blogues. São poucos e muitos nem fazem a mais pequena ideia destes plenários.
Outubro 13, 2008 at 12:33 am
[214}
porém, acontece que quando o CCADP pensou de uma forma diferente da que queriam que pensasse, houve um pedido inesperado de reforma.
E assim será até que pensem politicamente correcto
Outubro 13, 2008 at 12:35 am
Queria dizer ao Luís que ela vai-se embora dia 10, só me falta saber o mês.
Outubro 13, 2008 at 12:59 am
Os meus quatro objectivos
– que a comissão paritária do entendimento e o conselho científico de avaliação dos professores sejam unificados num orgão único, para evitar redundâncias e a marginalização de um deles;
– que as quotas sejam a) revogadas (sim, utópico, eu sei, mas é o que faz de facto sentido numa avaliação baseada no mérito) ou b) definidas de acordo com critérios universais baseados na avaliação externa e não em despacho “a emitir quando oportuno” e arbitrariamente, e que isto traga a obrigatoriedade do ME organizar avaliação externa atempadamente
(digamos.. para ser justo e retribuir a simpatia de que temos sido alvo, até ao fim da semana que vem);
– pragmaticamente, o mais importante, se calhar, é fazer perceber que o tempo que temos para fazer o trabalho que esperam de nós não é suficiente. Só isto.
(Uma greve de zelo, recusando escrupulosamente as horas extraordinárias não pagas, faria mais que 10 manifs, mas não é altura de entrar por aí);
– mas mais importante de todos, a haver avaliação séria (e deve haver) ela tem de começar pela avaliação da escola como um todo, e ser continuada a partir daí para baixo, para as responsabilidades individuais de cada professor e funcionário, e daí para cima, para as responsabilidades individuais de cada decisor das DRE’s e ME. Esta mudança de paradigma é que eu gostava mesmo de ver.
Outubro 13, 2008 at 1:12 am
Fafe
Quero convidar-te para um jantar. Pode ser dia 15 de Novembro?
Outubro 13, 2008 at 1:30 am
Pode ser. E não irei contrariado.
Outubro 13, 2008 at 8:39 am
Não sei se já tinha dito… mas a minha escola deve ter sido a primeira ou única a entregar os objectivos individuais… sem plano de actividades feito e aprovado, sem pcts…
Tanta pressa tanta pressa…
Até tinha piada que agora tivessemos que fazer tudo de novo online…!!!!
eheheh isso é que eu me ria….
Dia 15 lá estarei.
Outubro 13, 2008 at 11:00 am
*216 P. Guinote e *220 A. Daniel
O Paulo tem razão: a notícia é de Julho, sim… mea culpa : (
Fiz copy paste de 1 email q tinha acabado de receber e n tive o cuidado de confirmar a data.
Sorry
Outubro 13, 2008 at 11:07 am
*220 A. Daniel
Sim, a manter-se essa posição do CCAD, podemos e devemos usá-la a nosso favor.
Outubro 13, 2008 at 7:48 pm
Os srs. Professores desculpem, mas como esperar o apoio dos Pais se, depois da manifestação dos 100 000 foram ordeiramente para as escolas cumprir as ordens do ME,mesmo sabendo que, com essa atitude subserviente, iriam prejudicar os alunos? O que fizeram ao vosso tempo nas Escolas? Trabalharam para os alunos, mostrando aos pais que o que vos move são os alunos ou dedicaram-se a “cumprir o mandato”, como qualquer deputado, e ajudaram a ministra a manipular a estatística? 100 000 não seriam suficientes para mandar a papelada para o lugar certo, justificando a “desobediência” em massa com o Fundamental desígnio do Professor, que é estar 100% disponível para os seus ALUNOS? O que foi que vocês fizeram? Mandaram a ética profissional às urtigas? Recusaram-se a fazer o que não compete ao Professor? Agiram de acordo com a vossa consciência? Ou apressaram-se a obedecer à “disciplina partidária” para não perder o tacho? Não foi isso? Pois foi isso que transpareceu. Se não é essa a imagem que querem que fique, mudem-na. Se não, não há Mega-manifestação que vos dê a razão que tiraram a vós próprios quando cederam a quem “quer destruir a escola pública”.Se vocês deixam…
Outubro 13, 2008 at 8:06 pm
Quatro ou cinco questões essenciais, quanto a mim:
1. Revogação do ECD
2.Suspensão do processo de avaliação
3. Revogação do Modelo de Gestão Escolar
4. Não à revisão do decreto-lei 20/2006 (Concursos)
5. Não à destruição do Ensino Especial (NEE)
Outubro 13, 2008 at 9:03 pm
Eu sou mãe de um jovem do 10ª ano, uma encarregada de educação atenta que procura saber o que se faz nas aulas e como estão a correr as coisas. Verifico que professores, antes calmos e dedicados, andam aos gritos e a matéria não avança. Professores amigos que agora mostram medo, todos cansados e esgotados.
Não noto entusiasmo neles nem o consigo captar através dos trabalhos que propoem ao meu filho. conheço-os quase todos, alguns de longa data e sei que são bons profissionais. Por isso, sei que o problema reside noutro lugar. Estou deveras preocupada com o estado de sitio do ensino em Portugal, pelo desprimor com que socrates o orienta (deve ser porque anda ocupado com o “Magalhães” .
Gostava de ver regressar a dedicação ao ensino e custa-me que a opinião publica ainda não tenha acordado para o facto de que as condições de trabalho dos professores se reflecte na aprendizagem e motiovação dos nossos filhos. Os problemas deles são afinal de todos nós.
Outubro 13, 2008 at 9:03 pm
Já vi que a Fenprof não apoia.
Óptimo. então eu apoio.
Outubro 13, 2008 at 9:27 pm
Já pensaram no transporte? Se cada professor levar o seu carro não vai haver espaço para estacionar. Não se poderia alugar autocarros e cada um pagar o seu bilhete? Pensem nisso. Organizar as partidas das capitais de distrito por exemplo. Eu inscrevia-me e pagaria o meu bilhete com a inscrição.
Outubro 13, 2008 at 10:00 pm
… Se nem num blog, mesmo com muitos “post” os senhores (aqueles que o são) se entendem como podem vir pedir o apoio dos encarregados de educação?????
Para parecerem mais?
para superar um eventual fracasso?
Afinal tudo se resume ao fim da progressão automática de escalão, “né”?
Em toda a sociedade se é avaliado, na maioria por “não pares” o que agrava as disparidades, porque não deverão os profissionais do ensino, a maioria, ou os professores, infelizmente uma minoria, ser avaliados? se, até, são avaliados por pares, com os mesmos objectivos?! enquanto não me conseguirem demonstrar com factos como a melhoria do ensino escolar no caminho da EDUCAÇÃO, não me solicitem que vos apoie; não posso apoiar profissionais que com a desculpa de muitas reuniões- daquelas em 5 (cinco) minutos bastariam para se chegar a conclusões, mas que chegam a demorar a tarde toda, pois assim se pode estar “sem fazer nada” ou a “fazer pouco” e contribuir para o descrédito de quem teve a coragem ( pelo menos isso) de mexer com benesses instaladas.
As escolas funcionam de forma deficiente: e quem as gere? porque nunca aceitaram outros profissionais, com habilitação própria para o fazerem? seria pior, não?
Porque não aceitam, marginalizam e até boicotam, a maioria das iniciativas da sociedade para ajudar a Escola a alcançar os seus objectivos? Pois senhores donos da verdade quase absoluta, na sociedade também há gente que, formada ou não, sabe e quer fazer algo para tornar a escola naquilo que deve ser.EX: graves problemas de violência, e até, marginalidade, numa escola 2/3 das várias existentes na localidade onde vivo criaram na comunidade envolvente, desde a Associação de Pais a clubes desportivos, associações de moradores autarquias e outros uma vaga de fundo para tentar solucionar ou minimizar o problema: convidados os profissionais de Ensino da referida escola para um encontro alargado, em período pós laboral pois é nesse que é possível juntar os outros parceiros, apareceu unicamente a Presidente do CE, que até mora longe. A desculpa é que o período pós laboral não é o ideal para a presença dos ditos profissionais (sic)
Quando, como encarregado de educação, constatar que posso dispensar o meu educando das “explicações” quer minhas, da mãe ou do profissional que o recebe quatro horas por semana e cobra o que eu aufiro (licenciado) em oito, com recibo (voilá!, nessa altura têm aqui um apoiante acérrimo de uma classe que não só é necessária como é importante para construir uma sociedade que todos queremos mais justa, mais rica… melhor.
Unam-se mais no trabalho e menos em questões sindicais, que, justas ou não,deverão ser objectivo de sindicatos.
São muitos?! pois são, mas não são os profissionais do Ensino que os criam? com que finalidade????
… Nessa altura terão certamente o apoio dos pais e EE que nesta altura os criticam por “perderem tempo” em vez de ensinarem os seus alunos.
BE HAPPY!!!!!!
Outubro 13, 2008 at 10:06 pm
Não solicito, Zé (falo por mim). Precisamos de pessoas com categoria e bem informadas. Não lhe vislumbro nenhuma das duas.
Outubro 13, 2008 at 10:14 pm
Ai Zé… és apenas um zé e ninguém te pode levar a sério.
Outubro 13, 2008 at 10:18 pm
Olinda,
😆
Outubro 13, 2008 at 10:39 pm
Queridos Professores
Sou Chefe de Serviços numa escola EB 2,3** e ao iniciar a leitura destes comentáios tive, desde logo, uma grande vontade de vos apoiar, de vos dizer o quanto discordo de toda esta reviravolta que se deu nas nossas escolas e da grande confusão que é a catadupa de legislação que não pára de sair e atormentar toda gente, mas……..ao chegar ao fim de todos os vossos comenários, só me apraz concordar com o que diz a nossa Céptica do comentário nº.237.
Aroveito ainda para vos alertar para o problema duma manifestação não convocada pelos Sindicatos:
a falta de transportes gratuitos fará com que a adesão fique muito aquém daquilo que se pretende.
** à espera da reforma, apesar de penalizada em 40% do meu vencimento.
Podem contar comigo !!!!!
Outubro 13, 2008 at 10:41 pm
Força….marchar em força
Outubro 13, 2008 at 10:54 pm
Sou professora do ensino especial e não posso pactuar com o que se está a passar nas escolas com os alunos com NEE. A ministra mentiu aos pais destes alunos quando disse que iriam ter todo o apoio, o que é mentira, porque a falta de recursos humanos nas escolas para atender devidamente faz com que estas crianças e jovens vejam as suas limitações ainda mais limitadas. tudo remetido para uma poupança à custa daqueles que pagam os seus impostos e querem uma escola para todos. Andam a acenar ao povo com o “magalhães”!!!!
contem comigo para a manifestação.
Outubro 13, 2008 at 10:55 pm
Vamos estar lá, e mais…para o ano o nosso voto vai contar.
Outubro 13, 2008 at 11:01 pm
Francisca (coment. 246)
Não a conheço mas gosto de a ver aqui. As secretarias das escolas estão tão asfixiadas como nós. Lembro-me dos tempos – não muito longínquos – em que professores e funcionários se cruzavam na escola e falavam dos alunos, dos problemáticos e dos outros, porque os funcionários da escola estavam atentos a problemas sociais e familiares e vinham ao encontro do DT. Está a perder-se essa rede que amparava alunos sem almoço, sem livros, sem família… Foram trocados por grelhas… são os objectivos dos novos tempos. Também vou aposentar-me com a penalização que me destinaram.
Outubro 14, 2008 at 12:27 am
Boa noite. NÃO SOU PROFESSORA (Sr.Reb), a minha relação com a Escola nasce do facto de ser encarregada de educação. A minha preocupação com a Educação é anterior e decorre do facto de ser uma cidadã atenta e interessada. Para mim, a Educação é o mais sério e “verdadeiro”/honesto motor do progresso de um País,um progresso que não se mede pela quantidade de tecnologia à disposição. Apesar de pertencer à “populaça”(89) e de ser bastante permeável ao “proletariado” (Rui baptista) (sinto-me “irmã” de todos os que lutam por um mundo mais justo) felizmente, mantenho a capacidade de pensar, mesmo no meio de “tanto ruído” e é por essa razão que estou ao lado dos professores… porque quem lê alguns dos vossos comentários fica perplexo. Percebe de onde vem a “capacidade de encher” que parece caracterizar a vossa classe, sim, porque o Ensino Público não ficou neste estado em Março de 2008! (eu estive lá, a apoiar-vos). Depois, talvez por não ser professora, não entendo o modo como interagem com os sindicatos… um sindicato não é uma associação de cidadãos que se reúnem em volta de objectivos comuns? se a via escolhida pelos sindicatos não está de acordo com a vossa, se calhar,há que participar e propor outras! cuidado que falam “deles” (dos sindicatos) com a mesma indigência que a “populaça” fala de quem os governa… «…”eles” fazem o que querem».
A vossa luta tem razões tão claras! não há que enganar! quer pensem em vós próprios (questões de brio profissional e laborais), que não tem nada de mal; quer pensem nos vossos alunos – Sim (Sr. Sísifo), porque a falta de condições e o desnorte da Educação não afecta apenas, nem primeiro os professores! se são dramáticas as condições em que os professores são obrigados a ensinar (e eu acho que são), são criminosas as condições em que os alunos são obrigados a aprender!
Por tudo o que disse e não disse, peço-vos que lutem! da forma que entenderem (unidos)… mas lutem! acredito que o que é bom para vocês é bom para os meus filhos.
Eu estou “do lado” dos meus filhos, logo estarei sempre dos que, todos os dias, estão ao seu lado! FG
Outubro 14, 2008 at 12:31 am
FG, são palavras como as suas que me dão alento de ser professor.
Outubro 14, 2008 at 12:38 am
Força! Vamos a Lisboa mostrar que não desistimos!
Outubro 14, 2008 at 12:49 am
cá está a suprema sabedoria de ofender quem tem opinião contrária à nossa!
Oh linda, já vamos estando habituados! Já antes de Abril de 74 era assim!
Outubro 14, 2008 at 1:02 am
FG,
É uma mãe atenta.
Outubro 14, 2008 at 1:23 am
Este movimento é genuíno pois não parte de sindicatos.
Os professores merecem um sistema de avaliação simples e digno.
É preciso tempo para trabalhar com os alunos. Chega de burocracias inúteis.
Este novo projecto de diploma de concursos é uma aberração , chega ao cúmulo de fazer depender o tempo de serviço (graduação) da avaliação.
Este novo projecto de concursos é muito mau.A nota da avaliação conta para a graduação(tempo de serviço)
Bom + 0 valores
Muito bom +2 valores
Bom +3 valores
que aberração e que injustiça….
Ainda aceito que conte para progressão da carreira agora graduação????
Se isto passar o ambiente das escola entre colegas vai ser muito mau e vai existir sempre aqueles que conseguem esses valores extra não por mérito mas por serem amigos dos avaliadores ou devido a critérios diferentes no preenchimento das quotas (umas escola esgotam as quotas outras não).
Temos de lutar contra isto colegas.
Outubro 14, 2008 at 11:39 am
Fui professor e quero voltar a ser, sou casado com uma professora e tenho 2 filhos de 14 e 16 anos.
Interrogo-me sobre a eficácia da montanha de papéis que todos os dias a minha mulher movimenta de um lado para o outro. Interrogo-me porque razão a professora do meu filho mais novo, dificultou o meu acesso ao plano curricular de turma na reunião de início de ano e também me interrogo, se o filme “O cubo” que o meu filho mais velho viu em Filosofia do 11ºano, será a melhor forma para ilustrar a lógica do pensamento humano.
Isto para dizer, que o sistema tem imensas lacunas, quer da parte de quem executa como de quem dirige.
Acho que existem pelos menos 2 coisas que os professores deveriam procurar alterar. Não se pode pagar a quota do sindicato por transferência bancária e ficar à espera que eles adivinhem exactamente os nossos pensamentos. A outra é que não devemos ficar empávidos e serenos quando o presidente do conselho executivo (que é colega) vem com as mensagens absurdas da DRE.
Todos os dias temos que estar vigilantes e reagir, de preferência escrevendo nas actas.
E o mais importante. Não é piada, é mesmo constatação, todos os professores deveriam saber enviar e receber emails, trabalhar no word e Excel e já agora fazer um power point para ajudar nas aulas.
Outubro 14, 2008 at 2:43 pm
Haja trabalho que os professores trabalham!
Sempre que os executivos decidem pôr-nos a trabalhar estamos lá. RI’s PAA, e montes de trabalho burocrático durante os “três meses de férias”! Férias? Um mês em casa e o resto do tempo a correr da casa para a Escola (Felizmente vivo a 3 minutos da dita, e aqueles que vivem longe??). Aqueles que dizem que os professores não querem trabalhar deveriam ir para as escolas. Sei o que digo porque na minha juventude tive um ano a trabalhar numa oficina das 8 às 18 horas e o patrão disse-me que eu teria sempre as portas abertas! (não devia ser pela preguiça!)
O mesmo não se pode dizer de muito “trabalhador”. Sei o que digo por experiência própria!
“O QUE ELES QUEREM SEI EU!”
Outubro 14, 2008 at 2:56 pm
qualquer dia ,vão querer saber, quantas vezes um professor foi a casa de banho.
e talvez só nessa altura os professores ,digam de uma vez por todas basta!
mas também os professores tem culpas no cartório,pois quando foi para defenderem, uma das conquistas mais importantes que os professores tinham conquistado que era a idade da aposentação,toda a gente se encostou ,uns por medo outros porque eram jovens e não tinham idade para pensar nisso,etc.etc.,éra bom que se lutá-se também, para rever a idade da aposentação.
se os professores não lutarem,e forem aceitando tudo o que esta ,e outros ministros da educação,nos queiram impor ,acabaremos por passar o dia inteiro nas escolas ,mais em reuniões do que a fazer aquilo que deviamos fazer,ensinar a juventude e prepará-los para a vida.
vamos para a luta mas é melhor definir objectivos ,pois um luta sem objectivos ,só vai servir para a ministra se rir.
porque não voltar a uma forma de luta de no fim do 1º periodo não se afixar as notas,como já foi feito há anos com enorme sucesso.
porque não fazer greves estando presente na aulas.e pondo no sumário a razão de não dar a aula. assim não haveria a charola de o ministério vir com nº sobre os grevistas e os sindicatos com outro..
é preciso inovar formas de luta onde os professores não sintam ao fim do mês ,menos um dia de salário que tanta falta faz a que agora começa a carrreira e a muitos mais.
força e da discusõ nasce a luz.
tem de haver luta ,ma se não houver unidade,na classe não pode haver vitórias, e é tempo de elas aparecerem,caso cotr´rio os professores desmobilizam.
Outubro 14, 2008 at 4:06 pm
Floripes, disse e repito que qualquer luta é inglória enquanto se portarem como deputados da assembléia e se limitarem a “votar a favor” das leis e despachos! O vosso “voto a favor”( e contra a Escola e os Alunos que dizem querer defender )manifesta-se sempre que cumprem escrupulosamente (embora com queixas, sim, mas cumprem) as determinações que comprometem o vosso desempenho. Abstivessem-se ou recusasssem-se liminarmente a ocupar o precioso tempo na Escola a preencher papéis inúteis e os Pais ficariam do vosso lado.Assim só dão a idéia de que, apesar de assumirem públicamente que as ordens vos retiram capacidade de trabalho e tempo para os alunos, “votam a favor” do vosso lugar, contra a ética profissional que é “Ensinar com Qualidade”.Agarram-se aos papéis com afinco apesar de os contestarem e depois dizem que são Professores e não Burocratas. Que verdade, coragem e determinação é que vocês transmitem à comunidade educativa, se estão sempre prontos a cumprir ordens que apelidam de “criminosas”e “destruidoras da escola pública”? Como querem que vos seja dada razão?
Outubro 14, 2008 at 6:07 pm
O blog do Guinote
Anda num virote!
Yeah!
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Está crescidote!
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Está cada vez mais “hot”!
O blog do Guinote
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Yeaaahhh….
Outubro 14, 2008 at 7:30 pm
Sou professor há 32 anos! 58 anos de idade! 10º Escalão, titular etudo. Adoro a minha profissão, têm-me dito que gostam das minhas aulas (desculpem a imodéstia) dou gratuitas aulas em três universidaes da 3ª Idade (reboleira,Linda a Velha e Algés)…. vou à Manif de 15 de Novembro, embora duvide que tenha muita gente, porque estou farto de ser tratado sem a dignidade que julgo merecer e sobretudo porque estou rodeado de tiranetes,seguidistas e invejosos. Beijinhos a todos!
Outubro 14, 2008 at 8:49 pm
As palavras que, na minha humilde opinião, devem aí ser ditas são:DIGNIDADE! RESPEITO! SOLIDARIEDADE! e nada de a”luta continua…”. e “ministra sinistra…” e outras balelas que não nos dignificam!
Outubro 14, 2008 at 10:19 pm
vamoa todos estar lá no dia 15, sem partidos n, nem divisões e se os sindicatos não quiserem sem eles
Outubro 14, 2008 at 10:26 pm
Chega de seguidismo dos conselhos executivos. Hoje uma colega dirigiu-se ao conselho executivo para tratar de problemas de alunos e foi-lhe dito que não tinham tempo, pois estavam a trabalhar na avaliação dos professores …sic
Outubro 14, 2008 at 10:27 pm
e por isto e muito mais , vou lá estar no dia 15
Outubro 16, 2008 at 12:34 pm
Parece-me que devemos dar uma “bofetada de luva branca” a Mário Nogueira, apelando à participação na Manif de dia 8.
Não é tempo para discutir quem primeiro convocou ou deixou de convocar Manifs. O sectarismo de Mário Nogueira não se combate com mais sectarismo.
É tempo de UNIDADE!
Apelo, pois, a que os Movimentos que convocaram a Manif de dia 15 reflictam sobre isto e, em nome da UNIDADE de todos os professores participem também na de dia 8, com as suas próprias reivindicações.
Outubro 17, 2008 at 9:39 pm
A manifestação do dia 8 foi concertada entre a Fenprof e o governo, com o objectivo de dividir os professores, e assim, as suas reivindicações falharem por completo com o governo a rir-se na cara deles e o país a assistir impávido e sereno! Deixem de ser cordeirinhos e comecem a agir, mas unidos, porque juntos voçês têm muita força e os portugueses precisam dessa força para acordar e sair desta letargia em que se encontra, pois todos nós dizemos que “isto” está mal, mas nada fazemos!!!
P.S. – não sou professor nem sou partidário ( detesto política ), mas tenho vergonha da situação a que chegou a deseducação do NOSSO país…
Novembro 13, 2008 at 1:36 am
Colegas penso que devemos aproveitar o momento para lutar também por uma escola digna onde não se promova o facilitismo, onde os alunos sejam responsabilizados e onde haja respeito. Vivemos num tempo onde nós professores é que temos de ter atenção com a forma como tratamos os alunos, enquanto eles tratam-nos da forma que “quase” querem. No meio da selva que se tornou a sala de aula não é possível ensinar. podemos sempre mandar para a rua o aluno mas depois temos as provas de recuparação, sim as provas de recuparação, porque serão tantas quantas necessárias para o aluno passar. Imaginem isto nos CEF’s. Que adultos serão estes? Daqui a uns anos temos maus alunos nas universidades, maus trabalhadores e a culpa vai ser de quem desta ministra ou dos professores? Precisamos de defender de uma vez por todas a nossa profissão e a nossa missão que é ENSINAR e FORMAR os adultos de amanhã.
Novembro 15, 2008 at 7:05 pm
Que escola está a ser construida? Que competências estamos a desenvolver nos nossos alunos? Que adultos estamos a formar? É simples,o Governo está a criar seres não pensantes, humanos fáceis de manipular, porque não instruidos. A retenção é caso exepcional! A criação de CEFS é fantástica! Até porque ninguém fica retido, o único burro de carga é o professor, pois este deve fazer das tripas coração porque tem que haver sucesso… O que mais teremos que fazer!!!! Basta de submissão! Basta de rendição! Sejamos autenticos e lutemos pela seriedade, honestidade e alegria de ensinar na autenticidade!!!!!