Atendendo ao grau de detalhe da peça, identificando intervenientes, datas e horas, não tenho nada para duvidar da peça de hoje do Expresso sobre a forma encontrada para desbloquear a situação vivida na Educação nestes últimos meses.
Mesmo se muito fica ainda por saber – desde logo o nível de pressão de Belém, ou as contrapartidas prometidas entre todos os participantes nesta espécie de Trilateral formada pela Presidência da República, Governo e Sindicatos – algumas ilações podem tirar-se, com a natural margem de erro, sobre tudo isto:
- Afinal os 100.000 na rua fizeram alguma diferença, mesmo se não de forma imediata e mesmo se não do modo mais radical. Algo se moveu. Algo foi percebido. Algumas teimosias foram removidas do caminho.
- Os protagonistas aparentes da negociação foram meras peças intermédias de um processo que se jogou bem mais acima. Se os 100.000 foram peões, percebemos agora que a dupla MN/MLR também estão longe de ser os protagonistas principais ou de ter a força para resistir a pressões que os transcendem.
- Qualquer das partes (ME/Plataforma Sindical) só terá ficado satisfeita no plano da retórica. O entendimento terá sido feito a contra-gosto das duas partes, para que nenhuma perdesse em definitivo a face.
Abril 19, 2008 at 3:00 pm
Haaaa
ha, a bomba…
Claro! O “sistema” estava en risco de disfuncionar e os sindicatos fizeram-lhe o frete. Afinal servem para alguma coinha…
e quanto ao “caso residual”?
http://criticademusica.blogspot.com
Abril 19, 2008 at 3:01 pm
Uma amostra é sempre uma amostra… mas a votação online que decorre na página do SPGL é radicalmente diferente da votação que os sindicatos conseguiram nas escolas… Consistentemente, há 3 dias que o número de votos vai subindo, mas os 70% de rejeição do texto mantêm-se.
http://www.spgl.pt/poll_results.aspx
Abril 19, 2008 at 3:01 pm
desculpem!!!
queria dizer coisinha n coinha…
hoje estou em dia de actos falhados…
Abril 19, 2008 at 3:04 pm
De acordo com a leitura do Paulo.
Bem pensado.
Abril 19, 2008 at 3:05 pm
Manda quem pode….
Abril 19, 2008 at 3:06 pm
Toda esta história de cozinhados preparados nos bastidores me causa uma náusea difícil de suportar e só fez crescer em mim a sensação amarga de que, nos últimos dias, os sindicatos têm tentado atirar-nos areia para os olhos.
Começo a acreditar que, no essencial, a lógica das organizações sindicais não difere muito da lógica dos aparelhos partidários. Enfim, ninguém me manda ser ingénua!…
Estou cada vez mais convicta de que fiz a opção certa ao entregar o meu cartão.
Eu concordo com os que alertam para a necessidade da existência de sindicatos fortes, mas também defendo que chegou a hora de aquelas organizações compreenderem que cada vez menos os professores se identificam com as suas regras e formas de funcionar. Os sindicatos devem merecer a confiança dos professores e estarem abertos à ideia de uma renovação.
Abril 19, 2008 at 3:06 pm
Claro que o Presidente tem estado sob grande pressão e isso obrigou-o a intervir. Mas, francamente, n foi isto que lhe foi pedido e o problema n foi resolvido. Sorry.
Abril 19, 2008 at 3:07 pm
Embora me sinta surpreendido com a notícia… ela não é TÃO surpreendente assim. O ECD, a avaliação, o estatuto do aluno, etc. estavam dados como aceites pelos sindicatos, até se verem ultrapassados a alta velocidade pela manifestação espontânea de professores.
Depois tiveram que reagir, mas cheios de vontade de pôr um ponto final no assunto. Apenas um mês depois do 8 de Março já dão o assunto por arrumado.
Se os professores não tiverem, de repente, ficado totalmente dependentes das instruções dos sindicatos, pode ser que estes se vejam outra vez ultrapassados.
Abril 19, 2008 at 3:08 pm
E deve ser claramente dito:
vai ser preciso uma nova alternativa sindical, porque as existentes deixam de fora os milhares de profs que n se identificam c o “memorando” (esta palavra tem a sua pia-dita…).
Abril 19, 2008 at 3:11 pm
Persiste uma visão lírica da organização sindical…Muito ingenuidade à mistura e também muito egoísmo. Os sindicatos só servem se me servirem?!
Abril 19, 2008 at 3:11 pm
É isso João (8). Há que dar-lhes, aos sindicatos e à ministra, mais do mesmo: manifestações espontâneas.
Nada de estados de alma deprimidos. Isso era o que faltava…
Abril 19, 2008 at 3:14 pm
A idei aque pssa para o público é de há um grupo de professores que o que quer é facilidades!! E se calhar até não é mentira!
Deviam ler este artigo
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Opiniao&CpContentId=315643
Abril 19, 2008 at 3:15 pm
Em suma, perante o mesmo fenómeno, duas atitudes opostas. A “auto-avaliação”, só por si, deixa tudo na mesma, mas quando se separa o “avaliador” do “avaliado”, isto é, quando se introduz no modelo a tensão entre “realizações” e “objectivos”, que vem sempre com o “olhar exterior”, estão criadas as condições para analisar objectivamente a realidade, identificar os problemas e adoptar novas soluções com vista a melhorar o desempenho. Isto é, neste caso, a sociedade tem possibilidade de criar condições para a sua economia e as suas empresas poderem ser competitivas.
O sistema educativo é, sem margem para dúvidas, um actor crucial na criação das condições de competitividade de uma economia quer ao nível da formação teórica e prática associada à capacidade de criação de valor, quer a um nível mais fundamental, na transmissão e evolução de modelos culturais que estão na base de atitudes que promovem os factores de competitividade da economia.
Se, futuramente, não forem introduzidas correcções no sistema de avaliação dos professores então não é só o Governo que é derrotado, é também, e sobretudo, o País e a sua capacidade para promover uma economia moderna, competitiva e inovadora.
aqui
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Opiniao&CpContentId=315643
Abril 19, 2008 at 3:16 pm
AVISO
T da Silva é um programa informático experimental que simula respostas “inteligentes” a comentários de blogs. Responde a certas palavras-chave, mas ainda dá respostas repetidas e pouco variadas. Os técnicos estão a trabalhar numa versão melhorada que permitirá “aprender” com cada resposta que se lhe dá e assim aproximar-se mais com uma forma de raciocínio “humana”.
Enjoy
Abril 19, 2008 at 3:18 pm
Jaime…Jaime…Jaime….
Não funciona: Não funciona. Não funciona.
😉
Abril 19, 2008 at 3:20 pm
Eu não me identifico com esta maioria e tenho de a gramar todos os dias.
Mas ainda bem que há sindicatos, mesmo quando não concordamos com as suas táticas e estratégias.
Se a notícia for credível, houve uma enorme mudança a nível das negociações.Com PR,PM Ministro do Trabalho, dirigente da CGTP, Plataforma Sindical (com várias tendências) e o afastamento dos secretários de Estado das conversações. A Ministra foi forçada a falar com os sindicatos e a ouvir recados.
Pena é o secretismo. Mas o nosso país ainda funciona assim.O Poder “trabalhou” por dentro. Ainda faltará passar algum tempo para isto ser feito naturalmente, às claras.
E prova que os sindicatos são ainda um factor importante na sociedade portuguesa. Se calhar, mais do que nas outras. Estamos em Portugal. Apenas 30 e poucos anos de “democracia”.
Abril 19, 2008 at 3:22 pm
A competitividade passa por uma escola de grande exigencia q nada tem que ver c mais ou menos avaliacão dos profs mas c o funcionamento e a “filosofia” do sistema.
Quem conhece os estudos sabe mto bem disto. A Finlandia n necessita de sistema formal de avaliacão dos profs.
Abril 19, 2008 at 3:22 pm
TS #10: não sou sindicalizado, mas se fosse só entenderia a sua necessidade na perspectiva de tal organização servir os interesses dos seus associados. Penso mesmo que é essa a noção básica de sindicato.
TS #12: esse argumento é semelhante ao que posso usar para os políticos que se acoitam nos corredores, lançam lebres para as eleições e depois colhem os cargos.
TS #13; o que o meu caro nunca conseguiu até hoje demonstrar foi a bondade deste modelo de avaliação. Envereda pela posição de antes não existir mais do que auto-avaliação, o que é redondamente falso. E que agora vai existir e isso é bom.
Bem, se entre as margens de um rio não existir uma ponte, construí-la é bom, no plano teórico. Se na sua confiança os passantes que a forem atravessarem descobrirem que está mal feita e caírem de lá abaixo, isso é mau.
Será que quem avisou que a ponte estava mal feita não queria uma ponte?
Será justo exigir o sacrifício dos enganados para demonstrar a validade da denúncia?
Pense nisso, antes de recitar nova análise banal e generalista.
Abril 19, 2008 at 3:23 pm
Parece deliberado estar-se a centrar tudo e todos no alvo errado, mas desta maneira Portugal n vai longe. N vai mesmo.
Abril 19, 2008 at 3:23 pm
“forem atravessar”.
Abril 19, 2008 at 3:26 pm
Maria de Lurde Rodrigues teria a partir de agora uma boa oportunidade para sair, caso não fosse tão obediente ao Chefe e tivesse alguma ética.
Tanta gente a moderar o conflito.
Eu sentir-me-ia desautorizada, apesar de tudo.
Abril 19, 2008 at 3:28 pm
Numa coisa o “trabalhador” acertou: trata-se de Portugal e do seu futuro, q se “joga” qdo se trata do “sistema de ensino”. Contra os professores Pt n vai longe… Todos os outros europeus – sobretudo os do norte que tanto fascinam o senhor PM – perceberam isto… Na verdade trata-se algo demasiado elementar…
Abril 19, 2008 at 3:29 pm
Para a economia do país crescer não é tão importante uma população mais instruida, mas sim umas elites (políticos, empresários, artistas…) mais instruídos. Os emigrantes portugueses praticamente analfabetos que chegaram a países evoluidos foram bem aceites e subiram na vida.
O problema recorrente do país (já denunciado por F Pessoa e Eça de Queiroz, entre outros) está nas elites provincianas, pacóvias, labregas, mesquinhas. Os empresáriozecos e politicozecos (ressalva para as honrosas excepções que sempre existem) precisam de acções de formação que lhes desenvolvam o gosto pelas artes (visitar uma lista de museus por essa europa fora) aprender uma ou duas linguas extrangeiras, alguns aprender regras de etiqueta como por exemplo não cossar os tomates em público, e fornecer-lhes uma lista de clássicos para lerem.
Só depois de frequentarem com êxito estas acções de formação é que poderiam candidatar-se a cargos públicos e a gerir e investir fundos comunitários.
Mas acho que agora já é tarde. A História julgá-los-á.
Abril 19, 2008 at 3:30 pm
Esta equipe do ME n tem qq possibilidade de trazer paz ao “sistema”, nem agora nem nunca.
Para Descartes isto seria claro e evidente, mas para o PM de Pt parece n ser… Deveria ter trabalhado mais algumas diciplinas no curos de engenharia…
Abril 19, 2008 at 3:31 pm
desculpem a enormidade dos meus actos falhados…
n queria dizer “curos” mas curso de engenharia…
Abril 19, 2008 at 3:33 pm
Caro Paulo,
O seu comentário merece uma resposta mais estruturada do que a que agora possa dar. Eu não defendo “esta avaliação” defendo sim a necessidade de avaliar desempenhos, não só nos professores, e considero que fixar objectivos é essencial. É o que queremos – e termos de objectivos – que deve nortear o que fazemos. Quantificar e essencial. Só se pode controlar o que se mede.
É verdade considero que anteriorment não existia verdadeira avaliação pela justa razãod e faltarem elementos essenciais. Era um ritual, com muito “Copy Past” a mistura…
Concordo que devemos ser exigentes com os políticos, claro!
Abril 19, 2008 at 3:35 pm
Enquanto nos debatemos aqui com a destruição do sistema de ensino, Sócrates será recebido em triunfo na tomada de posse da lista concelhia do PS Porto.
É a vida….?
Abril 19, 2008 at 3:36 pm
Mais:
Mesmo c uma nova equipe o Governo vai ter de retirar todos estes diplomas que entretanto aprovou, aproveitando um certo “anestesiamento” dos profs, o factor surpresa, e o facto dos sindicatos n terem logo denunciado as atrocidades que os diplomas continham. Foram os profs que denunciaram, que reagiram, por sua espontanea e livre iniciativa!
Abril 19, 2008 at 3:37 pm
Ainda sobre a metáfora da ponte, existem “pontes muito bem feitas” só que ninguém as conhece, o que equivale a dizer que não existem.
Abril 19, 2008 at 3:37 pm
Ainda agora esta procissão vai no adro. Há mais episódios na agenda. A grande tentação dos ministros de Sócrates – e do próprio – para generalizarem regimes de precariedade laboral mantém-se e só poerá ser sustida por índices de mobilização de todos os trabalhadores comparáveis aos dos professores em Março de 2008. Mas também será necessário começar a afinar um pouco mais a pontaria. Em vez de, por exemplo, ter-se gritado pela demissão da Ministra, poderia ter-se concentrado toda a atenção na exigência de revogação do 2/2008, ou então, no anulamento do concurso para titulares. O peso da legislação publicada nos últimos anos, e principalmente entre Dezembro de 2007 e Março de 2008, pode ter contribuido para que o limites do suportável pelos docentes tenha sido excedido, e desencadeado de uma assentada a grande mobilização que se lhe opôs, mas contribuiu também para a dispersão dos objectivos da manifestação dos 100.000.
Quando o nível de mobilização excede um ponto crítico, não há governo – nem mesmo o de Salazar ou de Marcelo caetano – que não se sente à mesa de negociações com aqueles que passaram a vida a depreciar face à opinião pública. Normalmente não aperecem directamente, fazem-no por interpostas pessoas; no caso em apreço, avançou MLR. Poderá constituir surpresa para alguém que MLR cumpria ordens de José Sócrates?
Os protagonistas aparentes da negociação foram meras peças intermédias de um processo que se jogou bem mais acima. Certo. Também, pelos vistos, bem mais acima que o Presidente da República e do que o Primeiro Ministro esteve o poder de mobilização do conjunto dos professores. Porque gosto de colocar a questão desta forma? Porque a visão conspirativa obscurece as forças determinates dos processos sociais e só serve para delapidar a confiança dos ventres ao Sol na sua própria capacidade de alterar o rumo dos acontecimentos.
Ser capaz de aproveitar as novas condições abertas pela actual situação para formular um caderno reivindicativo sólido, levá-lo à discussão aberta a todas as escolas, recolher nelas os contributos de professores que até à data ainda não se manifestaram é um desafio que me parece bem mais interessante (e trabalhoso) que perder tempo a discutir a côr dos bigodos de Mário Nogueira. É que yum comboio com 150000 pessoas lá dentro é uma estrutura mesmo muito pesada, e avivar a discussão democrática nele é bem mais complexo que desintentivá-lo de se mover.
Abril 19, 2008 at 3:39 pm
os professores vivem numa redoma de vidro. Deviam estar atentos ao ambiente e opinar sobre este tipo de questões:
“Os dinheiros em dívida e os compromissos do País no estrangeiro já ultrapassam os 148,7 mil milhões de euros, o equivalente a criação de riqueza em 11 meses de árduo trabalho dos portugueses (91,3% do PIB). Deste montante, as dívidas (compromissos) da banca portuguesa no estrangeiro já atingem os 91,6 mil milhões de euros, 56% da riqueza do País. Este é o resultado de contratações de empréstimos para compra de casas próprias e de bens de consumo, como carros e electrodomésticos, resultante da queda das taxas de juro na última década. Esta exposição dos banqueiros nacionais aos seus homólogos internacionais só é possível porque os portugueses estão a consumir mais do que produzem. Ou, por outro lado, as poupanças (resultantes dos salários e rendimentos) são insuficientes para satisfazer os apetites pelos créditos” .
Do DN
Abril 19, 2008 at 3:39 pm
Trabalhador, então e o esquerdismo do infantilismo do comunismo do PREC? Hoje não nos fala disso?
Abril 19, 2008 at 3:40 pm
Acho que sim.
Deve ser medido o sucesso dos alunos. Por bitolas internacionais, como se faz com os artistas que querem integrar as orquestras principais portuguesas, que passam por concursos internacionais.
Quando se acabe – definitivamente – c os insultos, indisciplina, e violencia nas escolas portuguesas.
Abril 19, 2008 at 3:43 pm
Os professores são uma classe muito heterogénea. É difícil suscitar uma séria discussão sobre o que quer que seja e estabelecer um qualquer consenso. O caso da avaliação de desempenho é único porque “mexeu” com o seu futuro imediato. Alguns sabem que ou “pedalam” ou preferem a aposentação. E por cada um que saia existem 30 candidatos o lugar disponíveis para se submeterm às novas exigências. É a vida!
Abril 19, 2008 at 3:45 pm
António Ferrão: de acordo consigo (30)!
Abril 19, 2008 at 3:47 pm
António Ferrão: de acordo consigo (30)!
Abril 19, 2008 at 3:47 pm
Não há pachorra para este senhor que debita frases e mais frases, tratando os professores como escória. Os professores, os professores…e os professores! Quer protagonismo?
Abril 19, 2008 at 3:47 pm
Trabalhador, e não nos pode dar exemplos da Finlândia? Como é que fazem lá os sindicatos?
Abril 19, 2008 at 3:49 pm
coçar
Abril 19, 2008 at 3:50 pm
E quando vai isso acontecer? (deixar de haver indisciplina nas escolas portuguesas)?
Mesmo que quisesse responder n saberia… O pedagogicamente correcto nem valoriza mto este aspecto essencial para o trabalho dos rofs poder ser bem “rentabilizado” e os alunos interessados n serem prejudicados pelos que cronicamente estragam o trabalho nas aulas, protegidos por uma falso sistema integrador…
Deixem-se de querer fazer passar os profs pelos maus da fita porque isso simplesmente n resiste a qq analise c alguma seriedade.
Claro que oara encobrir o desastre dos sucessivos ME’s seria mto bom (para alguns…) encontrar um bode para espiar erros grosseiros cometidos ao mais “alto nivel” (desculpem os acentos mas to a escrevinhar c rapidez para n passar mto mais tempo agarrado a isto…), mas de qq das maneiras n ia resultar porque os indicadores internacionais iriam continuar a mostrar o oposto do discurso oficial. E os indicadores economicos tb. Como acima foi dito os portugueses no estrabgeiro trabalham bem devido a uma grande qualidade dos gestores e administradores dos paises para onde emigraram. Q se calhar ganham menos que os gestores e administradores portugueses…
Abril 19, 2008 at 3:50 pm
Sr Trabalhador da Silva, qual a sua profissão? Gostava de também poder emitir “bitaites”sobre ela. Outra questão, lancei-lhe o repto para apresentar publicamente o modelo de avaliação pelo qual o sr é avaliado. Continuo interessada em conhecê-lo e à espera que o divulgue.
Abril 19, 2008 at 3:57 pm
O que disse em 33 sempre foi uma realidade nas orquestras.
E pergunto: porque sempre foi diferente para os lugares de gestores e administradores?
Clao q todos sabemos a resposta: n interessa ao “sistema portugues” porque esses cargos destinam-se a serem distribuidos por quem ganha os ciclos eleitorais, cargos a serem distribuidos entre os boys dos “aparelhos” dos partidos. Independentemente de serem burros ou inteligentes, competentes ou pardas nulidades.
E ver esta gentalha toda, -os verdadeiros culpados do estado a que Portugal chegou – andarem a falar em avaliar os profs como a chave do sucesso para Pt, faz a barriga andar a das voltas….
Abril 19, 2008 at 3:58 pm
e por aqui me fico pois estou a ficar ligeiramente irritado…
Abril 19, 2008 at 4:15 pm
Filomena,
Fui prof. no sector público, nos anos 78/80 e mais recentemente. Conheço bem algumas escolas: Fiz um trabalho em que tive que entrevistar PCEs, professores e alunos. Sei do que falo, portanto. Nunca me viu dizer mal dos professores. E se acha que disse documente-nos. Agora digo que existem excelentes professores e que outros não sõ dignos do nome de professor. Há que diferenciar. Avaliar desempenhos.Certo?
Abril 19, 2008 at 4:39 pm
T S
Não respondeu à pergunta da Filomena. Alguma razão em particular??
Ou não se orgulha dela?!
Abril 19, 2008 at 4:43 pm
Digamos que faço trabalhos de consultoria. Tenho de prestar contas do que faço e seou avaliado mensalmente. Já escrevo aqui sobre isso, dispenso-me por isso de repetir.
Trabalho no sector privado e sou contribuinte. Quero que a Escola Pública funcione bem!
Abril 19, 2008 at 4:45 pm
Trabalhador, hoje não nos fala do Vladimir Ilich?
Abril 19, 2008 at 4:47 pm
Quem conhece os sindicatos cujos dirigentes são militantes do PCP sabe, ou deveria saber, que a esmagadora maioria destes dirigentes obedece às directrizes do Comitê Central. Ora, hoje falando com um nosso colega militante desse partido, por meias frases indirectas, fiquei a perceber que o calendário da contestação sindical da Fenprof ao governo PS, está sobre a batuta do PCP. Fiquei a perceber que para o PCP a altura ideal para os sindicatos dos professores “atacar” o governo será o ano de 2009. E porquê?
Segundo as previsões do PCP, o pico da crise económica ocorrerá no último trimestre deste ano e o pico de descontentamento em relação ao governo atingirá o auge no 1º trimestre de 2009, pelo que, querem uma frente unida de contestação a José Sócrates, aproveitando ao máximo o descontentamento dos professores contra o governo.
Temos assim uma luta adiada por motivos eleitorais, cuja agenda será comandada pelo Comité Central do PCP. É triste, mas é o sistema. Oxalá eu não tenha razão!
Abril 19, 2008 at 4:56 pm
João,
Vladimir Ilich tina razão e o Mário Nogueira sabe-o bem. “O esquerdismo é a doença infantil do comunismo”.
Abril 19, 2008 at 4:56 pm
Ser professor no ensino público entre 78/80 acredito que dê uma ideia estranha do que é uma Escola.
Nessa altura fazia o meu Unificado/secundário e realmente que belos pára-quedistas encontrei.
Penso que em 30 anos muito mudou.
Não acha?
Agora a metáfora da ponte: claro que há pontes bem feitas, em especial depois de cometidos erros.
Recomendo a leitura de Nathalie Mons do Nouvel Observateur quando aponta os erros cometidos em países que optaram por soluções como a nossa e depois foram obrigados a voltar atrás.
Cá se temos 3 (os 30 são provocação gratuita) candidatos por cada aposentado isso apenas demonstra a fragilidade e proletarização crescente da docência e da fragilidade do nosso mercado de trabalho.
Quem optou por essa via da desqualificação da classe docente arrependeu-se a meio do caminho.
Por cá parece que não deram por isso e precisam de fazer todo o trajecto desde o início para perceberem o erro.
São como São Tomé.
Mas citar-lhe-ia um autor que quase por certo lhe agradará – JFRevel na obra A Grande Parada – quando afirma que não compreendeu porque deram tanto valor aos “arrependidos” do Bloco de Leste quando caiu o Muro, deixando no limbo quem sempre tinha denunciado acertadamente a situação existente.
Por aqui parece-me que daqui por uns anos os “arrependidos” das asneiras de hoje serão valorizados – como os actuais arrependidos das asneiras dos anos 90 – enquanto os que sempre denunciaram os erros serão esquecidos.
Por mim, tudo bem.
Mas a hipocrisia e a memória selectiva agoniam-me um bocadinho, quando vejo pretensas luminárias (em especial na área da Economia, mas tb da Educação) a indicarem o caminho certo que não percorreram.
Bollocks,, pá!
(sem ofensa pessoal, claro)
😛
Abril 19, 2008 at 4:57 pm
Pessoalmente não me incomoda que a contestação seja dirigida pelo PCP ou que seja adiada. O que me preocupa é que as situações absurdas, irrealistas, incongruentes, injustas que foram criadas com a nova legislação sejam revistas.
Nem me choca muito que seja esta mesma equipa do ME a corrigir a borrada que inventou, embora me desse um grande prazer vê-los demitidos pelo mal que já fizeram.
Abril 19, 2008 at 4:59 pm
Obrigado, Trabalhador, já estava com saudades da frase…
Abril 19, 2008 at 5:03 pm
Caro Paulo,
Para além desse tempo 78/80, também recentemente contactei com outra escolas. Mudaram pouco a meu ver. Mudou mais cá fora, na vida real que nas escolas. E já que estamos em maré de citações atrevo-me a respescar um texto orientador para as mudanças. Uma leitura imperdível para os professores. Coimpreenderiam melhor o seu papel, na minha modesta opinião.
“O meu presente não existe senão graças ao meu futuro, sob a pressão do meu futuro. Pois bem, isto significa que neste agora do tempo que um relógio mede eu sou de cada vez o meu futuro e o meu presente”
“Digo, pois, que eu agora sou conjuntamente futuro e presente. Esse meu futuro exerce pressão sobre o agora e dessa pressão sobre a circunstância brota a minha vida presente”
Excertos de poesia retirados de “O que é o conhecimento?” de Ortega Y Gasset
Abril 19, 2008 at 5:04 pm
João,
Concordará que é actual…. 😉
Abril 19, 2008 at 5:07 pm
E nada repetitiva…
Abril 19, 2008 at 5:08 pm
E muito original…
Abril 19, 2008 at 5:10 pm
Conheci um engenheiro da área da Quimica que foi dar aulas porque a empresa ( privada ) onde trabalhava fechou! Parecia uma barata tonta, nunca se adaptou ao ritmo de mudar de sala ao ritmo que nós sabemos, prazos de dar testes, corrigir testes, entregar avaliações, planos e planinhos de apoio e recuperação, sinteses e relatório….enfim o trabalho do professor.Desconhecia por completo como funcionava a escola, os seus ritmos … Pensava que ser professor era um acoisa muito fácil! Quanto aos consultores, só se for obrigada é que respondo a inquéritos e entrevistas.E mesmo obrigada não vou deixar de dizer o que penso desses inquéritos mal elaborados, desajustados ( copiados da América Latina) de pessoas incompetentes. Não me vou deixar comover com esses bajuladores que conseguem uns estudos à nossa custa.
Abril 19, 2008 at 5:15 pm
Portugal e a Finlândia – diferenças
As maiores diferenças entre os modelos poderão assentar na filosofia educativa. Na Finlândia, o estudante pode passar todo o ensino obrigatório na mesma escola, já que há um único ciclo do básico. Os professores conhecem-no e intervêm precocemente quando há problemas. Em Portugal, a reprovação continua a ser a “solução” para muitos alunos com dificuldades, e é precisamente nas transições de ciclo que os números do insucesso se agravam.|
Abril 19, 2008 at 5:26 pm
Nos anos 70/80, nasci, fiz a escolinha desde a primária ao 12º ano. Na primária tive sempre o mesmo professor. Nem sei se era licenciado…deve ter feito o magistério, mas isso tb de nada importa. O professor Afonso foi muito bom professor e agradeço-lhe as varadas que me deu para me virar para a frente. Do 1º ciclo ao 12º ano tive execelentes professores, professores bons e outros menos bons…ainda assim, fui educada a respeitá-los a todos e a todos agradeço as horas da minha vida que estiveram a seu cargo, até aos menos bons, pois fui percebendo que a vida não é um mar de rosas que afinal também não gostava de alguns professores como não gostava igualmente de todos os médicos que me assistiam no hospital em que era seguida. Como não gostava igualmente de ser atendida por qualquer profissional quando ia ao cabeleireiro…etc etc etc
Fui aluna, ciente das minhas obrigações e dos meus objectivos, mas também tive as minhas traquinices e irreverências. Nunca deixei de respeitar os meus professores, de olhar para eles e sentir que eles “gostavam” de mim e se preocupavam com a minha formação/educação. Via a escola como um lugar “sagrado”, onde estava fora de questão duvidar do profissionalismo dos meus queridos professores e das suas intenções para com os seus alunos, ainda que pontos de discórdia houvesse as partes.
Abril 19, 2008 at 5:28 pm
#59 …ainda que pontos de discórdia houvesse entre as partes.
Abril 19, 2008 at 5:33 pm
Nessa altura, décadas 70/80, havia muita gente com o 9º ano (antigo 5º ano liceal), ou até menos, a dar aulas. E ninguém se queixava! Por acaso não tive “professores” com essa formação. Fiz parte da elite da escola Carolina Michaelis, sim, esta mesma que andou na berlinda por causa do incidente “dá-me o telemóvel já” que toda a gente conhece.
Abril 19, 2008 at 5:52 pm
Interessante a análise do Pedro Castro sobre o calendário da contestação que se avizinha, a questão que coloco é se os professores estarão disponiveis para manifs politizadas, muitos não gostaram das personagens que desfilaram no dia 8 de Março em Lisboa.
Abril 19, 2008 at 7:43 pm
O Pedro Castro(48) tem toda a razãp, a meu ver. Fomos moeda de troca e contam connosco para o continuarmos a ser em 2009. Os Sindicatos valem-se da sua posição de serem os únicos interlocutores legais e obrigatórios do ME para «adaptarem» as nossas reivindicações aos seus objectivos. Resta-nos mostrar-lhes que somos capazes de viver sem eles e de nos afirmarmos como entidade colectiva fora de reclamações anexas como mais um escalão ou a equiparação a técnico superior do ME, por muito grata que essa ideia possa ser para alguns.
Abril 19, 2008 at 7:44 pm
As minhas desculpas ao Pedro Castro, que está no comentário 48. Não fazia a mínima tenção de o enfeitar com óculos escuros…
🙂
Abril 19, 2008 at 10:22 pm
Mas alguém ainda tinha dúvidas que toda a solução do conflito fora cozinhada nos bastidores à custa dos professores? Estes foram tratados como “carne para canhão” para se manter o status quo. Jogos dum tabuleiro político que convém a todos os referidos dirigentes. Uma vergonha!!! E assim se vai fazendo política no manicómio nacional.
Abril 19, 2008 at 10:40 pm
Esqueci-me da parte mais importante: Bilu, Bilu, Biluzinha. Ai como eu adoro a Miluzinha…
Abril 19, 2008 at 11:01 pm
Alguém tem dúvidas que em Portugal vive-se tempos fascistas! – É só questão de ler (mais) um artigo:
Abril 19, 2008 at 11:18 pm
Mais uma acha para a fogueira!
Quem quiser analisar e fazer o contraditório está à vontade:
Abril 20, 2008 at 2:00 am
TS, quando foi professor tinha habilitações? Porque saiu? Mostre as grelhas com que é avaliado mensalmente. As que nos querem aplicar estão à disposição de quem as quiser consultar,mas este modelo é inexequível em dois anos quanto mais num mês…
Abril 20, 2008 at 8:53 am
Como a “notícia” é do Expresso e é assinada por gente com créditos firmados e simpatias ideológicas acima de qualquer suspeita, vá de “fritar” “os sindicatos”.
A quem interessa toda esta conversa? Será que já há disponível uma “gravação” das “reuniões”? Ou talvez umas páginas de notas rabiscadas em procura do entendimento perdido?
O 5º canal de televisão talvez explique mais este serviço de Balsemão a Pinto de Sousa…
Abril 21, 2008 at 2:17 am
Não compreendo como se pode por em causa a honestidade das pessoas com tanta ligeireza.
Alguém em seu juízo pode considerar que um homem como o Mário Nogueira algum dia “entregasse” os professores?? Um homem que faz das causas em que acredita a sua vida, a cuja capacidade de mobilização se deve também o êxito de 8 de Março?
O Mário Nogueira pôs a educação e a causa dos professores na ordem do dia; nos dias que antecederam a marcha quase parecia ter o dom da ubiquidade, estava no Norte de manhã e no Algarve à tarde. Nunca o viram ausente de nada, foi sempre a sua voz que nos foi vingando das afrontas que este ministério nos foi fazendo.
Passou de Bestial a Besta assim de repente porquê?
Vamos lá aprender a dirigir correctamente a nossa ira e a saber gerir com termos as nossas expectativas.
Força Mário Nogueira, força Fenprof, confio em vós!